Re/max: transacções de prédios para reabilitação mantém-se alta
Nos primeiros oito meses do ano, a rede imobiliária comercializou 219 prédios. 79,5% dos compradores são nacionais, com o distrito de Lisboa a representar 28,2% das vendas, seguido de Setúbal (14,9%), Porto (12,3%) e Santarém (7,4%)

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e acordo com dados apurados pela Re/max, de Janeiro a Agosto, a rede foi responsável pela venda de 219 prédios, uma média de 27 transacções por mês, correspondentes a um total de 390 transacções imobiliárias. Neste período, a venda de prédios significou um volume de preços na ordem dos 107 milhões de euros. O preço médio por prédio fixou-se nos 489 mil euros e, segundo a empresa, a maioria dos prédios transaccionados têm como fim a reabilitação, contribuindo assim para a revitalização de várias áreas urbanas e um desenvolvimento mais sustentável do mercado habitacional.
Dos compradores envolvidos nas transacções de compra e venda de prédios, realizadas entre 1 de Janeiro e 31 de Agosto, 79,5% foram nacionais, responsáveis por mais de 300 transacções neste período, uma ligeira descida face a igual período de 2022 (82%). A maior incidência verificou-se no distrito de Lisboa (28,2%), seguindo-se Setúbal (14,9%), e Porto com 12,3%. Santarém (7,4%) e Coimbra (5,6%) completam o top 5 dos distritos com maior número de negócios realizados. Referir que distritos como o Porto, Santarém, Braga, Portalegre, Vila Real e Aveiro registaram subidas, fruto de uma maior distribuição do segmento pelas várias regiões.
Os dados agora apresentados e relativos aos primeiros oito meses de 2023 mostram que o segmento contou com a intervenção de 23 nacionalidades estrangeiras, oriundas dos cinco continentes, registando um aumento face às 17 intervenientes em igual período de 2022. No caso destes compradores internacionais, verificou-se que em termos do número de imóveis 2,3% coube a cidadãos norte-americanos, seguindo-se italianos (2,1%), ingleses e brasileiros (1,8% cada nacionalidade).
No que concerne ao valor médio dos prédios transaccionados aumentou cerca de 13% face ao período homólogo de 2022, e que se explica pela subida generalizada dos preços dos imóveis nos últimos anos. Nestes oito meses de 2023, a venda de um prédio de sete pisos, localizado na Rua Castilho, freguesia de Santo António, em Lisboa, pelo valor de 9,5 milhões de euros, foi a maior venda do segmento neste período.
“O segmento da compra e venda de prédios tem estado mais dinâmico do que outros segmentos no mercado imobiliário nacional, tendo vindo a registar uma maior internacionalização e, paralelamente, uma desconcentração em regiões específicas do território nacional”, sublinha Beatriz Rubio, CEO da Re/max Portugal
A responsável sublinha que “a grande maioria dos prédios tem como fim a reabilitação, contribuindo para uma revitalização de várias áreas urbanas e um desenvolvimento mais sustentável do mercado habitacional. Na verdade, a aquisição de prédios para reabilitação apresenta um enorme potencial de desenvolvimento, dada a notória escassez da oferta habitacional, em resultado de um atraso que se tem vindo a acumular nos últimos anos. Esta reabilitação dos edifícios ajudará a requalificar o tecido urbano, modernizando-o e valorizando os espaços circundantes.”