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    Andreia Garcia, arquitectura e curadora
    Créditos foto: Frameit

    Arquitectura

    ‘Fertile Futures’ ou uma viagem através de sete territórios da água

    A presença portuguesa na Bienal de Veneza em 2023 percorre os caminhos da água em diferentes hidrogeografias. Identificadas pela importância que representam para o território, como pelas problemáticas ecológicas, sociais, económicas e políticas que têm levado à sua deterioração

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    Andreia Garcia, arquitectura e curadora
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    ‘Fertile Futures’ ou uma viagem através de sete territórios da água

    A presença portuguesa na Bienal de Veneza em 2023 percorre os caminhos da água em diferentes hidrogeografias. Identificadas pela importância que representam para o território, como pelas problemáticas ecológicas, sociais, económicas e políticas que têm levado à sua deterioração

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    ‘Fertile Futures’ expressa o entendimento sobre o “Laboratório do Futuro”, tema proposto por Lesley Lokko para a 18ª Exposição Internacional de Arquitectura – Bienal de Veneza 2023, que convoca, “mais do que a oportunidade de produzir conhecimento sobre um conjunto de temas urgentes à sociedade e ao planeta, também um modo específico de fazer”, discutindo e propondo estratégias para a gestão, reserva e transformação de água doce.

    Contribuindo para uma discussão que é comum e global, ‘Fertile Futures’ problematiza a escassez e gestão deste recurso, a partir do território português. Com foco em sete hidrogeografias, ‘Fertile Futures’ apresenta no Palácio Sinel de Cordes, em Lisboa, os resultados desta investigação multidisciplinar, uma iniciativa coordenada por Andreia Garcia e explicada em entrevista à TRAÇO.

    Os sete casos em estudo exemplificam a acção antropocêntrica sobre os recursos hídricos na Bacia do Tâmega, Douro Internacional, Médio Tejo, Albufeira do Alqueva, Perímetro de Rega do Rio Mira, Lagoa das Sete Cidades e nas Ribeiras Madeirenses.

    De regresso a Lisboa

    Um ano depois, ‘Fertile Futures’ regressa a Lisboa para partilhar, para além da exposição principal que esteve em Veneza, os conhecimentos acumulados ao longo das Assembleias de Pensamento, disseminadas pelo País, e do Seminário Internacional de Verão, realizado no Fundão.

    Inaugurada em Janeiro, a exposição irá manter-se no Palácio Sinel de Cordes até 27 de Abril, onde se encontram expostos os trabalhos realizados pelas equipas artísticas Corpo Atelier, Dulcineia Santos Studio, Guida Marques, Ilhéu Atelier, Pedrêz, Ponto Atelier e Space Transcribers, bem como contributos que decorreram das Assembleia de Pensamento.

    Andreia Garcia recebeu a TRAÇO neste espaço, onde nos fez uma visita guiada através dos territórios ali representados permitindo-nos conhecer uma versão “mais completa” da exposição.

    Que tipo de exposição temos aqui?

    Esta exposição não é exactamente a mesma que esteve em Veneza. É uma exposição mais completa. Além de todos os conteúdos que estiveram expostos no Palácio Franchetti desde Maio de 2023 em Veneza, conta, ainda, com a dimensão da segunda fase do laboratório, que correspondeu ao Seminário Internacional de Verão, situado no Fundão, onde, durante 15 dias, estivemos com alunos dos cinco Continentes a trabalhar, em contexto real e sobre a problemática da escassez de água doce com as mesmas sete equipas de arquitectura que estiveram representadas.

    Mais do que mostrarmos projectos acabados, foi importante explicarmos as reflexões multidisciplinares que, aqui na exposição, estão representadas por imagens, textos e maquetes, assim como pelo documentário, desenvolvido pelo canal 180, com a direcção do Joaquim Mora, que nos acompanhou desde o início do projecto.

    O Seminário, no fundo, foi o culminar do laboratório?

    O Seminário foi a segunda fase deste laboratório, que contou ainda com cinco Assembleias de Pensamento que aconteceram no decurso do projecto. Exatamente um ano depois da primeira Assembleia de Pensamento, inauguramos aqui no mesmo espaço a itinerância da exposição. Por isso, esta exposicão, para nós, é muito importante, porque apresenta o culminar desse processo laboratorial que procurou ser inclusivo e aberto. Além de montarmos um projecto com equipas de trabalho multidisciplinares, procurámos representar todo o País e, onde estão, pela primeira vez, ambas as ilhas – arquipélago dos Açores e o arquipélago da Madeira.

    É expectável que este ciclo tenha continuidade?

    A itinerância pode trazer consigo outros momentos, outra produção de conhecimento, que naturalmente poderão depois verter noutras configurações e noutras mostras, noutros perfis e até noutras geografias. Esta é a ideia. Neste momento existem alguns convites para pensar o futuro do projecto noutros contextos, mas está tudo em aberto. Importará referir que têm sido muitas as investigações de carácter mais académico que se têm debruçado sobre os conteúdos desenvolvidos pelo Fertile Futures.

    Aliás, para mim uma curadoria é isso. É a produção de conhecimento, e mais do que o resultado, importa o processo a partir da investigação.

    Numa perspectiva de continuidade considera ser possível alargar este laboratório a outros territórios?
    O projecto foi pensado nestes contextos a partir de sete hidrogeografias específicas, mas, como disse, há outros projectos de investigação que já derivam deste trabalho. Nesse sentido, poder-se-ia considerar que estamos a caminhar para uma nova fase. Ou seja, num curtíssimo espaço de tempo já há quatro dissertações de mestrado e uma tese de doutoramento que se focam no projeto ‘Fertile Futures’. Portanto, há uma contaminação positiva, de certa forma, e uma sensibilização para estas questões a vários níveis, também académicos.

