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    Engenharia

    Alta Velocidade ‘estreia’ PPP em Janeiro

    O primeiro concurso do projecto alta velocidade, em regime de parceria público privada (PPP), será lançado em Janeiro do próximo ano. O lote 1, correspondente ao troço Porto-Aveiro, inclui, para além dos 72 km de extensão da nova via, a construção da nova ponte sobre o rio Douro, a ampliação da estação da Campanhã para nascente e a construção de uma nova estação em Gaia, num investimento estimado de 1.9 M€

    Manuela Sousa Guerreiro
    Engenharia

    Alta Velocidade ‘estreia’ PPP em Janeiro

    O primeiro concurso do projecto alta velocidade, em regime de parceria público privada (PPP), será lançado em Janeiro do próximo ano. O lote 1, correspondente ao troço Porto-Aveiro, inclui, para além dos 72 km de extensão da nova via, a construção da nova ponte sobre o rio Douro, a ampliação da estação da Campanhã para nascente e a construção de uma nova estação em Gaia, num investimento estimado de 1.9 M€

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    Carlos Fernandes, vice presidente da IP

    Em Janeiro de 2024 será lançada a primeira parceria público-privada (PPP) no âmbito do projecto da Nova Linha de Alta Velocidade que ligará o Porto a Lisboa. A data foi avançada por Carlos Fernandes, vice-presidente do Conselho de Administração da IP, durante uma apresentação do projecto no workshop promovido pela Plataforma Ferroviária Portuguesa (PFP) no final de Setembro. “Temos estado nos últimos 3 anos a actualizar projectos. A primeira fase [que ligará o Porto a Soure] será dividido em dois lotes: Porto-Aveiro e Aveiro-Soure. Para o primeiro Lote temos concluídos os estudos prévios e de impacto ambiental, tendo sido já emitida a Declaração de Impacto Ambiental (DIA) e o processo pode avançar. No que diz respeito ao segundo Lote os estudos prévios estão concluídos, bem como foram submetidos os estudos de impacto ambiental à Agência Portuguesa do Ambiente, esperamos obter a Dia nas próximas semanas, ou seja, até ao início do 4º trimestre”, referiu Carlos Fernandes.

    No que diz respeito ao investimento, o primeiro lote entre Porto e Aveiro tem um investimento estimado em 1900 milhões de euros, sendo o investimento comunitário nesta primeira fase de 730 milhões de euros, mas este ainda não é um valor fechado. “Esperamos incrementar o valor dos fundos comunitários associados a este investimento”, garantiu o vice-presidente da IP. Já o segundo lote, ainda numa fase preliminar de apuramento final do valor, o investimento deverá rondar 1600 milhões de euros.  Em qualquer dos casos, os valores de investimento sobem face ao que foi apresentado há um ano quando o projecto da nova Linha ferroviária de Alta Velocidade Porto – Lisboa, foi dado a conhecer em maior detalhe. Na altura o Governo estimava um investimento de 1650 milhões de euros para o Lote 1 e de 1300 milhões de euros para o Lote entre Aveiro e Soure, com uma comparticipação dos fundos públicos de 500 milhões de euros para cada um dos lotes.

    O regresso das Parcerias Público-Privadas  

    Perante uma plateia constituída quase exclusivamente por empresários do sector Carlos Fernandes justificou o modelo de parceria público-privada (PPP) a seguir nos dois concursos. “O Projecto de Alta Velocidade é um desafio gigantesco e realizar este projecto da forma tradicional significava parti-lo em múltiplas empreitadas, lançar dezenas de concursos… era ingerível e o que fizemos foi extrair a alta velocidade do pacote tradicional de projecto de empreitada, realizar os estudos prévios e lançar dois grandes lotes ao mercado. Qual é a experiência que Portugal tem nisto? As auto-estradas”, relembrou Carlos Fernandes. Desde 1995 Portugal encetou uma autêntica “revolução” no transporte rodoviário tendo, em poucos anos sido investidos mais de 23.4 MM€ na construção de uma rede de 2,378 quilómetros.

    A revolução esperada na Ferrovia, corre mais lenta e por isso a ênfase na “concretização” e a opção por modelo cujas vantagens, e vicissitudes, melhor se conhecem. Como é que as várias fases do projecto se integram neste modelo de concessão PPP: “Fechámos o estudo prévio, obtivemos a DIA e vamos a concurso. Os privados serão responsáveis pela parte final do projecto de execução, pela sua construção e manutenção. O prazo da concessão deverá ser da ordem dos 30 a 35 anos”, referiu Carlos Fernandes.

    Mas nem todos os investimentos previstos no âmbito do projecto de Alta Velocidade entrarão nas PPP, os chamados projectos complementares, onde se incluem a quadruplicação da Linha do Norte entre Alverca e o Carregado, a ampliação da Gare do Oriente, cujo projecto está a ser elaborado pelo arquitecto Santiago Calatrava, bem como a sinalização, telecomunicações, etc., serão submetidos a concurso público internacional pela “via tradicional”, muitos deles no regime de concepção/construção.

    A primeira PPP deverá, assim, ser lançada em Janeiro do próximo ano, uma vez obtida a DIA falta, segundo explicou o vice-presidente da IP, fechar “a documentação do concurso”. Para além da construção dos 72 quilómetros de nova linha entre a estação da Campanhã Porto e Aveiro, fazem parte do concurso a construção da nova travessia sobre o rio Douro, a ampliação da estação da Campanhã para nascente e a criação de uma nova estação, em túnel, em Vila Nova de Gaia, que fará a ligação com as linhas Amarela e Ruby no Metro do Porto. “Estes 72 quilómetros de extensão terão um comprimento de túneis estimado na ordem dos 11 quilómetros, em termos de pontes uma extensão de cerca de 9,5 quilómetros e 2,8 quilómetros, serão em viaduto”, resumiu Carlos Fernandes.

