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    Fernando Santo: CCP em “má hora nasceu”

    É o tema “mais caro” para Fernando Santo, este Código dos Contratos Públicos (CCP) que, para o antigo bastonário da Ordem dos Engenheiros (OE), “em má hora nasceu”

    Pedro Cristino
    Engenharia

    Fernando Santo: CCP em “má hora nasceu”

    É o tema “mais caro” para Fernando Santo, este Código dos Contratos Públicos (CCP) que, para o antigo bastonário da Ordem dos Engenheiros (OE), “em má hora nasceu”

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    15-ordem_eng.jpgÉ o tema “mais caro” para Fernando Santo, este Código dos Contratos Públicos (CCP) que, para o antigo bastonário da Ordem dos Engenheiros (OE), “em má hora nasceu”. “Nós não podemos deixar passar em claro esta situação”, alertou o engenheiro, referindo que a OE não deveria “remeter-se apenas à análise da proposta de anteprojecto do Governo”. Na sessão de debate dedicada ao anteprojecto de revisão do CCP, que se encontra em consulta pública até ao dia 23 de Setembro, Fernando Santo direccionou a sua intervenção para o conteúdo dos anteriores Regimes de Obras Públicas, “nomeadamente, do último”, que o CCP eliminou, “e mal”, na sua opinião, “criando problemas para todos”.

    A génese da regulamentação

    Perante “todo o trabalho de análise” que o anteprojecto tem suscitado, o ex-bastonário propôs-se a “ir à génese” deste código “que foi imposto a todos”. Neste sentido, Fernando Santo lembrou que, durante o seu mandato de bastonário da OE, integrou também a Comissão de Acompanhamento do CCP. “Não conseguimos alterar praticamente nada, porque o modelo estava definido”, revelou. A primeira discussão, segundo Santo, referiu-se aos profissionais sob os quais este código é aplicado. “Eu percebo que se aplique à Ordem dos Advogados, porque os advogados recebem dinheiro do Estado, a Ordem dos Solicitadores também – e muitos milhões!Até das taxas de justiça”, explicou, lembrando que a Ordem dos Engenheiros não recebe dinheiro do Estado. “Sempre foi um contribuinte líquido, porque contribuiu muito para o interesse público, sem cobrar um cêntimo ao Estado” e, nesse sentido, “quem tem de definir se o dinheiro dos engenheiros, que pagam as quotas, deve ser controlado pelo Estado ou não, desta forma, têm que ser os engenheiros”. A segunda questão relevada pelo ex-secretário de Estado diz respeito à harmonização “algo que não tem, na sua génese, possibilidade de ser harmonizado”, ou seja, “empreitadas de obras públicas, concessão de obras públicas, serviços públicos, locação de bens imóveis e prestação de serviços”. Neste contexto, Fernando Santo destacou o Regime Jurídico de Empreitadas de Obras Públicas, de 1969, onde esta matéria era tratada “como uma matéria muito específica, que tinha de ter um código próprio”, não se confundindo “com serviços de outra natureza”. “Há aqui conceitos semânticos que não se conseguem entender, e conceitos que deturpam o [regime] anterior, como o concurso limitado passar a chamar-se ajuste directo”, criticou Santo, para quem estes elementos originaram “muitas interpretações”. Relativamente às “sucessivas alterações” que afectaram este regulamento, o ex-bastonário destacou as recomendações do Tribunal de Contas (TC), na auditoria realizada em 2009. Para Fernando Santo, essas recomendações constituem “uma referência para aquilo que são as boas práticas (…) que deveriam ser tidas em conta nas alterações do Código e que, até hoje, não foram”. Assim, considera que, foi criada uma situação oposta àquela que o CCP propunha, “algo de grave porque é a antítese do Código”. “Estamos a falar de um mercado protegido que foi criado” e, “quando chegamos a este ponto, julgo que estamos a falar de outra coisa e não de um regime de obras públicas”, explicou. De acordo com o antigo líder da OE, se o CCP fosse bom, “não teria oito alterações em oito anos, porque, anteriormente, tivemos outros regimes que não tiveram tantas alterações, e passaram 40 anos”. “Na génese da construção está, para todos engenheiros, um projecto”, projecto esse que “tem de estar definido, de maneira a poder quantificar o custo do material, mão-de-obra e encargos gerais. Depois, o dono de obra coloca a concurso esse projecto a empresas do sector e, por isso, o Regime de Obras Públicas tomou isto como a sua essência”. Referindo-se ao processo de actualizações deste diploma datado de 1969 que culminou com o 59/99, Fernando Santo salientou que “o sistema estava relativamente estabilizado”, algo que, segundo o engenheiro, se alterou “de então para cá”.

