Pedro Antunes, co-fundador da Alea
“O nosso objectivo é atingir as 3500 unidades em operação até 2028/29”
Com o foco no alojamento para estudantes, a King Street e a Alea formaram uma joint venture com vista à aceleração da expansão da plataforma criada para o efeito. Para o pipeline em carteira, está previsto um investimento até 375 milhões de euros
AMP: Porto, Gaia e Matosinhos são os concelhos mais procurados por estrangeiros
Turismo nacional deverá manter tendência de crescimento em 2025
Matilde Mendes assume a direcção de Desenvolvimento da MAP Real Estate
Signify mantém-se pelo oitavo ano consecutivo no Índice Mundial de Sustentabilidade Dow Jones
Porta da Frente Christie’s adquire participação na mediadora Piquet Realty Portugal
Obras da nova residência de estudantes da Univ. de Aveiro arrancam segunda-feira
Worx: Optimismo para 2025
SE celebra a inovação centenária dos TeSys e dos disjuntores miniatura
União Internacional dos Arquitectos lança concurso de ideias destinado a jovens arquitectos
Filipa Vozone e Luís Alves reforçam área BPC & Architecture da Savills
A King Street Capital Management, uma empresa de gestão global de investimentos, e a Alea Capital Partners, uma entidade que se dedica à gestão de activos alternativos, desde a identificação do activo até à operação do mesmo, anunciaram no início deste mês a criação de uma joint venture.
Focados em “acelerar a expansão da plataforma de build-to-rent”, em particular no alojamento de estudantes, as empresas pretendem investir “até 375 milhões de euros em 3500 unidades até 2028/29, data em que este objectivo deverá estar em operação”, revelou ao CONSTRUIR, Pedro Antunes, co-fundador da Alea.
A joint venture inicia a parceria com o desenvolvimento e operação de três activos, com uma área total de 36 mil m2, localizados na Grande Lisboa e no Grande Porto. A indicação da localização das futuras residências não foi ainda revelada e, segundo Pedro Antunes, será dada a conhecer quando se iniciar a sua construção.
“Dois destes activos deverão começar a ser construídos ainda no primeiro trimestre de 2025 e o terceiro no próximo ano também”, indicou. Estes activos irão totalizar cerca de 1300 quartos.
Sendo o total do objectivo chegar aos 3500, é possível que “mais activos sejam adicionados durante o decorrer do ano”, já que os projectos em pipeline encontram-se em diferentes fases de desenvolvimento, seja licenciamento, aquisição ou projecto.
“A parceria visa colmatar a lacuna estrutural existente no mercado de alojamento alternativo, oferecendo uma maior variedade de opções de habitação que atendam a diferentes necessidades e perfis, mantendo sempre o foco na qualidade e na vida em comunidade”, afirma.
Apesar dos próximos projectos se localizarem nos grandes centros urbanos, Lisboa e Porto, “a nossa lógica continua a ser uma aposta em Portugal inteiro”, em particular, nas “principais cidades universitárias”
Liquidez em todo o território
O início da Alea surge com o desenvolvimento de dois projectos, entretanto já vendidos. Braga e Covilhã foram as cidades escolhidas para o arranque do investimento e para o lançamento da marca própria, Andy Student Living.
“A razão pela qual decidimos vender este dois activos foi para provar que existe liquidez para este segmento fora dos grandes centros urbanos”, explicou Pedro Antunes.
Com o desafio superado e conscientes da necessidade de alojamento para estudantes em todo o País, o objectivo é agora de continuidade na aposta no crescimento da marca. Por isso, e apesar dos próximos projectos se localizarem nos grandes centros urbanos, Lisboa e Porto, “a nossa lógica continua a ser uma aposta em Portugal inteiro”, em particular, nas “principais cidades universitárias”.
Além disso, e enquanto plataforma de built-to-rent de soluções de alojamento alternativas, a empresa tem olhado, também, para outros tipos de alojamento, numa óptica de estratégia “macro”.
Roey Shoef, outros dos fundadores da Alea, reforça que “esta joint venture marca um novo capítulo na nossa estratégia de Soluções de Alojamento Alternativas, para oferecer alojamento de qualidade para diferentes usos, tais como estudantes e famílias, começando por Portugal. O nosso modelo fit-to-market operado sob a marca ‘Andy’ irá contribuir para o aumento da oferta de opções de alojamento que são tão escassos, face ao que é a procura do mercado”.
Sustentabilidade e BREEAM
Considerando que “há uma relação muito clara entre a sustentabilidade e a rentabilidade”, até porque “isso implica uma gestão financeira mais inteligente dos edifícios”, o objectivo da joint venture é “termos certificações BREEAM”.
Com projectos do arquitecto Paula da Gama, a aposta recai na inovação e diferenciação, tanto ao nível da construção, como de materiais.
“Já utilizámos as casas de banho modulares e estamos a estudar outras soluções para o futuro. Estamos sempre a olhar para novas soluções que cumpram a necessidade daquilo que é o custo, do preço e da sustentabilidade”.