AND-RÉ vencem concurso para habitação na antiga Luzoestela em Aveiro
Promovido pelo IHRU, o futuro projecto será desenvolvido ao abrigo do Programa de Arrendamento Acessível. A assessoria técnica esteve a cargo da OASRS
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O atelier de arquitectura AND-RÉ foi o vencedor do concurso público do futuro conjunto habitacional que vai crescer no terreno da antiga Luzoestela, em Aveiro, junto ao viaduto da Esgueira. Promovido pelo Instituto de Habitação e Reabilitação Urbana (IHRU), o futuro projecto será desenvolvido ao abrigo do Programa de Arrendamento Acessível. A assessoria técnica esteve a cargo da Secção Regional do Centro da Ordem dos Arquitectos (OASRS).
Com um total de 108 fogos previstos, a Área Bruta de Construção não deverá ultrapassar os 12 mil metros quadrados, valor que inclui uma área de 500 metros quadrados destinada a comércio e serviços, assim como áreas de construção abaixo do solo destinadas a estacionamento e arrecadações.
De acordo com o júri, o conjunto apresenta “uma imagem diferenciada, boa relação com a envolvente e respectiva rede viária, bem como uma escala adequada e espaços exteriores bem dimensionados, incorporando preocupações ambientais”.
Neste sentido, a proposta da AND-RÉ evidencia-se por um conjunto de edifícios que se organizam em forma de “U”, criando “uma ampla praça urbana”. O espaço encerra-se para o arruamento devido à criação de dois blocos paralelos e dois perpendiculares, apresentado entre eles uma forte relação de proximidade e configurando um espaço vazio que se projecta para o horizonte numa lógica de espaço natural permeável, mantendo o solo orgânico.
Do ponto de vista arquitectónico, o conjunto apresenta “uma solução conceptual homogénea e compacta com uma imagem sóbria devido a uma malha assimétrica que uniformiza todas as fachadas”. Relevou, também, a opção de “libertar” uma vasta área para espaço verde totalmente permeável, tentando diminuir o impacto negativo das pré-existências, dado tratar-se de uma antiga zona industrial atravessada por redes viária e ferroviária. O facto de não existir estacionamento em cave, nas zonas destinadas a espaços verdes viabiliza a plantação de árvores, minimizando o impacto na estrutura ecológica.
Outro aspecto positivo, é a organização funcional, dos espaços privados e sociais das habitações bem como o
cumprimento da legislação relativamente a acessibilidades. A organização funcional dos fogos permite espaços interiores bem dimensionados e a ventilação transversal é considerada uma mais valia em termos de habitabilidade.
Os espaços de comércio e serviços apresentam-se bem localizados, enquadrados com os espaços verdes e com oferta de estacionamento.