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    Engenharia

    “Saneamento tem sido o parente pobre dos serviços de águas”

    A Acquawise Consulting foi fundada em 2011 por Raquel Mendes e Cristina Martinho, que identificaram uma lacuna a nível nacional, no campo dos planos de segurança da água e do saneamento. Actualmente, a empresa trabalha com a Organização Mundial de Saúde, o que a tem levado a várias partes do mundo

    Pedro Cristino
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    “Saneamento tem sido o parente pobre dos serviços de águas”

    A Acquawise Consulting foi fundada em 2011 por Raquel Mendes e Cristina Martinho, que identificaram uma lacuna a nível nacional, no campo dos planos de segurança da água e do saneamento. Actualmente, a empresa trabalha com a Organização Mundial de Saúde, o que a tem levado a várias partes do mundo

    Pedro Cristino
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    A Acquawise Consulting foi fundada em 2011 por Raquel Mendes e Cristina Martinho, que identificaram uma lacuna a nível nacional, no campo dos planos de segurança da água e do saneamento. Actualmente, a empresa trabalha com a Organização Mundial de Saúde, o que a tem levado a várias partes do mundo

    Em entrevista ao Construir, Raquel Mendes e Cristina Martinho, managing partners da Acquawise Consulting, explicam a importância da implementação de boas práticas no sector da água e do saneamento.

    O que faz a empresa em concreto?

    RM – Somos uma empresa de consultoria, criada em 2011 para apoiar as entidades responsáveis pelos serviços de águas e águas residuais. Damos apoio na área de gestão da segurança da água e do saneamento, nomeadamente no desenvolvimento e implementação de planos de segurança da água e planeamento da segurança no saneamento, na gestão patrimonial de infraestruturas e temos também uma componente de formação nestas áreas e fazemos auditorias. Temos estado a fazer auditorias da qualidade do serviço e também no âmbito dos planos de segurança da água. O nosso mercado é essencialmente as entidades responsáveis pelos serviços de águas e águas residuais.

    Trabalham essencialmente em Portugal?

    RM – Temos estado a trabalhar em Portugal mas, desde 2014, que estamos a trabalhar com a Organização Mundial de Saúde [OMS] e, portanto, acabamos por estar em várias partes do mundo onde a OMS está a intervir, nomeadamente no âmbito do planeamento da segurança do saneamento.

    A empresa nasceu em 2011. Como se tem desenvolvido o vosso percurso desde então?

    RM – O nosso sector não é fácil: é o sector público, a nossa área de intervenção é também uma área muito específica em que não há obrigatoriedade das entidades gestoras em implementarem os planos de segurança da água – pensamos que a partir do final deste ano haverá, porque houve a revisão da Directiva da Qualidade da Água, que recomenda às entidades que gerem os sistemas de abastecimento de água que desenvolvam e implementem uma avaliação e gestão do risco conforme as recomendações da OMS. A transposição da Directiva em legislação nacional deverá ser realizada até Outubro de 2017 e, depois, as entidades gestoras, em princípio, terão um prazo para desenvolver e implementar. Não sendo ainda uma ferramenta de gestão obrigatória – porque os planos de segurança da água são uma ferramenta de gestão dos sistemas de abastecimento de água – não tem sido muito fácil o nosso percurso, enquanto empresa.

    CM – E são boas práticas de gestão, portanto, todas as entidades as deviam implementar, apesar da não obrigatoriedade. O desenvolvimento e implementação do PSA vem ajudar a entidade gestora a conhecer verdadeiramente toda a sua cadeia de abastecimento, a identificar todas as situações que podem comprometer a segurança do seu sistema de abastecimento de água, e a avaliar quão bem estas situações já estão controladas, para permitir depois identificar que ações de melhoria devem ser implementadas para diminuir o nível de risco existente. Vem ainda chamar a atenção para a operacionalização no dia a dia da entidade através da implementação de programas de monitorização operacional, de procedimentos de gestão para condições normais de funcionamento e para condições de emergência.