    Já a segunda PPP, entre Aveiro e Soure, deverá ser lançada até ao final do primeiro semestre de 2024.

    Em estudo está já a fase 2, que ligará Soure ao Carregado. “Estamos a realizar os estudos prévios, o estudo ambiental que contamos submeter à aprovação da Agência Portuguesa do Ambiente no final deste ano”, adiantou Carlos Fernandes.

    A revolução esperada na Ferrovia, corre mais lenta e por isso a ênfase na “concretização” e a opção por modelo cujas vantagens, e vicissitudes, melhor se conhecem. Como é que as várias fases do projecto se integram neste modelo de concessão PPP: “Fechámos o estudo prévio, obtivemos a DIA e vamos a concurso. Os privados serão responsáveis pela parte final do projecto de execução, pela sua construção e manutenção. O prazo da concessão deverá ser da ordem dos 30 a 35 anos”

    Aprender com os erros do Ferrovia 2020

    Com intervenções a decorrer nas principais linhas da rede ferroviária nacional, por conta dos atrasos que a Ferrovia 2020 já leva, é preciso aprender com os erros do passado recente. “Quanto tempo demora um empreendimento ferroviário? Desde o momento da decisão até à sua abertura são sete anos, se tudo correr bem. Três anos e meio para o projecto e outro tanto para obra. Se tudo tivesse corrido normalmente acabávamos [o Ferrovia 2020] em 2023”, precisou Carlos Fernandes. “Infelizmente tivemos muitos problemas”, constatou o responsável. A pandemia e a guerra na Ucrânia contribuíram para o atraso, agravando a incapacidade das empresas e do mercado em resolver problemas. Hoje “assistimos a um esforço enorme de construção, para o qual o país não tem capacidade instalada para responder”. “Temos muitas obras a decorrer, a um rendimento que está muito abaixo do que é o ideal, o que agrava a capacidade dos empreiteiros de dar resposta” à demanda actual.

    Na base do problema está o ‘pecado original’, o qual na opinião do vice-presidente reside no facto de na resposta aos concursos, as empresas terem “mergulhado” abaixo do preço base do concurso empreitada, o que, agravado com o aumento generalizado de preços dos materiais de construção, concorreu para a paragem de algumas das mais importantes obras em curso. Caso em que a Linha da Beira Alta é pródiga, mas não é filha única. “O corredor sul é outro exemplo ‘magnífico’, em que os empreiteiros vieram 30% a baixo do preço base e agora queixam-se que estão a perder 30%”.

    Data room com informação e expropriações do lado dos privados

    Fazendo a comparação com o novo programa de investimentos financiado pelo novo quadro comunitário, PNI 2030, Carlos Fernandes adiantou que os projectos “estão a correr bem”, para o que contribuíram novos procedimentos. Desde logo, “antecipámos o lançamento dos projectos. O quadro comunitário anterior iniciou em 2014 e só em 2016 arrancámos com os projectos. Acabámos com a pré-qualificação das empresas, antes, passámos a exigir nos posições chave de cada consórcio projectista experiência demonstrada de ‘X’ anos, comprovada com declarações do dono de obra. A sua ausência é motivo de exclusão”, explicou Carlos Fernandes. O mesmo acontece para os consórcios que se afastem mais do que 15% do valor de médio de preços apresentados. Uma alteração que “trouxe propostas a preços razoáveis”, e que contribui para o bom andamento dos projectos.

    Procedimentos que poderão ser observados nos concursos a lançar em breve no âmbito da Linha de Alta Velocidade, sobre os quais Carlos Fernandes adiantou ainda que será criado um “data room” que irá disponibilizar toda a informação técnica, (traçado, o corredor já aprovado, cartografia, sondagens… etc), provavelmente em Outubro, para que os consórcios possam ir preparando as suas propostas. “A ideia é lançar o [primeiro] concurso em Janeiro e estamos a pensar em 5 ou 6 meses para a apresentação de propostas, isso ainda não está fechado”, mas o acesso a informação permitirá às eventuais empresas interessadas adiantarem o seu trabalho.

    O vice-presidente da IP adiantou ainda que as expropriações previstas no âmbito da concretização da Alta Velocidades serão da responsabilidade dos privados. Algo que “talvez assuste um bocadinho os operadores estrangeiros”, mas que a experiência ganha com a construção das auto-estradas em Portugal, cujo modelo é muito semelhante, trouxe capacidade de gestão às empresas nacionais.  “O valor das expropriações na primeira PPP há-de situar-se entre 80 a 100 milhões de euros, estamos a falar de 4 a 5% do valor da empreitada. Os privados têm uma capacidade de gestão que nós não temos”, assegurou Carlos Fernandes.

    O vice-presidente da Infraestruturas de Portugal, Carlos Fernandes, abriu o encontro com o tema “Investimentos na Ferrovia em Portugal: Desafio do Planeamento Sustentável” do Workshop da Plataforma Ferroviária Portuguesa (PFP) que decorrer no final de Setembro.

    O projecto da Nova Linha da Alta Velocidade Porto-Lisboa tem como objectivos fulcrais o aumento da capacidade e competitividade do sistema ferroviário, o reforço da conectividade territorial alargada a todo o país e a descarbonização do sector dos transportes.

    A criação de nova ligação ferroviária constituirá um impulso muito significativo para o reforço da capacidade e da qualidade da Rede Ferroviária Nacional, promovendo a coesão territorial, ligando as Áreas Metropolitanas do Porto e de Lisboa, promovendo também a sustentabilidade ambiental do sistema integrado dos transportes.

