Futuro da engenharia civil passa por reestruturação do ensino
“Ao contrário do que acontece nos dias de hoje, em que 90% dos alunos de Engenharia Civil acabam por exercer essa profissão em Portugal, o futuro é de mobilidade geográfica e igualmente de especialização em diferentes áreas” Fernando Branco
Pedro Cristino
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O futuro da engenharia civil passa por mudanças estruturais no ensino, estando algumas já em curso “graças às novas tecnologias de informação”, segundo Fernando Branco.
Na conferência “A Engenharia Civil – Que Futuro?” organizada pela Ordem dos Engenheiros (OE), o professor catedrático do Instituto Superior Técnico referiu que, “ao contrário do que acontece nos dias de hoje, em que 90% dos alunos de Engenharia Civil acabam por exercer essa profissão em Portugal, o futuro é de mobilidade geográfica e igualmente de especialização em diferentes áreas – como a gestão”.
Para o docente universitário, também é relevante “a componente da formação contínua e a capacidade empreendedora que conduza à criação de empresas próprias e à aposta na internacionalização”.
Por sua vez, o presidente executivo da Somague, José Luís Machado do Vale, lembrou que “a engenharia portuguesa está a par do que se faz lá fora” e que os seus profissionais detêm níveis de desenvolvimento, inovação e competitividade muito elevados, embora a actividade internacional não seja “fácil” e exija condições favoráveis e uma boa reputação.
“Devemos entrar onde temos oportunidade, mas sempre preservando as empresas-mãe em Portugal”, explicou o empresário, revelando que acredita que o futuro passa por uma reestruturação do sector da Engenharia Civil em Portugal – “onde existem empresas a mais” -, na aposta nas especializações e nos apoios à internacionalização.
Cristina Machado, presidente do Colégio de Engenharia Civil da OE e moderadora do debate da conferência, declarou que “o exercício da profissão tem vindo a alterar-se” e que, perante a conjuntura do país, se prevê que essas alterações venham a ser ainda mais profundas.
Esta opinião foi corroborada por Carlos Matias Ramos, bastonário da OE, que afirmou que o objectivo da Ordem consiste, através do ciclo de conferências iniciado com esta sessão, em contribuir para a avaliação do passado e para perspectivar o futuro de cada uma das especialidades de engenharia.