    Entendemos a Arquitectura como entidade mediadora, capaz de atentar a um problema, de o contextualizar e estudar e, depois, recorrer a múltiplas estratégias de acção algumas das quais a partir de cenários eventualmente ficcionáveis

    Que mensagem pretendem passar com este projecto?

    Aquela que será talvez a maior é alertar e sensibilizar para as consequências do consumo desenfreado, da extracção, da errada distribuição dos recursos hídricos, e de certas medidas politicas, que tendencialmente demonstram mais enfoque no capital do que na salvaguarda do nosso território.

    O facto de entretanto percebermos que estas questões estão a despertar a atenção politica, mesmo que a um nível regional, é também positivo, porque nos dá a esperança de que possa haver permeabilidade para o diálogo entre as várias partes envolvidas, o que, aliás, foi o que sempre se pretendeu com o projecto.

    Nesse sentido, importa referir, por exemplo, que algumas das equipas de arquitetura estão já a trabalhar com os municípios para pensar em estratégias que possam contribuir para a reversão de alguns dos problemas enunciados a partir de trabalhos de campo multidisciplinares.

    Essa profunda preocupação é também importante para percebermos que precisamos de chamar até à arquitectura outros conhecimentos, outras áreas de especialidade com o propósito de trabalharmos em conjunto e, por isso, de um modo mais informado. No caminho que temos percorrido com esta Bienal de Veneza também conseguimos perceber que para encontrarmos mais respostas para os problemas enunciados, teremos de ensaiar novas perguntas capazes de complexidades múltiplas.

    Que papel pode ter a arquitecto neste alerta?

    Entendemos a Arquitectura como entidade mediadora, capaz de atentar a um problema, de o contextualizar e estudar e, depois, recorrer a múltiplas estratégias de acção algumas das quais a partir de cenários eventualmente ficcionáveis, mas que nos sugerem que, na prática, há ainda muito a fazer na ponderação da relação da humanidade com os escossistemas naturais.

    Nesta exposição fica claro que a arquitectura também é política. E que os arquitectos devem ter um papel no planeamento do território e na gestão dos seus recursos, para lá de interesses meramente económicos.

    Temos consciência que a arquitectura, individualmente, não tem capacidade para actuar sozinha na resolução dos problemas e, por isso, convocámos igualmente especialistas das áreas da geografia, da engenharia hidráulica, do paisagismo, da sociologia, da antropologia, da economia, entre outras áreas de conhecimento.

    Com este projecto pretendemos alertar e sensibilizar para as consequências do consumo desenfreado, da extracção, da errada distribuição dos recursos hídricos, e de certas medidas politicas, que tendencialmente demonstram mais enfoque no capital do que na salvaguarda do nosso território

    Porquê ter como ponto de partida diferentes hidrogeografias?

    As diferentes hidrogeografias representam diferentes territórios onde é evidente a acção humana sobre os recursos hídricos. Os sete casos em estudo contam-nos sete histórias sobre o país. Às equipas de projecto foi pedido que se debruçassem sobre cada uma das problemáticas dessas histórias e ensaiassem futuros mais férteis.

    Sendo caso específico do território português, podem, no entanto, ter múltiplos paralelos com outros semelhantes em outros pontos do Mundo. Lendo as hidrogeografias em Portugal e a partir do território português, percebemos claramente que queríamos apontar questões globais.

    Quem está no poder politico actualmente está mais sensível a estas questões?

    Naturalmente, há metas internacionais e essas metas apontam-nos objectivos concretos. Hoje em dia, se não mudarmos as nossas práticas, seja a nível científico ou profissional, ou até doméstico, essas metas não vão ser cumpridas. Definem-se muito objectivos, mas com o objectivo de os alcançarmos assistimos à implementação de medidas contraditórias que muitas vezes levam à exploração desmedida do solo e à errada distribuição dos seus recursos. O poder político necessita de uma prática consciente, focada no longo prazo e na preservação dos ecossistemas. Nenhuma prática é isenta de erros no seu caminho, mas terá de ambicionar fazer melhor e não repetir equívocos.

    Lagoa das Sete Cidades (Ilhéu Atelier)

    Créditos foto: Frameit

    A Lagoa das Sete Cidades é o maior reservatório natural de água doce do arquipélago dos Açores e também uma das sete maravilhas naturais de Portugal. Apesar de romantizada, a atividade agropecuária é responsável pela degradação acelerada dos ecossistemas no território da bacia e na água das lagoas. O desmedido uso de fertilizantes para a produção de pastagens dá origem a processos de eutrofização, causando significativas emissões de dióxido de carbono para a atmosfera, bem como a deterioração do equilíbrio bio-físico-químico da água, inviabilizando a sua utilização. A proposta explora a (re)imaginação utópica da região, combatendo o principal foco de poluição das lagoas açorianas, ao reconsiderar criticamente o uso do solo, em direta articulação com as dimensões sociais, culturais, patrimoniais e naturais que definem a paisagem dos Açores.

