Energias renováveis representam mais de metade da produção de electricidade em S. Miguel
“Podemos estar muito próximos dos 48 por cento só na geotermia em S. Miguel. Com a eólica e a hídrica, podemos estar numa zona muito próxima dos 57 ou 58 por cento”, afirmou Duarte Ponte, presidente da Electricidade dos Açores (EDA)
Andreia Teixeira assume cargo de Project Management do Grupo Openbook
CE atribui 245M€ em subvenções a projecto de hidrogénio em Sines
Município de Paredes investe mais de 64,3 M€ em habitação com apoio do PRR
IP lança concurso de 77M€
Knauf apresenta nova identidade corporativa
Financiamento especializado atinge máximo histórico
Greens Vilamoura assinala cerimónia de Pau de Fileira com 70% já comercializado
Novo crédito à habitação regista crescimento de 26,1% até Fevereiro
Preços das casas aceleram nos primeiros meses de 2024
Sierra renova espaço de restauração no Centro Vasco da Gama
As energias renováveis são responsáveis actualmente por mais de metade da produção de energia eléctrica na ilha de S. Miguel, revelou esta quinta-feira Duarte Ponte, presidente da Electricidade dos Açores (EDA), salientando a importância para a independência energética da região.
“Podemos estar muito próximos dos 48 por cento só na geotermia em S. Miguel. Com a eólica e a hídrica, podemos estar numa zona muito próxima dos 57 ou 58 por cento”, afirmou Duarte Ponte, que falava durante uma visita do comissário europeu da Política Regional, Johannes Hahn, à Central Geotérmica do Pico Vermelho, na Ribeira Grande.
O presidente da EDA salientou que, no ano passado, a geotermia contribuiu com 22 por cento para a produção de energia eléctrica nos Açores, ascendendo essa contribuição a 42 por cento em S. Miguel.
“Em 2011, tivemos na região cerca de 30 por cento de electricidade produzida a partir de energias renováveis, tendo o contributo da geotermia sido de 22 por cento”, frisou.
O aumento que se tem vindo a registar este ano em S. Miguel ao nível da produção de electricidade a partir de energias renováveis resulta da entrada em funcionamento do Parque Eólico dos Graminhais e da resolução do problema que afectou a Central Geotérmica dos Cachaços-Lombadas, o que permitiu ter as duas centrais existentes nesta ilha a funcionar.
Duarte Ponte salientou que este aumento de produção a partir de fontes renováveis “significa que, durante a noite, haverá dificuldades em colocar toda a energia na rede, o que obriga a EDA a trabalhar num processo de armazenagem de energia”.
A estimativa do presidente da EDA é que, caso seja bem sucedido o projecto de geotermia na ilha Terceira, em meados desta década a taxa de penetração das energias renováveis possa ultrapassar os 50 por cento nos Açores, o que terá um importante impacto ao nível do desenvolvimento regional.
Para Duarte Ponte, essa situação representará “uma independência dos Açores em relação a um custo que tem tendência sempre para aumentar, que é o consumo de petróleo que utilizado para produzir energia eléctrica”.
Por seu lado, o comissário europeu da Politica Regional, Johannes Hahn, considerou que os projectos de aproveitamento de energias renováveis são “uma excelente ideia”, frisando que são um dos melhores investimentos que podem ser feitos para reduzir a dependência do petróleo.
Nesse sentido, Johannes Hahn acrescentou que investimentos deste género devem continuar e ser alargados, já que reduzem a dependência dos Açores em relação ao fuel e favorecem a economia.