Ordem dos Engenheiros debate adesão portuguesa à CEE
Bastonário da OE sublinhou que, da adesão à comunidade, até aos dias de hoje, “passámos de país sem infra-estruturas básicas” para um país moderno e infra-estruturado, para o qual contribuiu, em larga escala, a capacidade da engenharia portuguesa, a par com o financiamento das instituições europeias
Pedro Cristino
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A Ordem dos Engenheiros (OE) organizou um debate em torno dos 30 anos da adesão de Portugal à Comunidade Económica Europeia (CEE), hoje União Europeia (UE).
No auditório da OE, o bastonário desta associação, Carlos Mineiro Aires, abriu a sessão, que contou com a transmissão de uma mensagem do comissário europeu para a Investigação, Ciência e Inovação, Carlos Moedas, e dos antigos ministros Luís Valente de Oliveira, João Cravinho, Arlindo Cunha, Luís Mira Amaral e Eduardo Marçal Grilo.
Carlos Mineiro Aires começou por recordar o período que marca a adesão portuguesa à então CEE, um cenário de pós-descolonização e imerso numa “grave crise económica” para Portugal, que, uma vez oficializado como estado-membro, procurou recuperar o fosso “enorme” que o demarcava dos seus pares europeus, particularmente os países do norte e centro do Velho Continente.
Neste contexto, o bastonário da OE sublinhou que, da adesão à comunidade, até aos dias de hoje, “passámos de país sem infra-estruturas básicas” para um país moderno e infra-estruturado, para o qual contribuiu, em larga escala, a capacidade da engenharia portuguesa, a par com o financiamento das instituições europeias.
Relembrando que estes fundos comunitários, que permitiram financiar a infra-estruturação do país, levaram também Portugal à situação de dívida que vive actualmente face à União Europeia, Mineiro Aires destacou que “estamos muito longe do que éramos e muito mais perto do que queremos ser”.
Aberta a sessão, passou-se à transmissão de uma mensagem do comissário europeu Carlos Moedas, que frisou que a “União Europeia é um caminho inacabado e imperfeito”, um trilho “difícil, que requer instituições”. Para tal, muito tem contribuído, de acordo com o comissário, a Ordem dos Engenheiros, com a qual sabe “que pode contar”.
O enquadramento do tema da sessão organizada em Lisboa coube a Luís Valente de Oliveira. O antigo responsável por pastas ministeriais de cinco Governos Constitucionais traçou uma resenha histórica, iniciada nos tempos da adesão portuguesa à Associação Europeia de Livre Comércio (EFTA) e descreveu os processos de negociação levados a cabo pelos responsáveis nacionais aquando do processo que culminou com a entrada de Portugal na UE.