    Para repor a qualidade da água, o modelo propositivo apresentado considera remover do território o elemento poluidor das lagoas, ponderando todos os impactos em articulação interdisciplinar, de modo a garantir oportunidades mais sustentáveis. Manipulando as (in)tangibilidades do futuro, os diferentes discursos complementam-se e contribuem para outras visões do lugar, especulando sobre cenários fictícios. O granel, reconhecido elemento da arquitetura vernacular das Sete Cidades, é descontextualizado para albergar o símbolo da indústria agropecuária – a vaca. O arquétipo, tradicionalmente identificado como protetor dos bens agrícolas do solo, vê o seu propósito ironicamente invertido, para proteger o território dos efeitos nefastos da agropecuária.

    Ribeiras Madeirenses (Ponto Atelier)

    Créditos foto: Frameit

    A repetida ocorrência das aluviões nas Ribeiras Madeirenses evidencia o preço a pagar pela urbanização rápida e não planeada do território, agravada pelos cada vez mais frequentes picos de precipitação, fruto das alterações climáticas, cuja responsabilidade redobrada caberá também ao desenfreado e carbonizado sector da construção. O desafio implica a reflexão crítica sobre o trauma associado a estes eventos, desenvolvendo hipóteses de revitalização das linhas de água, hoje fortemente artificializadas, recuperando a resiliência entretanto perdida.

    A partir de uma releitura crítica das Ribeiras Madeirenses, quatro atos expectantes evocam quatro temporalidades que sinalizam transformações nas ribeiras da Madeira em resultado da ação antrópica. Unidos pela linha do desenho do corpo da água, esses atos reinscrevem: a imagem de um tempo pretérito em que a natureza vibrante das ribeiras participava verdadeiramente na vida da cidade; a imagem do tempo catastrófico das aluviões que, vindo do passado, atravessa o presente e ameaça o futuro; a imagem de um presente contínuo em que a vibração dessa vida urbana foi erradicada das ribeiras, numa tentativa de apagamento; e, por fim, a imagem de um tempo futuro que poderá existir e que procura recuperar o potencial latente destes corpos de massa líquida. Procurando na leitura territorial a possibilidade da experimentação de espaços de contenção, retenção e (re)condução para o redesenho do caminho da água, ensaiam-se, a várias cotas, construções topográficas de reconciliação entre o ser humano e a água.

    Bacia do Tâmega (Space Transcribers)

    Créditos foto: Frameit

    A água da Bacia do Tâmega, outrora base de culturas de regadio, é hoje o principal recurso de uma das maiores instalações de energia hídrica verde da Europa. O Sistema Eletroprodutor do Tâmega, conhecido como Gigabateria, trouxe transformações significativas a esta região, tornando evidente o contraste entre dois modos de gerir água: como recurso e bem comum local e enquanto produto mercantil para a criação de energia. Ao explorar formas de articulação entre diferentes escalas e tempos presentes neste território, ativa-se o diálogo, a partir da capacidade mediadora da arquitetura, procurando mitigar o impacto da metamorfose do território, flora, fauna e da vida humana locais.

    Uma hidro-metodologia, materializada em práticas espaciais críticas, combina a análise imersiva e o jogo performativo como proposta arquitetónica para reimaginar o conceito de comuns na gestão hídrica do Tâmega. A investigação analítica, aqui denominada de hipertexto do Tâmega, potencia os contrastes e as ligações entre arquiteturas hídricas da região, os distintos modos da sua gestão e as suas relações com humanos e não-humanos. Recorrendo a hidro-artefactos, a play tour – performada e jogada em Março de 2023 e registada em filme documental – revela métodos poéticos que procuram reconciliar tensões hídricas existentes, enquanto aponta caminhos para o desenho de diálogos que antecipam futuros mais comuns sobre o Tâmega e além.

    Douro Internacional (Dulcineia Santos Studio)

    Créditos foto: Frameit

    A investigação concentra-se na cota alta das margens do Douro Internacional, região paradigmática da relação de dependência e partilha entre Portugal e Espanha, sublinhando a relevância da água na conservação do solo e dos ecossistemas, para além do seu uso enquanto recurso energético e bem essencial para consumo humano. Contribuindo para o combate à desertificação de uma zona crescentemente despovoada, propõe-se a reaprendizagem de técnicas ancestrais e sistemas naturais, e a recuperação da dimensão simbólica dos elementos naturais.

    Uma visão para a preservação da água doce é contada através das raízes da árvore de um Freixo, sobre as quais peças cerâmicas foram moldadas para dar a ver o corpo invisível do chão, trazido aqui por meio de um substituto – um tapete de terra. O solo é o reservatório do futuro, para água e vida: um conceptáculo vivo, mineral e orgânico, onde raízes de árvores se entrelaçam num diálogo de formas que se complementam e desaceleram, espalham e infiltram a água. Trata-se de um sistema complexo e inteligente, de estrutura esponjosa e em permanente mudança, engendrado localmente, e cuja expressão resulta das forças dos diferentes ecossistemas coabitantes, na luta por comida e reprodução da espécie. O “chão como reservatório” é a lição do Douro Internacional para outros lugares, e a evidência de que apenas um saber local, partilhado e multidisciplinar, poderá conseguir ler e reconhecer o potencial de cada chão, daquilo de que é feito e de que precisa.

    Médio Tejo (Guida Marques)

    Créditos foto: Frameit

    O impacto da indústria mineira é manifesto na região do Médio Tejo, nomeadamente na contaminação da água do rio Zêzere e lençóis freáticos de modo alargado. A constatação do elevado nível de metais pesados, acima do máximo recomendado pela Organização Mundial de Saúde, é particularmente grave num momento em que se considera a hipótese do seu transvase, para aumentar o caudal do rio Tejo e garantir o abastecimento de água na área metropolitana de Lisboa. Repensando as políticas e prioridades do extrativismo, a proposta defende a renaturalização progressiva da paisagem, num processo- -manifesto de recuperação e descontaminação, a partir das ferramentas políticas e ativistas da arquitetura.

