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    Imobiliário

    Opinião: “O trunfo da tecnologia e digitalização no imobiliário”

    “No ramo imobiliário, a tecnologia está a ter impacto na comunicação com os clientes, apenas e só, calculo que a tecnologia não retira a importância de conhecer o imóvel fisicamente”

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    Opinião: “O trunfo da tecnologia e digitalização no imobiliário”

    “No ramo imobiliário, a tecnologia está a ter impacto na comunicação com os clientes, apenas e só, calculo que a tecnologia não retira a importância de conhecer o imóvel fisicamente”

    Hugo Silva
    Sobre o autor
    Hugo Silva


    Hugo Silva
    Especialista em Mediação Imobiliária

    Para a introdução do tema “tecnologia”, não nos podemos esquecer que a mediação imobiliária é feita por pessoas para pessoas, portanto, não creio que a tecnologia consiga eliminar a importância da relação entre as pessoas. Isto porque, quando se fala em vender ou comprar uma casa, em especial, para habitação própria, é sempre um compra emocional. Sendo uma compra emocional, o contacto “físico” do comprador com o imóvel terá sempre de existir. Penso que as mudanças mais fortes passam pelos agentes imobiliários, muito mais habituados a fazer a sua atividade na rua, onde o contacto pessoal era essencial, e muito motivado pelas agências, formadores e mentores. Como consultor imobiliário, aprendi a “andar na rua”, ir diretamente aos prédios , colocar publicidade nas caixas do correio, fazer o chamado “bate-porta”, andar pelo bairro de carro ou a pé, à procura de novos contactos.

    Esta pandemia e confinamentos obrigatórios, obrigou a que todas estas atividades fossem colocadas em pausa, pois nenhuma delas pode ser concretizada neste momento. Nestas condições, como posso exercer a minha atividade se não posso ir ter diretamente com as pessoas? E é aqui que a tecnologia muda o nosso paradigma – uns de uma forma mais intensa outras de uma forma mais passiva. Todos tivemos de nos adaptar e usar as tecnologias para ir de encontro as pessoas. Na minha ótica, quem não o consegue concretizar verá certamente a sua atividade comprometida a curto prazo, pois invariavelmente, os dias de confinamento e as distâncias sociais vieram para perdurar e nenhum de nós saberá durante quanto tempo. Os trunfos, esses claro, passam essencialmente pelo uso das redes sociais, onde provavelmente há um ano atrás haveria apenas algumas dezenas de consultores que usavam as redes sociais de forma profissional e de forma organizada, e com o objetivo de contactar os seus clientes ou ter novos clientes. Hoje são às centenas, começa a ser difícil distinguir uns dos outros, pois não se consegue distinguir o original da cópia, já tudo parece uma cópia! Nos últimos meses, os vídeos, as fotos em poses, as stories, os relatos, as lives passaram a fazer parte do nosso quotidiano. Isto aproximou os consultores dos seus clientes. Verdade que eu faço parte desta equação. Mas penso que o segredo vai passar pelo equilíbrio entre o uso das redes sociais e do contato pessoal, mas por agora as redes socias ganham um grande importância.

    Outra das grandes novidades que esta pandemia nos trouxe foi a possibilidade de reunir à distância. Talvez para muitos de nós, reunir com um cliente, ou com a equipa de vendas, há um ano atrás trazia sempre alguma dificuldade logística, ou de disponibilidade de agenda, ou até de expansão de negócio, pois a distância, por exemplo, com um cliente internacional, dependia de uma viagem. Hoje plataformas como por exemplo o Zoom, vieram permitir uma maior facilidade de mobilidade virtual. Começou a ser mais familiar para todos, cómodo e rápido uma reunião “zoom”. É claro e muito óbvio que não substitui a relação pessoal, mas garantidamente permitiu que nos pudéssemos manter na nossa atividade, permite que tenhamos esperança. Falo em esperança, porque para quem veio depois da travessia de 2011 a 2015, esperança e resiliência é aquilo que temos de manter. Em conversa com um Broker de um grande grupo de agências imobiliárias de norte a sul do país, ele dizia “há um ano fazer uma reunião com todos os meus diretores de agência era uma complicação, fazia uma vez por mês e era um problema, hoje faço todos os dias!” Depois claro, aplicações como o WhatsApp , Messenger, entre outros, vieram permitir estar em contato permanente com os clientes, se antes da pandemia já estava a ser uma tendência, hoje claramente o cliente está online 24h. Isso, sem dúvida, permite um maior contato com os clientes, mas também vai trazer maior responsabilidade, pois a não resposta ou a resposta errada vai certamente conduzir a imensos problemas na relação comercial.

    Sou, neste atual momento, levado a achar que os emails estão a começar a ser secundários nesta comunicação, penso que os emails estão a ganhar importância apenas e só quando a comunicação é formal. No ramo imobiliário, a tecnologia está a ter impacto na comunicação com os clientes, apenas e só, calculo que a tecnologia não retira a importância de conhecer o imóvel fisicamente, não torna menos importante a relação pessoal, bem pelo contrário, vai trazer maior clareza ao mercado, quem é bom vai ser melhor, quem não tem tanta capacidade ficará mais exposto. Tecnologia muda a forma de comunicação, muda a mobilidade, mas não muda as pessoas!

    NOTA: O CONSTRUIR manteve a versão original do artigo

    Sobre o autorHugo Silva

    Hugo Silva

    Especialista em Mediação Imobiliária
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