    Erros e omissões

    No que concerne a reclamações de erros e omissões, “o 59/99 era muito claro”, referindo que estas reclamações diziam respeito “à natureza ou volume dos trabalhos” e consistiam em “erros de cálculo, erros materiais, e outros erros, mas sobre folhas de medição – o que estava mal medido era um erro de medição; o que estava no projecto e não estava medido era uma omissão – e, nisso, estávamos todos muito bem clarificados ao longo destes anos”. Segundo o CCP, “são erros e omissões do cadernos de encargos”. “Ora, os empreiteiros ao reclamarem, na entrega de propostas, os seus erros e omissões, também tinham que reclamar os erros de concepção de projecto, porque eram erros e omissões do caderno de encargos e o projecto está metido no caderno de encargos”, explicou o ex-bastonário, declarando que se criou, com o CCP, “toda uma confusão que, com certeza, vai dar origem a bons litígios e só não deu mais porque não temos tido obras públicas”. Porém, em 2012, surge uma nova alínea que refere, “pela primeira vez”, erros e omissões do projecto de execução, “para separar da interpretação anterior, que era tudo”. Por outro lado, o CCP também estabelece que “se o dono de obra, perante erros de concepção de projecto, não imputar a responsabilidade aos projectistas” é alvo de um processo. Perante esta situação, o engenheiro colocou uma questão – “temos seguros”? – a que prontamente respondeu negativamente. “O máximo que fazem são 500 mil euros, portanto, perante a dimensão de uma obra pública, percebemos o que é que está aqui em causa”.

    Trabalhos a mais

    Para Fernando Santo, no que se refere a trabalhos a mais, “não há uma grande diferença entre o Regime de Obras Públicas anterior e o Código”. O que surge de novo neste campo, que o ex-bastonário qualifica de “grave”, é que, “em ambos os códigos, se refere que os trabalhos a mais não podem resultar de uma circunstância imprevista”. Face a isto, o engenheiro relembrou que, até 2009, quando surgiam erros de concepção de projecto, era feito trabalho a mais para corrigir. Neste campo, “interessa a posição do Tribunal de Contas que estabelece que um erro de projecto não é uma circunstância imprevista”. A posição do TC refere que “as entidades públicas coloquem a concurso obras com projectos rigorosos e que devem também providenciar pela revisão dos projectos”. “Felizmente, a revisão do Código contempla esta figura, embora não haja nada que diga como se faz a revisão dos projectos”, salientou.

    Terminologia

    “No regime anterior tínhamos o projecto, depois, um caderno de encargos que tinha cláusulas gerais e cláusulas técnicas especiais, e um outro caderno de encargos com as cláusulas jurídicas, que definiam as condições de pagamento, as multas, ou seja, regulavam o negócio das partes”, afirmou Fernando Santo. Com o CCP, no concurso, “o que conta é o programa de procedimentos e o caderno de encargos”. “Com isto, alterámos o sentido e, por isso mesmo, do 59/99 para cá, o projecto passou a ser uma cláusula no caderno de encargos que, por sua vez, é uma solução de obra”, explicou o engenheiro, perguntando se “há necessidade de se pôr em causa tudo isto apenas por razões de terminologia”. Para o ex-bastonário da OE, “não houve respeito pelo conhecimento, pelo ensino, pela formação, por anos e anos de cultura que permitiram fazer as grandes obras públicas portuguesas”. “Portugal pode orgulhar-se das suas obras públicas, pode orgulhar-se dos seus engenheiros e da engenharia portuguesa, mas não pode orgulhar-se deste tipo de legislação que põe em causa todo um tipo de procedimentos que fazem parte da nossa cultura”, concluiu.

    Solução de obra

    Relativamente às soluções de obra e revisão de projecto, “julgo que a parte importante é perceber como se pode fazer a revisão, que níveis de revisão vamos ter, qual a qualificação dos técnicos que podem fazer a revisão de projectos”, declarou o engenheiro. Neste contexto, Fernando Santo salientou que, no âmbito da Lei 31/2009, “que define as competências técnicas para elaborar o projecto, direcção de fiscalização e direcção de obras, a revisão do projecto não está contemplada, da mesma maneira que foi boicotado pelo Minisério do Trabalho aquilo que era a coordenação de segurança em fase de projecto, em fase de obra, que era para ser em semelhança às competências do director de obra ou director de fiscalização e, por razões dos interesses do Ministério do Trabalho, passou a ser atribuída a muita gente sem formação adequada”. Com isto, Fernando Santo revelou ter “muito receio” em ter “pessoas a fazer revisão de projectos, tal como temos coordenadores de segurança a fazer coordenação de segurança em obra, em projectos para os quais não têm a mínima competência”. Ao mesmo tempo, o engenheiro considera que a introdução da série preços no Código “é uma questão básica, de bom senso e de honestidade”. “Se não o fizermos, estamos, com certeza, a enganar alguém, começando pelo dono de obra que vai levar a sério as medições”, rematou.