    A Directiva vai torná-las obrigatórias?

    RM – Vem recomendar, e depois vamos ver como será feita a transposição [para o direito português].

    Quais são os principais desafios que a Acquawise enfrenta?

    RM – O facto de se tratarem de boas práticas de gestão dos sistemas vem fundamentar as decisões de investimento e garantir que a água que chega às nossas torneiras é segura, mas as entidades só implementam se assim o entenderem. O que achamos é que, apesar de os técnicos estarem sensibilizados e perceberem os benefícios da implementação desta abordagem, os decisores – que normalmente são decisores políticos, pois a maior parte das entidades são municípios – ainda não estão muito sensibilizados, e estando o nosso mercado muito restrito a estas entidades, isso torna o processo muito mais complicado. Nós trabalhamos com as entidades em Portugal, mas o facto de estarmos a trabalhar com a OMS e de pertencermos ao seu grupo restrito de especialistas internacionais em Planos de Segurança da Água, bem como ao seu grupo restrito de especialistas em Planeamento da Segurança do Saneamento da OMS é muito bom, porque significa que temosum reconhecimento internacional de uma organização desta dimensão.

    A vossa actividade cobre todo o país?

    RM – Neste momento, estamos com alguns projectos a nível nacional e cobrimos todo o território. No ano de 2015 iniciámos um projecto que designámos de Projecto Colaborativo de Planos de Segurança da Água, no âmbito do qual agregamos várias entidades – tínhamos SMAS de Torres Vedras, SMAS de Vila Franca de Xira, EMAR Portimão, SM Nazaré e CM Barreiro. No ano passado arrancamos com mais 2 novos Projetos Colaborativos PSA, um na região de Coimbra – onde participam a Águas Coimbra, os SMAS Leiria e Penafiel Verde, e outro na região do Algarve – onde participam CM Loulé, Inframoura e CM Silves. Já este ano, estamos prestes a arrancar com mais uma iniciativa destas na região de Setúbal – onde vão participar CM Palmela, CM Moita e CM Seixal.

    Quais os benefícios dos planos de segurança da água?

    RM – Em primeiro lugar, é uma ferramenta de gestão que utiliza uma avaliação do risco para direccionar as entidades para as situações que podem colocar em risco o funcionamento do seu sistema de abastecimento de água. Isto consiste na identificação de situações que podem dar origem a falta de água, à contaminação da mesma, à interrupção do abastecimento e, por exemplo, à falta de pressão. Fazemos uma avaliação de todo o sistema para identificar estas situações. Face a isso é identificado o que já existe implementado no sistema que permita minimizar ou mesmo eliminar essas situações e, se não existir, o que tem de ser feito. Portanto, vem fundamentar, de uma forma bastante transparente, e direccionar os escassos recursos que as entidades têm para garantir que o seu sistema irá sempre funcionar de uma forma adequada e que a água que chega à torneira do consumidor está, efectivamente, segura. A maior parte das entidades ainda se baseia na avaliação da qualidade final da água, ou seja, faz análise na torneira do consumidor e, quando detecta uma situação que não está conforme, já essa água foi utilizada ou consumida. Portanto, não estamos a prevenir situações destas. O que o plano de segurança da água faz é orientar a entidade no sentido de prevenir essas situações e, assim, garantir que, efectivamente, quando a água chega à torneira do consumidor, está própria para consumo.

    Têm também em vista o aumento da eficiência dos sistemas e a redução de perdas de água?

    RM – Sim. Tudo isso faz parte desta avaliação e da definição das práticas que as entidades devem ter no sentido de garantir a qualidade, quantidade, continuidade e pressão. Portanto, as perdas são uma situação identificada e levantada no âmbito desta avaliação do risco e a entidade é depois direccionada no sentido de resolver essa situação.

