Investimento público em infra-estruturas impulsiona sector da construção em Singapura
Governo planeia emitir contratos que totalizam valores anuais entre 18,7 mil milhões de euros e 33,8 mil milhões de euros para o desenvolvimento de infra-estruturas
Pedro Cristino
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Um estudo da Timetric prevê que a indústria da construção em Singapura cresça entre 2015 e 2019, através dos investimentos do Governo do país em infra-estruturas de transportes.
Segundo este relatório feito pelo Construction Intelligence Center (CIC), da Timetric, enquanto se foca as necessidades de habitação para a população de classe média e no desenvolvimento de fontes de energia renovável, o Governo de Singapura pretende também melhorar a infra-estrutura de trasnportes e de turismo através de projectos como o MRT Masterplan – Cross Island Line, o MRT Masterplan – Downtown Line e a extensão da Tuas West.
Neste contexto, o Governo planeia emitir contratos que totalizam valores anuais entre 18,7 mil milhões de euros e 33,8 mil milhões de euros para o desenvolvimento de infra-estruturas até ao ano de 2019. De acordo com o CIC, em termos reais, o valor de produção deste sector cresceu a uma taxa anual composta de 6,39% durante o período entre 2010 e 2014. Todavia, a consultora prevê que o ritmo do crescimento desacelere para 2,48% ao longo dos próximos cinco anos, devido ao enfraquecimento do crescimento económico.
Assim, a Timetric antecipa que o valor de produção desta indústria aumente ligeiramente em termos reais, passando de 25,4 mil milhões de euros, registados em 2014, para 28,7 mil milhões de euros em 2019.
Durante o período em estudo (2010-2014), a construção residencial constituía o maior mercado no sector da construção em Singapura, sendo responsável por 38,5% do valor total desta indústria em 2014 e, de acordo com as previsões do CIC, este mercado deverá manter o seu peso durante o período em previsão.
Segundo o Departamento de Assuntos Económicos e Sociais das Nações Unidas, prevê-se que a população deste país asiático cresça de 5,5 milhões, registados em 2013, para 6,3 milhões em 2025, culminando numa maior procura por habitação, uma tendência que, segundo a Timetric, irá ajudar o mercado.