    Promover o “dumping”

    Relativamennte ao tipo de procedimentos, o anterior regime jurídico tinha “tudo muito claro”. “Um concurso limitado ia de cinco a 20 concorrentes até aos 125 mil euros”, afirmou, explicando que, agora, esse procedimento passa a designar-se ajuste directo, “para, naturalmente, se alimentarem as páginas dos jornais”. Quanto à capacidade económica, financeira e técnica dos concorrentes, a matéria é, para Fernando Santo, “muito grave”, porque o dono de obra tinha “a prerrogativa de poder, para além do alvará exigido, escolher um outro conjunto de critérios para seleccionar as empresas”. Isto deve-se ao facto de o alvará não ser “credível”. “Não é, e dificilmente será”, complementou o ex-bastonário, explicando que este documento é “apenas um papel que serve para cobrar taxas”. Segundo o mesmo responsável, “se o alvará servisse nós teríamos tido, com certeza, uma atitude de fechar empresas, de lhes retirar o alvará, quando estão falidas e isso nunca vi”. “Mas quando estive na Comissão de Alvarás, por nomeação da Ordem, nos anos 90, distribuíam-se, por sessão, 400 alvarás, porque o critério era simples: (…) as associações empresariais, com a excepção da maior, recebiam dos seus associados em função dos alvarás e, por sua vez, quem fazia a avaliação das propostas e pedidos de alvará eram os técnicos dessas associações”, revelou. Hoje, o regime de alvarás “não é garantia para aquilo que o Código estabelece”. Outra questão considerada “muito, muito grave” pelo ex-secretário de Estado é o facto de o CCP passar a admitir, “como preço não anormalmente baixo, o preço de propostas com valor até 40%”. Com esta medida, o engenheiro considera que o Estado está a promover “o “dumping” e a falência das empresas que estão em bom estado porque as empresas que estavam em bom estado financeiro, económico e técnico, para ganharem concursos, tinham de mergulhar para descontos até 40%”. “Isto é extremamente grave e só me admira que a Autoridade da Concorrência tenha andado distraída”, reforçou, clarificando que este problema “não apenas um problema de salários dos intervenientes (…) mas também da salvaguarda do trabalho das empresas, que têm de ter outro tipo de código para fazer honestamente o seu trabalho”. Além desta questão, o plano de pagamentos, que não consta já nesta versão do CCP, é um elemento “fundamental”, para verificação do atraso ou avanço da obra, “que permitia, depois, aplicar ou não multas”.

    Sobre o autorPedro Cristino

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    Andreia Teixeira, head of Project Management do Grupo Openbook

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    Andreia Teixeira assume cargo de Project Management do Grupo Openbook

    Esta contratação visa “reforçar a coordenação, gestão de recursos e riscos, bem como a monitorização e controlo de projectos” dentro da empresa

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    Andreia Teixeira é a mais recente contratação do Grupo Openbook para o cargo de head of Project Management. Com uma formação sólida em arquitectura e uma vasta experiência na gestão e coordenação de projectos, planeamento e desenvolvimento urbanístico, vem fortalecer a capacidade interna de gestão de projectos, em resposta ao crescimento contínuo do Grupo e à expansão do seu portfólio de projectos em curso, de grande dimensão.

    Esta contratação visa reforçar a coordenação, gestão de recursos e riscos, bem como a monitorização e controlo de projectos dentro da empresa. Além disso, alinha-se com a estratégia definida pela Openbook, que visa a melhoria contínua da eficiência, qualidade e produtividade.

    “A contratação de Andreia Teixeira é um passo significativo para fortalecer a nossa capacidade de gestão de projectos. A sua experiência e expertise serão inestimáveis para aprimorar as nossas operações e alcançar os nossos objetivos estratégicos”, justifica Rodrigo Sampayo, partner do Grupo Openbook.

    Além da contratação de Andreia Teixeira, o Grupo Openbook também anunciou a chegada de outros profissionais para reforçar e expandir a sua equipa em diferentes áreas de actuação. Nesse sentido, Margarida Fonseca e Gonçalo Reis juntam-se à Openbook Architecture como arquitectos seniores, trazendo consigo um vasto conhecimento e experiência no campo da arquitectura. Edgar Franco vai integrar a equipa de 3D ArchViz do Grupo e Fátima Filipe, arquitecta de interiores, faz agora parte da Openbook Studio. Por fim, Joana Pimentel, designer, foi contratada para se juntar à equipa de Marketing e Comunicação.

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    CE atribui 245M€ em subvenções a projecto de hidrogénio em Sines

    A Comissão Europeia anunciou os vencedores de um leilão altamente competitivo do Banco Europeu de Hidrogénio, tendo sido atribuídos ao projecto MadoquaPower2X (MP2X), em Sines, 245 milhões de euros em subvenções operacionais

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    O MP2X, localizado em Sines, Portugal, é uma instalação Power-to-X que produzirá hidrogénio verde e amoníaco, principalmente para o transporte marítimo. O projecto está dividido em duas fases, com uma capacidade inicial de electrolisador de 500 MW, seguida da Fase 2, que procurará implantar mais 700 MW de capacidade de electrolisador, elevando a capacidade total para 1,2 GW.