    Será criado um “data room” que irá disponibilizar toda a informação técnica, (traçado, o corredor já aprovado, cartografia, sondagens… etc), provavelmente em Outubro, para que os consórcios possam ir preparando as suas propostas. A ideia é lançar o [primeiro] concurso em Janeiro e estamos a pensar em 5 ou 6 meses para a apresentação de propostas, isso ainda não está fechado”

    1º semestre com “aumento expressivo” de investimento

    No primeiro semestre de 2023, o Grupo IP registou um “aumento expressivo” do volume de investimento realizado nas infraestruturas rodoferroviárias, o qual ascendeu a 227 M€, o que representa um aumento de cerca de 35% face ao período homólogo de 2022. O relatório de contas consolidadas do grupo, referente aos primeiros seis meses do ano, destaca “a execução global dos investimentos incluídos no Programa Ferrovia 2020, que ascenderam a 166,3 milhões de euros no 1º semestre de 2023, mais 26% do que no período homólogo de 2022”. Destacando-se neste capítulo os dois corredores com maior realização no 1º semestre de 2023: o Corredor Internacional Norte, com uma execução de 61 M€ e o Corredor Internacional Sul com uma execução de 57 M€.

    A sul destaque para a nova linha de caminho de ferro entre Évora e Elvas, com um investimento de 47,3 M€ nos primeiros 6 meses do ano. A norte destaque para as intervenções de requalificação e modernização da Linha da Beira alta, com um investimento superior a 60M€.

    Para financiar estes investimentos, a IP recebeu cerca de 101 M€ de fundos comunitários, cerca de mais 30 M€ que em 2022, o que evidencia uma tendência de crescimento na execução de fundos comunitários, em linha com o crescimento na execução do investimento.

    No respeitante aos investimentos rodoviários, destaca-se o investimento associado ao Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) que, no primeiro semestre de 2023, ascendeu a 20 M€, tendo sido integralmente financiado pelos fundos associados a este Mecanismo.

    Em termos de resultados, o Grupo IP registou no período em análise um EBITDA de 230 M€ e um resultado líquido de 4 M€. Quando comparado com o período homólogo, verifica-se uma redução no resultado líquido de cerca de 29 M€ que se justifica pela evolução do resultado operacional e do imposto sobre o rendimento do período, que registaram um decréscimo de 24 M€ e 10 M€, respectivamente, conjugada com o desagravamento de 6 M€ verificado no resultado financeiro.

    Destaca-se ainda o aumento dos gastos com a conservação da rede rodoferroviária, que ascenderam a 94 M€, 4% acima do nível registado no primeiro semestre de 2022, mantendo o esforço de incremento das actividades de manutenção, conservação e segurança. No primeiro semestre de 2023 assistiu-se à redução do stock de dívida financeira em 27 M€, fixando-se este agregado no final de Junho de 2023 em 3.988 M€.

    O resultado financeiro manteve a trajectória de desagravamento, fixando-se em -92 M€, reflectindo o nível elevado de imunização da carteira de dívida a conjunturas de subida das taxas de juro do euro como a que se tem verificado desde o primeiro semestre de 2022.

    Por fim, destaca-se a manutenção da política de financiamento prosseguida pelo accionista de reforço dos capitais próprios da IP através de operações de aumento de capital que, no primeiro semestre de 2023, ascenderam a 936 M€, e que se mantém alinhada com o ciclo de forte investimento.

    Sobre o autorManuela Sousa Guerreiro

    Manuela Sousa Guerreiro

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    Até Agosto serão lançados 253 concursos no valor de 2500M€

    A Comissão Interministerial de Coordenação do programa de fundos europeus PT2030 aprovou o Plano Anual de Avisos até Abril de 2025, agendando 459 avisos que serão abertos em 11 meses. Nós próximos três meses serão lançados 253 concursos

    CONSTRUIR

    A Comissão Interministerial de Coordenação do programa de fundos europeus Portugal2030 (PT2030) aprovou o Plano Anual de Avisos até Abril de 2025, agendando 459 avisos que serão abertos em 11 meses, com uma dotação de 4 500 milhões de euros

    Nos próximos três meses serão lançados 253 avisos, com uma dotação disponível de 2 500 milhões de euros, distribuídos por vários objectivos de política e pelas várias regiões do país, nas áreas sociais, da economia, do ambiente, do mar e do território.

    O Portugal 2030 fixa os grandes objectivos estratégicos para aplicação, entre 2021 e 2027, do montante global de 23 mil milhões de euros.

    A Comissão Interministerial aprovou ainda o regulamento específico de Valorização Territorial e Infraestruturas Sociais, concluindo assim a principal regulamentação do Portugal 2030.

    Entre os vários projectos de desenvolvimento e coesão territorial que podem ser financiados, destacam-se centros de saúde, ensino pré-escolar, básico e secundário, património cultural e natural, e reabilitação urbana. A dotação disponível é de 1,809 milhões de euros que ficam disponíveis para os municípios portugueses, através das Comunidades Intermunicipais e das Áreas Metropolitanas.

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    Greenvolt instala painéis solares nos hóteis Highgate

    No total, cerca de dois mil painéis solares, com uma capacidade de produção de 1 MWp, que serão instalados nos hotéis NAU no Algarve. Esta será a primeira fase da parceria, estando previsto desenvolver projectos solares no restante portfolio

    CONSTRUIR

    O Grupo Greenvolt, através da Greenvolt Next Portugal, reforça o seu papel enquanto promotor da sustentabilidade do turismo nacional através de um acordo com a Highgate para a instalação de painéis solares em seis das várias unidades hoteleiras geridas pelo grupo internacional em Portugal.

    No total, cerca de dois mil painéis solares, com uma capacidade de produção de 1 MWp, que serão instalados nos hotéis NAU no Algarve. Esta será a primeira fase da parceria, estando previsto desenvolver projectos solares no restante portfolio.

