Ciclo de conferências expõe o paradigma da Arquitectura
Durante dois dias, a MaisConcreta23 irá debater aquele que é o paradigma actual da Arquitectura: como construir de forma massiva num cenário de escassez de recursos, de maior urgência nos prazos de construção e com menor impacto no ambiente? O ciclo de conferências é comissariado pela Ordem dos Arquitectos Secção Regional Norte e tem a curadoria do colectivo depA architects. Os diferentes intervenientes vão trazer soluções e propostas concretas para ajudar a responder à questão

Manuela Sousa Guerreiro
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“Hoje é indelével a preponderância da crise ambiental que atravessamos na concepção dos edifícios que faltam construir e reabilitar. Vivemos um momento muito particular em que o Estado tem em marcha um ambicioso plano para construir habitação pública em larga escala, lares de idosos, creches, residências de estudantes, entre outros programas. Esta aparente contradição entre a necessidade de construir de forma massiva e a escassez de recursos, conjugados com a pressão motivada pela urgência do processo é uma das maiores inquietações do sector da construção. Onde está e onde ficará a arquitectura neste novo paradigma?” A questão serve de mote ao ciclo de conferências que acompanha esta primeira edição da MaisConcreta23. Os encontros são comissariados pela Ordem dos Arquitectos Secção Regional Norte (OASRN) e têm a curadoria do colectivo depA architects.
O “Futuro” escreve-se hoje e é preciso olhar aos bons exemplos
Assente na premissa “O Futuro é Ecológico”, que é a essência do evento, o ciclo de conferências agrega as várias dimensões da construção, dos materiais e da arquitectura e tem a preocupação de encontrar soluções que respondam ao paradigma lançado. “O tema é de grande urgência, mas está longe de ser novo. Por essas razões é possível encontrar um grande número de práticas que trabalham com ele. Com o conjunto de convidados que apresentamos, pretendemos mostrar um variado leque de soluções construtivas que são empregues de forma muito qualificada. Serão apresentados projectos construídos em madeira, em pedra, em betão pré-fabricado, em terra, em estrutura metálica, entre outros”, a resposta é dada pelo depA architects, representado pelos arquitectos Carlos Azevedo, Luís Sobral e João Crisóstomo.
O programa é público e nele é notório que há uma nova geração de arquitectos e empresas para quem o presente já é ecológico. Embora o colectivo rejeite um conflito de gerações. “Percebe-se que na geração mais nova a questão ecológica está já muito enraizada. Mas não foi nossa intenção apresentar o problema como sendo exclusivo de uma geração. Longe disso. Quisemos antes dar a perceber dois pontos essenciais. Por um lado, o tema da ecologia é complexo e pode reflectir-se na construção de diversas formas. Tanto aparece em soluções hi-tech, que recorrem a sistemas globalizados de produção industrial, como em soluções low-tech que recorrem a materiais e técnicas locais. Por outro, apesar do tema ser complexo, é possível encontrar um grande número de projectos construídos ou em construção cuja concepção revela uma grande preocupação com o tema da ecologia”, sustentam.
Assim, pela Alfandega do Porto irão passar arquitectos, empresas, investigadores e indústria, com cartas dadas, exemplos e soluções para se construir de forma mais sustentável.