    CM – As perdas influenciam tanto a quantidade da água disponível, como a qualidade da água também, porque se tivermos perdas, podemos, com variações de pressão no sistema, ter a entrada de contaminantes na água da rede de distribuição, que chegarão depois à torneira do consumidor, podendo comprometer a saúde humana.

    A nível nacional, de uma forma geral, qual o estado dos sistemas de distribuição de água?

    RM – Temos um país que funciona a várias velocidades.

    CM – O que verificamos é que há uma debilidade muito grande na parte organizacional das entidades. As entidades não estão preparadas, muitas vezes não têm informação suficiente ou esta não está sistematizada, não é analisada e, portanto, há um trabalho de fundo para ser feito até conseguirmos fazer a avaliação e gestão do risco. Apesar de haver já muitas entidades que estão razoavelmente bem organizadas, a maior parte tem ainda muito trabalho para ser feito nesta área.

    RM – A ERSAR [Entidade Reguladora dos Serviços de Águas e Resíduos] publica anualmente um relatório sobre os serviços de águas e resíduos de Portugal – o RASARP – onde é feita uma avaliação das entidades em vários aspectos, desde as perdas ao conhecimento infraestrutural, à sustentabilidade financeira. Há imensa informação que dá uma ideia de que, efectivamente, há entidades que têm uma boa gestão e, depois, há outras que nem por isso.

    Pode dizer-se que é um problema mais relacionado com o conhecimento e a formação do que com a qualidade da infra-estrutura?

    RM – Não. A questão da reabilitação e conservação das infraestruturas é um problema.

    CM – As infra-estruturas têm, muitas delas, avançada idade, têm muitas perdas, que advém dessa mesma idade, pois essas infra-estruturas nunca foram reabilitadas. Foram construídas infra-estruturas e, depois, não se pensou mais nelas. Em muitos municípios, o “dinheiro da água” não é novamente aplicado no sistema de abastecimento. Não é feita reabilitação anual. A infra-estrutura é feita e não pode ser substituída toda de uma vez. A reabilitação tem de ser faseada e tem de ter como base uma gestão patrimonial de infra-estruturas, onde se identificam as áreas prioritárias de intervenção e isso não tem acontecido em Portugal. As infra-estruturas estão velhas, há muitas perdas, há muitos problemas e isso tem de começar a ser resolvido e, aqui, o plano de segurança da água vem também apoiar a decisão em identificar quais são as zonas – porque não se consegue reabilitar tudo – onde há o maior risco a nível de impacto no serviço em termos qualidade, quantidade, continuidade e pressão.

    Sentem que existe, por parte das entidades com quem trabalham, vontade em resolver esses problemas?

    RM – Sim, há vontade, mas é uma questão de recursos financeiros e, por vezes, de recursos humanos.

    CM – E de restrições, durante estes anos todos, de colocação de pessoas na função pública. Aliás, com aqueles rácios não podem ser colocadas pessoas novas e, desta forma, têm havido muitos problemas por falta de recursos humanos para desenvolverem mais trabalho.

    Quem envolvem mais no processo?

    RM – No âmbito dos planos de segurança de água, nós temos as valências. Um dos resultados do plano de segurança de água é um plano de acções e quem gere esse plano são as entidades. No âmbito desse plano de acções haverá necessidade de envolver outras empresas, dependendo da acção. Nós temos parceiros, mas mais no âmbito da engenharia e da consultoria, porque a nossa actividade tem de ser muito imparcial.

    Neste momento, como se caracteriza a vossa presença internacional?

    RM – Essa presença internacional está muito relacionada com o trabalho que desenvolvemos com a OMS, portanto, não há ainda um mercado específico. É onde a OMS estiver a actuar.

    Quais são os moldes da vossa parceria com a OMS?

    RM – Incide sobre a área da formação – neste momento estamos a trabalhar mais na área da formação do planeamento da segurança e também na área da consultoria – mais em desenvolvimento do projecto. Iniciámos a nossa colaboração com a OMS em Portugal e foi na área da consultoria, de apoio ao projecto em planeamento da segurança do saneamento que decorreu em Portugal. Mas, actualmente, é mais na área da formação e poderá ser tanto no Planeamento da Segurança do Saneamento como nos Planos de Segurança da Água, pois pertencemos ao grupo restrito de formadores da OMS nestas duas valências.

