Líbia: um país para ‘refundar’ no Magreb
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Perante o tumulto que afecta os mercados europeus, tanto ao nível financeiro como do ponto de vista da economia, ganha cada vez maior peso a necessidade de as empresas terem de procurar alternativas sólidas em mercados externos. Se os países de língua oficial de portuguesa surgem no topo das possibilidades, as boas relações históricas entre Portugal e os países do Magreb tem sido potenciada nos últimos anos com as empresas nacionais a olharem para aqueles mercados como potenciais. Um desses países é precisamente a Líbia. Ao Construir, o director da área de feiras da FIL, Jorge Oliveira, considera que as missões empresariais que aquele organismo tem realizado a mercados externos tem tido não só bons resultados como “bom acolhimento”. “A última porta que abrimos até ao momento foi a Líbia e foi uma agradável surpresa pois é um país que recebe bem os empresários portugueses e onde temos capacidade de ser dos países mais competitivos a actuar nesse mercado”, diz Jorge Oliveira a propósito do evento que decorreu em Fevereiro deste ano em Tripoli. “Isto é um trabalho que tem a ver com o diálogo diário que mantemos com as empresas. A abertura de portas e caminhos em novos países é o resultado de inúmeras conversas com várias empresas e daí o vislumbre de oportunidades de negócio daí que a nossa estratégia neste momento de enfocar a estratégia nos CPLP tem tido bons resultados, sobretudo para a faixa das Pequenas e Médias Empresas”, considera Jorge Oliveira.
Construção com oportunidades
O primeiro-ministro José Sócrates apontou, durante o périplo pelo Magreb realizado em Março, que “as empresas portuguesas estão muito interessadas no mercado líbio, em muitos sectores – no sector dos cimentos, no sector do petróleo, também da construção civil e tenho a certeza que destes contactos vão resultar muitas oportunidades para as empresas portuguesas”. O PM afirmou que Portugal tem hoje “uma relação política normalizada com a Líbia, fizemos um investimento diplomático na Líbia ao longo destes últimos anos – abrimos aqui uma embaixada, que não existia -, as relações comerciais têm evoluído, mas ainda não foram suficientes para vencer o défice comercial que temos”. A balança comercial entre Portugal e Líbia é desfavorável para Portugal, que em 2009 importou 332,2 milhões de euros e vendeu 35,4 milhões de euros, uma valor baixo, mas que representa um crescimento enorme, pois em 2007 as exportações nacionais não ultrapassavam os 500 mil euros. “Importamos muito petróleo e vendemos ainda poucos produtos; por isso a nossa aposta é diversificar mais o comércio com a Líbia e eu tenho muita esperança que esta minha visita abra novas oportunidades de negócios a empresas portuguesas”, acrescentou. Entre as prioridades da Líbia destacam-se as obras públicas e construção de infra-estruturas, nomeadamente aeroportos, estradas, habitação, barragens e obras de arte, que poderão representar uma oportunidade de negócio para as empresas portuguesas.
Dados: Líbia
Área (Km2) – 1.759.000
População – 6,3 milhões de pessoas
Capital – Tripoli 1,7 milhões de habitantes ( cerca de 30% da população)
Pib – $ 89.920.000.000 (69,7 mil milhões de euros)
Pib per capita – $ 14.200 (11 mil euros)
Taxa crescimento Pib – (+ 5,9%)
Importações – $ 26.550.000.000 (20,6 mil milhões de euros)
Exportações – $ 64.500.000.000 (50 mil milhões de euros)
Fonte: AIP/FIL