    A Arquitetura também se faz de manifestos e da coragem para reparar. A partir de registos escritos e performativos, expressa-se uma forte relação de proximidade e intimidade com o território, sensível ao passado e preocupada com um futuro expectante, na urgência de uma nova ação sobre o mundo. A partilha ambiciona unir dispositivos e formas, memórias, inquietações e angústias, para sensibilizar o pensamento e o corpo de quem lê, ouve e vê: a palavra também constrói, o corpo também é lugar. Pela partilha do sensível, reativa-se o afeto.

    Albufeira do Alqueva (Atelier Pedrêz)

    Créditos foto: Frameit

    Apresentada politicamente como caso exemplar, a Albufeira do Alqueva é responsável pela transformação extrema de uma paisagem – de sequeiro a regadio –, com a criação do maior lago artificial da Europa. A sua água permite dar resposta às necessidades energéticas emergentes, incentivar a crescente atratividade turística e, sobretudo, contribuir para a alta produtividade do agronegócio instalado, simultaneamente responsável pela contaminação e superexploração dos solos. Operando sobre as consequências desta alteração e atenta aos impactos na diversidade dos ecossistemas, estruturas patrimoniais e desigualdades sociais, a proposta explora a dimensão operativa e técnica da arquitetura, no desenvolvimento de dispositivos de descontaminação e produção de solo, na antevisão do futuro daquela região.

    De forma ficcional, encena-se um futuro próximo onde a albufeira do Alqueva deixará de existir, dando lugar a um barreiro deserto rodeado por uma floresta exuberante de características únicas: um manto vegetal, formado por um tecido de bolsas circulares de vegetação capazes de reter quantidades de água equivalentes à que existiu outrora no lago. Artefacto para regeneração do solo é um invento construído em aço pela Pedrêz que, a partir da transformação de resíduos decorrentes da agro-indústria em energia térmica, hidrogénio, e carvão, possibilita a purificação da água e a produção de biofertilizante. A resposta concreta de regeneração social e ambiental, através da ação simples e continuada do ser humano na paisagem, reposiciona-o como elemento consciente e gerador de fertilidade.

    Perímetro Rega do Rio Mira (Corpo Atelier)

    Créditos foto: Frameit

    O Rio Mira é envolvido por um largo perímetro de rega atualmente dominado por investimentos e interesses exógenos, impostos aos modelos de exploração agrícola instalados, de menor escala ou ambição. Tirando proveito das redes preexistentes, as explorações de alto rendimento contribuem para o desigual acesso aos recursos hídricos, bem como para a contaminação de solos e água, pela introdução de agroquímicos aceleradores. Ao mesmo tempo, a sua viabilidade assenta na superexploração de trabalhadores imigrantes, agentes ocultos, sujeitos a condições precárias de trabalho e habitação. A proposta advoga o potencial político da arquitetura, a partir da denúncia das situações de exploração e sobreposição, alertando para a ausência de regulação deste sistema.

    Aceitando a incapacidade da Arquitetura para encontrar uma resposta à complexidade desta problemática, avança-se uma instalação-denúncia que, pela sua dimensão poética, procura sensibilizar a consciência global para as questões sociais, ecológicas, administrativas e económicas em debate. Enquanto símbolo da distribuição desejavelmente democrática da água pelo território e pela população que o habita, o aqueduto, aqui incompleto, partido e fragmentado, evidencia a sua própria disfuncionalidade e despropósito. Este objeto mobilizador procura esclarecer a matriz da problemática no acesso à água nestas paisagens, imaginando três momentos distintos: junto à barragem de Santa Clara; num território natural e indefinido; e junto à foz do Rio Mira, onde a grande parte das explorações agrícolas de alto rendimento se aglomeram.

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    Bruno Amaro, Rural Business Developer da Savills

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    Savills com novo Departamento de Rural

    A consultora criou novo departamento para acompanhar o crescente número de investidores com interesse em terrenos agrícolas e florestais em Portugal. A liderança do novo departamento foi entregue a Bruno Amaro

    Bruno Amaro vai liderar o novo Departamento de Rural, criado pela Savills para responder à necessidade de acompanhar e assessorar a nível profissional o crescente número de investidores, nacionais e internacionais, com interesse em terrenos agrícolas e florestais em Portugal. Bruno Amaro conta com mais de 15 anos de experiência no desenvolvimento de negócios e gestão de activos em multinacionais.

    Licenciado em Direito, Bruno destaca-se pela sua vasta experiência nacional e internacional na criação e gestão de empresas, activos e fundos de investimento agrícolas. É perito em auditorias legais, negociações comerciais e direito corporativo, tendo integrado mais de 1.000 processos de transacção de activos. Participou na criação de um negócio agrícola de 20.000ha e geriu um fundo de investimento com portfolio de ativos de mais de 30.000ha. Adicionalmente, é membro das Ordens dos Advogados de Portugal e da Roménia, reforçando o seu perfil na área de desenvolvimento de negócios.

    “É com grande entusiasmo que integro a Savills e aceito a missão de desenvolver este novo departamento. Portugal tem um potencial enorme nos sectores agrícola e florestal, e o nosso objectivo será o de proporcionar aos nossos clientes as melhores oportunidades para fazer crescer os seus negócios, num mercado em plena expansão”, refere Bruno Amaro, rural business developer da Savills Portugal.