    O hotel NAU São Rafael Atlântico, futuro Kimpton São Rafael Atlântico, é o maior projecto que a Greenvolt Next Portugal está a realizar no âmbito deste acordo. Nesta unidade, localizada em Albufeira, estão a ser instalados 813 painéis solares, enquanto no hotel NAU São Rafael Suites, junto à Praia de São Rafael, vai contar com 281 painéis, perfazendo mais de metade do total contratualizado com a gestora hoteleira.

    Na Praia dos Salgados, onde a Highgate Portugal detém o hotel NAU Salgados Dunas Suites, o hotel NAU Salgados Palm Village e o hotel NAU Salgados Palace, serão implementados mais de 800 painéis solares fotovoltaicos, aos quais se juntam mais 85 no Club House dos campos de golfe do Morgado e dos Álamos, em Portimão.

    “Este é um projecto de grandes dimensões, repartido por seis unidades hoteleiras, numa região em que é óbvia a aposta na geração de energia solar”, refere Pedro Ramalhosa. “Agradecemos à Highgate Portugal a confiança depositada em nós, certos de que temos a capacidade para entregar uma solução ambientalmente responsável, mas, ao mesmo tempo, financeiramente inteligente, que poderá ser replicada nas restantes unidades que tem no País”, acrescenta o partner cofundador da Greenvolt Next Portugal.

    Os painéis que estão a ser instalados nestes seis hotéis terão uma capacidade de produção de energia de 1 MWp, permitindo gerar 1.898 MWh/ano de energia limpa, mas também mais competitiva. Ao mesmo tempo que a Highgate Portugal evita emissões de mais de 790 toneladas de CO2 todos os anos, consegue também obter uma redução expressiva de custos comparativamente à energia da rede. A poupança estimada será de, pelo menos, 30%.

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    Curadores Open House Lisboa 2024 (Sandra Marques Pereira e Alexandre Marques Pereira ©Hugo David)

    Arquitectura

    “A participação da sociologia na arquitectura não se esgota na ‘humanização’ desta última”

    Arranca este fim-de-semana, 11 e 12 de Maio, a 13ª edição do Open House Lisboa. Perceber as transições do edificado e a forma como se interligam com o espaço urbano é o tema deste ano que, através de 74 espaços, percursos por diferentes bairros e passeios sonoros convidam a conhecer a cidade

    Cidália Lopes

    Sandra e Alexandre, irmãos, socióloga e arquitecto, são os curadores desta edição. A partir dos ‘Híbridos das Transições’ propõem-se a evidenciar esta dinâmica quanto à arquitectura dos edifícios, dos seus materiais, estilos, modos de construção, da organização e tipo de espaços, como das pessoas que os ocupam e que percorre diferentes épocas e correntes

    O programa deste Open House é eclético e também abrange diferentes épocas e correntes, da arquitectura barroca, ilustrada pela imponente igreja conventual de Santa Catarina implantada na calçada do Combro, a exemplos neo-clássicos como o Palácio do Grilo, ao contemporâneo, que é um dos pratos fortes desta iniciativa anual.

    Em suma, é a oportunidade de explorar desde reabilitações a construções novas como é o caso do edifício The One do Eduardo Souto Moura, entre muitas outras estreias.

    Como comissários do Open House Lisboa como surgiu o tema deste ano?
    Os Híbridos das Transições é o conceito que dá a conhecer uma característica das transformações – sociais, urbanas, arquitectónicas, entre outras – que não é facilmente percebida, ou valorizada pelas pessoas. Normalmente pensamos nas transformações como cortes entre um antes e um depois, entre uma coisa e outra, e não é bem assim.

    A mudança faz-se de misturas múltiplas de elementos novos e de outros que lhe são anteriores e portanto, o objectivo é despertar a sensibilidade das pessoas para perceber a complexidade das mudanças, contextualizar e pensar sociologicamente as mudanças na arquitectura e na cidade e vice-versa.

    A participação da sociologia na arquitectura não se esgota na “humanização” desta última, prende-se com o entendimento das condições sociais de produção, humanização e consumo/apropriação da arquitectura e do urbanismo.

    De certa forma, este tema é um olhar complementar e mais abrangente ao tema da Revolução que seria o tema mais óbvio em 2024. A Revolução mudou o regime político de um dia para o outro, trouxe a liberdade e um conjunto de debates e questões até então silenciados. Mas, a generalidade das mudanças, dos valores às condições de vida, demoraram outro tempo e portanto houve um longo período de maturação e, claro, de transições, intrinsecamente híbridas.

    “O objectivo é despertar a sensibilidade das pessoas para perceber a complexidade das mudanças, contextualizar e pensar sociologicamente as mudanças na arquitectura e na cidade e vice-versa”

    Enquanto dupla relacionada com a Sociologia e Arquitectura consideram que conseguem dotar a iniciativa de uma perspectiva mais humanizada?

    Na realidade a arquitectura, apenas existe, enquanto obra para abrir diversas possibilidades, para tentar melhorar a vida dos homens e mulheres, seja nos seus sonhos, vidas e aspirações, seja enquanto seres únicos e individuais, ou seja enquanto comunidades de pequena e grande escala, num qualquer espaço e território.

    A arquitectura sempre funcionou como uma resposta às mudanças do tempo e da sociedade, e por vezes, dentro da sua natureza e limitações, abriu outras possibilidades, para a vida colectiva e privada, sempre foi assim, com diversos tempos e modos e, sempre haverá de ser algo assim.

    De que forma estas ‘transições’ são uma forma de expressão das próprias cidades? De que ‘transições’ falamos?

    Nesta 13ª edição do Open House, propomos evidenciar as transições em múltiplas dimensões: primeiro na dimensão física, ao nível da arquitectura dos edifícios, dos seus materiais, estilos, modos de construção, da organização e tipo de espaços/compartimentos, em segundo nas suas funções e apropriações; ao nível dos espaços públicos e das ruas, das actividades económicas (comércio, serviços, etc.), dos seus pavimentos, da vegetação ou da sua ausência, do equipamento, das formas de mobilidade; e, por fim, ao nível das vivências de ambos, do tipo de pessoas que os ocupam, usam, habitam, frequentam, como e quando o fazem.

