Gabriel Couto requalifica bairro em Lisboa
A Gabriel Couto está responsável pela reabilitação e construção do futuro empreendimento Bairro da Boavista – Fase 1, tendo esta empreitada sido adjudicada pela Câmara Municipal de Lisboa (CML) pelo valor de 3,8 milhões de euros, e com um prazo contratado de 465 dias. “Com méritos reconhecidos no sector, a construtora será assim a eleita… Continue reading Gabriel Couto requalifica bairro em Lisboa
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A Gabriel Couto está responsável pela reabilitação e construção do futuro empreendimento Bairro da Boavista – Fase 1, tendo esta empreitada sido adjudicada pela Câmara Municipal de Lisboa (CML) pelo valor de 3,8 milhões de euros, e com um prazo contratado de 465 dias. “Com méritos reconhecidos no sector, a construtora será assim a eleita para mais um projecto de reabilitação urbana na cidade de Lisboa, numa clara afirmação como referência nacional nesta área”, garantem os responsáveis da construtora em comunicado. O Bairro da Boavista, localizado na freguesia de Benfica e confinante com o parque florestal de Monsanto, foi construído pela CML na década de 40 para o realojamento das famílias provenientes de barracas dos arredores, na sequência de projectos de renovação urbana.
Tendo sido alvo de sucessivas fases de realojamento, com esta empreitada, promove-se a reconstrução integral de toda a zona de “alvenarias” para realojamento dos actuais moradores e requalificação dos espaços envolventes, promovendo assim também melhores condições sociais e de habitabilidade.
Orange assina
Da autoria do gabinete ORANGE , este projecto de requalificação e regeneração urbanas contempla, nesta fase, a construção de 50 fogos divididos por cinco lotes de terreno e aposta fortemente na reorganização do tecido construído da encosta no qual está inserido, quer através da fragmentação volumétrica proposta para os edifícios, quer através da disposição das pequenas pracetas, que acomodarão as hortas urbanas individuais, promovendo desta forma a sustentabilidade ecológica da vida urbana e a sociabilidade entre os residentes.
O projecto global para o futuro empreendimento do Bairro da Boavista prevê a construção de 460 fogos, de tipologias T1, T2, T3 e T4, distribuídos pelos 46 lotes, sendo que cada um dos quais acomodará um edifício-tipo constituído por 10 fogos destinados à habitação. “Possuidora de um alargado conhecimento e vasta experiência na área da reabilitação e requalificação urbanas, a Gabriel Couto vê, assim, com esta empreitada, o seu portfólio de obras reforçado nesta área que se tem revelado tão importante para a reactivação do sector da construção, uma vez que, nos últimos anos, têm sido vários os investimentos e projectos na área da reabilitação urbana”, revela a empresa.
Investimentos em Lisboa
A intervenção que será levada a cabo pela Gabriel Couto faz parte de um conjunto de investimentos que a Câmara de Lisboa está a levar a cabo para a realização em quase 25 bairros municipais, uma intervenção que se prolongará até ao próximo ano. É no Bairro do Condado (também conhecido como Zona J de Chelas), que fica na freguesia de Marvila e foi construído nos anos 80 do século passado, que vai ser feito o maior investimento: 2,6 milhões de euros vão ser usados para intervir nas zonas comuns, coberturas e empenas. Já no Bairro da Horta Nova, construído na década anterior e localizado em Carnide, estão previstas obras no valor de 2,5 milhões de euros, em coberturas e empenas. Na lista dos 21 bairros que vão ser objecto de obras nos próximos anos segue-se a Alta de Lisboa, que se divide entre as freguesias de Santa Clara e Lumiar. Aí vão ser usados 2,4 milhões de euros, igualmente em coberturas e empenas. De acordo com dados da câmara, é na Alta de Lisboa que se encontra o bairro municipal mais populoso da cidade, residindo nele mais de oito mil pessoas.
Numa informação escrita distribuída aos jornalistas aquando da apresentação da iniciativa, a vereadora da Habitação, Paula Marques, nota que embora o conjunto dos bairros municipais seja “bastante heterogéneo”, “as patologias” detectadas nos lotes que vão agora ser alvo de intervenção “são comuns a quase todos eles”, verificando-se que em muitos casos houve “erros de projecto e erros de construção”. Olhando para as empreitadas previstas em cada aglomerado verifica-se que em quase todos haverá obras nas coberturas e empenas. Em dois bairros (Rego e Alfredo Bensaúde) vai haver uma aposta na arte urbana. Noutros dois haverá um “fecho de escadas” (Quinta do Ourives e Ameixoeira) e num (2 de Maio) serão substituídas janelas. Este último bairro será também alvo de uma intervenção nas zonas comuns, que se repetirá nos bairros Eduardo Bairrada (o único aglomerado em que vai também haver “reabilitação de fogos”), Bom Pastor, Quinta do Ourives, Condado e Flamenga. “É um projecto ambicioso que urgia há muito tempo”, diz Paula Marques, cuja expectativa é concretizar a totalidade das intervenções “até 2017”.A proposta que prevê o estabelecimento de um contrato-programa com a empresa municipal Gebalis com vista à concretização destas obras foi aprovada, com a abstenção do PSD e CDS. O documento segue agora para a Assembleia Municipal de Lisboa, onde se espera que possa ser discutido a 7 de Julho. “Há bairros municipais que não têm intervenção desde que foram construídos”, lamenta a vereadora, frisando que por essa situação foram responsáveis “vários” executivos municipais e conselhos de administração da Gebalis, a empresa que gere os bairros municipais. “Estou a pagar as favas da falta de intervenção”, conclui Paula Marques. “É evidente que não podemos agradar a gregos e a troianos”, admite a autarca dos Cidadãos por Lisboa, referindo-se ao facto de as obras agora anunciadas irem deixar de fora 49 bairros camarários. Também por isso, Paula Marques faz questão de publicitar quais foram os critérios, “claros e transparentes”, em que assentaram as opções feitas, opções que foram sujeitas à apreciação das juntas de freguesia da cidade antes de serem fechadas. Entre esses critérios, enunciou numa conversa com jornalistas, estão a análise técnica feita sobre a necessidade das intervenções e a “perigosidade” de não as realizar, a avaliação dos custos de uma não intervenção nas “condições de habitabilidade” e o registo das reclamações feitas ao longo dos anos por residentes, associações de moradores e juntas de freguesia. Também teve peso na decisão a “dispersão” dos bairros pelo território e foi dada preponderância àqueles que são “100% propriedade municipal”, em detrimento dos que têm fogos já alienados. “Estamos cientes de que se houvesse mais dinheiro naturalmente teríamos mais sítios onde fazer intervenções”, reconhece Paula Marques, notando ainda assim que em dois anos e meio seria difícil fazer mais. E porquê não avançou este projecto num momento anterior do actual mandato? “Porque foram reunidas agora as condições para o fazer”, respondeu a vereadora da Habitação.