Copenhaga, Manchester, Madrid e Barcelona lideram subidas de preços no mercado de arrendamento de curta duração na Europa
“Mercados residenciais espanhóis exibiram um sólido crescimento em termos de valorização ao longo do ano passado, com Madrid e Barcelona a registarem crescimentos de 3,1% e 3,4%, respectivamente”
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Copenhaga, Manchester, Madrid e Barcelona deverão liderar as subidas de preços no mercado de arrendamento de curta duração na região EMEA, segundo o novo EMEA Residential Property Clock, da JLL.
Este estudo monitoriza os movimentos de valorização dos imóveis e de crescimento das rendas nos principais mercados da região, que integra a Europa, Médio Oriente e África. A posição ocupada por cada uma das cidades integradas neste relatório resulta da análise da consultora imobiliária relativamente aos seus respectivos mercados de compra e venda e de arrendamento.
Em comunicado de imprensa, a JLL explica ainda que o posicionamento de cada uma das cidades neste relógio tem ainda em conta a previsão e curto prazo para cada uma das localizações no final de cada trimestre, “mas não pretende ser representativa das perspectivas de mercado em termos de investimento e promoção”.
Para Philip Wedge-Bernal, “estas ferramentas fornecem um retrato contemporâneo das cidades residenciais mais significativas da região EMEA e ilustram as suas movimentações em termos de valorização dos imóveis e do crescimento das rendas”. De acordo com este responsável, “Espanha é o único país onde todos os mercados em análise revelam apetência para um crescimento dos valores das rendas e da própria valorização dos activos no futuro próximo”.
O analista de Residential Research EMEA na JLL comentou ainda que “os mercados residenciais espanhóis exibiram um sólido crescimento em termos de valorização ao longo do ano passado, com Madrid e Barcelona a registarem crescimentos de 3,1% e 3,4%, respectivamente”. “Esta é uma situação que deverá manter-se no curto e médio prazo, à medida que estes mercados recuperem dos períodos anteriores de crescimento negativo”, explicou.
Sobre Londres, Bernal refere que o Property Clock “mostra que a procura por produto residencial abrandou no último trimestre e espera-se que continue a cair”. Esta situação foi, de acordo com o analista, “motivada pelo aprofundar da incerteza económica global, especialmente no que diz respeito à China, mas também, e de forma mais significativa, pela imposição de uma taxa adicional de 3% de Imposto de Selo aos compradores e investidores numa segunda habitação na cidade”. Da mesma forma, o mercado residencial do Dubai devera continuar “a registar um abrandamento na valorização dos activos, fruto de uma actividade moderada de vendas ao longo do último ano”.
O analista referiu ainda acreditar que “a baixa dos preços do petróleo e a instabilidade geopolítica tiveram um impacto negativo no sentimento dos investidores, o que, de alguma forma, ajuda a explicar esta tendência”.
“Após o rápido aumento dos preços residenciais e das rendas registado entre 2012 e 2014, o mercado está agora a passar por um período de estabilização”, continuou Bernal, acrescentando que a JLL prevê “que este abrandamento continue em 2016, à medida que o mercado se ajusta a níveis mais baixos de actividade”.
Relativamente ao mercado em Lisboa, Patrícia Barão considera que “a crescente projecção internacional e atractividade turística de Lisboa devem igualmente contribuir para o aumento da procura neste mercado, já que os investidores internacionais vêem na capital portuguesa oportunidades ímpares para investir em imobiliário residencial, no contexto europeu”.
“E mesmo com os preços de venda a atingirem níveis já bastante elevados nas zonas prime de Lisboa, estão ainda assim abaixo do que se encontra na grande maioria das capitais europeias”, explicou a responsável da Residential da JLL Portugal.
Barão sublinhou ainda que o mercado de arrendamento de curta duração “está igualmente dinâmico, e a forte procura por este tipo de produto levou os promotores a desenvolverem projectos para o investimento imobiliário puro, passando a ser comuns os apartamentos turísticos e o conceito de Hotel Apartamentos”. “Cada vez mais os promotores terão de responder às exigências dos mercados externos, considerando os diferentes mercados e afinando o mix das tipologias de acordo com os objectivos dos diferentes compradores”, concluiu Patrícia Barão.