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    Construção

    “Não acredito tanto nessa falta de confiança por parte do mercado”

    Em entrevista ao CONSTRUIR, a secretária de Estado da Habitação fala do percurso de décadas percorrido até chegarmos à crise na habitação como a conhecemos hoje mas aborda, essencialmente, o caminho que importa percorrer para inverter esse cenário

    Ricardo Batista
    Construção

    “Não acredito tanto nessa falta de confiança por parte do mercado”

    Em entrevista ao CONSTRUIR, a secretária de Estado da Habitação fala do percurso de décadas percorrido até chegarmos à crise na habitação como a conhecemos hoje mas aborda, essencialmente, o caminho que importa percorrer para inverter esse cenário

    Ricardo Batista
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    Quando fala dos ajustamentos necessários nas políticas de habitação desenhadas pelos municípios, que ajustamentos são esses?
    O levantamento foi feito pelos municípios em 2018. Nessa altura, identificaram um conjunto de necessidades que apontavam para um volume de 26 mil fogos, que são os que estão previstos no 1º Direito e para cumprir até 2026. A partir daí, as autarquias perceberam que, efectivamente, aquelas necessidades, em muitas situações, não eram realistas. Os seus territórios necessitam de uma maior resposta. Fizeram essa identificação e propuseram ao Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana (IHRU) a revisão das suas estratégias sugerindo alterações no sentido de cobrirem um maior número de necessidades. É neste sentido que estamos a trabalhar. Basta perceber que esta necessidade de 26 mil fogos, identificados em 2018, quase que triplicou neste momento. Estamos a falar de 77 mil fogos. Daí lhe dizer que o prazo temporal para a concretização destas políticas não pode ser 2026, tem de ir muito além desse prazo. Temos de pensar em políticas estruturais de médio e longo prazo. Mas temos, igualmente, de traçar medidas conjunturais que respondam de imediato às necessidades que as famílias estão a enfrentar. Isso foi o que foi feito no ‘Mais Habitação’, programa que tem já várias medidas implementadas e que estão já a chegar às famílias.

    Considerando que é necessário construir mais, reabilitar mais e conservar mais, o que tem sido feito para que, na prática, isso se veja no terreno?

    Há imensa obra no terreno. Construção nova, reabilitação. Imensa. Praticamente todos os municípios têm o seu parque municipal a ser reabilitado. Isso, em termos de volume de reabilitação, tem uma dimensão imensa. Há, por exemplo, o parque habitacional do IHRU, que ronda os 14 mil fogos, 12 mil em habitação social e perto de dois mil fogos em arrendamento acessível que está a ser reabilitado. Desde 2020, temos 24 milhões de euros de obra no terreno promovida pelo IHRU, 20 milhões já executados e estamos a trabalhar para lançar novos objectivos até final do ano. Isto espalhado por todo o território. Enquanto que uma cidade tem o seu parque municipal concentrado no seu território, o IHRU tem um parque habitacional disperso por todo o País. Claro que em determinadas zonas há uma maior concentração, noutras há uma maior dispersão. A juntar a isso, temos também os imóveis devolutos do Estado, dos quais já conseguimos identificar 1500 edifícios que são colocados numa bolsa, é avaliada a sua viabilidade e as condições de recuperação e são colocados à disposição ou das autarquias ou do próprio IHRU para que sejam realizadas as intervenções necessárias. É um trabalho longo, demorado, que envolve a Defesa, as Infraestruturas de Portugal…Por exemplo, no Entroncamento, 32 habitações que eram património da IP e que faziam parte de bairros dos ferroviários, vão dar lugar a 42 fogos. Há, por todo o País, imóveis e terrenos que vão dar lugar a centenas de habitações e que estão a ser objecto de obras. Temos, depois, o envolvimento dos privados e estamos a aguardar o enquadramento legal para podermos igualmente contar com as cooperativas. O terceiro sector está também já envolvido e os privados estão igualmente interessados em desenvolver projectos de habitação a custos controlados para colocarem no mercado. O Estado não faz nada sozinho. Não temos empresas de construção. Precisamos, sim, do envolvimento de todas as empresas da fileira da Construção, desde quem fornece os produtos e sistemas construtivos, de quem constrói, dos investidores privados que tenham interessem em vir para este ramo. Envolve toda a gente. Não pode ser só o Estado. O Estado tem o compromisso de investir em habitação pública, criar um parque habitacional que chegue, pelo menos, aos 5%. Actualmente, o panorama é muito baixo, anda nos 2%. Podemos sempre achar que não é necessariamente ambicioso. A verdade é que tivemos décadas em que pouco ou nada se fez. Precisamos de todos, do público, do privado, do cooperativo, do social. Todos.