    Que vantagens traz esta parceria para a vossa empresa?

    RM – Tem sido uma parceria bastante boa porque permite-nos estabelecer contactos mas é preciso notar que estamos numa fase inicial. Há também que realçar o conhecimento que se adquire de outras realidades. Os contactos, por sua vez, permitirão, esperamos nós, que haja mais trabalho.

    E vêem esta parceria como reconhecimento da vossa capacidade técnica?

    RM – Sim, aliás, é por causa disso que no ano passado estivemos na Albânia, na Austrália e na Índia. Tudo com a OMS.

    CM – No ano de 2015 estivemos no México e na Jordânia.

    Num país desenvolvido como a Austrália, quais são os desafios enfrentados no âmbito da questão da segurança do abastecimento de água?

    RM – A nossa presença na Austrália enquadrou-se no âmbito da formação em planeamento da segurança do saneamento. Esta abordagem, semelhante à dos planos de segurança da água, é recente e a Austrália é um dos países que, em termos de planos de segurança da água está muito à frente – foi um dos pioneiros dos planos de segurança de água. Esta abordagem pode ser aplicada em qualquer contexto, independentemente do desenvolvimento tecnológico e dos recursos porque é uma ferramenta de gestão. É uma boa prática. Faz uma avaliação do risco, identifica os riscos prioritários, faz uma gestão do sistema, implementando barreiras ao longo deste para evitar a contaminação, a recontaminação, a falta de água ou a interrupção do abastecimento, obriga a que haja uma monitorização dessas medidas de controlo, que haja o estabelecimento de limites operacionais que permitam que a entidade actua atempadamente, prevenindo situações de maior risco.

    Ao invés, a Índia é um país com muitos desafios nesta área?

    RM – Muitos mas nós, cá em Portugal, também temos. O saneamento tem sido sempre o parente pobre dos serviços de águas.

    Quais são os principais problemas que afectam Portugal?

    RM – São infra-estruturas que necessitam de ser reabilitadas, é a questão das redes de drenagem unitárias e separativas e, nestas últimas, as ligações com as águas pluviais, a questão das inundações, das obstruções dos colectores devido a más práticas dos utilizadores, a formação das pessoas, a falta de condições de segurança para os trabalhadores..

    CM – A própria gestão das ETAR [estações de tratamento de águas residuais], as descargas das águas que não cumprem com parâmetros de descarga, há contenciosos com a União Europeia por causa dessas situações. Aliás, Portugal é um dos países com mais incumprimentos a nível europeu em termos de legislação ambiental.

    A nível internacional, quais são os principais desafios nesta área?

    RM – Um dos objectivos da Agenda de Desenvolvimento Sustentável é o abastecimento de água segura e o acesso a saneamento seguro. Portanto, evoluímos dos objectivos do Milénio, de acesso à água e saneamento, para acesso a água e saneamento seguros e por algum motivo foi considerado que esses deviam ser os objectivos. Ao contrário dos objectivos do Milénio, direccionados para os países com menos recursos, aqui, os objectivos do Desenvolvimento Sustentável dirigem-se a todos os países. Efectivamente, acho que são esses os desafios: o acesso de todos a uma água segura e a saneamento seguro em todos os países que pertencem às Nações Unidas.

    Prestam também formação nessa área?

    RM – Tem sido uma área que temos estado a desenvolver bastante. A nível nacional, em termos de planeamento da segurança do saneamento, fomos as pioneiras. Trouxemos essa abordagem em 2014 e temos, de alguma forma, estado a sensibilizar o sector para a necessidade de haver uma abordagem mais integrada na forma como os nossos sistemas são geridos.

    CM – E da água também!