    De que período retrata a Open House e que edifícios são mais exemplificativos desta transição?
    O programa deste Open House é eclético e também abrange diferentes épocas e correntes, da arquitectura barroca, ilustrada pela imponente igreja conventual de Santa Catarina implantada na calçada do Combro, a exemplos neo-clássicos como o Palácio do Grilo, ao contemporâneo, que é um dos pratos fortes desta iniciativa anual.

    Em suma, é a oportunidade de explorar desde reabilitações a construções novas como é o caso do edifício The One do Eduardo Souto Moura, entre muitas outras estreias.

    A nossa selecção mostra diferentes abordagens nesta transição, desde habitações reabilitadas ou construídas em espaços que já foram outra coisa, a edifícios obsoletos com múltiplos destinos possíveis, a novos conjuntos habitacionais construídos em vazios urbanos centrais, a edifícios e equipamentos públicos reabilitados para novas actividades, a conventos, mosteiros e palácios que ao longo da sua existência tiveram inúmeras utilizações, mostrando a plasticidade funcional destas construções e a sua adaptabilidade às necessidades, mais ou menos espontâneas, do tempo e por fim percursos por zonas escondidas e expectantes que mantêm vestígios de uma Lisboa muito pouco urbana ou pelas “traseiras” de bairros que concentravam manufacturas e pequena indústria e que hoje compatibilizam habitação, ateliers, galerias, espaços de culto, entre outros.

    “A selecção mostra diferentes abordagens nesta transição (…) mostrando a plasticidade funcional das construções e a sua adaptabilidade às necessidades, mais ou menos espontâneas (…) de uma Lisboa muito pouco urbana ou pelas “traseiras” de bairros que concentravam manufacturas e pequena indústria e que hoje compatibilizam habitação, ateliers, galerias, espaços de culto, entre outros”

    Continuamos a assistir todos os dias a estas mudanças. De que forma  podemos enquanto sociedade aprender com essas transições que já aconteceram?
    Desde que a Humanidade e as diversas comunidades, deixaram a sua condição nómada, e começaram a fixar-se  num qualquer lugar, criando as suas raízes, misturando-se com outros povos e culturas. Com o passar do tempo a sociedade, as suas aspirações, desejos e motivações se foram alterando e se modificando, também de vários modos e tempos os seus habitats e cidades, refletiram essas transformações e transições, cada uma à sua própria maneira, no seu tempo e espaço.

    Mas o nosso foco é sobretudo as transições em curso ou em potencial, o que já está em processo de mudança ou que está na iminência de mudar e que estimula sentimentos variados, por vezes mistos: da antecipação da nostalgia à antevisão de cenários futuros face aos quais podemos sentir apreensão, entusiasmo, curiosidade.

    Além da componente do edificado, de que forma o conceito apresentado se relaciona com os espaços públicos?
    Na realidade, os factos arquitectónicos estão sempre relacionados directa, ou indirectamente com os factos urbanos, na medida em que, mesmo uma pequena obra particular, afecta o espaço público onde está inserida e vice-versa, seja uma rua, uma praça, um jardim ou um largo,  formando uma identidade própria, nem que seja pelo conjunto do seu impacto visual, estético, funcional, e aberto a diversas formas e possibilidades de relacionamentos, económicos, sociais e outros, ao serviço de uma qualquer comunidade.

    O conceito do Open House Lisboa 2024 é muito visível no edificado, nos conjuntos urbanos e espaços públicos, como ilustrado nos percursos urbanos e no percurso sonoro em que a Filomena Silvano nos guia por ruas e praças de uma das zonas mais cosmopolitas da cidade. Não escolhemos espaços públicos específicos, mas o conceito é ainda mais aplicável a esses contextos: um exemplo muito bom é a Alameda, um espaço lúdico para os mais diversos tipos de pessoas (nacionais e estrangeiras) como actividades (espectáculos, piqueniques, jogos, etc.) e um espaço político, por excelência, onde ocorrem inúmeras manifestações.

    De que forma vai ser estruturada a iniciativa em termos de percursos e quantos edifícios vão constar na iniciativa?

    Participam generosamente 74 espaços, das quais 39 são estreias, o que é uma percentagem elevada. No festival, mantém-se três tipos de visitas: livres em que as pessoas descobrem os espaços à sua maneira, sem um percurso delineado; as visitas acompanhadas pelo voluntariado formado para esta missão, tendo uma forte participação de estudantes de arquitectura e as visitas por especialistas que se convidam dado a sua afinidade com o lugar.

    Adicionalmente, temos cinco percursos pela cidade, feitos ao ar livre. A pé, convidamos a explorar Alvalade, Telheiras, Arroios, Beato e Marvila tendo diversas distâncias. Criou-se também um passeio sonoro que as pessoas podem fazer quando bem entenderem, e que enriquece a colecção de 11 episódios.

    Depois há, ainda, o programa paralelo que inclui actividades ludico-pedagógicas para as famílias, visitas sensoriais apoiadas por maquetas 3D, entre outros eventos.

    Destaca-se, também, a call de visual stories que pretende reunir uma diversidade de olhares sobre a acessibilidade e a inclusividade dos exemplos de arquitectura que se incluíram. Podem ser fotografias, desenhos, vídeos, ilustrações, animações. As candidaturas estão abertas até 11 de Junho e das propostas seleccionadas nascerá uma exposição e uma publicação que revela um conjunto de visões de quem visita os Open House pela Europa fora.