    Este projecto emblemático é uma pedra angular para o futuro da descarbonização dos sectores energéticos europeus de difícil acesso, como o transporte marítimo e as indústrias pesadas.

    A MP2X foi agora convidada a preparar um acordo de subvenção com a Comissão Europeia. A MP2X receberá um prémio fixo de 0,48 EUR/kgH2 por ~51.000 tH2 por ano durante um período de 10 anos, num total previsto de 245 milhões de euros.

    “Estamos muito orgulhosos por o nosso projecto ter recebido esta subvenção e aplaudimos os decisores políticos por reconhecerem a importância da economia do hidrogénio em Portugal e na Europa. O anúncio de hoje reafirma a capacidade da CIP para realizar projectos de hidrogénio verde para construir uma futura economia do hidrogénio na Europa. Gostaríamos de agradecer aos nossos parceiros em Portugal, bem como ao Governo português, às instituições públicas e às comunidades locais por trabalharem connosco na criação de um futuro mais verde para as gerações vindouras”, refere Philip  Christiani, partner da Copenhagen Infrastructure Partners (CIP).

    Por sua vez Marloes Ras, directora Não-Executiva da MadoquaPower2X, afirmou que “a nossa equipa trabalhou incansavelmente para fazer da MP2X um sucesso. O anúncio de hoje da Comissão Europeia é um reconhecimento dos esforços incansáveis da equipa em Portugal e na Dinamarca. Com este reconhecimento vem a responsabilidade, a viagem apenas começou, estamos agora prontos para entregar o projecto e esperamos continuar a colaborar com as instituições públicas e as comunidades locais para fazer do MP2X um sucesso pioneiro para Portugal”.

    Subsídio até ao final do período de subvenção

    O projecto receberá o financiamento concedido a partir da data de exploração comercial até ao final do período de subvenção de 10 anos. A subvenção aproxima a MP2X da decisão de investimento financeiro, reduzindo a diferença entre o preço de custo e o preço de venda, e constitui um importante factor de sucesso do projecto. A subvenção depende do facto de a MP2X estar operacional no prazo de cinco anos após a assinatura do acordo respectivo. A MP2X  estima que o projecto deverá ficar operacional, o mais tardar, em 2028.

    O projecto inicial utilizará uma ligação à rede de 560 MVA para produzir anualmente 51.000 toneladas de hidrogénio e 300.000 toneladas de amoníaco verdes utilizando electricidade renovável. Incluindo a segunda fase, o projecto utilizará uma ligação à rede de 1400 MVA para produzir um total de 150.000 toneladas de hidrogénio verde e mais de 1 milhão de toneladas de amoníaco verde por ano.

    A MP2X é e continuará a ser um impulsionador directo de outros investimentos nacionais na cadeia de valor da produção de hidrogénio em Sines, com parcerias técnicas e comerciais para a compra de hidrogénio produzido por terceiros.

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    Fonte: site da Câmara Municipal de Paredes

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    Município de Paredes investe mais de 64,3 M€ em habitação com apoio do PRR

    Alexandre Almeida, presidente da Câmara, destaca a importância “de aumentar a oferta de arrendamento acessível para a população mais jovem e privilegiar a qualidade de vida e a promoção da fixação da população em Paredes”

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    O Município de Paredes entregou um conjunto de candidaturas a fundos do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) para a construção de habitações sociais e habitações a rendas acessíveis para “mitigar as necessidades habitacionais no concelho”.

    Alexandre Almeida, presidente da Câmara, destaca a importância “de aumentar a oferta de arrendamento acessível no concelho especialmente para a população mais jovem e privilegiar a qualidade de vida e a promoção da fixação da população em Paredes”.

    A construção de imóveis destinados à promoção de arrendamento a custos acessíveis, a disponibilizar às famílias da classe média e a jovens que não encontram respostas no mercado, serão 182, no valor de 27,1 milhões de euros, nas freguesias de Baltar, Gandra, Mouriz, Rebordosa, Sobreira e Paredes.

    O programa prevê, ainda, um total de 223 habitações sociais, destinadas a agregados familiares com rendimentos mais baixos. O investimento que ascende a 28,8 milhões de euros, serão edificadas nas freguesias de Paredes, Lordelo, Rebordosa, Vandoma, Gondalães, Cete, Vilela e Duas Igrejas.

    Já as reabilitações de habitações sociais incidirão em 122 fogos já existentes, cujas empreitadas estão estimadas em 8,4 milhões de euros em Cristelo e em Paredes, no edifício O Sonho e no Bairro O Sonho.

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    IP lança concurso de 77M€

    Um total de 378 milhões de euros de investimento IP no PRR estão já concluídos, em fase de execução ou em fase de contratação, na componente rodoviária, ao que se irá somar agora o concurso para a substituição do actual sistema de sinalização nas estações de Campolide, Oriente, Alverca e Azambuja

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    A Infraestruturas de Portugal lançou no início da semana o concurso público para empreitada “Linha de Cintura e Linha Norte – Estações de Concentração de Campolide, Oriente, Alverca e Azambuja – Sinalização” (Digitalização do Transporte Ferroviário).

