Sagres terá Oceanário em 2008
Sagres vai acolher, a partir do Verão de 2008, um novo Centro Oceanográfico, bem como uma Estação de Aquariologia e um Núcleo das Ciências e das Artes. Uma obra de grande investimento, onde pelo menos 21 milhões de euros serão apenas para um dos edifÃÂcos A Fundação Oceanis está a preparar a construção de um… Continue reading Sagres terá Oceanário em 2008
Ana Baptista
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Sagres vai acolher, a partir do Verão de 2008, um novo Centro Oceanográfico, bem como uma Estação de Aquariologia e um Núcleo das Ciências e das Artes. Uma obra de grande investimento, onde pelo menos 21 milhões de euros serão apenas para um dos edifÃÂcos
A Fundação Oceanis está a preparar a construção de um Centro Oceanográfico em Sagres, uma obra constituÃÂda por três núcleos (A, B e C) que representam, respectivamente, um Aquário e Museu do Mar, um Núcleo das Ciências e das Artes e uma Estação Piloto de Aquariologia. De acordo com José Deus, presidente da Fundação Oceanis, as obras do Núcleo A e C (Aquário e Museu do Mar e Estação Piloto de Aquariologia) deverão arrancar em Agosto deste ano e prevê-se que estejam concluÃÂdas em Junho de 2008. Uma obra que será realizada ao abrigo do Programa Operacional do Algarve, da Câmara Municipal de Vila do Bispo e ainda com uma verba do programa regional dos Casinos. Apenas a construção do Núcleo B, que ainda não tem data prevista para o arranque das obras, está dependente do próximo Quadro Comunitário de Apoio. Neste momento sabe-se apenas o valor do Núcleo A, orçado em 21 milhões de euros.
A obra é da autoria do arquitecto francês Jacques Rougerie, que iniciou o projecto em 1997 e que na altura «foi escolhido por ter experiência neste tipo de obras», referiu José Deus. Mas com o arrastar dos anos, o trabalho de Rougerie teve de sofrer alterações e adaptações às normas regulamentares portuguesas, um trabalho que está a ser feito pelo ateliê de arquitectura Infinito Azul e coordenado pela Profabril II (especialidades de engenharia), a quem cabe ainda a realização do projecto de execução. O arquitecto Guilherme Quintino, que participou no projecto com Rougerie, está também a colaborar com a equipa que está a realizar as alterações.
Centro Oceanográfico Designada de Núcleo A, esta intervenção compreende um edifÃÂcio de cerca de oito mil metros quadrados de área de construção, e cerca de 1.300 metros quadrados de áreas envolventes exteriores, onde vai surgir um Aquário e um Museu do Mar. Construir-se-ão dois aquários (água doce e salgada), quatro salas de exposição, uma zona comercial, restaurante, estúdio de cinema com 80 lugares, uma zona pedagógica, uma zona de administração, e por fim zonas de tratamento de águas e de ar, laboratórios e consultório veterinário.
A principal caracterÃÂstica do espaço evidencia-se na concepção arquitectónica, uma vez que o terreno apresenta uma forma rectangular com uma «forte inclinação no sentido do seu maior comprimento», pode ler-se na memória descritiva. Assim, «a volumetria do Núcleo A é constituÃÂda por um conjunto de seis nÃÂveis que se desenvolvem em plataformas sucessivas perfeitamente integradas no declive do terreno (em escada)».
No interior, o oceanário será composto por três áreas, sendo que na primeira ficarão a administração, o museu, a zona comercial e diversas zonas de serviço, e a segunda abrigará a zona da recepção exterior, ou seja, a zona de entrada no edifÃÂcio, onde se colocará uma cúpula central em vidro e onde se terá acesso ao museu, ao aquário, àzona comercial e de restauração, e ao estúdio de cinema. Por fim, a terceira área compreenderá todas as zonas a que se tem acesso através da segunda área. O edifÃÂcio, que na prática terá uma altura rasteira, será ainda contornado por um muro maciço em pedra, de forma a assegurar a integração paisagÃÂstica «e contribuindo para um conforto térmico natural no interior». Terá uma cobertura vegetal dos seis nÃÂveis dos terraços.
Os Núcleos B e C O Núcleo B – Núcleo das Ciências e das Artes «visa dotar a comunidade de um serviço essencial para o desenvolvimento social, cultural, artÃÂstico e cientÃÂfico da região, do Concelho e em especial de Sagres», pode ler-se na descrição do projecto. O edifÃÂcio terá uma área bruta de construção de quatro mil metros e uma baixa volumetria (apenas dois pisos) baseada numa «arquitectura intemporal, enquadrada numa estética enraizada nos valores vernáculos da zona». O espaço desenvolve-se em concha, sendo que as áreas que o constituem organizam-se em redor de um pátio central que depois se prolonga numa praça exterior. O programa estabelecido prevê três zonas, sendo a primeira constituÃÂda pelo auditório, café/snack e lojas; a segunda pelo Módulo das Ciências (piso 1) e das Artes (piso 2), biblioteca (piso 2) e sala de exposições (piso 1); e por fim a terceira consiste na área residencial.
Por sua vez, a estação de Aquariologia, intitulado Núcleo C, será o segundo edifÃÂcio de um conjunto de três a arrancar, o que acontecerá ainda este ano, e terá como função principal dar apoio ao Centro Oceanográfico. Composto por um edifÃÂcio que na verdade são dois corpos justapostos, terá uma área bruta de construção de 200 metros quadrados e será constituÃÂdo por «dois amplos espaços» para aquários, «sendo um dos aquários de águas temperadas e outros de aquários para peixes de águas tropicais».
A importância da obra O Centro Oceanográfico de Sagres está planeado há quase dez anos, mas até agora ainda não avançou. A espera parece estar a chegar ao fim uma vez que, segundo José Deus, as obras, ainda que faseadas, arrancam já em Agosto. «A maior importância desta obra, do ponto de vista da utilidade, é que se crie um centro de investigação do mar», afirma José Deus. Este responsável espera ainda que esta obra seja ainda um pólo de atracção turÃÂstica bem como um espaço com uma lógica pedagógica, onde as escolas possam levar os seus alunos. «O conjunto de aquários está organizado de acordo com o ciclo da água», acrescenta José Deus.