    A Savills Portugal continua, desta forma, a consolidar a sua posição no mercado nacional, apostando na expansão e diversificação das suas áreas de actuação, com uma forte ênfase na inovação e em responder às actuais necessidades de mercado.

    “Num momento em que os sectores agrícola e florestal ganham crescente relevância no panorama económico global, o lançamento em Portugal de um departamento que esteve na origem da Savills no Reino Unido, o de Rural, é um passo natural, para o qual só nos faltava encontrar o perfil adequado. O Bruno Amaro conta já com muitos anos de experiência, apresentando competências comprovadas nesta área de negócio a nível nacional e internacional. É, sem dúvida, a escolha certa para implementar e desenvolver este novo departamento da Savills Portugal, que tem um enorme potencial de crescimento no nosso país dadas as novas megatendências de consumo que hoje testemunhamos. Damos as boas-vindas ao Bruno e estamos certos de que alcançará enormes sucessos nesta nova fase da sua carreira”, afirma Paulo Silva, head of country da Savills Portugal.

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    Delegação Sul da Ordem dos Engenheiros promove conferência sobre PRR

    O estado da implementação do PRR no distrito de Setúbal e o papel crucial da engenharia para o sucesso do programa na região vai estar em debate no dia 15 de Outubro, às 17h30, no Fórum Cultural de Alcochete

    A Delegação Distrital de Setúbal da Ordem dos Engenheiros, com o apoio da Ordem dos Engenheiros – Região Sul (OERS), traz a debate o estado da implementação do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) no distrito e o papel crucial da engenharia para o sucesso do programa na região. A conferência terá lugar no dia 15 de Outubro, às 17h30, no Fórum Cultural de Alcochete.

    A sessão de abertura estará a cargo de André Vilelas, delegado distrital de Setúbal da OERS, e de António Carias de Sousa, presidente do Conselho Directivo da OERS e será seguida de uma apresentação por parte de Pedro Dominguinhos, presidente da Comissão Nacional de Acompanhamento do PRR. 

    O evento contará ainda com um painel de discussão composto por representantes de destaque da região, com a participação da The Navigator Company, Ascenza e do Instituto Politécnico de Setúbal. Estas instituições partilharão as suas experiências e perspectivas sobre a aplicação do PRR e o impacto deste plano estratégico no desenvolvimento local. A moderação estará a cargo de Carlos Mineiro Aires, representante da recém-criada Fundação da Construção.

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    (@Infraestruturas de Portugal)

    Construção

    Governo adjudicou primeira concessão da LAV Porto Lisboa

    O contrato foi adjudicado por 1,6 mil milhões de euros. Ao valor da adjudicação acresce um valor máximo de 480 milhões de euros, expresso a preços correntes, a ser pago pela IP à futura Concessionária, durante o período de desenvolvimento, destinado a cobrir as despesas inerentes aos projectos, expropriações e obras que foram objecto da candidatura ao programa de fundos europeus Connecting Europe Facility for Transport 2 a qual foi, entretanto, aprovada

    CONSTRUIR

    O Governo adjudicou ao consórcio Lusolav – Gestão da Ferrovia de Alta Velocidade, a concessão da linha ferroviária de Alta Velocidade entre Porto e Oiã, a primeira de três fases da ligação de alta-velocidade entre Porto e Lisboa. O consórcio é liderado pela Mota Engil e participado pela Teixeira Duarte, Casais, Alves Ribeiro, Conduril e Construções Gabriel A.S. Couto

    O objecto do Contrato de Concessão inclui a concepção, projecto e construção dos seguintes elementos ferroviários: 71 quilómetros de uma nova linha de alta velocidade entre a Estação de Campanhã, no Porto, e Oiã, a adaptação da actual Estação de Campanhã às necessidades da alta velocidade, uma nova estação enterrada em Vila Nova de Gaia, na zona de Santo Ovídio, uma nova ponte sobre o rio Douro, ligações à Linha do Norte, nas proximidades de Canelas e uma nova subestação de tracção eléctrica na zona de Estarreja.

    O objecto do contrato inclui, ainda, a manutenção e disponibilização, por um período de 25 anos, dos elementos atrás referidos, à excepção da Estação de Campanhã e da componente à superfície da Estação de Gaia (Sto. Ovídio).

    O contrato, com um prazo total de 30 anos, o qual inclui um período de desenvolvimento, que se estima que seja de 5 anos, e um período de disponibilização da infraestrutura de 25 anos, foi adjudicado por um valor de 1 661 362 811,55 euros, expresso em valor actual líquido, por referência a Dezembro de 2023.

    Ao valor da adjudicação acresce um valor máximo de 480 000 000,00 euros, expresso a preços correntes, a ser pago pela IP à futura Concessionária, durante o período de desenvolvimento, e destinado a cobrir as despesas inerentes aos projectos, expropriações e obras que foram objecto da candidatura ao programa de fundos europeus Connecting Europe Facility for Transport 2 (CEF 2), a qual foi, entretanto, aprovada.