    RM – Sim. Temos apostado em desenvolver um serviço bastante focado em apoiar as entidades no desenvolvimento e implementação dos planos de segurança da água. Não tem sido um percurso muito fácil, enquanto empresa. Mas acho que temos feito um papel muito importante para a disseminação destas abordagens em Portugal e pensamos que de alguma forma já somos reconhecidas como tal.

    E encontram abertura?

    RM – Os técnicos têm muita abertura e consciência da importância destas ferramentas. A nível de decisores políticos, acho que ainda não estão muito sensibilizados para a importância efectiva desta abordagem para a melhoria da qualidade do serviço prestado e garantia de um fornecimento seguro de água.

    A nível internacional, como vêem a importância de exportar a informação para países com menos recursos?

    RM – É, obviamente, muita. Aliás, o trabalho que fazemos com a OMS é muito focado nesses países. Em alguns aspectos, são países com abordagens muito interessantes e eficazes, que nós também devíamos aprender e utilizar.

    O facto de a empresa ter surgido em 2011 e, hoje, estar já a trabalhar com a OMS constitui um factor de notabilidade?

    RM – Somos uma empresa pequena e acho que não queremos ser uma empresa grande, atendendo ao trabalho que fazemos e às exigências que impomos à qualidade do nosso trabalho. Tem sido um percurso muito duro, muito trabalhoso, mas acho que nós, enquanto empresa pequena, já conseguimos imenso. A nossa rede de contactos internacional é muito grande, não só em termos de pessoas que contactamos e conhecemos mas também em termos de organizações com quem, de alguma forma, temos colaborado. A nível nacional, de alguma forma, já vamos sendo uma referência no mercado, no que diz respeito aos planos de segurança da água e no planeamento da segurança do saneamento – somos a única empresa em Portugal que desenvolve trabalho nesta área. Efectivamente, acho que tem sido um percurso bastante positivo e tem-nos motivado, apesar das dificuldades, a continuar.

    Não têm concorrência?

    CM – Temos concorrência, alguma direta, e outra indireta.

    Refere-se a empresas que não têm competência para fazer o trabalho que a Acquawise faz?

    RM – Digamos assim: no que diz respeito ao planeamento da segurança do saneamento, em Portugal não há. É uma abordagem recente e nós pertencemos ao grupo restrito dos formadores da OMS para esta temática. Foi criado um grupo para depois disseminar esta metodologia e, em Portugal, somos as únicas que pertencem a esse grupo. No que se refere aos planos de segurança da água, o mercado tem estado a desenvolver-se no que diz respeito a empresas concorrentes. Quando a Cristina fala em concorrência indirecta, não é a questão de maior ou menor competência, mas sim de se tratar de uma concorrência que não é clara. Temos entidades individuais ou colectivas que, eventualmente, não poderiam estar a prestar este serviço.

    Como surgiu a empresa?

    RM – Tanto eu como a Cristina trabalhávamos na Entidade Reguladora dos Serviços de Águas e Resíduos (ERSAR) e houve uma altura em que, apesar de gostarmos do trabalho que desempenhávamos aí, decidimos que fazia sentido darmos um próximo passo e criar uma empresa. Face ao conhecimento que tínhamos do sector da água, em particular no que diz respeito aos serviços de abastecimento, considerámos que o desenvolvimento e implementação dos planos de segurança da água seria muito benéfico para estas entidades e, na altura, já o regulador começava a abordar a questão dos planos de segurança da água, transmitindo a sua importância. Nesse sentido, criámos a Acquawise, muito focada no apoio a estas entidades. Entretanto, fomos evoluindo, participámos na iniciativa de Gestão Patrimonial de Infraestruturas com o Laboratório Nacional de Engenharia Civil (LNEC) e começámos a desenvolver trabalho nessa área. Também desenvolvemos trabalho na área da gestão de perdas, tivemos uma parceria com uma empresa israelita mas, como quisemos direccionar mais a nossa actividade para a segurança da água e do saneamento, e sendo uma empresa pequena, acabámos por deixar de nos focar em áreas em que havia já empresas no mercado e direccionar a nossa actividade para a segurança da água e para a gestão patrimonial de infraestruturas.

