Peso do investimento público no PIB atingiu o valor mais baixo de sempre
A AECOPS adiantou que “o aumento do investimento público previsto para 2017 decorre de um aumento da taxa de execução do Portugal 2020 e da realização de eleições autárquicas”
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O investimento público em Portugal caiu 16,5% para 3.500 milhões de euros (ME) em 2016 e o seu peso no PIB desceu para mínimos desde 1960 nos 1,8%, tendo o Estado travado a retoma do imobiliário e contribuído para a degradação do sector da construção, acusou a associação sectorial AECOPS.
A Associação de Empresas de Construção, Obras Públicas e Serviços referiu que, “apesar da recuperação esperada, o nível de investimento público em Portugal em 2017 continuará a ser um dos mais baixos da União Europeia”.
O sector da construção foi dos mais penalizados desde o início da crise financeira em 2008 e agravou-se com as recessivas medidas impostas nos três anos de resgate de Portugal, concluído em meados de 2014, tendo em 2015 dado sinais de recuperação.
Mas, a AECOPS explicou que, “em 2016, o peso do investimento público no PIB ficou abaixo dos 2%, ou seja nos 1,8%, o valor mais baixo da história portuguesa, de acordo com a informação disponível na base de dados europeia AMECO, que se iniciou em 1960”. Em 2015, terá pesado 2,3% do Produto Interno Bruto (PIB).
“Através da redução do investimento público, o Estado travou o relançamento do Sector numa altura em que o Imobiliário e o sector privado davam claros sinais de recuperação, contribuindo, assim, decisivamente para a degradação da actividade da Construção.
Prevê-se que o investimento público suba para 4.130 ME em 2017, representando 2,2% do PIB.
A AECOPS adiantou que “o aumento do investimento público previsto para 2017 decorre de um aumento da taxa de execução do Portugal 2020 e da realização de eleições autárquicas”.
“Os seus efeitos deverão repercutir-se favoravelmente na Construção e permitir, por fim, a tão desejada recuperação do sector”, disse.
“No entanto, em termos relativos, o peso do investimento público permanece em níveis historicamente muito baixos e incompatíveis com as necessidades de recuperação da economia nacional”, alertou a AECOPS.
No terceiro trimestre de 2016, Portugal foi o país da zona euro que mais cresceu, tendo o PIB português tido um crescimento homólogo surpreendente de 1,6 pct, estimando o Governo que tenha crescido 1,2% em todo 2016 e visando os 1,5% em 2017.
O Governo, apesar da política de distribuição de rendimentos às famílias, estima que o défice público tenha ficado abaixo da meta governamental de 2,4 pct do PIB em 2016, tendo como objectivo descê-lo para 1,6% em 2017.