O projecto, anunciado esta semana pelo Governo e cuja construção foi atribuída à Mota-Engil, resulta de um concurso público internacional que visou a contratação, em regime de PPP com carácter infraestrutural, para a concepção, o projecto, o financiamento, a construção e a manutenção de uma infraestrutura hospitalar, durante um prazo total de 30 anos, sendo três anos para a construção e 27 anos para a disponibilização e manutenção da infraestrutura.
A Quadrante foi a empresa contratada para desenvolver os projectos nas seguintes especialidades: estruturas e fundações, rede de abastecimento de água e incêndios, rede de recolha de águas residuais e pluviais, rede de gás combustível, rede de distribuição de energia eléctrica, rede de telecomunicações, rede viária e infraestruturas exteriores, projecto de terraplenagens, consultoria de tráfego, acústica e heliporto.
“O Hospital Lisboa Oriental representa um dos projectos mais emblemáticos das últimas décadas para a cidade de Lisboa e para Portugal. Este é um compromisso de longo prazo com a inovação, a sustentabilidade e o bem-estar das gerações futuras. A QUADRANTE tem a responsabilidade de fazer parte da extensa equipa que fará deste projecto uma realidade, nomeadamente contribuindo para garantir que esta infraestrutura oferece máxima eficiência operacional, segurança sísmica e ainda condições de trabalho que dignificam o utente e os profissionais que nela trabalharão. Estamos orgulhosos de participar num projecto que redefinirá os padrões do sector hospitalar em Portugal”, afirma Nuno Costa, CEO do Grupo Quadrante.
O novo Hospital Lisboa Oriental, localizado em Marvila, vai assegurar grande parte da actividade do Centro Hospitalar Universitário de Lisboa Central, centro constituído actualmente por seis Hospitais: Hospital São José, Hospital de Santa Marta, Hospital Dona Estefânia, Hospital Curry Cabral, Hospital Santo António dos Capuchos e Maternidade Alfredo da Costa. Este novo Hospital vai oferecer também as especialidades de Reumatologia, Medicina Nuclear e Radioncologia.
Com uma área total bruta de 180.000 m2, que representa a implantação em três parcelas de terreno, os três edifícios estarão interligados, sendo que se admite a possibilidade da existência de uma ligação subterrânea e uma ligação aérea, na medida em que o hospital deverá dispor de heliporto.
Apesar da capacidade imediata correspondente a 875 camas, a infraestrutura será preparada para possibilitar, em situação de contingência, sem necessidade de obras adicionais, a expansão até 1.075 camas. Quanto ao número mínimo lugares de estacionamento, espera-se que o novo hospital disponha de 2.945 lugares, sendo que, destes pelo menos 1.450, deverão ser construídos num parque subterrâneo.
A Quadrante anunciou recentemente a aquisição estratégica do grupo espanhol Meta Engineering, numa operação que duplicou a sua dimensão e visou a complementação das capacidades de ambas as empresas. Com esta integração, o novo grupo prevê atingir um volume de negócios acima dos 100 milhões de euros em 2024 e um número de colaboradores de cerca de 1.100, transformando a Quadrante num dos principais players do sector na Península Ibérica.