    As metas da Nova Geração de Políticas de Habitação previam, efectivamente, atingirmos os 5% até 2024. Essa meta, ao dia de hoje, é exequível? Para atingirmos os 5% estamos a falar de qualquer coisa como 170 mil fogos…
    Em termos públicos, construir e reabilitar 170 mil fogos é, de facto, difícil. Mas também lhe digo que, neste momento, o número de famílias apoiadas pelo Estado no conjunto de programas de apoio à habitação, anda na ordem das 300 mil pessoas. Entre o apoio à renda, os jovens apoiados pelo Porta 65, o programa 65+, que vai apoiar famílias monoparentais ou famílias que perderam 20% do seu rendimento, o programa do arrendamento para subarrendamento – em que temos em bolsa perto de 400 fogos -…entre todos estes apoios ultrapassamos seguramente os 5%. Agora: termos, em 2024, 5% de parque público construído, reabilitado e habitável, é difícil. Há, no entanto, uma nota que me parece importante sublinhar a este respeito. A própria capacidade de produção do sector da Construção está condicionada. O sector da Construção foi um dos mais afectados pela crise financeira em que estivemos. Muitas empresas desapareceram, perdemos mais de 500 postos de trabalho. Não podemos negar esta evidência. O Sector sofreu muito com esta crise. As próprias escolas de engenharia civil sofreram com isso e enfrentaram uma quebra significativa de novos alunos nos cursos de Engenharia Civil. Hoje, há uma necessidade enorme de engenheiros civis que não existem no mercado. Tudo isto se reflecte na capacidade de produção do sector. Dito isto, temos de pensar em mudar os nossos modos de construção. Com certeza que teremos de passar dos métodos tradicionais, dos processos tradicionais para outro tipo de processo, muito mais offsite e que tem já expressão na Europa. Em Portugal, estamos ainda muito ligados à construção tradicional. A possibilidade de atingirmos os objectivos que traçámos passa, também, por alterações a este nível.

    O próprio contexto concursal tem, também, de ajudar a esse passo?
    Isso já está previsto. O Código da Contratação já prevê concursos de concepção-construção. Em termos concursais não há grande problema. Lançar um concurso para que uma obra seja executada através de processos construtivos ditos tradicionais ou processos construtivos diferentes não tem qualquer problema. Basta que os cadernos de encargos já estejam adaptados a essas metodologias.

    Mas nesse contexto continua a haver um peso significativo do critério preço. Isso não é, logo à cabeça, um factor dissuasor para que, de raiz, uma obra contemple estes novos processos?
    O Código o que diz é que deve ser atendida a proposta mais vantajosa. Claro que o critério do preço mais baixo é o mais transparente, é o que dá maior segurança a quem está a avaliar as propostas, mas podem ser desenhados critérios de avaliação das propostas, de majoração da avaliação das propostas que incidam sobre determinados aspectos e que favoreçam não o preço mais baixo mas outro tipo de parâmetros que caracterizem a proposta e a tornem mais vantajosa. E tudo isto tem de ser feito de forma transparente e objectiva. Nem sempre é fácil mas tem de ser feito e temos de estar munidos de todos os instrumentos para o fazer.

    O problema não está, também, na própria capacidade de quem avalia as propostas e os projectos? As autarquias, por exemplo, têm competências para isso, mas terão capacidade de resposta?
    Quando comecei a trabalhar, as autarquias, sobretudo as mais pequenas, não tinham quadros técnicos suficientes. Actualmente, os municípios já estão bem equipados em termos de técnicos e têm desenvolvido uma grande experiência ao nível da contratação publica. Além disso, podem sempre recorrer a suporte externo, com consultadoria externa que os apoiem. Não vejo que seja por aí.

    “Não havia população para tanta construção”
    Entre 2011 e 2021, foram construídos pouco mais de 110 mil edifícios para habitação enquanto na década anterior se tinha construído cinco vezes mais. Uma quebra significativa explicada, entre outros factores, pela crise…

    E não só. Pela diminuição demográfica, também. Construiu-se em exagero nessas décadas. Todos temos noção disso. Não tínhamos população para encher os edifícios. Se bem se recorda, na época da crise, havia muitos edifícios que não eram vendidos porque simplesmente não havia quem os comprasse. Não tínhamos população para tanta construção. O que provocou grande parte da pressão na habitação não foram propriamente as necessidades demográficas do País mas sim a pressão turística, a pressão da compra de imóveis por estrangeiros e os milhares que temos de população imigrante e a quem temos de dar condições de vida. Se necessitamos deles para trabalhar, temos de lhes dar condições de habitação. Temos de perceber bem as coisas e a estatística ajuda. Construía-se muito, sim, mas chegámos a uma situação complicada de falência de empresas em que os edifícios ficavam sem ninguém que os comprasse. Depois, tivemos uma inversão da população, não pelo facto de termos crescido demograficamente, mas por sermos atractivos em diversos domínios. Isso levou-nos a estas necessidades que temos hoje, a preços especulativos. O mercado de luxo não tem nem nunca teve crise e a classe média não tem capacidade para comprar imóveis de luxo a preços exorbitantes. Todas estas componentes levaram-nos a esta situação. Não nos iludamos. Esta não é uma realidade só nossa. A Europa continua a ser bastante atractiva para se trabalhar, para migrantes, para refugiados e também para outras populações, de outros Continentes. Somos um Continente com boas condições de vida, com grande atractividade para estes fluxos. Todos os Governos estão a trabalhar em medidas e estratégias para fazerem face à crise de habitação.

