Siemens aposta na digitalização industrial
Ao CONSTRUIR, o responsável da Siemens Digital Industries em Portugal revela que “hoje em dia se fala mais em soluções que em equipamentos”. Luís Bastos explica a aposta do grupo na digitalização, o acelerador de um processo onde é possível produzir mais com menos recursos e com ganhos de eficiência, desde logo porque quem gere vai poder ter acesso a uma maior quantidade de informação que pode sustentar a tomada de decisões estratégicas

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A teoria não é de hoje, mas a evolução tecnológica, na era do aprofundamento da Inteligência Artificial, torna mais relevante esta evidência: transformar dados em informação é um passo essencial para tomar melhores decisões estratégicas. Não basta só colectar os dados — eles precisam de ser processados para ganharem sentido e se tornarem úteis. O essencial está, agora, na forma como esses dados são recolhidos e, por conseguinte, trabalhados.
A Siemens, especialista em soluções digitais para a economia, indústria e infraestruturas urbanas do futuro, tem, ao longo dos últimos anos, reforçado a aposta em modelos mais avançados que permitem às empresas dar esse passo em frente na identificação e abordagem às melhores práticas que as tornem mais produtivas e competitivas.
Ao CONSTRUIR, o responsável da Siemens Digital Industries em Portugal revela que “hoje em dia se fala mais em soluções que em equipamentos”. Luís Bastos recorda que o grupo, nos últimos anos, tem efectivamente “investido largamente em equipamentos mas, no final das contas, interessa o valor daquilo que apresentamos ao mercado, o valor acrescentado”. “O nosso posicionamento é, cada vez mais, o de um solution provider”. Para aquele responsável, o tipo de soluções desenvolvidas pela Siemens podem “ajudar a optimizar os vários processos industriais e na área das infra-estruturas, tendo como mote a sustentabilidade”.
Entre as apostas mais recentes está o Xcelerator. Trata-se de uma plataforma de negócios digital aberta, para acelerar a transformação digital e a criação de valor para clientes de todas as dimensões, nas áreas da indústria, edifícios, redes de energia e mobilidade. Esta plataforma de negócios torna, de acordo com a empresa, “a transformação digital mais fácil, rápida e escalável. A Siemens Xcelerator inclui um portefólio seleccionado de hardware, software e serviços digitais, de todo o universo Siemens e de terceiros certificados, conectados à IoT; um ecossistema de parceiros em expansão; e um marketplace em constante evolução para facilitar a interacção e as transacções entre clientes, parceiros e programadores”.
Operações sustentáveis
“Procuramos que as nossas operações sejam o mais sustentáveis possíveis, tanto energeticamente e ambientalmente como financeiramente”, explica Luís Bastos, acrescentando que “procuram contribuir para que se consiga produzir mais com menos recursos, com ganhos de eficiência”. Como se consegue atingir esses ganhos? Luís Bastos explica que “o principal acelerador é a digitalização”. A empresa já tem uma base instalada muito grande nas várias industriais, nos vários chãos de fábrica, nas automações, instrumentação, accionamentos. “Neste momento, estamos a investir largamente na área das tecnologias da informação com um objectivo de ligar estes Mundos, potenciar os vários processos físicos nas instalações industriais”, refere Luís Bastos, para quem a ligação entre estes Mundos vai permitir uma maior optimização dos processos, não estar limitada à capacidade de processamento e armazenamento local mas ter acesso à cloud, com um potencial infinito para processamento de informação, ajustada às tecnologias de data analitics para podermos tirar maior partido da informação que recebemos das várias estações da fábrica e, com isso, ajustar processos”.
O responsável da Siemens Digital Industries explica que é possível, actualmente, construir uma fábrica digital que seja um verdadeiro gémeo do universo físico, desde o desenho do produto à implementação de todo o processo industrial, permitindo reproduzir digitalmente todo o processo produtivo. “Consegue-se com isso optimizações muito significativas, ganhos de eficiência, reduções de custos…Há um denominador comum: entendemos que é possível que, nesta ligação entre o Mundo virtual e o físico, consegue-se optimizar significativamente, tornar mais sustentáveis e gastar menos recursos para produzir mais”, conclui.