    Com um preço base de 77 milhões de euros, esta empreitada em regime de concepção-construção, prevê a substituição do actual sistema de sinalização (tipo ESTW L90P) nas estações de concentração de Campolide (Linha de Cintura), Oriente, Alverca e Azambuja (Linha do Norte), tendo como objectivo compatibilizar as ligações físicas e funcionais da Linha do Norte, da Rede Ferroviária Nacional (RFN), com a futura Linha de Alta Velocidade (LAV), permitindo uma utilização combinada, relevante para o objectivo de coesão territorial da LAV.

    A extensão total a intervencionar será de aproximadamente 55 km de vias dupla e quádrupla.
    O procedimento inclui o investimento destinada ao sistema de sinalização, financiado, num total de 49 milhões de euros no âmbito da “Digitalização do Transporte Ferroviário”, na Componente “Mobilidade Sustentável” do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), e inclui também a manutenção subsequente à recepção provisória da componente de investimento.

    A concretização deste projecto irá contribuir para a criação de corredores ferroviários interoperáveis, bem como incrementar a disponibilidade e fiabilidade da infraestrutura ferroviária, em segurança, e ainda promover a interoperabilidade e a interligação internacional de e para Portugal.

    Dos 27 projectos rodoviários PRR, a IP tem já 23 obras lançadas, corresponde a um total de cerca de 378 milhões de euros de investimento. Dessas, duas empreitadas estão concluídas, a melhoria da ligação à Área Industrial de Fontiscos e Reformulação do Nó de Ermida (Santo Tirso) e a Variante à EN248 em Arruda dos Vinhos, 11 estão em fase de contratação e 10 em execução.

    O concurso agora lançado no âmbito do investimento “Digitalização do Transporte Ferroviário” vem materializar a responsabilidade atribuída à IP através da assinatura, em 2023, de um novo contrato de financiamento com a Estrutura de Missão Recuperar Portugal.

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    Knauf apresenta nova identidade corporativa

    A reformulação da marca Knauf, que tem como slogan “Build on us”, responde à necessidade de oferecer uma experiência simplificada e unificada com uma identidade única em qualquer lugar do mundo onde o grupo opera

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    A Knauf, fabricante de placas de gesso laminado e materiais de construção secos, em conjunto com a Knauf Insulation, fabricante de isolamentos térmicos e acústicos, apresentam a sua nova identidade corporativa, protagonizando o rebranding de toda a sua identidade a nível e alinhamento global com a sua estratégia K100, que homenageia o centenário que a empresa celebrará em 2032.

    Esta nova identidade de marca estreia-se com o slogan “Build on us.”, um conceito que reúne uma promessa da marca definida e unida por valores que reflectem o compromisso da Knauf com os clientes através da qualidade, confiança, inovação e sustentabilidade em tudo o que faz.

    A reformulação da marca Knauf responde à necessidade de oferecer uma experiência simplificada e unificada com uma identidade única em qualquer lugar do mundo. Todas as divisões do Grupo Knauf estão unidas sob um único conceito de marca, apoiado por uma promessa clara: “Build on us”. Esta mudança sublinha o compromisso da Knauf de estar sempre ao lado dos seus clientes, pronta para colaborar estreitamente para construir um futuro conjunto. Além disso, a mudança de marca alinha-se com as exigências emergentes dos ambientes digitais e de um ecossistema em constante evolução, reconhecendo a importância de manter uma presença forte e coerente no mundo digital.

    A nova identidade da marca Knauf abre as portas para um novo tipo de diálogo, tanto com os clientes como entre os membros da organização. A clareza sobre o que representa, o que o torna único e por que os clientes devem escolher a Knauf é crucial para estabelecer relacionamentos sólidos e uma posição robusta no mercado.

    Esta imagem renovada torna transparente o que a empresa representa, aumentando a consciência da sua identidade, da sua singularidade e da razão pela qual os clientes devem considerar a Knauf como a sua escolha preferida.

    Cria assim uma nova base de sinergia e colaboração dentro da Knauf, permitindo partilhar, trabalhar e obter melhores resultados em toda a organização. Também facilita a cada colaborador e parceiro do Grupo Knauf actuar como embaixador da marca, representando a empresa e estabelecendo os diálogos com os clientes ou parceiros que desejam ter.

    A Knauf desenvolveu uma identidade visual mais limpa, moderna e atractiva, que se adapta às plataformas actuais, garantindo óptima visualização em diversos dispositivos e canais online. Esta actualização do logótipo reflecte a evolução da marca, mas também a sua aposta na inovação e adaptação às tendências tecnológicas.