    Mas considerando que precisamos, de facto, de mais construção, que resposta pode ser dada e que, de certo modo, possa ser também atractiva para os privados?
    Precisamos de respostas para habitação que sejam compatíveis com as nossas famílias. Além do sector cooperativo, o sector privado é essencial e está, igualmente, interessado em construir habitação a custos controlados. Há benefícios para dar às empresas, incentivos fiscais para que as empresas venham para este mercado. E há inúmeras empresas interessadas. Todos podem fazer parte da solução e pode propor-se a fazer construção a custos controlados, certificar essa habitação no IHRU e ter os benefícios que o Estado dá – e que são bastante atractivos – para construírem. É este movimento que tem de se concretizar e que tem de chegar ao mercado. O mercado privado existirá sempre. O arrendamento acessivel é igualmente muito atractivo para os senhorios. Tem de haver por parte do Estado incentivos fiscais para que os senhorios entrem no ‘sistema’. E é fácil fazer as contas. Se eu fosse proprietária, teria todo o interesse em participar em programas como o Arrendar para Subarrendar, uma solução manifestamente segura.

    A Associação dos Promotores Imobiliários tem-se manifestado inúmeras vezes contra as soluções apresentadas e tem sido a voz dessa desconfiança, sublinhando até que os proprietários, que no seu conjunto são responsáveis por 350 mil imóveis em condições para habitar, preferem não os colocar no mercado do arrendamento…
    Confesso que não acredito tanto nessa falta de confiança por parte do mercado. Acho que as pessoas, muitas vezes, não conhecem bem as medidas que foram publicadas e os incentivos que existem. E já falámos de vários, desde o ‘Arrendar para Subarrendar’ ao ‘Arrendamento Acessível’ ou o ‘Porta 65’. Quando as pessoas se informarem bem dos benefícios que vão ter ao aderirem as estes programas, essa desconfiança vai desaparecer. Esses 350 mil fogos devolutos, temos de ver onde é que estão. Uma pessoa que esteja em Lisboa não tem grande interesse em ir para Trás-os-Montes viver. As pessoas querem viver nos sítios onde haja oportunidade de trabalhar. Estamos a tentar responder a essa retórica e acho que tem de haver uma forte comunicação, também da nossa parte, deste tipo de apoios, para que o mercado perca essa insegurança. Estes programas garantem estabilidade. São medidas que vão criar mudança nos comportamentos.

    Discussão enviesada
    Olhando para o histórico desde que foi apresentado o Mais Habitação, não há de facto muitas correntes favoráveis ao que foi apresentado. Têm sido inúmeras as críticas. Estamos a falar de uma insistência ideológica ou um problema de comunicação na forma como foram apresentadas as medidas?

    Essas são as vozes que aparecem na televisão, ou em outros fóruns, mas haverá, com certeza, pessoas que já colocaram o imóvel no mercado de arrendamento. E esses não aparecem a dizer que não são ouvidos. Há que ser ponderado no que dizemos. Relativamente à estratégia ‘Mais Habitação’, comunicada no dia 16 de Fevereiro deste ano, foi objecto de uma consulta pública, de alterações, com uma participação nunca antes vista. Mais de duas mil propostas que chegaram ao Ministério e que nós analisámos e que levou a uma redacção muito diferente da que foi apresentada em Fevereiro. A partir dessa data, enviesou-se muito a discussão, que se focou essencialmente em três pontos: no Alojamento Local, no arrendamento coercivo e nos vistos Gold. A partir daí, ninguém mais se preocupou em evidenciar os aspectos positivos desta política. O diploma, além da consulta pública e das milhares de propostas recebidas, que evidenciam uma participação massiva de todos os sectores, ainda esteve no Parlamento e foi discutida por todos os grupos parlamentares. Há, evidentemente, propostas que agradam mais a uns que a outros. Muito do que foi apresentado inicialmente acabou por sofrer alterações, mas continua-se a querer destruir ou, pelo menos, a não deixar implementar as medidas que foram traçadas e isso parece-me muito pouco positivo. Precisamos de implementar medidas estratégicas que garantam que as pessoas conseguem aceder a habitação de acordo com as suas possibilidades. A casa é a base da nossa vida, é a base para uma criança crescer, estar em pé de igualdade na escola, é ter uma habitação que tenha as condições mínimas de conforto e habitabilidade. O que estamos a construir e reabilitar são habitações de muita qualidade.

    Sobre o autorRicardo Batista

    Ricardo Batista

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    UBBO recebe certificação BREEAM In-Use

    O activo alcançou 88,51% – considerado “Outstanding” – a pontuação mais elevada em Portugal para activos com esta certificação, tendo alcançado, ainda, a categoria “Excelent” em Asset Performance com 82,14%

    CONSTRUIR

    O UBBO Shopping Resort, propriedade da AXA IM Alts em representação dos clientes e gerido pelo Eurofund Group e CBRE, obteve a classificação mais alta da certificação BREEAM In-Use em Management Performance. O activo alcançou 88,51% – considerado “Outstanding” – a pontuação mais elevada em Portugal para activos com esta certificação, tendo alcançado, ainda, a categoria “Excelent” em Asset Performance com 82,14%.

    Segundo Pedro Pereira, director do UBBO Shopping Resort, “melhorar os processos e criar soluções que melhorem a qualidade do edifício do ponto de vista ecológico é nossa prioridade desde o início”. O mesmo refere ainda que “esta classificação só foi possível com o envolvimento de todas as equipas, desde a gestão até às equipas de staff, quer no sucesso da implementação dos procedimentos e medidas, quer no trabalho contínuo de todos no dia-a-dia. Trabalhar com parceiros que tenham o mesmo compromisso é essencial para se atingir os objectivos a que nos propomos”.