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    Gesvalt e aRetail analisam evolução do mercado imobiliário nacional

    Até ao final do ano o investimento imobiliário no mercado português, deverá ultrapassar a barreira dos 2.000 milhões euros, Escritórios, com uma fatia de 37% , e Retalho, com 35%, são dois dos segmentos em destaque. Os números foram debatidos num encontro promovido pelas consultoras Gesvalt e aRetail

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    A Gesvalt, empresa que actua no sector da consultoria e avaliação e a aRetail, consultora imobiliária especializada na venda e aluguer de espaços comerciais, realizaram um encontro para debater e analisar as principais tendências de investimento no sector imobiliário português.
    Actualmente verifica-se um aumento superior a 20% do investimento imobiliário no mercado português, prevendo-se que até final do ano de 2024 seja ultrapassada a barreira dos 2.000 milhões euros.  Para este investimento contribui, com um peso muito relevante, o mercado internacional que representa cerca de 67% das inversões, tendo-se concentrado sobretudo no segmento de escritórios, com 37% do total, e no retalho, cujos valores se situam nos 35%. Por outro lado, o sector hoteleiro foi responsável por 24% do investimento e o sector industrial e logístico representou cerca de 3%.
    Dentro destes segmentos, a área do retalho deteve a maior atenção por parte dos oradores, mostrando a importância do aumento das vendas em lojas, com um aumento YoY de 3%, sendo que o ‘Consumer Spending’ teve um aumento de 1,4% face ao mesmo período do ano passado. A estas tendências acresce o aumento do turismo, com o aumento no movimento de passageiros a atingir novos máximos históricos no primeiro semestre 2024 com um crescimento de 5% face ao primeiro semestre 2023, o que impulsionou o rendimento deste segmento e, com ele, o investimento. Ao mesmo tempo as yields das principais cidades portuguesas mantêm-se em níveis atractivos, com a High Street do Porto em torno do 5% e 4,5% em Lisboa, e os Shoppping Centres por volta dos 7,0%.

    O evento, cuja apresentação esteve a cargo de Jorge Rodríguez, country manager Portugal da aRetail, e António Braz, managing director da Gesvalt no país, contou ainda com uma mesa redonda com a participação de Sérgio Meireles, head of Real Estate Investment, e Miguel Costa Sena, head of Expasion of Health Welness & Beauty da Sonae MC.

    António Braz, managing director da Gesvalt em Portugal referiu que “o mercado imobiliário em Portugal vive um momento de afirmação, onde os valores pré-pandemia já foram ultrapassados em vários segmentos, como o de Escritórios e Retalho, especialmente impulsionados pelo comportamento excepcional do Turismo”. De acordo com o mesmo especialista, “as yields são em muito suportadas pelo aumento do número de visitantes e pelo seu perfil, sendo de destacar o aumento dos gastos diários por visitante. Estamos a observar uma grande concorrência nas zonas mais nobres das principais cidades do país onde chegam ‘Marcas Premium’ e se verifica inclusive uma espécie de lista de espera pelas melhores localizações face à escassa oferta disponível”.

    Por seu lado, country manager Portugal da aRetail, defendeu que “actualmente, Portugal não é apenas uma tendência para os investidores; tornou-se uma opção de investimento muito sólida, especialmente para fundos de investimento, Family Offices e investidores privados. Este atractivo tem sido reforçado pelo aumento do turismo durante o primeiro semestre de 2024. Os turistas que visitam Portugal têm um maior consumo médio por pessoa, o que aumentou a procura por parte de marcas de retalho, do sector residencial, hoteleiro e de escritórios. A maior parte desta procura concentra-se nas zonas mais exclusivas do país, como Lisboa e Porto, embora também se observem investimentos importantes no Algarve e em algumas zonas dos arquipélagos, como é o caso do Funchal na ilha da Madeira.”

    Segundo Jorge Rodríguez, “este interesse tem provocado uma intensa concorrência entre as marcas de retalho por se estabelecerem nestas áreas, o que contribuiu para a consolidação dos preços de arrendamento. Nas zonas mais exclusivas de Lisboa, as rendas situam-se em torno dos 130-140 €/m², enquanto no Porto, a média é de 80 €/m². O interesse dos investidores deve-se, em grande parte, às atrativas expectativas de rentabilidade (yields) no mercado de retalho, que se situam em 4,25% e 4,75% em Lisboa e 4,75% e 5,25% no Porto, ambas em áreas prime”.

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    Entrecampos: Um projecto que “redefinirá o coração da cidade”

    Os norte americanos Kohn Pedersen Fox (KPF) revelaram o seu projecto arquitectónico para dois lotes, A e B1, no Masterplan de Entrecampos, em Lisboa, um empreendimento da Fidelidade Property Europe e no qual têm trabalhado em estreita colaboração com o atelier Saraiva e Associados

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    Os norte americanos Kohn Pedersen Fox (KPF) revelaram o seu projecto arquitectónico para dois lotes, A e B1, no Masterplan de Entrecampos, em Lisboa, um empreendimento da Fidelidade Property Europe e no qual têm trabalhado em estreita colaboração com o atelier Saraiva e Associados, escreve o Diário Imobiliário, de acordo com comunicado.

    O projecto que pretende criar “um novo e vibrante destino para a cidade” foi também apresentado na feira internacional de imobiliário, Expo Real, que decorre na Alemanha.

    Miguel Santana, administrador da Fidelidade Property, considera que o projecto EntreCampos “redefinirá o coração da cidade, tornando-se o novo epicentro do Central Business District”.

    “Desde o primeiro esboço, estamos a desenvolver o conceito com o objectivo de ter um projecto aberto à cidade e que convida as pessoas a usufruir deste espaço sete dias por semana, de manhã à noite”, acrescenta.

    Em Entrecampos, a KPF “procurou captar a essência da paisagem urbana de Lisboa, com espaços públicos em diferentes níveis, vistas escondidas e praças movimentadas com restaurantes e cafés. O design escalonado garante que a maioria dos pisos de escritórios tem acesso directo a espaços exteriores e terraços. Já o design da fachada responde à rica paleta de arquitectura existente em Lisboa”, refere o atelier norte-americano em comunicado.