     

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    Luís Augusto, presidente da Associação Portuguesa de Leasing, Factoring e Renting

    Imobiliário

    Financiamento especializado atinge máximo histórico

    Desempenho em 2023 dos três sectores representados pela Associação Portuguesa de Leasing, Factoring e Renting foi o mais alto de sempre, o único sinal negativo surgiu na locação financeira imobiliária

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    A Associação Portuguesa de Leasing, Factoring e Renting (ALF) acaba de divulgar as estatísticas de 2023 dos três sectores em que representa mais de 90% do mercado português, revelando um crescimento homólogo de 5,9% no apoio dado à economia nacional. O somatório de 47,8 mil milhões de euros é equivalente a cerca de 20% do PIB português em 2023.

    Num movimento uniforme, os três sectores representados pela ALF fecharam o ano de 2023 com ganhos, desde os 5% do valor de créditos tomados do Factoring aos expressivos 53% do valor das viaturas novas contratadas em Renting, passando ainda pelos 8,5% do reforço do valor dos investimentos em Leasing. Os 47,8 mil milhões de euros resultantes da soma dos contratos de Leasing e Renting, juntamente com as facturas adquiridas pelas Factors em 2023, representa um aumento de quase 2,7 mil milhões de euros, face a 2022. Este aumento é composto por um crescimento de 350 milhões de euros na produção de Renting, 200 milhões no Leasing e uns expressivos 2,1 mil milhões de euros no Factoring.

    “O ano 2023 desafiou todas as previsões, conjugando um segundo conflito com impacto na Europa, a incerteza na política monetária do BCE, e, em Portugal, a queda de um Governo com maioria e convocação de eleições antecipadas. Apesar de tudo, o financiamento especializado revelou um crescimento robusto, contribuindo para o crescimento da economia portuguesa”, destaca Luís Augusto, presidente da ALF, concluindo: “Os dados de 2023 contrariam eventuais visões pessimistas e as projeções da ALF para 2024, o ano do nosso 40.º aniversário, reforçam o papel do financiamento especializado no apoio à formação do PIB”.

    Em claro crescimento estão o Factoring e o Renting. O Factoring, que em 2021 valia 34,5 mil milhões de euros e no ano seguinte atingiu os 42 mil milhões de euros, encerrou o ano de 2023 com um total de 44,2 mil milhões de euros em facturas tomadas. Em apenas dois anos, o desempenho do factoring aumentou em 18%, equivalente a cerca de 10 mil milhões de euros. Destaque para o confirming (gestão dos pagamentos das empresas junto dos seus fornecedores), que registou um crescimento de 7,4%, correspondendo a um acréscimo de 1.370 milhões de euros em relação ao ano anterior, e para o factoring internacional. O factoring à importação, que consiste no apoio ao pagamento de facturas de um cliente nacional ao seu fornecedor estrangeiro, assume o maior protagonismo, superando o valor de 2022 em 51%, num salto de 360 milhões de euros para os 544,6 milhões de euros. Quanto ao factoring à exportação, que proporciona apoio no recebimento de facturas de clientes localizados no estrangeiro, registou um crescimento de apenas 2,4%, em torno dos 121 milhões de euros a mais que no ano anterior, totalizando 5,15 mil milhões de euros, muito relevante no apoio às exportações nacionais. No factoring doméstico, a modalidade com recurso manteve-se estável, face a um crescimento de 4,3% da modalidade sem recurso.
    Por sua vez, o Renting prossegue o seu caminho de consolidação enquanto solução para gestão de frotas de empresas e também de particulares. Durante 2023, o renting colocou 36 mil viaturas novas em circulação nas estradas portuguesas, num valor que superou os mil milhões de euros, uma expressiva evolução de 53% face aos 667 milhões de euros de contratos novos em 2022. Esta subida resulta também do crescimento do valor médio por viatura, impulsionado pela crescente contratação de veículos electrificados, e pela inflacção verificada no sector automóvel. Tal como acontece no leasing verde – em que se beneficia a aquisição de equipamentos com menor pegada carbónica – o renting de viaturas híbridas plug-in e eléctricas reforça o papel deste sector na descarbonização nacional da mobilidade.

    Leasing mobiliário cresce e compensa imobiliário
    Durante 2023, o único sinal negativo surgiu na locação financeira imobiliária, embora o crescimento de 20,5% no leasing mobiliário mais que tenha compensado esse decréscimo. Face a 2022, a locação financeira imobiliária teve uma quebra de 14,7%, totalizando 686 milhões de euros. A perturbar o desempenho deste produto estão constrangimentos no enquadramento fiscal do produto que afastam os locadores do mesmo e, naturalmente, o aumento das taxas de juro de referência do Banco Central Europeu.
    Já o leasing mobiliário, ao registar um crescimento de 20,5%, alcança uma produção de 1,87 mil milhões de euros. As viaturas contribuem com a maior parte deste valor, com 24 533 viaturas ligeiras, para um valor de 777 milhões de euros, e 5 520 pesadas, no valor de 491 milhões de euros. As viaturas têm um peso de 68% do volume do leasing mobiliário, enquanto os equipamentos atingiram os 602 milhões de euros.

