Dom Pedro Portobelo (Vilamoura)
Investimento em imobiliário comercial cresce 13% no primeiro semestre
Primeiros seis meses do ano registam um volume de investimento superior a 700 M€, com destaque para a venda dos Hotéis Dom Pedro (à excepção do Hotel Dom Pedro em Lisboa) à Arrow Global e a venda do portfólio Amália à LCN Capital Partners
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O primeiro semestre deste ano registou um crescimento no que diz respeito ao investimento em imobiliário comercial. Entre Janeiro e Julho, Portugal ultrapassou os 700 milhões de euros, 13% acima do registado em 2022 no mesmo período. De acordo com os dados do WMarket Review Mid-year 2023, uma publicação bianual da consultora Worx, “esta é uma tendência que vai no sentido inverso ao mercado europeu, cujo volume investido em imobiliário comercial contraiu 57%”.
Tendo como base a análise da actividade recente do mercado imobiliário em Portugal e a apresentação de tendências para os próximos tempos, o estudo considerou “o contexto macroeconómico de pressão nas condições financeiras, o aumento das taxas de juro de referência (com o impacto expectável e visível nos mercados de capital), o aumento dos custos de financiamento das empresas, a inflação alta, e a redução do rendimento real disponível das famílias”, afirma Sílvia Dragomir, head of Research da Worx Real Estate Consultants.
A hotelaria liderou o investimento durante o período em análise, com 39% do volume de investimento. O destaque vai para a venda dos Hotéis Dom Pedro (à excepção do Hotel Dom Pedro em Lisboa) à Arrow Global por 250 milhões de euros, sendo a maior transacção até ao momento. Seguiu-se o sector de retalho, com 11 transacções, acrescentando 220 milhões de euros ao volume de investimento, que representa 32%. A maior transacção deste sector e a segunda maior do semestre foi a venda do Portfólio Amália à LCN Capital Partners por 150 milhões de euros.
Nos escritórios, pesar do decréscimo da procura efectivada nestes meses, o fluxo da procura activa que se encontra em fluxo no mercado mantém-se estável. Até Julho de 2023, foram transaccionados na Grande Lisboa 44.300 m2 de escritórios, distribuídos por 84 operações.
A tendência de crescimento da oferta vai manter-se nos próximos anos. Existem actualmente 13 projectos em construção que trarão ao mercado cerca de 261 mil m² de qualidade acrescida, sendo que uma parte significativa se encontra já pré-arrendada (47%).
A este valor acresce ainda um conjunto de nove projectos previstos para os próximos três anos que acrescentarão mais de 47 mil m² de nova oferta, quase sem pré-arrendamentos fechados.
Também a actividade no sector Industrial & Logística em Portugal registou um aumento de 41% cerca de 294.000 m2 de absorção no primeiro semestre do ano, distribuídos por 32 operações no primeiro semestre de 2023, refletindo um aumento homólogo de 41%. O negócio médio aumentou para 9.160 m2 neste semestre, em comparação com 8.000 m2 no mesmo período de 2022. Na Área Metropolitana de Lisboa, a atividade ocupacional transacionou um volume de 111.000 m2. Com um total de 20 operações contabilizadas, o negócio médio foi de 5.560 m2.
No 2º trimestre de 2023, a tendência de subida de rendas prime continuou nas localizações mais próximas dos centros urbanos e com projetos novos na Área Metropolitana de Lisboa. As rendas na cidade de Lisboa e no Eixo Loures-Amadora praticam o valor mais elevado, de €6,50/m²/mês e €6,25/m²/mês de renda prime respetivamente. No Eixo Alverca-Azambuja a renda prime aumentou ligeiramente para €4,75/m²/mês. O Corredor Oeste regista a terceira renda mais elevada do mercado da Grande Lisboa dada a proximidade aos centros urbanos, com €5,50/m²/mês de renda prime.