    Os seis novos edifícios partilham uma linguagem arquitectónica comum, enquanto as variações de escala e materialidade, bem como a profundidade e a forma dos nichos das janelas, criam uma família de edifícios, cada um com a sua própria identidade”.

    Com ligação estreita à estação de Metro, as novas ruas “criarão uma nova zona comercial no coração de Entrecampos – o Mercado de Entrecampos – um mercado que recorda a utilização original do local”. A existência deste mercado ancora o projecto da KPF na história do local e excelentes espaços de restauração e bebidas vão dar vida ao novo bairro.

    O espaço permeável torna-se um tecido de ligação, ligando as áreas residenciais densamente planeadas e os edifícios de escritórios autónomos nas proximidades, e proporciona espaço para encontros informais e programação sazonal.

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    Remax lança novo departamento de Inovação

    Liderado por Patrícia Alvarez, esta nova estrutura pretende impulsionar a empresa na vanguarda das melhores práticas e tecnologias do sector

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    A rede imobiliária Remax Portugal anuncia a criação do novo departamento de Inovação, liderado por Patrícia Alvarez. Com o intuito de impulsionar a empresa na vanguarda das melhores práticas e tecnologias do sector, esta nova estrutura pretende reforçar a capacidade dos franchisados em proporcionar o melhor serviço às famílias portuguesas na compra e venda dos seus imóveis.

    “A criação do Departamento de Inovação é uma resposta à necessidade de manter a Remax sempre à frente das tendências do mercado imobiliário. Sermos líderes de mercado implica um compromisso contínuo com a inovação. Queremos garantir que nossos franchisados tenham acesso às melhores ferramentas e práticas para atender da melhor forma possível as necessidades dos clientes”, afirma Patrícia Alvarez, directora do Departamento de Inovação.

    Este novo departamento não apenas abordará as necessidades imediatas dos franchisados, mas também desenvolverá uma visão a longo prazo sobre as inovações necessárias para optimizar a experiência do cliente.

    O foco da marca na criação deste departamento é entender as necessidades internas da empresa, bem como as dos seus clientes, ajudando na comunicação e na gestão de leads. Entre os vários projectos já previstos, estão iniciativas como melhoria da comunicação com franchisados, desenvolvimento de planos de carreira para novos agentes e gestão eficiente de leads.

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    MELLO RDC entrega primeiras chaves do empreendimento ‘Quarteirão Inglês’

    Antigo Hospital dos Ingleses foi reabilitado e transformado em habitação, cujas 17 unidades foram todas vendidas a portugueses. A antiga residência do Capelão, também reabilitada, foi vendida como unidade autónoma a um casal inglês

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    A promotora imobiliária Mello RDC começou a entregar as primeiras chaves aos proprietários do empreendimento ‘Quarteirão Inglês’, no local do antigo hospital dos ingleses. Localizado numa das zonas mais nobres da cidade de Lisboa, entre a Estrela e Campo de Ourique, o edifício dá primazia à qualidade dos materiais e ao detalhe, valorizando o património existente e conta com projecto de António Costa Lima Arquitectos.

    O empreendimento resulta da reabilitação de um conjunto de quatro edifícios adquiridos ao Governo do Reino Unido e que permitiu a recuperação do antigo Hospital dos Ingleses, o Teatro Estrela Hall e o Palacete do antigo Capelão. Já o Teatro Estrela Hall ficou reservado para o futuro Centro de Saúde da Estrela.

    O Quarteirão Inglês é um empreendimento com um total de 17 unidades residenciais, de várias tipologias, incluído duplex, em que todas elas foram vendidas a famílias portuguesas. A antiga residência do Capelão, também reabilitada, foi vendida como unidade autónoma a um casal inglês. Já o edifício da Ordem dos Contabilistas foi cedido à Câmara Municipal de Lisboa para construção do novo Centro de Saúde de Campo de Ourique.

    O Hospital Inglês foi criado em 1870 para dar resposta às necessidades de assistência médica à comunidade inglesa e no século XX alargou a prestação de cuidados de saúde à população em geral, assumindo- se como a unidade hospitalar privada mais antiga de Portugal.

    A escolha dos materiais utilizados na construção do edifício procurou fazer uma reconciliação com a cidade de Lisboa, criando uma harmonia entre o Jardim da Estrela e o maciço arbóreo do Cemitério Inglês. As telhas cinzentas, dispostas na vertical, fazem uma parte do revestimento da fachada e coberturas dos edifícios principais, assim como a cobertura e águas-furtadas do palacete.

    Segundo António Ribeiro da Cunha, CEO da Mello RDC, “este eixo da capital é, sem dúvida, das melhores zonas residenciais, com edifícios muito interessantes e onde temos apostado com soluções diferenciadoras e de grande qualidade. O Quarteirão Inglês é um projecto sobretudo para famílias e foi vendido quase na totalidade a portugueses”.

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    OLI estreia produção de autoclismo reciclado

    “ECO.OPALA” é o nome do autoclismo exterior de dupla descarga, preto, produzido com matéria-prima proveniente de resíduos plásticos pós-consumo transformados em matéria-prima reciclada, o que significa, assim, menos papel, menos plástico e menos água

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    tagsOLI

    A OLI acaba de lançar o primeiro autoclismo produzido com material 99% reciclado,  consolidando o seu “compromisso com a sustentabilidade”.

