Stock de escritórios em Luanda ultrapassa milhão de m2 em 2012
A consultora explica que, com o crescimento moderado da oferta após 2009, seria apenas expectável “atingir este valor em meados de 2014”
Pedro Cristino
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O stock total de escritórios em Luanda ultrapassou, no ano passado, o milhão de metros quadrados, de acordo com a mais recente análise do Office Market Report de Luanda da Colliers International.
No relatório, a consultora explica que, com o crescimento moderado da oferta após 2009, seria apenas expectável “atingir este valor em meados de 2014”, realçando que a crise financeira foi bastante sentida em Angola, “sobretudo do lado da oferta”, tendo sido adiados muitos dos novos edifícios projectados, enquantio que os que estavam em construção tiveram a sua execução abrandada.
Este abrandamento deve-se, segundo refere a Colliers, às dificuldades no financiamento que foram também sentidas em Angola, “causando derrapagens nos prazos de conclusão das obras e adiamento ou inviabilização de algumas promoções”. “A taxa de crescimento da oferta ilustra perfeitamente este abrandamento nos anos 2010 e 2011”, explica a consultora, referindo que, nestes anos, o crescimento da oferta não ultrapassou os 8%, “valor muito aquém dos quase 20% de 2012 e, ainda mais, dos quase 30% de 2009”.
A nova oferta surgiu, principalmente, no Central Business District (CBD) de Luanda, “a prime zone” e alterou “o tipo de oferta de escritórios em Luanda”. “Em 2008, a oferta de escritórios localizava-se predominantemente em edifícios antigos, bem preservados”, refere o relatório, acrescentando que, em 2013, “55% da oferta de escritórios encontra-se em edifícios novos, de nível internacional”.
A mesma fonte revela que, outra das consequências desta oferta se reflecte na qualidade do stock, uma vez que se observou “o quase desaparecimento de edifícios residenciais adaptados a escritórios ou de edifícios em fraco estado de conservação”.
A Colliers explica também que o “pipeline” de Luanda, nos próximos três anos, inclui já uma área de 350 mil metros quadrados de escritórios, a que se poderão adicionar vários outros empreendimentos, ainda em projecto, “cuja realização provocará um acréscimo adicional de oferta, podendo até criar novas centralidades”.