    Este sistema, desenvolvido pelo Building Research Establishment (BRE), permite medir o grau de sustentabilidade dos edifícios, tendo como principal objectivo reduzir os custos de funcionamento e melhoramento do comportamento ambiental dos mesmos.

    A certificação BREEAM avalia os edifícios em três categorias distintas – “Nova Construção”, monitorizando o desempenho sustentável dos edifícios nas fases de projeto e construção; “Em Uso”, que mede o mesmo parâmetro, incluindo as características do edifício e os procedimentos de gestão do mesmo; e a categoria “Remodelação”.

    Através deste sistema, os imóveis irão beneficiar de uma redução de custos  operacionais, redução do seu impacto ambiental, melhoria dos níveis de reconhecimento internacional, reforço da responsabilidade corporativa e, consequentemente, o aumento do desenvolvimento de boas práticas, afirmando-se como empresas mais sustentáveis.

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    Alto do Tejo quer recriar conceito de ’cidade 15 minutos’

    A Zuma Construções está apostada em dar resposta às necessidades crescentes da habitação numa clara aposta na “descentralização” e no desenvolvimento de áreas urbanas fora dos grandes centros. A primeira fase do Alto do Tejo, na Amadora, arranca ainda este ano e deverá disponibilizar os primeiros 192 fogos daquela que será uma “comunidade integrada”

    Cidália Lopes

    O empreendimento Alto do Tejo, que será lançado em Outubro deste ano pela Zume Construções em parceria com a Reap Estate, responsável pela comercialização, pretende “responder à crescente necessidade de habitação” de qualidade na Área Metropolitana de Lisboa.

    Este desenvolvimento, com uma área total superior a 300 mil metros quadrados (m2), dividida em 86 lotes de construção, representa uma nova abordagem na urbanização que envolve a cidade e que é uma clara aposta na “descentralização” e no “desenvolvimento de áreas urbanas” fora dos grandes centros.

    Com uma localização “estratégica”, na Avenida Raúl Lino, na Amadora, a apenas 10 minutos do centro da cidade, o empreendimento inclui 759 unidades habitacionais, bem como áreas comerciais e de serviços, cuja construção será feita em diferentes fases. A primeira deverá arrancar já no final de 2024, com a construção de quatro edifícios num total de 192 fogos, não havendo, para já a indicação do início da segunda fase do projecto.

    Idealizado para ser usufruído de acordo com os novos padrões de vida, o Alto do Tejo pretende recriar o conceito de ‘cidade dos 15 minutos’, onde além da habitação, o empreendimento aposta na criação de uma comunidade integrada

    Um bairro que quer ser ‘cidade’

    Idealizado para ser usufruído de acordo com os novos padrões de vida, o Alto do Tejo pretende recriar o conceito de ‘cidade dos 15 minutos’, onde além da habitação, o empreendimento aposta na criação de uma comunidade integrada, com infraestruturas multidisciplinares que promovem o bem-estar, o lazer, e a conveniência para os residentes e para onde estão previstas soluções “inovadoras” de co-working, residências seniores, supermercados de proximidade, clínicas, residências de estudantes, entre outras.

    Desenhado pelo atelier de arquitectura e urbanismo, Plarq, uma das características diferenciadoras do Alto do Tejo é a existência de um lote de equipamento escolar, demonstrando o compromisso com a criação de um ambiente completo e autossustentável. Além disso, a presença de espaços dedicados ao lazer e ao desporto reflectem a importância dada à qualidade de vida.

    A aposta em espaços ergonómicos, abertos e tecnologicamente avançados mostra uma clara intenção de criar um bairro moderno e adaptado às necessidades contemporâneas. Por fim, a envolvente exterior do empreendimento, projectada com foco no bem-estar, oferece diversas opções de actividades ao ar livre, contribuindo para a criação de uma comunidade vibrante e saudável.

    Ficha Técnica:

    Área total do terreno: 531,659 m2

    Área de lotes: 301, 840 m2

    Número de lotes para construção: 86

    Número total de fogos: 759

    Densidade habitacional: 15 fogos / Ha

    Densidade populacional: 45 habitantes / Ha

    Público-Alvo: Famílias, jovens executivos e reformados

    Início da construção: Final de 2024 (1ª fase)

    Sobre o autorCidália Lopes

    Cidália Lopes

    Jornalista
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    Arquitectura

    Seminário “O que faz falta: Portugal S, M, L, XL” antecipa exposição na Casa da Arquitectura

    O seminário propõe uma leitura e debate de temas fundamentais, a partir de diferentes escalas temáticas, no âmbito do programa paralelo da exposição “O que faz falta. 50 anos de arquitetura portuguesa em democracia”, que inaugura a 26 de Outubro

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    Em contagem decrescente para a exposição homónima que abre portas na Casa da Arquitectura no dia 26 de Outubro, o Seminário “O que faz falta: Portugal S, M, L, XL” debate esta sexta-feira, dia 11 de Outubro, questões relacionadas com a habitação, as cidades, a interioridade, o turismo, a imigração, o território e a mobilidade.  

    O seminário “O Que Faz Falta: Portugal S, M, L, XL” propõe uma leitura e debate de temas fundamentais, a partir de diferentes escalas temáticas, no âmbito do programa paralelo da exposição “O que faz falta. 50 anos de arquitetura portuguesa em democracia”.