    “ECO.OPALA” é o nome do autoclismo exterior de dupla descarga, preto, produzido com matéria-prima proveniente de resíduos plásticos pós-consumo transformados em matéria-prima reciclada.

    A sustentabilidade ambiental inspirou também a sua embalagem de cartão com o selo FSC, o sistema internacional de certificação florestal que garante a proveniência de florestas protegidas e bem geridas do ponto de vista ambiental, social e económico.

    Já o habitual saco plástico de embalamento é substituído por um saco bio compostável e as instruções de montagem são transferidas para a caixa do produto, evitando a produção do desdobrável em papel.

    O “ECO.OPALA” significa, assim, menos papel, menos plástico e menos água, inaugurando um novo “standard” de produção sustentável e eficiência hídrica.

    Deste modo, o novo autoclismo faz “jus” ao nome Opala, do grego opallos e do latim opalus, que significa “pedra preciosa”, iniciando uma nova era mais sustentável a partir do complexo industrial da empresa em Aveiro.

    Para o administrador António Ricardo Oliveira, a estreia na produção de um autoclismo cem por cento reciclado “reflecte o investimento contínuo da empresa na inovação e o seu compromisso com a sustentabilidades e a Agenda 2030 das Nações Unidas, ao nível da organização e da produção, adoptando as melhores práticas ambientais e dando passos importantes na economia circular, para reduzir o impacto da sua actividade industrial e da sua cadeia logística no ambiente”.

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    JLL com nova sede a Norte e aposta em nova estrutura de liderança

    A JLL Porto passa a ter o seu escritório no ICON Tower, o que reflecte o crescimento e a consolidação da consultora no Norte do País. Da mesma forma, cria o cargo de Head of Porto para centralizar a representação desta unidade de negócio e assumir a gestão de todas as áreas da operação e que será assumido por Cristina Almeida

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    Para dar resposta à expansão do mercado imobiliário da região Norte, com especial enfoque no Porto, a consultora JLL está a reforçar a sua presença nesta geografia, com a abertura de uma nova sede. O novo escritório, no ICON Tower, reflecte o crescimento e a consolidação da presença da JLL no Norte do País, um mercado dinâmico que tem vindo a ganhar cada vez mais importância.

    Integrada no ICON Community, um dos mais modernos e qualificados empreendimentos de escritórios do Porto, a nova sede da JLL no Norte ocupa um piso direccionado para a experiência do cliente e um outro para o trabalho e encontro dos colaboradores. A concepção dos espaços interiores e respectiva execução foi levada a cabo pela Tétris -Design & Build, empresa do grupo JLL, com o objectivo de proporcionar a todos os stakeholders da consultora um espaço sustentável, colaborativo, funcional, confortável e contemporâneo. 

    Cristina Almeida, head of JLL Porto

    A estratégia de crescimento da JLL nesta região aposta também numa nova estrutura de liderança, criando o cargo de Head of Porto para centralizar a representação desta unidade de negócio e assumir a gestão de todas as áreas da operação deste mercado. As funções são assumidas, com efeitos imediatos, por Cristina Almeida, com um vasto conhecimento do mercado e um dos principais rostos da consultora a Norte.

    Há oito anos na JLL, Cristina Almeida assumia anteriormente a função de Markets & Capital Markets Porto Director. Licenciada em Direito pela Universidade Católica do Porto, iniciou o seu percurso profissional como advogada, tendo ingressado na área de Fashion Retail em 2008 e, desde 2016 que integra a equipa da JLL.

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    Lisboa testa método pioneiro de prospecção arqueológica

    Este primeiro rastreamento está a ser realizado na Baixa Pombalina e os primeiros resultados deverão ser apresentados em conferência a realizar em Lisboa nos dias 18 a 20 de Novembro. O projecto é desenvolvido pela equipa da empresa francesa Exail, em estreita articulação com o Portuguese Quantum Institute e com o CAL – Centro de Arqueologia da Câmara Municipal de Lisboa

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    O subsolo de Lisboa foi escolhido para a testagem de um método pioneiro de prospecção arqueológica: um rastreamento não intrusivo, que permite a detecção e a leitura de vestígios arqueológicos com recurso a novas tecnologias de gravimetria quântica.

    Sendo Lisboa uma das capitais europeias mais antiga, com 3000 anos de continuidade urbana, foi uma escolha natural para experimentar esta tecnologia. Este primeiro rastreamento está a ser realizado, até esta sexta-feira, dia 11 de Outubro, na Baixa Pombalina, cujas evidências arqueológicas subjacentes remontam pelo menos até à Idade do Ferro, e à presença fenícia na cidade.

    O projecto é desenvolvido pela equipa da empresa francesa Exail, em estreita articulação com o Portuguese Quantum Institute e com o CAL – Centro de Arqueologia da Câmara Municipal de Lisboa, no âmbito de um projecto financiado pela Comissão Europeia “Flagship in Quantum Technologies” lançado em 2018.

    Os primeiros resultados desta intervenção serão apresentados na conferência “EQTC – European Quantum Technologies Conference”, que acontece de 18 a 20 de Novembro, em Lisboa.

    Com esta nova abordagem científica pretende-se obter leituras preliminares que desvendem património arqueológico ocultado, antes de realizar escavações arqueológicas e, desta forma, ter uma nova ferramenta de monitorização, que proporcione uma aproximação às realidades históricas existentes sobre os actuais níveis de circulação da cidade, de uma forma não invasiva.

    A gravimetria quântica conta com extraordinários resultados em diferentes áreas, como a Defesa, a Saúde, ou a Geologia, sendo agora aplicada ao património arqueológico.

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