80% dos operadores logísticos acredita que as grandes infra-estruturas anunciadas pelo Governo vão ter pouco impacto na sua actividade
A maioria dos inquiridos considera ainda que o programa do governo “Portugal Logístico” vai ser benéfico para o mercado

Ana Rita Sevilha
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A consultora imobiliária Cushman & Wakefield (C&W) associou-se à revista Logística Moderna na realização de um inquérito aos operadores logísticos activos no mercado nacional, do qual resultou o “Ranking dos Operadores Logísticos”.
Segundo o estudo, “as 76 empresas inquiridas ocupam uma área média de 11.000 m2, tendo os armazéns uma idade média de 10 anos. Verifica-se uma forte internacionalização dos operadores, com 41% a corresponder a empresas com capitais maioritariamente estrangeiros. Há uma concentração de 82% dos espaços na região da Grande Lisboa, especialmente na zona considerada prime da Grande Lisboa, o Eixo Alverca – Azambuja, que conta com cerca de 300.000 m2 de espaço ocupado”.
Em termos da propriedade dos imóveis, o estudo concluiu que se verifica “um mercado ainda pouco profissionalizado em termos imobiliários, com um peso considerável dos operadores a deterem a posse dos espaços que ocupam. Os operadores logísticos que têm arrendamento reportam valores médios de renda na ordem dos 4,1euros/m2/mês, sendo os mais elevados praticados na Região da Grande Lisboa: 4,6 euros/m2/mês”.
Relativamente às grandes infra-estruturas anunciadas pelo Governo, “cerca de 80% das empresas acredita que estas vão ter pouco ou nenhum impacto na actividade logística nacional, com o TGV (Linha Ferroviária de Alta Velocidade) a ter o resultado mais baixo, com cerca de 42% dos operadores a afirmarem que não afectará em nada a sua actividade”.
A maioria dos inquiridos considera ainda que o programa do governo “Portugal Logístico” vai ser benéfico para o mercado. “A combinação da maior qualidade da oferta com a descida esperada dos valores de mercado irá conduzir a um aumento da competitividade das empresas e do País. No entanto, para alguns operadores este programa entra no mercado tarde de mais”.
O eixo Alverca-Azambuja (zona 1) foi eleito por cerca de 25% dos inquiridos como a melhor localização do mercado logístico nacional.
Em relação a expectativas futuras “é surpreendente o optimismo da grande maioria dos inquiridos apesar do enquadramento económico actual, com perto de 80% a antever um crescimento do seu negócio no futuro e apenas 1% a prever um decréscimo”.