    Alargando a discussão para áreas que transcendem a arquitectura, mas onde a arquitectura desempenha uma função importante, convidam-se personalidades de diferentes disciplinas e experiências para analisar problemas contemporâneos, dividido em quatro grandes escalas temáticas.

    Em Small irá discutir-se a crise da habitação, com o tema “A casa. A questão da primeira habitação, o modelo das cooperativas”, em Medium, fala-se sobre a questão das cidades médias e da interioridade, com o tema “Viver numa cidade média. A questão da interioridade”, em Large, as consequências do turismo de massas e da imigração nas cidades grandes sobre “A transformação das grandes cidades. As questões do turismo e da imigração” e em Extralarge, o redesenho e a reorganização do território com incidência no “O novo aeroporto e o comboio de alta velocidade. A questão da mobilidade”.

    Recorde-se que a exposição “O que faz falta. 50 anos de arquitectura portuguesa em democracia”, que tem a curadoria dos arquitectos Jorge Figueira (curadoria) e Ana Neiva (curadoria-adjunta) e que presta homenagem a uma das figuras de Abril, José Afonso, e à canção “O que faz falta”, do álbum Coro dos Tribunais, lançado em 1974.

    A exposição apresenta-se em cinco módulos: Revolution (74-83), que trata do momento revolucionário e da década que se seguiu aos anos “quentes”, conduzindo ao momento de estabilização liberal, Europa (84-93), que reflecte os anos que envolvem a adesão à Comunidade Europeia (1986) e as suas consequências na infraestruturação do território, acesso a fundos que equiparam muitas cidades portuguesas e a consequente internacionalização da Arquitectura Portuguesa, o Fin-de-Siecle (94-03), que, adaptando a expressão do contexto francês do final do século XIX, reflecte sobre a tensão do final do século, a revisão e balanço sobre o passado e a projecção do futuro Troika (04-13), que retrata o momento de crise económica e identitária (europeia) que o país atravessou. O quinto módulo – Wi-fi (14-23) – reflecte sobre as alterações tecnológicas, digitalização, conflitos culturais em curso e a urgência da agenda climática, isto é, os desafios, debates e exigência da contemporaneidade.
    Composta por maquetes, desenhos originais e fotografias, a mostra vai dialogar com os diferentes contextos socioculturais convocando referências da literatura, do cinema e do documentário e prestando tributo a um conjunto de personalidades fora da arquitectura que são figuras incontornáveis da história e sociedade portuguesas.
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    Natura Towers

    Imobiliário

    Natura Towers com certificação LEED

    A sede da Cofidis em Portugal é agora reconhecida com a certificação LEED Silver, que valida as características sustentáveis dos edifícios. O processo de certificação foi assessorado pelas equipas de project & development services e esg & sustainability da Cushman & Wakefield

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    As Natura Towers, sede da Cofidis em Lisboa, contam agora com a certificação LEED Silver. O LEED (Leadership in Energy and Environmental Design) é um sistema de classificação de sustentabilidade na construção que enfatiza a importância da certificação de edifícios, no que respeita ao aumento da eficiência energética, redução das emissões de carbono e criação de ambientes saudáveis para os utilizadores.

    Desenvolvido pelo U.S. Green Building Council, quadro de certificação LEED promove edifícios sustentáveis, altamente eficientes e economicamente viáveis, recompensando as melhores práticas de inovação e reconhecendo projectos exemplares com diferentes níveis de certificação (Certified, Silver, Gold e Platinum).

    “A conquista da certificação LEED Silver para as Natura Towers reforça o nosso compromisso com a sustentabilidade ambiental e com o bem-estar dos nossos colaboradores, através da criação de um espaço que minimiza o impacto ambiental e optimiza a utilização de recursos. Estamos muito orgulhosos por dar este passo importante em direcção a um futuro mais responsável e consciente”, refere Pavlina Borovkova, directora financeira e jurídica da Cofidis Portugal.

    Embora existam muitas definições diferentes de construção ecológica, esta é geralmente aceite como o planeamento, a concepção, a construção (e demolição) e as operações de edifícios com várias considerações centrais e primordiais: utilização de energia, utilização de água, qualidade ambiental interior, selecção de materiais, local e localização na comunidade envolvente. Estes elementos constituem os parâmetros básicos para as diferentes categorias de créditos no âmbito do sistema de classificação de edifícios ecológicos LEED.

    “Esta certificação LEED Silver indica que as Natura Towers implementaram medidas significativas para reduzir o seu impacto ambiental, como o uso de materiais sustentáveis, a melhoria da eficiência energética e a garantia de um ambiente interno saudável. Esta certificação reflecte o compromisso da Cofidis com a sustentabilidade e a criação de um impacto positivo no meio ambiente”, comenta Ricardo Passarinho, senior project manager da equipa de project & development services da Cushman & Wakefield em Portugal.
    A juntar a esta certificação, as Natura Towers foram também distinguidas recentemente com a certificação WELL, do International WELL Building Institute (IWBI), que avalia as condições dos utilizadores dos edifícios. O processo de certificação foi também assessorado pela Cushman & Wakefield.

    A Cofidis inaugurou a sua sede nas Natura Towers em 2022. Na altura a Cushman & Wakefield foi também a responsável pelo projecto de arquitectura e gestão de projecto da obra de adaptação e renovação das torres. Hoje, as duas torres acolhem os cerca de 750 colaboradores da multinacional francesa em Portugal.

