“Queremos que o Archi Summit seja um marco na agenda da arquitectura nacional”
Bruno Moreira, CEO da empresa detentora do conceito e organização do Archi Summit, explica porque não se pode perder o evento
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Depois do sucesso da primeira edição, o Archi Summit vai voltar ao Porto nos dias 7, 8 e 9 de Julho. Conferências, exposições, mostra de materiais, activação de marcas, networking e alguma diversão prometem invadir o Antigo Matadouro Industrial, em Campanhã. Bruno Moreira, CEO da Modal Creativity, empresa detentora do conceito e organização do Archi Summit, explica porque não se pode perder o evento.
Como nasceu o conceito e o evento?
O Archi Summit nasceu ainda durante o ano de 2014, quando, depois de regressarmos do Brasil com 25 empresas portuguesas do sector, na terceira edição da Casa dos Portugueses. Tanto o Archi Summit como a Casa dos Portugueses são conceitos originais da Modal Creativity. Percebemos que havia um espaço para um evento disruptivo, que aproximasse arquitectos, construtores, materiais e os diferentes intervenientes de um projecto/obra em Portugal. Depois de tudo alinhado, com as parcerias certas e o contacto com vários arquitectos, agendámos para o início de Julho de 2015 a primeira edição, num espaço totalmente inesperado – o Silo Auto. A ideia é simples: criar uma experiência. Com conferências, exposições, mostra de materiais, activação de marcas, networking e alguma diversão. Os arquitectos corresponderam, a organização foi bem-sucedida e conseguimos o objectivo essencial, aguçar o apetite para a segunda edição.
Nesta 2ª edição, o Archi Summit volta ao Porto. Podemos esperar que de futuro o evento se estenda a outras cidades mais a Sul?
O Porto era a escolha natural uma vez que a Modal está sediada mesmo ao lado, a Câmara Municipal do Porto acedeu ao nosso desafio, bem como a Ordem dos Arquitectos Secção Regional Norte. É uma cidade com arquitectos premiados, com uma escola privilegiadíssima e conceituada e que respira arquitectura de qualidade. Uma das premissas do Archi Summit é não estar preso ao seu local. Passámos do Silo Auto para o Matadouro e o futuro a nós e aos nossos parceiros pertence. Não excluímos quer edições no Sul, quer edições internacionais do evento.
O Archi Summit é um evento de arquitectos para arquitectos, não faria sentido alargar a outros públicos também?
Faz sentido e esse alargamento aconteceu. Este ano a Ordem dos Engenheiros é parceira e contamos com algumas inscrições deste segmento, bem como sentimos a necessidade de “cozer” o design, como parte essencial da componente de projecto, complementar à arquitectura. Nesta lógica, a nossa visão é aprofundar a interacção com estes dois segmentos, algo que penso que vai acontecer ainda com mais peso em 2017. Este ano temos, por exemplo, um painel que discute exactamente isto: “O papel da Arquitectura, do Design e da Engenharia num projecto”.
Na sua opinião, porque um arquitecto não pode perder o Archi Summit 2016?
O Archi Summit é um evento especial, uma experiência multidisciplinar. No Archi Summit apresentamos temas para discussão que são do extremo interesse do arquitecto, apresentamos projecto de elevadíssima qualidade, uma mostra com mais de 25 marcas com produtos e soluções construtivas, exposições fotográficas e de projecto, entre outros. Escolhemos um espaço arrojado, vai ser a última oportunidade de ver o Matadouro antes de uma obra gigante. É um momento pensado para o arquitecto, onde o tratamento é diferenciador. Conseguimos que um evento deste calibre não tenha um custo de entrada, graças aos fantásticos patrocinadores principais: Love Tiles e Margrés, bem como os patrocinadores Amorim Isolamentos, Gyptec e Preceram.
Quais os principais temas e eixos desta edição?
Este ano o Archi Summit fez uma grande aposta na complementaridade entre projecto e debate. Vamos introduzir temas que interessam a qualquer arquitecto, como mercados, honorários, valorização da profissão. Vamos também tentar tornar a discussão e os nossos arquitectos o mais completos possível, abordando áreas como a fotografia em arquitectura, a tecnologia BIM que tem sido muito falada e a robótica na arquitectura. Vamos também falar da engenharia e design, das cidades e planeamento urbano. Em projecto, trouxemos arquitectos conceituados e outros mais jovens, de forma a proporcionar um enriquecimento grande a todos os participantes.
Que expectativas existem para os três dias de evento?
As expectativas são bastante altas. Houve um grande envolvimento de todos os intervenientes, com muito trabalho. Queremos que o Archi Summit seja um marco na agenda da arquitectura nacional, capaz de elevar os padrões de discussão e partilha de experiências entre profissionais, para que se consiga aprender e ensinar. Queremos exceder os 450 visitantes desta área, algo que claramente é ambicioso dentro deste segmento.
De que forma o Archi Summit pode contribuir para a prática da arquitectura em Portugal?
Um Summit parte do princípio pilar de contribuição para a evolução de um tema/processo. Com a criação de um Summit de Arquitectura, o objectivo é proporcionar momentos de partilha e debate, entre arquitectos, marcas de materiais e soluções construtivas, engenheiros, designers, políticos, entre outros. Somos claramente uma organização orientada para a acção, e que acreditamos que partilhar experiência e conhecimento é o primeiro passo para o crescimento da arquitectura em Portugal fora das Faculdades. Daí querermos os arquitectos mais jovens connosco, bem como os arquitectos com muitos anos de experiência.