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    Greens Vilamoura assinala cerimónia de Pau de Fileira com 70% já comercializado

    O projecto, que compreende a construção de perto de 90 apartamentos, já atingiu 70% de comercialização, estando prevista a conclusão das vendas até ao final da construção, no primeiro semestre de 2025

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    O Greens Vilamoura celebra a cerimónia de Pau de Fileira, antiga tradição que assinala a conclusão da estrutura da empreitada, dando agora início à terceira fase de comercialização, numa altura em que 70% já está comercializado. A comercialização do projecto está a cargo das consultoras Portugal Sotheby’s Realty e Garvertur International.

    O Greens Vilamoura deverá estar concluído no primeiro semestre de 2025, com o integral cumprimento dos prazos previstos. Localizado no Algarve, em Vilamoura, o condomínio situa-se entre o Pinhal Velho Vilamoura Condominium e o Anantara Vilamoura Algarve Resort, estando rodeado pelo parque ambiental, uma área protegida de 170 hectares, pelo Vitoria Golfe Course, o campo de golf flagship da Dom Pedro Golf e o Vilamoura Equestrian Centre.

    Este projecto tem aspectos únicos que o diferenciam, com características de sustentabilidade e excelência de construção que são fundamentais para quem procura um projecto diferenciador e uma experiência mais enriquecedora e envolvente. A localização conjuga o cosmopolitismo da proximidade ao centro de Vilamoura com um enquadramento natural único que tem levado a uma forte procura por parte de potenciais clientes. A nossa expectativa, face aos contactos que temos recebido, é que também esta terceira fase venha a ter uma forte adesão por parte dos interessados em usufruir da experiência de viver num local único”, afirma em comunicado o promotor.

    O projecto, da autoria do atelier Ventura + Partners, conjuga “as mais avançadas técnicas de arquitectura e engenharia sustentável, com uma criteriosa selecção dos materiais utilizados, para proporcionar uma experiência residencial de proximidade a todos os serviços essenciais, mas também com a natureza, que faz parte integrante de Vilamoura”. Nesse sentido, escolha dos materiais obedeceu aos mais exigentes critérios de sustentabilidade, por forma a optimizar a eficiência e minimizar a sua pegada de carbono.

    Entre as características de sustentabilidade deste empreendimento contam-se a utilização de painéis fotovoltaicos para iluminação das zonas comuns, alimentar o sistema de rega e a estação de tratamento de águas existente, a disponibilidade alargada de carregamento eléctrico para cada uma das fracções, a criação de jardins verticais que reflectem a ligação com a natureza que o rodeia e permitem uma melhor eficiência térmica.

     

     

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    Novo crédito à habitação regista crescimento de 26,1% até Fevereiro

    Entre Janeiro e Fevereiro de 2024 o consumo de cimento cresceu 13,4%, o número de fogos licenciados totalizou 4,811 alojamentos e o novo crédito à habitação cresceu 26,1%. A mais recente “Síntese estatística”, da AICCOPN, selecciona a região do Oeste e Vale do Tejo para destaque 

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    Nos primeiros dois meses de 2024, o consumo de cimento no mercado nacional perfez 646 milhares de toneladas, o que traduz um aumento homólogo de 13,4%. Tendo-se registado, ao nível do licenciamento municipal, até ao final de Fevereiro, uma diminuição de 0,9%, em termos homólogos, no total de licenças emitidas para obras de construção nova ou de reabilitação de edifícios residenciais. Relativamente, ao número de fogos licenciados em construções novas, observa-se um decréscimo de 12,4%, em termos homólogos, para um total de 4.811 alojamentos.

    No que concerne ao volume de novo crédito à habitação concedido pelas instituições financeiras, excluindo renegociações, regista-se um aumento homólogo de 26,1%, nos primeiros dois meses do ano, para um total de 2.321 milhões de euros. Em Fevereiro, a taxa de juro implícita no crédito à habitação fixou-se em 4,64%, o que traduz um aumento de 2,11 pontos percentuais, face a Fevereiro de 2023. Quanto ao valor mediano de avaliação de habitação para efeitos de crédito bancário, no mês de Fevereiro, observou-se uma valorização de 5,5%, em termos homólogos, em face de variações de 2% nos apartamentos e de 6.1% nas moradias.
    A mais recente “Síntese Estatística” da Associação dos Industriais da Construção Civil e Obras Públicas (AICCOPN) destaca a região do Oeste e Vale do Tejo, onde o número de fogos licenciados em construções novas, nos doze meses terminados em Fevereiro de 2024, foi de 2.315, o que traduz um aumento de 3,3%, face aos 2.241 alojamentos licenciados nos doze meses anteriores. Destes, 8% são de tipologia T0 ou T1, 21% são de tipologia T2, 54% de tipologia T3 e 18% de tipologia T4 ou superior. Quanto ao valor de avaliação bancária na habitação, verificou-se, nesta região, uma variação homóloga de 10,8% no mês de Fevereiro.