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    CCA Law Firm cria nova área “colaborativa”

    A nova área, com mais de 600 m², foi planeada para facilitar um ambiente de trabalho colaborativo que propicie uma maior eficiência e inclui várias phone booths, meeting booths para pequenos grupos, salas de reunião e áreas lounge que promovem um ambiente informal e dinâmico

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    Depois da abertura, em 2022, de um novo escritório em formato openspace e com vista para o Tejo, a CCA Law Firm volta a marcar a diferença, com a criação de um espaço inovador para o mercado: uma área colaborativa projectada para revolucionar a forma como clientes, parceiros e advogados interagem entre si, aliando a funcionalidade com um design moderno e confortável.
    A nova área, com mais de 600 m², foi meticulosamente planeada para facilitar um ambiente de trabalho colaborativo que propicie uma maior eficiência. Inclui várias phone booths para chamadas privadas, meeting booths para discussões em pequenos grupos, salas de reunião, áreas lounge que promovem um ambiente informal e dinâmico, e áreas de foco que permitem momentos de concentração sem interrupções.
    Este novo conceito, também pensado para empresas e empresários que queiram ter um espaço único onde possam beneficiar de vários serviços de apoio, promete transformar o modo de trabalho em comunidade na cidade de Lisboa.
    “O nosso objectivo, enquanto organização, passou sempre por ter um espaço que pudesse, também ele, espelhar os nossos valores e a proximidade que promovemos juntos dos nossos clientes e parceiros. Representativa da nossa cultura inovadora e tecnológica, esta nova área permite que o trabalho seja desenvolvido ao lado dos diferentes stakeholders, numa lógica de coworking” afirma Domingos Cruz, Managing Partner da CCA Law Firm.
    Quando a CCA Law Firm inaugurou a nova sede, em Alcântara, a resposta dos clientes e visitantes foi extremamente positiva, evidenciando o compromisso da CCA em oferecer não apenas serviços jurídicos, mas também um ambiente que estimula a criatividade e a colaboração.
    Esta expansão da sede é também reflexo do crescimento da CCA nos últimos dois anos, que se verifica não apenas ao nível das instalações físicas, mas também ao nível do leque de serviços, áreas de atuação e, consequentemente, em número de profissionais, que têm crescido e se têm diversificado junto dos clientes.
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    Bruno Amaro, Rural Business Developer da Savills

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    Savills com novo Departamento de Rural

    A consultora criou novo departamento para acompanhar o crescente número de investidores com interesse em terrenos agrícolas e florestais em Portugal. A liderança do novo departamento foi entregue a Bruno Amaro

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    Bruno Amaro vai liderar o novo Departamento de Rural, criado pela Savills para responder à necessidade de acompanhar e assessorar a nível profissional o crescente número de investidores, nacionais e internacionais, com interesse em terrenos agrícolas e florestais em Portugal. Bruno Amaro conta com mais de 15 anos de experiência no desenvolvimento de negócios e gestão de activos em multinacionais.

    Licenciado em Direito, Bruno destaca-se pela sua vasta experiência nacional e internacional na criação e gestão de empresas, activos e fundos de investimento agrícolas. É perito em auditorias legais, negociações comerciais e direito corporativo, tendo integrado mais de 1.000 processos de transacção de activos. Participou na criação de um negócio agrícola de 20.000ha e geriu um fundo de investimento com portfolio de ativos de mais de 30.000ha. Adicionalmente, é membro das Ordens dos Advogados de Portugal e da Roménia, reforçando o seu perfil na área de desenvolvimento de negócios.

    “É com grande entusiasmo que integro a Savills e aceito a missão de desenvolver este novo departamento. Portugal tem um potencial enorme nos sectores agrícola e florestal, e o nosso objectivo será o de proporcionar aos nossos clientes as melhores oportunidades para fazer crescer os seus negócios, num mercado em plena expansão”, refere Bruno Amaro, rural business developer da Savills Portugal.

    A Savills Portugal continua, desta forma, a consolidar a sua posição no mercado nacional, apostando na expansão e diversificação das suas áreas de actuação, com uma forte ênfase na inovação e em responder às actuais necessidades de mercado.

    “Num momento em que os sectores agrícola e florestal ganham crescente relevância no panorama económico global, o lançamento em Portugal de um departamento que esteve na origem da Savills no Reino Unido, o de Rural, é um passo natural, para o qual só nos faltava encontrar o perfil adequado. O Bruno Amaro conta já com muitos anos de experiência, apresentando competências comprovadas nesta área de negócio a nível nacional e internacional. É, sem dúvida, a escolha certa para implementar e desenvolver este novo departamento da Savills Portugal, que tem um enorme potencial de crescimento no nosso país dadas as novas megatendências de consumo que hoje testemunhamos. Damos as boas-vindas ao Bruno e estamos certos de que alcançará enormes sucessos nesta nova fase da sua carreira”, afirma Paulo Silva, head of country da Savills Portugal.