    Pode dizer-se que identificaram uma lacuna no mercado?

    RM – Na altura, quando criámos a empresa, não havia empresas com este foco. Agora já começam a existir.

    Referiu uma parceria com uma empresa israelita. Israel é um país que, em termos de gestão de recursos hídricos é um modelo a seguir no mundo, não é?

    RM – A nossa parceria assentou mais numa base tecnológica. A empresa tinha um software direccionado para a monitorização, em tempo real, das redes de distribuição e acho que, em termos de desenvolvimento de tecnologia, considerámos que a ferramenta era bastante boa. Mas, em Portugal, neste momento, também já temos ferramentas semelhantes que apoiam as entidades gestoras na monitorização das redes.

    É uma área de constante desenvolvimento tecnológico?

    RM – No que diz respeito à monitorização das redes, tem havido alguma evolução, principalmente com a introdução dos smart meters.

    Quais os vossos objectivos e perspectivas para o futuro próximo?

    RM – Esperamos que haja uma maior sensibilização para a questão da segurança da água e do saneamento e que haja uma evolução no sentido de as entidades gestoras perceberem que isto são ferramentas de gestão, são boas práticas, para garantir que os serviços que prestam são efectivamente eficientes e que vão ao encontro das necessidades e satisfação dos utilizadores.

    Sobre o autorPedro Cristino

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    Lisboa recebe primeiro congresso internacional da Exp Realty

    Com o objectivo de “debater o futuro e as tendências” do sector imobiliário internacional, o eXpcon International decorre de 4 a 6 de Junho no Hotel InterContinental Lisbon, em Lisboa, e é destinado a todos os agentes imobiliários em Portugal

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    A eXp Realty, empresa norte-americana de mediação imobiliária, escolheu a cidade de Lisboa para ser a anfitriã do primeiro congresso internacional de mediação imobiliária. A eXpcon International, que tem como objectivo “debater o futuro e as tendências” do sector imobiliário internacional, decorre de 4 a 6 de Junho no Hotel InterContinental Lisbon, em Lisboa, e é destinado a todos os agentes imobiliários em Portugal.

    O congresso vai contar com diversas talks e painéis de discussão para abordar várias temáticas relevantes para profissionais do sector, desde as mais recentes tecnologias de inteligência artificial até às tendências de mercado nacional e internacional e melhores práticas em mediação imobiliária.

    Além da presença de especialistas nacionais e internacionais para os momentos de painel de debate, a eXpcon International vai contar com a presença dos líderes internacionais da eXp Realty, incluindo o seu fundador, Chairman e CEO da eXp World Holdings, “empresa mãe” da empresa global de mediação imobiliária da qual faz parte a eXpRealty, Glenn Sanford, Leo Pareja, actual CEO da eXp Realty e Michael Valdes, chief growth officer.

    “Este será um evento transformador para agentes imobiliários de todo o mundo, que vão ter a oportunidade de se conectar com profissionais com mentalidades semelhantes, obter insights valiosos e adquirir ferramentas necessárias para se destacar na indústria dinâmica do mercado imobiliário”, diz Michael Valdes, chief growth officer da eXp Realty.

    Já Guilherme Grossman, managing broker da eXp Realty em Portugal, revela-se “entusiasmado” por Portugal vir a receber agentes imobiliários de várias partes do mundo num ambiente de “colaboração, aprendizagem e networking”.

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    Savills coloca CTT no Benavente Logistic Park

    A ocupar uma área de aproximadamente 29.500 m2, esta é a primeira operação no complexo logístico, que se pretende afirmar como um “novo destino prime” para operações logísticas de dimensão

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    A Savills, através do seu departamento de Industrial & Logística, colocou os CTT no Benavente Logistic Park, concretizando assim a primeira operação de ocupação do mais recente complexo logístico localizado na zona da Grande Lisboa.