     

     

     

     

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    Preços das casas aceleram nos primeiros meses de 2024

    Os preços de venda das casas em Portugal Continental aumentaram 2,2% no 1º trimestre do ano, face ao período homólogo. Sinal de uma reversão do padrão de suavização das subidas de preços sentido ao longo do último ano, a qual, a confirmar-se, contraria a expectativa dominante no mercado

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    Os preços de venda das casas em Portugal Continental aumentaram 2,2% no 1º trimestre deste ano, em relação ao trimestre anterior. Um valor que representa uma aceleração face aos 1,6% registados no 4º trimestre de 2023. Os dados resultam do Índice de Preços Residenciais apurado pela Confidencial Imobiliário.

    Sem prejuízo de se tratar de uma variação trimestral bastante inferior à exibida um ano antes, no 1º trimestre de 2023 (+4,3%), o indicador agora atingido sinaliza uma reversão do padrão de suavização das subidas de preços sentido ao longo do último ano, a qual, a confirmar-se, contraria a expectativa dominante no mercado.

    De qualquer forma, em reflexo do comportamento acumulado dos preços ao longo do último ano, a valorização homóloga voltou a reduzir o ritmo, atingindo 9,6% em Março de 2024. Este indicador fica 7,6 pontos percentuais abaixo da taxa de variação homóloga de 17,2% registada no 1º trimestre do ano passado.

    “Nos últimos três meses, o índice inverteu a trajectória de curto-prazo, alcançando uma variação trimestral de +2,2%, depois de ter este indicador em 1,6% em Dezembro. Estes números confirmam os últimos resultados do Portuguese Housing Market Survey, reflectindo um comportamento mais positivo da procura e trazendo as expectativas de vendas para terreno positivo. Espera-se que as taxas de juro comecem a cair nos próximos meses, e isso está a melhorar a confiança dos compradores, o que acaba por colocar pressão adicional sobre os preços”, explica Ricardo Guimarães, director da Confidencial Imobiliário.

    De acordo com as projecções realizadas a partir das vendas reportadas ao Sistema de Informação Residencial, SIR, no 1º trimestre deste ano terão sido transaccionados cerca de 34.300 fogos em Portugal Continental. Este volume supera em cerca de 5% a média de 32.800 vendas por trimestre registada em 2023, confirmando a trajectória de recuperação, lenta, mas consistente, da actividade que se faz sentir desde a segunda metade do ano passado.

    Em termos de preços, as vendas residenciais no território Continental realizaram-se por um valor médio de 2.447euros/m2 no 1º trimestre deste ano, posicionando-se em 3.413euros/m2 na habitação nova e em 2.326euros/m2 na habitação usada.

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    Sierra renova espaço de restauração no Centro Vasco da Gama

    Projeto River Deck conta com um investimento de 9 milhões de euros e terá a assinatura da Reify

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    A Sonae Sierra, em parceria com a CBRE Investment Management, anuncia a implementação de um “novo e inovador” projecto de restauração no Centro Vasco da Gama. O River Deck, nome dado ao projecto, terá como inspiração as mais recentes tendências europeias ao nível de zonas de restauração e contará com 15 novos espaços que darão resposta a um vasto conjunto de opções gastronómicas nacionais e internacionais.

    Com um investimento que rondará os 9 milhões de euros, as primeiras intervenções tiveram início em Setembro de 2023, com a instalação das escadas de emergência no exterior do edifício e neste momento já são visíveis as primeiras alterações no espaço.

    Ricardo Vilaça, director de Asset Management da Sierra em Portugal e Roménia expressa o seu entusiasmo quanto ao futuro do River Deck: “Estamos confiantes de que o River Deck será um marco na experiência dos visitantes do Centro Vasco da Gama. Procurámos dotar este activo de referência com um espaço moderno, com uma oferta gastronómica diversificada e de elevada qualidade, em linha com o que podemos encontrar nas principais capitais europeias, e à semelhança do que temos vindo a fazer noutros centros do nosso portfólio. Temos a certeza de que, uma vez aberto, este novo espaço irá elevar a experiência de visitantes e de lojistas”.

    Com o River Deck, a Sierra mantém a sua aposta ao nível da sustentabilidade, garantindo que as intervenções vão de encontro das directivas impostas pela certificação BREEAM. O novo espaço alia, assim, um design “moderno”, gastronomia diversificada e preocupação ambiental com o objectivo de “dotar o Centro Vasco da Gama com um projecto de referência ao nível da restauração”.

    Todo o conceito de arquitectura, planeamento e obra está a cargo da Reify. que se destaca pela utilização de elementos “distintivos” e que respondem aos mais elevados padrões internacionais, através de um desempenho ambiental e energético de “excelência”. A conclusão da obra está prevista para o último trimestre de 2024.

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