    Bio

    Sandra Marques Pereira é doutorada em Sociologia pelo ISCTE (2010) com a tese “Casa e mudança social: uma leitura das transformações da sociedade portuguesa a partir da casa” que teve dois prémios de melhor tese de doutoramento (IHRU 2011 e André Jordan 2012) e foi publicada pela Caleidoscópio (2012, 2016). Também o livro “Visite o andar modelo. 30 anos de publicidade de imobiliário” resultou da tese. Investigadora do ISCTE, DINÂMIA’CET, no grupo de pesquisa Cidades e Territórios. Entre 2013 e 2023 foi Professora convidada do Mestrado Integrado de Arquitectura (disciplina Sociedade e Arquitetura) do ISCTE. Colaborou como docente no Doutoramento Arquitectura dos Territórios Metropolitanos Contemporâneos (ISCTE-IUL). Entre 2013 e 2019 foi oradora convidada do Master in Collective Housing da Universidad Politecnica de Madrid – Escuela Tecnica Superior de Arquitectura. É co-coordenadora do WG Southern European Housing do European Network for Housing Research. Participou em vários projectos FCT sobre habitação. Actualmente é investigadora responsável do projecto “SIZA_3CITY – A habitação colectiva de Álvaro Siza: projetos, contextos e vivências (Porto-Lisboa-Nova Iorque)” financiado pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia.

    Alexandre Marques Pereira, entra em 1981 para a ESBAP (Escola Superior de Belas Artes do Porto), licenciado em Arquitectura pela Faculdade de Arquitectura da Universidade Técnica de Lisboa em 1986. Trabalhou no atelier do arquitecto Manuel Tainha de 1986 até 1996, altura em que abre um atelier próprio, sendo que em 2009 abre a empresa Alexandre Marques Pereira – Arquitectura, que entre 2017 e 2022 esteve associada ao gabinete Saraiva + Associados, com diversos projectos e obras construídas e em construção como arquitecto responsável e coordenador, nas áreas da habitação individual e colectiva, dos equipamentos públicos, bibliotecas, escolas, galerias de arte, ou da reabilitação em geral.

    Participou desde 1998 até 2002 como representante da O.A. na organização Europan Europe para concursos de Arquitectura para jovens arquitectos europeus.

    É docente na Universidade Lusíada de Lisboa, desde 1993, como Professor de Projecto. Foi Visiting Professor em 2006 na Universidade de Auburn, Alabama, nos EUA. Em Julho de 2012 termina o Doutoramento em Arquitectura (na área de Projecto) na Universidade Lusíada de Lisboa, sobre “As relações e contaminações, entre a Arquitectura Moderna do Norte e do Sul da Europa”. Desde 2012 é o representante da Universidade Lusíada no Concurso Pladur, concurso internacional para estudantes universitários de Arquitectura da Península Ibérica.

    Sobre o autorCidália Lopes

    Cidália Lopes

    Jornalista
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    Arquitectura

    Gulbenkian recebe exposição sobre Siza Vieira

    Com curadoria do espanhol Carlos Quintáns Eiras, a mostra, que reúne material original, desenhos, plantas de trabalho e plantas finais, fotografias, peças de design, estará patente de 17 de Maio a 26 de Agosto

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    A Fundação Gulbenkian recebe, de 17 de Maio a 26 de Agosto, uma exposição dedicada a Álvaro Siza Vieira. Tendo como centro da reflexão o papel do desenho na obra de Siza Vieira, a exposição ‘Siza’ reúne material original, desenhos, plantas de trabalho e plantas finais, fotografias, peças de design, bem como obras de artistas que compõem a “constelação de referências pessoais, artísticas e profissionais daquela que é uma das mais importantes figuras da história da arquitectura em Portugal e um dos grandes nomes vivos da arquitectura e urbanismo moderno no mundo”.

    Com a curadoria do também arquitecto, crítico e curador espanhol Carlos Quintáns Eiras, responsável pelo Pavilhão de Espanha na Bienal de Veneza em 2016 e vencedor do Leão de Ouro, a exposição ambiciona “cobrir todos os aspectos criativos da carreira de Siza”, destaca.

    Para o efeito, o curador irá recorrer aos arquivos depositados na Fundação de Serralves, no CCA – Canadian Centre for Architecture, no centro britânico Drawing Matter, bem como na Fundação Calouste Gulbenkian e no próprio atelier do arquitecto.

    A realização da mostra conta, ainda, com Zaida García-Requejo, como curadora assistente e com o apoio de Lorena Fernández Pabst e Noemí Cuba Alvariño, assim como projecto gráfico de José Albergaria.

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    Construção

    AICCOPN aponta “evolução positiva” nos indicadores de actividade na Construção

    No mercado das obras públicas, até ao final do mês de Março de 2024, observou-se um acréscimo de 32,9%, em termos de variação homóloga temporalmente comparável, no montante dos contratos de empreitadas, celebrados e registados no Portal Base, que totalizaram 794,4 milhões de euros.

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    De acordo com a estimativa rápida divulgada pelo INE, no primeiro trimestre de 2024, e que constam da Análise de Conjuntura da Construção divulgada pela Associação dos Industriais da Construção Civil e Obras Públicas (AICCOPN), o PIB registou um aumento de 1,4%, em termos homólogos, reflectindo uma desaceleração do investimento e do consumo privado. No que concerne ao Sector da Construção, assiste-se, também, a um incremento da maioria dos indicadores relativos à actividade. No consumo de cimento no mercado nacional, verificou-se um crescimento homólogo de 2,1%, no primeiro trimestre do ano, para 965,3 milhares de toneladas.

    No mercado das obras públicas, até ao final do mês de Março de 2024, observou-se um acréscimo de 32,9%, em termos de variação homóloga temporalmente comparável, no montante dos contratos de empreitadas, celebrados e registados no Portal Base, que totalizaram 794,4 milhões de euros.

