Fundação EDP reformula projecto de Amanda Levete em conformidade com o PDM
A EDP mantém a intenção de avançar com o projecto – num investimento de 20 milhões de euros – ainda durante este primeiro semestre de 2013
Ana Rita Sevilha
DS Private reforça rede
Salto Studio ganha concurso para antiga Colónia Balnear da Areia Branca
Município de Esposende investe 3,6M€ na construção de residência de estudantes
Weber lança novo acabamento para fachadas
Prospectiva e H3P supervisionam construção da Barragem do Calucuve, em Angola
Grupo Eurofred formaliza venda da sua filial Horeca Global Solutions
KEO inaugura escritório em Lisboa e duplica número de colaboradores
Twinkloo olha para o futuro do imobiliário em Portugal através de novo podcast
Geberit volta a juntar-se a Miguel Muñoz para espaço na Casa Decor 2024
Iad lança iniciativa que permite ter “estimativa realista e actualizada” dos imóveis
A Fundação EDP alterou o projecto do centro cultural previsto para a zona de Belém, em Lisboa, em conformidade com o novo Plano Director Municipal (PDM), aprovado recentemente, e com recomendações da Direcção Geral de Património Cultural e da Provedoria de Justiça. A notícia foi avançada pela Lusa e pelo Público.
Segundo as mesmas fontes, a Câmara de Lisboa teria aprovado em Fevereiro passado um pedido de informação prévia da Fundação EDP para a construção de um centro cultural que previa uma ocupação de 14 metros de altura e 150 metros de frente ribeirinha de Belém, junto à Central Tejo, onde neste momento existem antigos armazéns.
O projecto, assinado pela arquitecta britânica Amanda Levete. “motivou críticas da oposição, com PSD e CDS-PP a considerarem que violava o PDM então em vigor, que permitia a construção no máximo de 50 metros de comprimento na frente rio e de 10 metros de altura, questões partilhadas pelo movimento cívico Fórum Cidadania LX, que apresentou uma queixa à Provedoria de Justiça”.
Perante um conjunto de dúvidas, o presidente da Câmara de Lisboa, António Costa, admitiu, em resposta à Provedoria da Justiça, “erros relativos à área do prédio” e esclareceu que os terrenos pertencem à Fundação EDP e ao município, sendo que a câmara “prevê a sua cedência”.
Com a aprovação do novo PDM em Julho, a Fundação transmitiu à câmara que “sem desistir” do centro cultural, previa “reformular o projecto” e, por isso, “abdicava da informação prévia favorável e dos direitos que lhe pudessem assistir”.
O administrador da Fundação EDP, Sérgio Figueiredo, disse à agência Lusa que o projecto “sofreu alterações em função do novo PDM e recomendações da Provedoria e da Direcção geral do Património Cultural” em conformidade com as “preocupações” destas instituições, nomeadamente quanto à permeabilidade do solo. “Tivemos a disponibilidade para fazer alterações ao projecto no seguimento das sugestões feitas sem alterar nem as funções nem a arquitectura do centro. Fizemos uma nova versão do projecto, que foi entregue à câmara e que terá de ser novamente aprovado”, disse Sérgio Figueiredo.
O administrador assegurou que a EDP mantém a intenção de avançar com o projecto – num investimento de 20 milhões de euros – ainda durante este primeiro semestre de 2013.
O vereador de Planeamento e Política de Solos, Manuel Salgado, disse à Lusa que a discussão da nova versão do projecto aguarda formalidades da Fundação EDP e um “acerto patrimonial” com o município quanto aos terrenos, para ser debatido pelo executivo municipal.