Brotéria vence Prémio Gulbenkian Património 2024
A intervenção contempla inventariação, preservação, restauro e disponibilização pública da biblioteca e do Fundo do Livro Antigo da Brotéria. As menções honrosas foram para projectos em Lisboa, Coimbra e Funchal
CONSTRUIR
Adrianno Arantes reforça Comissão Executiva da CIMPOR como COO
ALMA Development avança com a construção do Caxias Heights
Serris REIM adquire parque industrial e logístico do Parque Tejo
Hyatt lança na Madeira o primeiro Inclusive Collection em Portugal
AICCOPN: Fogos licenciados e em construção caem até Julho
Energias renováveis garantiram 55,1% do consumo de electricidade em Setembro
Indústria de mobiliário e decoração reforça presença no Reino Unido
Forvis Mazars é a nova inquilina do ICON Douro
Savills coloca Gleba na António Augusto de Aguiar em Lisboa
NOVA FCSH investe 4,2 M€ na reabilitação do Colégio Almada Negreiros
O Prémio Gulbenkian Património – Maria Tereza e Vasco Vilalva deste ano será atribuído ao Projecto Biblioteca da Brotéria – Limpeza, Higienização e Restauro do Livro. A proposta de candidatura, apresentada pela Brotéria – Associação Cultural e Científica, destacou-se, entre um total de 20 projectos candidatos, pela “metodologia exemplar para a inventariação, preservação, restauro e disponibilização pública” deste precioso fundo bibliográfico. A cerimónia de entrega do prémio realiza-se esta quinta-feira, dia 12 de Setembro.
O acervo bibliográfico da Brotéria foi sendo reunido ao longo dos últimos 100 anos, integrando actualmente cerca de 160 mil volumes, 90 mil títulos pertencentes ao Fundo Geral, perto de quatro mil ao Fundo de Livro Antigo (publicados até ao ano de 1800, inclusive) e cerca de 65 mil periódicos, dedicados às temáticas de História da Companhia de Jesus, Filosofia, História, História da Igreja, Teologia, Patrística, ou Sociologia Política, mas ainda (no caso do Fundo de Livro Antigo) Liturgia, Sermonística, Lexicografia, Gramática, Matemática, Astronomia, Pedagogia.
A intervenção implicou não só a limpeza e estabilização de todos os volumes, como também o restauro, por profissionais especializados, das espécies em estado de conservação mais crítico. O projecto contempla ainda o estímulo à investigação científica, ao gosto pela leitura e ao debate de ideias, designadamente através da disponibilização dos espólios bibliográficos de vários investigadores, o acesso digital a fundos documentais do Arquivo Romano da Companhia de Jesus e ao Fundo “Jesuítas na Ásia” da Biblioteca da Ajuda, a abertura gratuita da biblioteca ao público e uma intensa programação que inclui cursos, palestras, mesas-redondas e exposições.
O júri considerou, ainda, que este projecto contribui para a “consolidação local de um importante polo de dinamização cultural que, por sua vez, se articula com a rede envolvente de instituições congéneres”, nomeadamente, o Palácio, a Igreja e o Museu de São Roque, o Museu do Chiado, os teatros de São Carlos, São Luiz e Trindade, a Faculdade de Belas Artes e o Conservatório Nacional.
O júri do Prémio, composto por António Lamas (presidente), Gonçalo Byrne, Raquel Henriques da Silva, Rui Vieira Nery e Santiago Macias, propôs, ainda, ao Conselho de Administração da Fundação Calouste Gulbenkian a atribuição de menções honrosas aos projectos de recuperação do Palácio de São Roque – Casa Ásia – Colecção Francisco Capelo (Lisboa), de reabilitação do Seminário Maior de Coimbra e de reabilitação e restauro do Convento de Santa Clara, no Funchal.
Criado em 2007 em homenagem a Vasco Vilalva, o Prémio, no valor de 50 mil euros, tem tido por objectivo assinalar intervenções exemplares em bens móveis e imóveis de valor cultural que estimulem a preservação e a recuperação do património.