    Ao nível da área licenciada pelas autarquias, nos primeiros dois meses de 2024, registaram-se variações de -8% nos edifícios habitacionais, e de -21,5% nos edifícios não residenciais, em termos homólogos. No que concerne ao licenciamento de fogos em construções novas verifica-se, neste período, uma redução de 12,4%, em termos homólogos, para um total de 4.811 habitações. No que respeita à avaliação da habitação para efeitos de crédito bancário, no mês de Fevereiro de 2024, apurou-se uma valorização de 5,5%, em termos homólogos, para 1560€/m2. Já no que diz respeito ao índice de custos de construção de habitação nova, naquele mês, registou-se um crescimento de 2,2%, em termos homólogos, em face de variações de -0,7% na componente dos materiais e de +6% na componente referente à mão de obra.

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    Construção

    NBS Summit no Porto, a reabilitação da Ponte Carmona, a Construmat de Barcelona e o Suplemento ReCONSTRUIR na edição 505

    Abrimos-lhe as portas do NBS Summit Urban Edition que se realiza no final de Maio, no Porto, numa edição em que lhe contamos o que propôs o gabinete A2P para a recuperação da ponte de Vila Franca de Xira (um investimento em torno dos 22M€), numa edição acompanhada do suplemento de Reabilitação Urbana que será distribuída na CONSTRUMAT, em Barcelona

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    Nature Based Solutions
    em conferência

    NBS Summit Urban Edition realiza-se a 23 e 24 de Maio, e trará ao Porto especialistas, investigadores e profissionais. Durante dois dias o debate e a partilha irão centrar-se nas soluções baseadas na natureza (Nature Based Solutions, NBS) e a sua importância no desenvolvimento urbano sustentável e no combate às alterações climáticas. A organização é da Associação Nacional de Coberturas Verdes, com o apoio do município através da Águas e Energia do Porto

    A2P assina intervenção na Ponte Carmona
    A Infraestruturas de Portugal vai investir 22 milhões de euros na reabilitação e reforço estrutural da histórica ponte de Vila Franca de Xira, além de uma melhoria da resistência sísmica

    Casa do Meco pelo traço de Fábio Neves
    O projecto da Aldeia do Meco assenta numa reinterpretação da arquitectura mediterrânea tradicional e de como a mesma pode ser reformulada para acomodar um estilo mais contemporâneo

    Construmat 2024 aposta forte em Inovação e Sustentabilidade
    ocupada por mais de 300 empresas e organizações interessadas em fazer parte de um contexto de mercado mais inovador e sustentável. Portugal é um dos países convidados numa edição em que o País convidado é Marrocos, num piscar de olho ao Mundial de 2030

    Ten Brinke abre escritório em Lisboa
    Com obra feita já em Portugal, este passo marca o início de uma nova expansão “estratégica”, com o objectivo de reforçar a presença da empresa no mercado português

    Suplemento ReCONSTRUIR
    Posto 9: Os desafios da Reabilitação Urbana

    Bairro C é
    exemplo europeu

    EastBanc recupera Palacete no Príncipe Real com projecto de Souto Moura

    “É fundamental meter o PRR a funcionar”

    Reabilitação respeita estrutura e linguagem de antigo edifício ‘art déco’

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    Credito: DR

    Arquitectura

    Arquitecto Costa Cabral dá nome a Escola do Castelo

    Proposta foi apresentada pelo executivo camarário que, assim, pretende homenagear aquele que foi o autor da Escola Básica do Castelo, construída entre 1970 e 1972

    CONSTRUIR

    A Câmara Municipal de Lisboa vai propor a classificação como património municipal da Escola Básica do Castelo, bem como a alteração da sua denominação para Escola Arquiteto Bartolomeu da Costa Cabral, em homenagem a uma das mais importantes referências da arquitectura portuguesa, que morreu no passado dia 20 de Abril, em Lisboa. A iniciativa, apresentada pelo executivo, foi anunciada na última reunião pública do Município.

    Bartolomeu d’Albuquerque da Costa Cabral, nascido em Lisboa a 8 de Fevereiro de 1929, diplomou-se na Escola Superior de Belas Artes de Lisboa (actual Faculdade de Belas Artes da Universidade de Lisboa), onde foi professor, tendo desenvolvido uma carreira que ficou ligada ao designado ‘movimento moderno’ da arquitectura portuguesa.

    Foi autor do projecto da Escola Básica do Castelo, construída entre 1970 e 1972, uma das suas primeiras obras, revelando uma “arquitectura para a vida moderna”, motivada por uma “constante preocupação funcional”.

    Aquando da sua morte, Bartolomeu Costa Cabral estava plenamente envolvido na requalificação desta escola municipal, integrando a equipa vencedora do recente concurso público de projecto em conjunto com o arquitecto Gonçalo Byrne.

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    Imobiliário

    Savills/ Predibisa coloca Seven Principles no Porto

    Para supervisionar e fomentar o crescimento da empresa alemã de IT em Portugal, foi nomeado um director da Unidade do Porto, Marco Lizardo. O imóvel encontra-se, actualmente, em fase de reabilitação, de modo a ficar dotado de meios para garantir um “elevado nível de qualidade” dos espaços de trabalho

    CONSTRUIR

    A Savills/Predibisa anuncia a abertura do novo escritório da Seven Principles, uma empresa alemã da área de IT, especializada em Managed Services e Desenvolvimento de Software, no “Edifício Bridge”, no número 819 da Rua Sá da Bandeira, no Porto.

    O imóvel encontra-se, actualmente, em fase de reabilitação, de modo a ficar dotado de meios para garantir um “elevado nível de qualidade” de espaços de trabalho, numa área de cerca de seis mil metros quadrados.

    Segundo Reiner Moser, director-geral da Seven Principles Portugal, a escolha de Portugal para a expansão da tecnológica, teve em conta as “excelentes oportunidades” aqui encontradas, nomeadamente, o “profissionalismo” dos especialistas locais em IT, aliado à sua “mentalidade cosmopolita” o que facilita a colaboração com equipas internacionais.

