Braga, Guimarães e Famalicão no rop 10 dos concelhos com mais projectos de habitação
A mais recente edição do Real Estate Market Insights, produzido pela dipe, analisa o comportamento do mercado imobiliário no distrito de Braga durante o ano de 2022
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Numa altura em que a escassez da oferta de habitação é um dos assuntos mais quentes em Portugal, originando até um pacote de medidas por parte do governo, os concelhos de Braga, Guimarães e Vila Nova de Famalicão colocam-se no top 10 do ranking dos concelhos que procuram contrariar esta tendência.
No final do ano de 2022, Braga contabilizava 3.275 projectos em pipeline, ocupando o 5º lugar a nível nacional. Imediatamente a seguir surge Guimarães, com 2.805 e depois Vila Nova de Famalicão, com 2.352, de acordo com o Sistema de Informação Residencia (SIR) do Confidencial Imobiliário, que considera o aglomerado dos últimos três anos.
Em comparação com 2021, Guimarães registou um aumento de 10%, enquanto Famalicão viu o número aumentar em 14,3%. Por outro lado, o concelho bracarense acabou mesmo por ver o número de projectos em pipeline cair 10,5%.
A segunda edição do Real Estate Market Insights foi lançada durante o mês de Março e analisa ao pormenor o comportamento do mercado de compra e venda e arrendamento no distrito de Braga, com especial destaque para o concelho de Guimarães.
Segundo Diogo Baptista Antunes, ceo da dipe real estate, uma mediadora que actua nesta zona geográfica do País, o mercado imobiliário será influenciado ao longo do ano de 2023 por quatro factores que originarão um “equilíbrio de forças”.
“Apesar do aumento acentuado das taxas de juro como resposta aos números da inflação fazer com que a procura nos segmentos médio e médio/baixo seja transferida para o mercado de arrendamento, a escassez de oferta de imóveis prontos a habitar, os custos elevados associados à construção, os prazos de licenciamento e os valores a pagar de impostos farão com que os valores praticados no mercado não sofram grandes alterações”, afirma.
Diogo Baptista Antunes salienta, ainda, a atractividade de Portugal, sobretudo para investidores estrangeiros, sobretudo devido à “posição geográfica” e à “elevada segurança”, mas alerta para a necessidade de “os decisores políticos terem consciência dos verdadeiros factores que neste momento impactam o mercado, tomando medidas assertivas e que não gerem pânico e incerteza, sobretudo entre investidores privados, responsáveis pela oferta criada nas últimas décadas”.
O ceo da imobiliária vimaranense prevê que, pela força das circunstâncias, o ano de 2023 será de “confirmação da transformação do paradigma da sustentabilidade dos edifícios, do método construtivo e materiais utilizados, da forma de pensar e habitar os espaços, como resposta às novas necessidades e exigências do mercado”.