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    Engenharia

    Delegação Sul da Ordem dos Engenheiros promove conferência sobre PRR

    O estado da implementação do PRR no distrito de Setúbal e o papel crucial da engenharia para o sucesso do programa na região vai estar em debate no dia 15 de Outubro, às 17h30, no Fórum Cultural de Alcochete

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    A Delegação Distrital de Setúbal da Ordem dos Engenheiros, com o apoio da Ordem dos Engenheiros – Região Sul (OERS), traz a debate o estado da implementação do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) no distrito e o papel crucial da engenharia para o sucesso do programa na região. A conferência terá lugar no dia 15 de Outubro, às 17h30, no Fórum Cultural de Alcochete.

    A sessão de abertura estará a cargo de André Vilelas, delegado distrital de Setúbal da OERS, e de António Carias de Sousa, presidente do Conselho Directivo da OERS e será seguida de uma apresentação por parte de Pedro Dominguinhos, presidente da Comissão Nacional de Acompanhamento do PRR. 

    O evento contará ainda com um painel de discussão composto por representantes de destaque da região, com a participação da The Navigator Company, Ascenza e do Instituto Politécnico de Setúbal. Estas instituições partilharão as suas experiências e perspectivas sobre a aplicação do PRR e o impacto deste plano estratégico no desenvolvimento local. A moderação estará a cargo de Carlos Mineiro Aires, representante da recém-criada Fundação da Construção.

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    Construção

    Governo adjudicou primeira concessão da LAV Porto Lisboa

    O contrato foi adjudicado por 1,6 mil milhões de euros. Ao valor da adjudicação acresce um valor máximo de 480 milhões de euros, expresso a preços correntes, a ser pago pela IP à futura Concessionária, durante o período de desenvolvimento, destinado a cobrir as despesas inerentes aos projectos, expropriações e obras que foram objecto da candidatura ao programa de fundos europeus Connecting Europe Facility for Transport 2 a qual foi, entretanto, aprovada

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    O Governo adjudicou ao consórcio Lusolav – Gestão da Ferrovia de Alta Velocidade, a concessão da linha ferroviária de Alta Velocidade entre Porto e Oiã, a primeira de três fases da ligação de alta-velocidade entre Porto e Lisboa. O consórcio é liderado pela Mota Engil e participado pela Teixeira Duarte, Casais, Alves Ribeiro, Conduril e Construções Gabriel A.S. Couto

    O objecto do Contrato de Concessão inclui a concepção, projecto e construção dos seguintes elementos ferroviários: 71 quilómetros de uma nova linha de alta velocidade entre a Estação de Campanhã, no Porto, e Oiã, a adaptação da actual Estação de Campanhã às necessidades da alta velocidade, uma nova estação enterrada em Vila Nova de Gaia, na zona de Santo Ovídio, uma nova ponte sobre o rio Douro, ligações à Linha do Norte, nas proximidades de Canelas e uma nova subestação de tracção eléctrica na zona de Estarreja.

    O objecto do contrato inclui, ainda, a manutenção e disponibilização, por um período de 25 anos, dos elementos atrás referidos, à excepção da Estação de Campanhã e da componente à superfície da Estação de Gaia (Sto. Ovídio).

    O contrato, com um prazo total de 30 anos, o qual inclui um período de desenvolvimento, que se estima que seja de 5 anos, e um período de disponibilização da infraestrutura de 25 anos, foi adjudicado por um valor de 1 661 362 811,55 euros, expresso em valor actual líquido, por referência a Dezembro de 2023.

    Ao valor da adjudicação acresce um valor máximo de 480 000 000,00 euros, expresso a preços correntes, a ser pago pela IP à futura Concessionária, durante o período de desenvolvimento, e destinado a cobrir as despesas inerentes aos projectos, expropriações e obras que foram objecto da candidatura ao programa de fundos europeus Connecting Europe Facility for Transport 2 (CEF 2), a qual foi, entretanto, aprovada.

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    Imobiliário

    Gesvalt e aRetail analisam evolução do mercado imobiliário nacional

    Até ao final do ano o investimento imobiliário no mercado português, deverá ultrapassar a barreira dos 2.000 milhões euros, Escritórios, com uma fatia de 37% , e Retalho, com 35%, são dois dos segmentos em destaque. Os números foram debatidos num encontro promovido pelas consultoras Gesvalt e aRetail

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    A Gesvalt, empresa que actua no sector da consultoria e avaliação e a aRetail, consultora imobiliária especializada na venda e aluguer de espaços comerciais, realizaram um encontro para debater e analisar as principais tendências de investimento no sector imobiliário português.
    Actualmente verifica-se um aumento superior a 20% do investimento imobiliário no mercado português, prevendo-se que até final do ano de 2024 seja ultrapassada a barreira dos 2.000 milhões euros.  Para este investimento contribui, com um peso muito relevante, o mercado internacional que representa cerca de 67% das inversões, tendo-se concentrado sobretudo no segmento de escritórios, com 37% do total, e no retalho, cujos valores se situam nos 35%. Por outro lado, o sector hoteleiro foi responsável por 24% do investimento e o sector industrial e logístico representou cerca de 3%.
    Dentro destes segmentos, a área do retalho deteve a maior atenção por parte dos oradores, mostrando a importância do aumento das vendas em lojas, com um aumento YoY de 3%, sendo que o ‘Consumer Spending’ teve um aumento de 1,4% face ao mesmo período do ano passado. A estas tendências acresce o aumento do turismo, com o aumento no movimento de passageiros a atingir novos máximos históricos no primeiro semestre 2024 com um crescimento de 5% face ao primeiro semestre 2023, o que impulsionou o rendimento deste segmento e, com ele, o investimento. Ao mesmo tempo as yields das principais cidades portuguesas mantêm-se em níveis atractivos, com a High Street do Porto em torno do 5% e 4,5% em Lisboa, e os Shoppping Centres por volta dos 7,0%.

