Sotheby’s International Realty antecipa mercado imobiliário de luxo “mais vibrante” com descida das taxas de juro
Seguindo a tendência internacional, também em Portiugal “poderemos assistir a uma recuperação na procura por imóveis, tanto por parte das famílias como por parte dos investidores, ambos sensíveis aos ciclos de política monetária”, refere Miguel Poisson, CEO em Portugal da consultora

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No Luxury Report Intercalar, o primeiro da Sotheby’s International Realty, a consultora imobiliária antevê uma segunda metade de 2024 mais vibrante no segmento de luxo perante o início da descida das taxas a nível global.
“Quando divulgámos o Luxury Outlook 2024 em Janeiro, havia uma expectativa de que haveria várias reduções das taxas de juros nos EUA em 2024, com base em indicações dadas pela Reserva Federal dos EUA (Fed). A descida dos juros poderia desbloquear o stock de imóveis, porque taxas mais baixas tornariam os pagamentos mensais das hipotecas mais acessíveis, permitindo o regresso ao mercado de potenciais compradores”, lembra Bradley Nelson, chief marketing officer da Sotheby’s International Realty.
No momento em que é revelado o Luxury Report Intercalar, pensado para oferecer perspectivas mais dinâmicas sobre a evolução do mercado imobiliário de luxo, as taxas ainda não desceram nos EUA, “mas isso não quer dizer que o mercado imobiliário de luxo estagnou”, acrescenta. A expectativa é de que a Fed possa começar a descer os juros até ao final do ano, acompanhando um movimento que já se regista noutras geografias como é o caso da Zona Euro onde o Banco Central Europeu anunciou em Junho um primeiro corte.
Os juros elevados impactaram nas transacções, reduzindo o número de operações e, consequentemente, os valores dos imóveis, em geral. Na Europa, assistiu-se a um ligeiro alívio nos preços, de 0,3% na Zona Euro e de 1,1% na União Europeia em 2023, variações que englobam as quebras de 7,1% na Alemanha, fruto do abrandamento económico, mas também subidas em economias que continuaram a apresentar ritmos de crescimento mais elevados, casos da Bulgária (10,1%), Croácia (9,5%), Lituânia (8,3%), Polónia (13%), e Portugal (7,78%).
Com a descida de juros no horizonte, “poderemos assistir a uma recuperação na procura por imóveis, tanto por parte das famílias como por parte dos investidores, ambos sensíveis aos ciclos de política monetária”, refere Miguel Poisson. “Esta recuperação do lado da procura registar-se-á num contexto que é ainda de reduzida oferta, o que tenderá a traduzir-se em preços mais elevados no imobiliário residencial como um todo”, acrescenta o CEO da Portugal Sotheby’s International Realty. “O segmento de luxo tenderá a destacar-se, antecipando-se por isso um mercado mais vibrante nos próximos meses”, conclui.
O J.P. Morgan Private Bank aconselhou, ainda em Abril, os seus clientes a investirem no imobiliário de luxo. “Agora é um bom momento para comprar uma casa de luxo”, escreveu o banco de investimento, antecipando a mudança de paradigma. Uma perspectiva corroborada por muitos dos mais de 26 mil especialistas da Sotheby’s International Realty, espalhados por 1.100 escritórios em 83 países e territórios. Em Portugal, a Portugal Sotheby’s International Realty tem 10 escritórios.
“O momento [para comprar uma casa de luxo] é agora se estiver a olhar para o longo prazo”, diz Sam Jenkins, vice-presidente de Vendas na Jameson Sotheby’s International Realty, em Chicago, Illinois, nos EUA. “Na próxima Primavera poderá ser novamente um frenesim, com múltiplas ofertas e muitos compradores à espera”, acrescenta no Luxury Report Intercalar.
Esta perspectiva é válida para imóveis em cidades como Nova Iorque, Londres ou Paris, metrópoles que atraem compradores de todo o mundo, mas é também cada vez mais para outras cidades de menor dimensão que assistiram a uma forte procura durante a pandemia de Covid-19.
“As preferências dos compradores evoluíram, e continuamos a assistir à procura por casas com espaço ao ar livre, ginásios e espaços próprios para escritórios. A flexibilidade oferecida pelo trabalho remoto e híbrido permitiu que os compradores encontrassem um melhor equilíbrio entre trabalho e estilo de vida”, nota o presidente e CEO da Sotheby’s International Realty, Philip A. White Jr..