Aravena divulga detalhes sobre Bienal de Veneza
Portugal será representado na Bienal por Álvaro Siza Vieira, numa mostra comissariada por Carlos Moura Carvalho e com curadoria de Nuno Grande e Roberto Cremascoli
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Alejandro Aravena divulgou ontem em conferência de imprensa mais detalhes sobre a Bienal de Veneza 2016. O arquitecto chileno falou sobre a exposição central e os projectos associados e divulgou a lista complete de participantes dos 62 pavilhões nacionais, incluíndo cinco países que participam pela primeira vez: Cazaquistão, Nigéria, Filipinas, Seicheles e Iêmen.
A exposição central – “Reporting from the Front” -, que se espalhará pelo Arsenale e pelo pavilhão central do Giardini, vai contar com trabalhos de 88 participantes, dos quais 50 mostram trabalhos pela primeira vez e 33 têm menos de 40 anos. Os trabalhos são oriundos de 37 países diferentes. Segregação, desigualdade, periferias, desastres naturais, crises habitacionais, imigrações, crime, tráfico, desperdício, poluição e participação comunitária estão entre os temas abordados na exposição central. Os participantes vão responder ao tema proposto por Aravena destacando “arquitectura que apesar dos poucos recursos intensificam o que há disponível”.
Aos pavilhões nacionais caberá a tarefa de destacar os desafios sociais, ambientais e económicos de cada um dos países participantes, mostrando como a arquitectura tem servido para ajudar a resolver esses problemas.
Portugal será representado na Bienal por Álvaro Siza Vieira, numa mostra comissariada por Carlos Moura Carvalho e com curadoria de Nuno Grande e Roberto Cremascoli. “Álvaro encontra Aldo” é o tema da exposição que regressará ao projecto de habitação social que Siza desenhou na década de 80 para a ilha veneziana da Giudecca e cuja construção ficou a meio. A mostra ocupará o estaleiro da obra, de 28 de Maio a 27 de Novembro.
Para além da exposição central e dos pavilhões nacionais, Aravena anunciou três projectos especiais que representam a primeira vez que a Bienal organiza eventos em parceria com instituições. São eles: “Reporting from Marghera and Other Waterfronts”, com curadoria de Stefano Recalcati e que analisará o Forte Marghera (localizado em Mestre, Veneza) como um importante projecto de regeneração; “A World of Fragile Parts”, com curadoria de Brendan Cormier, que resulta de uma colaboração com o Museu Victoria & Albert de Londres; e “Cities: Conflicts of an Urban Age”, com curadoria de Ricky Burdett, que antecipando a Conferência Internacional das Nações Unidas – Habitat III, que acontecerá em Outubro deste ano em Quito, Equador.
A Bienal contemplará ainda diversos eventos paralelos que serão anunciados quando for conhecido o programa complete. De salientar que haverá um catálogo composto por dois volumes que documentará a exposição central e contará com diversos ensaios individuais de Aravena.