    O evento, cuja apresentação esteve a cargo de Jorge Rodríguez, country manager Portugal da aRetail, e António Braz, managing director da Gesvalt no país, contou ainda com uma mesa redonda com a participação de Sérgio Meireles, head of Real Estate Investment, e Miguel Costa Sena, head of Expasion of Health Welness & Beauty da Sonae MC.

    António Braz, managing director da Gesvalt em Portugal referiu que “o mercado imobiliário em Portugal vive um momento de afirmação, onde os valores pré-pandemia já foram ultrapassados em vários segmentos, como o de Escritórios e Retalho, especialmente impulsionados pelo comportamento excepcional do Turismo”. De acordo com o mesmo especialista, “as yields são em muito suportadas pelo aumento do número de visitantes e pelo seu perfil, sendo de destacar o aumento dos gastos diários por visitante. Estamos a observar uma grande concorrência nas zonas mais nobres das principais cidades do país onde chegam ‘Marcas Premium’ e se verifica inclusive uma espécie de lista de espera pelas melhores localizações face à escassa oferta disponível”.

    Por seu lado, country manager Portugal da aRetail, defendeu que “actualmente, Portugal não é apenas uma tendência para os investidores; tornou-se uma opção de investimento muito sólida, especialmente para fundos de investimento, Family Offices e investidores privados. Este atractivo tem sido reforçado pelo aumento do turismo durante o primeiro semestre de 2024. Os turistas que visitam Portugal têm um maior consumo médio por pessoa, o que aumentou a procura por parte de marcas de retalho, do sector residencial, hoteleiro e de escritórios. A maior parte desta procura concentra-se nas zonas mais exclusivas do país, como Lisboa e Porto, embora também se observem investimentos importantes no Algarve e em algumas zonas dos arquipélagos, como é o caso do Funchal na ilha da Madeira.”

    Segundo Jorge Rodríguez, “este interesse tem provocado uma intensa concorrência entre as marcas de retalho por se estabelecerem nestas áreas, o que contribuiu para a consolidação dos preços de arrendamento. Nas zonas mais exclusivas de Lisboa, as rendas situam-se em torno dos 130-140 €/m², enquanto no Porto, a média é de 80 €/m². O interesse dos investidores deve-se, em grande parte, às atrativas expectativas de rentabilidade (yields) no mercado de retalho, que se situam em 4,25% e 4,75% em Lisboa e 4,75% e 5,25% no Porto, ambas em áreas prime”.

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    Imobiliário

    Entrecampos: Um projecto que “redefinirá o coração da cidade”

    Os norte americanos Kohn Pedersen Fox (KPF) revelaram o seu projecto arquitectónico para dois lotes, A e B1, no Masterplan de Entrecampos, em Lisboa, um empreendimento da Fidelidade Property Europe e no qual têm trabalhado em estreita colaboração com o atelier Saraiva e Associados

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    Os norte americanos Kohn Pedersen Fox (KPF) revelaram o seu projecto arquitectónico para dois lotes, A e B1, no Masterplan de Entrecampos, em Lisboa, um empreendimento da Fidelidade Property Europe e no qual têm trabalhado em estreita colaboração com o atelier Saraiva e Associados, escreve o Diário Imobiliário, de acordo com comunicado.

    O projecto que pretende criar “um novo e vibrante destino para a cidade” foi também apresentado na feira internacional de imobiliário, Expo Real, que decorre na Alemanha.

    Miguel Santana, administrador da Fidelidade Property, considera que o projecto EntreCampos “redefinirá o coração da cidade, tornando-se o novo epicentro do Central Business District”.

    “Desde o primeiro esboço, estamos a desenvolver o conceito com o objectivo de ter um projecto aberto à cidade e que convida as pessoas a usufruir deste espaço sete dias por semana, de manhã à noite”, acrescenta.

    Em Entrecampos, a KPF “procurou captar a essência da paisagem urbana de Lisboa, com espaços públicos em diferentes níveis, vistas escondidas e praças movimentadas com restaurantes e cafés. O design escalonado garante que a maioria dos pisos de escritórios tem acesso directo a espaços exteriores e terraços. Já o design da fachada responde à rica paleta de arquitectura existente em Lisboa”, refere o atelier norte-americano em comunicado.

    Os seis novos edifícios partilham uma linguagem arquitectónica comum, enquanto as variações de escala e materialidade, bem como a profundidade e a forma dos nichos das janelas, criam uma família de edifícios, cada um com a sua própria identidade”.

    Com ligação estreita à estação de Metro, as novas ruas “criarão uma nova zona comercial no coração de Entrecampos – o Mercado de Entrecampos – um mercado que recorda a utilização original do local”. A existência deste mercado ancora o projecto da KPF na história do local e excelentes espaços de restauração e bebidas vão dar vida ao novo bairro.

    O espaço permeável torna-se um tecido de ligação, ligando as áreas residenciais densamente planeadas e os edifícios de escritórios autónomos nas proximidades, e proporciona espaço para encontros informais e programação sazonal.

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