    “Hoje, estamos confiantes de que tomámos a decisão certa ao encontrar um edifício como este, com excelente exposição solar, que garante a presença da luz natural durante todo o dia, além de todas as comodidades existentes nas zonas adjacentes ao “Edifício Bridge”, afirma.

    De salientar que, para supervisionar e fomentar o crescimento da empresa em Portugal, foi nomeado um director da Unidade do Porto, Marco Lizardo, com conhecimento abrangente do mercado local, da legislação e de redes estabelecidas em universidades na região Norte do País.

    Os futuros projetos com origem na Alemanha serão maioritariamente desenvolvidos e suportados com talentos baseados em Portugal. Com operações desenvolvidas maioritariamente em trabalho remoto, o escritório está equipado para apoiar um crescimento da equipa em Portugal até 120 pessoas, tendo 25% de presença diária nas instalações.

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    Empresas

    AGEFE debate formas de ‘Acelerar Portugal’ e apresenta estudo sobre o mercado

    Com um crescimento global em linha com a evolução nominal do PIB e uma forte dinâmica nas áreas associadas à transição energética, este mercado reflecte a “solidez e resiliência que de longa data definem as relações entre os diferentes operadores da cadeia de valor”, refere Daniel Ribeiro, director-geral da Associação

    CONSTRUIR

    A AGEFE, a associação empresarial que representa em Portugal a indústria eletrodigital, organiza a 9 e 10 de Maio, em Ílhavo, o Encontro anual de Material Eléctrico, no qual,  além da entrega do Prémio Fornecedor do Ano 2023, irá apresentar as conclusões de um estudo sobre o Mercado de Material Eléctrico em 2023. O Encontro conta, ainda, no dia 10, com dois espaços de debate.

    O primeiro foi dedicado aos desafios e oportunidades para ‘Acelerar Portugal’, procurando um enquadramento à temática da agenda proposta pela AGEFE, e terá um Keynote Speech do ex-ministro da Economia, António Costa Silva. Os desafios da geopolítica, da demografia e das alterações climáticas juntam-se aos desafios da competitividade, naquele que será o mote para discutir os problemas e perspetivas de uma pequena economia aberta como a portuguesa e das empresas deste sector.

    O segundo vai explorar perspectivas sobre ‘Descentralização, Eficiência Energética e Mobilidade Eléctrica’, que constituem a base de um dos eixos daquela Agenda, num painel que conta com a participação de Jerónimo Cunha, director-geral da Direcção de Energia e Geologia, que será responsável pelo enquadramento do tema.

    Para Daniel Ribeiro, director-geral da AGEFE, “uma das principais ideias do evento e da Agenda é a necessidade de sermos todos mais ambiciosos e eficazes, desde o Governo às empresas. Iremos debater neste evento as diferentes opções para concretizar essa ambição, e também perceber, a partir dos resultados do Estudo anual, que o mercado de material eléctrico em 2023 se mostrou bastante dinâmico”.

    Com um crescimento global em linha com a evolução nominal do PIB e uma forte dinâmica nas áreas associadas à transição energética, este mercado também reflecte a solidez e resiliência que de longa data definem as relações entre os diferentes operadores da cadeia de valor.

    “Não tenho dúvidas de que a indústria electrodigital contribui de forma significativa para a economia nacional e faz parte da vida das pessoas. Um contributo que queremos ainda maior e que permita fazer da Transição Energética e da Transição Digital fatores de competitividade para Acelerar Portugal”, acrescentou Daniel Ribeiro.

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    Miguel Costa Santos, Country Manager da Corum Portugal

    Imobiliário

    Corum capta 156 M€ no 1º trimestre e mantém interesse em activos comerciais

    Com este volume de novas subscrições, o Grupo elevou o valor sob gestão para cerca de 7,8 MM€, dos quais 6,20 MM€ estão aplicados em activos como supermercados, armazéns, hotéis ou escritórios

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    A Corum Investments manteve um elevado ritmo de captação de poupanças durante os primeiros três meses de 2024, tendo “atraído” mais 156 milhões de euros de pequenos e grandes aforradores.

    Depois do recorde de um pouco mais de mil milhões de euros captados em 2023, a Sociedade de Investimento Imobiliário, de origem francesa, manteve um forte volume de novas entradas no arranque deste ano, atraindo 64 milhões de euros para aquele que foi o produto de lançamento no mercado em 2012, o Corum Origin, dividindo-se os restantes 92 milhões entre o Corum XL e o Corum Eurion.

    Com este volume de novas subscrições, o Grupo elevou o valor sob gestão para cerca de 7,8 mil milhões de euros, dos quais 6,20 mil milhões estão aplicados em activos imobiliários comerciais, que continuam a ser a estratégia de investimento, nomeadamente, supermercados, armazéns, hotéis ou escritórios.

    “Sentimos a enorme confiança que os aforradores europeus, muitos deles portugueses, têm na gestão que fazemos para rentabilizar as suas poupanças”, refere Miguel Costa Santos, country manager da Corum Portugal, salientando que a captação no mercado nacional está a crescer, mas tenderá a ser reforçada com o objectivo já anunciado de abrir a distribuição dos fundos à rede das instituições financeiras nacionais.

    “A abertura de novos canais de distribuição contribuirá para a democratização do acesso a novos instrumentos de poupança com retornos potenciais atractivos por parte dos portugueses”, acrescenta o Country Manager, lembrando que é possível investir nos fundos da Corum por apenas 1.135 euros, no caso do Origin, ou mesmo 195 euros, no caso do XL, com a possibilidade de realizar reforços mensais de apenas 50 euros. O objectivo da gestora é o de alcançar rendibilidades de 6% e 5%, no Origin e no XL, respectivamente.

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