Fernão Lopes Simões de Carvalho, José Neves e Raquel Morais contam a sua história na Ordem dos Arquitectos
Recorde-se que está a decorrer a 2ª edição do Prémio Estágios em Portugal e no Mundo que se destina a valorizar e dar a conhecer as histórias dos estágios profissionais realizados pelos arquitectos desde Setembro de 2007 até hoje
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A Ordem dos Arquitectos vai juntar histórias pessoais de um trio de arquitectos, cada um representando uma geração distinta de práticas, num encontro a decorrer no próximo dia 18 de Setembro, no Café da Ordem dos Arquitectos (COA) no âmbito do Prémio Estágios em Portugal e no Mundo. Esta será uma oportunidade singular para ouvir na primeira pessoa as narrativas dos arquitectos Fernão Lopes Simões de Carvalho, José Neves e Raquel Melo.
À semelhança do que aconteceu no ano passado, na edição inaugural do Prémio Estágios em Portugal e no Mundo, mais uma vez se vão escutar de viva voz os testemunhos de arquitectos que iniciaram a sua relação profissional com a arquitectura em diferentes lugares, contextos e situações.
Fernão Lopes Simões de Carvalho concluiu a licenciatura em Arquitectura na ESBAL em 1955, mas cedo percebeu que o seu interesse era o urbanismo. Na qualidade de bolseiro do governo francês obteve o diploma em urbanismo no Institut d’Urbanisme de L’Université de Paris, na Sorbonne, em 1959. Fez vários estágios enquanto estudava: o primeiro no atelier dos arquitectos Lima Franco e Manollo Pottier, em Lisboa; o segundo no Gabinete de Urbanização do Ministério do Ultramar, com os arquitectos João de Aguiar e Lucínio Cruz, também na capital portuguesa; seguiu depois, entre 1956 e 1959, para Paris, onde trabalhou no Atelier de Le Corbusier e André Wogenscky – um episódio repleto de peripécias.
José Neves licenciou-se em 1986 pela Faculdade de Arquitectura da Universidade Técnica de Lisboa. Trabalhou, ainda estudante, em vários ateliers entre eles o dos arquitectos Nuno Pires Antunes e Bárbara Miguel, tendo colaborado com os arquitectos Duarte Cabral de Mello e Maria Manuel Godinho de Almeida entre 1986 e 1990. Participou em diversos trabalhos com o arquitecto Vítor Figueiredo. Tem atelier próprio desde 1991, tendo passado como Assistente e Professor convidado pelo ISCTE, onde ainda dá aulas, Universidade de Lisboa, UAL e FAUTL. Entre os seus trabalhos encontram-se a remodelação do Cinema Ideal, em Lisboa, que abriu há dias, a Escola Francisco de Arruda (Prémio Valmor 2011 e Prémio Secil de Arquitectura 2012) e a Escola Marquesa de Alorna, ambas em Lisboa, o Centro de Artes do Carnaval (1º lugar em concurso público), o Edifício C6 e Alameda da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa (1º lugar em concurso público, com o Arq. Francisco Freire) ou a Casa do Moinho (1º Prémio de Arquitectura da Câmara Municipal de Torres Vedras 1996-2001). Foi ainda premiado em outros concursos para obras públicas como para a Faculdade de Arquitectura da Universidade do Minho, o Mercado de Levante de Almada ou a Reitoria da Universidade Técnica de Lisboa.
Raquel Melo é a mais jovem convidada, licenciou-se em arquitectura em 1999 pelas Faculdade de Lisboa e Porto desenvolvendo actualmente projectos por conta própria na tipologia de habitação e turismo, tanto em reabilitações, como em construções novas. Envolvida no projecto Moralá Castelo (BIPZIP) através da associação FAS fundada em 2013 (https://raquelmelomorais.viewbook.com/), elaborou o projecto de recuperação de um apartamento na Rua da Junqueira e concluiu a obra de uma moradia no bairro económico do Restelo, um projecto de sua autoria. Em 2012 remodelou um apartamento em Campo de Ourique (Lisboa). Em 2011 concluiu, o projecto e obra de uma Casa de Campo e Turismo Rural em Aljezur situado no Parque Natural do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina (www.casadocanal.com). Fez o seu arranque profissional colaborando nos gabinetes de JLCG arquitectos, Paulo David e Luís Vilhena.
Recorde-se que está a decorrer a 2ª edição do Prémio Estágios em Portugal e no Mundo que se destina a valorizar e dar a conhecer as histórias dos estágios profissionais realizados pelos arquitectos desde Setembro de 2007 até hoje. Nesse sentido, até ao dia 15 de Outubro está a correr o período para envio das candidaturas ao Prémio que se propõe “registar e divulgar as experiências e apresentar a forma como são conduzidas as obras físicas em que os arquitectos trabalham, assim como se pretende fomentar e abrir um espaço para a mostra das histórias e experiências únicas ocorridas em Portugal e no estrangeiro”, lê-se no site do prémio.