Estudo: Condições de habitação influenciam saúde mental dos jovens na Europa
Estudo europeu, promovido pela The Class Foundation, em parceria com a Livensa Living e outros operadores do sector, revelou que o ambiente em que vivem os estudantes tem um impacto significativo na sua saúde mental
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As condições de alojamento em que vivem os jovens estudantes é um dos principais factores a influenciar a saúde mental dos jovens na Europa, conforme revela o estudo Student Living Monitor, da autoria pela The Class Foundation, em parceria com operadores do sector, como a Livensa Living.
O estudo aplicou o “Índice de Inventário de Saúde Mental (MHI-5)” a mais de 3.300 estudantes em 40 países diferentes, uma ferramenta que permite medir o bem-estar numa escala de 0 a 100, onde pontuações acima de 60 indicam boa saúde mental e bem-estar ideal.
Uma das principais conclusões do estudo é a de que os estudantes que residem em ambientes colectivos geridos por terceiros, tradicionalmente as residências universitárias, apresentam melhores níveis de saúde mental do que os que vivem em casa dos pais ou em alojamentos partilhado, com os primeiros a apresentar uma pontuação média de MHI-5 de 57,6 pontos, contrastando com os restantes que obtiveram uma pontuação inferior a 52,4 pontos.
A par das conclusões apresentadas, o estudo sugere ainda quatro áreas chave para melhorar a saúde mental dos estudantes, indo desde a possibilidade de escolher um alojamento digno à necessidade de ter apoio profissional disponível. Em primeiro lugar, surge como fator crucial a possibilidade de os estudantes poderem escolher o seu alojamento, o que reforça a necessidade de aumentar a oferta disponível, seguido da necessidade de construir um sentido de comunidade, com a oferta de espaços comuns e áreas para socializar e promover o bem-estar físico e mental.
O estudo destaca ainda o papel positivo que os ambientes inclusivos e diversos têm na promoção da saúde mental, bem como a importância de ter apoio profissional disponível e saber que se pode contar com esse apoio, nomeadamente durante a fase de mudança de vida por que passam os estudantes.
“Estas conclusões são uma chamada de atenção para as faculdades, os operadores de alojamento e os responsáveis políticos, para que deem prioridade e melhorem o apoio à saúde mental dos estudantes. É imperativo investir em programas integrais de saúde mental, desenvolver alojamentos inclusivos e cultivar um ambiente de apoio que fomente o bem-estar e a resiliência dos estudantes”, afirma Kelly-anne Watson, directora general da The Class Foundation.
A Livensa Living, uma das promotoras do estudo e um dos principais operadores no mercado de alojamento flexível para estudantes na Península Ibérica, desenvolveu em Portugal programas de Community Life focados em criar comunidades dinâmicas e activas na sociedade entre os membros da residência, e dando aos estudantes acesso a uma rede de psicólogos externa.
A par da promoção de workshops e de actividades desportivas nas residências, a Livensa Living tem disponível para os estudantes um programa de padrinhos e madrinhas, para acompanharem os novos estudantes no início do ano lectivo, bem como dois coordenadores por residência para ajudar a preparar actividades para os residentes, bem como fomentar a inclusão e participação.