Investidores portugueses são preferenciais para parcerias em Moçambique”
A AEP sublinha também que “o país tem necessidade de melhorar as suas infra-estruturas para crescer. Por isso, desde o transporte rodoviário, passando pela ferrovia, portos e energia, tudo está a ser renovado e melhorado”
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Entre os próximos dias 7 e 13 de Fevereiro, uma missão empresarial portuguesa levada a cabo pela Associação Empresarial de Portugal, estará em Moçambique. Nesta incursão comercial num dos mercados da África Austral com um crescimento económico mais consistente nos últimos anos, estarão representadas sete empresas de vários sectores, entre eles o dos materiais de construção.
No roteiro estão Maputo, a capital, com mais de 2 milhões de habitantes, e Pemba, na província de Cabo Delgado, no Norte, onde está em curso um dos maiores investimentos do país: a construção de uma base logística de apoio à exploração do gás natural e do petróleo, actualmente a principal riqueza do país.
“Moçambique tem investimentos significativos em curso, públicos e privados. Como pudemos confirmar nas missões que fizemos nos últimos anos, é um mercado bastante interessante, com um potencial enorme para empresas portuguesas já rodadas na globalização. Estou a pensar, nomeadamente, nos sectores das infra-estruturas e da engenharia, dos materiais de construção, do ambiente e energia, da maquinaria e das tecnologias para a agricultura e pescas, do turismo e das máquinas para a indústria, em geral”, salienta Mónica Moreira, directora da área de internacionalização da AEP.
Segundo garante a AEP, pelas ligações culturais entre os dois países, pela língua comum e pelo conhecimento empírico da generalidade dos empresários portugueses, estes são vistos pelas autoridades moçambicanas como investidores preferenciais no momento de se fazerem parcerias. Tanto assim é que, na actualidade, Portugal já está no grupo dos cinco maiores investidores estrangeiros naquele PALOP, segundo a agência pública de investimento moçambicana, o Centro de Promoção de Investimentos de Moçambique.
A Associação salienta que “os investimentos estão a acontecer, muitos deles beneficiando do apoio de organizações internacionais multilaterais, como o Banco Africano de Desenvolvimento. Resultado: Moçambique está hoje no top ten do crescimento económico no continente africano. Não admira, por isso, que o seu Produto Interno Bruto (PIB) tenha registado subidas superiores a 7% nos últimos anos, havendo estimativas que apontam para que este indicador possa chegar aos 8,2% no final de 2016”.
A AEP sublinha também que “o país tem necessidade de melhorar as suas infra-estruturas para crescer. Por isso, desde o transporte rodoviário, passando pela ferrovia, portos e energia, tudo está a ser renovado e melhorado”. Nesse sentido, estão já em curso projectos vultuosos, como a terceira fase do Corredor de Nacala, cuja concretização impulsionará o desenvolvimento das províncias de Nampula, Niassa, Cabo Delgado, Zambézia e Tete.
A salientar há ainda o facto de nas relações comerciais bilaterais, Portugal ocupar a sexta posição na lista de fornecedores a Moçambique. “Em 2014, foram contabilizadas 2.899 empresas portuguesas a exportar regularmente para aquele destino e 75 a importar. Por sectores, predominavam as máquinas e aparelhos para a indústria, os metais comuns, os produtos alimentares e os automóveis e material de transporte”.
“As exportações portuguesas para Moçambique cresceram cerca de 23% numa década (2004/2014), ultrapassando os 477 milhões de euros no final de 2014. O coeficiente de cobertura atingia então os 562%, tornando Moçambique no segundo parceiro comercial do nosso país na África Lusófona, atrás de Angola”.
Esta será a oitava acção de promoção externa que a Associação Empresarial de Portugal (AEP) leva a cabo naquele país africano de língua oficial portuguesa nos últimos sete anos.