    A empresa portuguesa distribuição de correio, serviços postais e logística, irá ocupar uma área de aproximadamente 29.500 metros quadrados (m2) deste parque logístico promovido pela Invesco Real Estate e pela Magna General Contractors, que dispõe de um total de 90.717 m2.

    Construído para responder às necessidades dos operadores, o Benavente Logistic Park apresenta as mais “modernas” especificações logísticas ao mesmo tempo que beneficia de uma “acessibilidade ímpar”, próximo da A10 e com ligações às principais autoestradas do País, e pretende afirmar-se como um “novo destino prime” para operações logísticas de dimensão.

    O Benavente Logistic Park posiciona-se na vanguarda em matéria de ESG, ao apresentar a certificação BREEAM, target “Excellent”, o que lhe garantirá a máxima performance ao nível ambiental. 

    “Colocar uma empresa de grande prestígio num activo de referência do mercado nacional como o Benavente Logistic Park, é assessorar o match perfeito. Os CTT, com um crescimento contínuo das suas necessidades operacionais e novas áreas de negócio, necessitavam de um espaço que permitisse levar a cabo a sua actividade de cariz nacional, com uma localização estratégica”, afirma Luís Rocha, I&L senior consultant da Savills.

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    Élou com mais 130 apartamentos em comercialização

    Os apartamentos deste condomínio fechado estão distribuídos por 17 edifícios, oferecem tipologias T1 a T5, áreas de construção privativa (incluindo áreas exteriores) entre os 85 e os 238 metros quadrados (m2), e varandas e terraços até 137 m2

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    A promotora imobiliária Solyd Property Developers iniciou a comercialização dos últimos 130 novos apartamentos, de um total de 266 do projecto Élou, localizado em Santo António dos Cavaleiros, no concelho de Loures. A comercialização está a cargo da ERA, Castelhana e Porta da Frente.

    Uma aposta que vem “reforçar” a contribuição da Solyd para “uma maior oferta de habitação nova para as famílias portuguesas” a poucos minutos da capital, destaca a empresa.

    Os restantes apartamentos, agora em comercialização, deste condomínio fechado estão distribuídos por 17 edifícios, oferecem tipologias T1 a T5, áreas de construção privativa (incluindo áreas exteriores) entre os 85 e os 238 metros quadrados (m2), e varandas e terraços até 137 m2.

    Desenvolvido e desenhado pela equipa de arquitectura e projecto da Solyd, liderada pela arquitecta Cristina Rocheta, o Élou conta com apartamentos dotados de “áreas amplas, excelentes acabamentos, generosas janelas e varandas”. O empreendimento inclui, ainda, um amplo jardim privativo com cerca de quatro mil m2, piscina exterior, ginásios, kids club, salas multiusos, átrios decorados e estacionamentos privativos.

    À semelhança de todos os projectos desenvolvidos pela SOLYD, o Élou tem na diminuição do impacto ambiental uma prioridade. Neste sentido, “cada escolha respeita o equilíbrio do planeta, promovendo a eficiência energética e optando por materiais sustentáveis e recicláveis”, reforçam.

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    Empresas portuguesas participam na Maderália

    No dia 16 de maio, acontece o “Portuguese Day” que resultará numa mesa-redonda, com a apresentação por representantes das associações AIMMP e TEAM e no qual será firmado um acordo de cooperação entre os dois países através das duas instituições

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    De 14 a 17 de Maio, um conjunto de treze empresas portuguesas – Berneck by B2Y, Delivering Nature by Granorte, Douro Deck, EPW, JMR, Madeiras Afonso, MUVV, Revesperfil, Ribadao Wood Boutique, Simply Ceram, Thunder Target, Toronobre e X8 Solutions Group – vão participar na Maderalia 2024. Esta feira é organizada em simultâneo com a Fimma.

    A Fimma e a Maderalia pode ser visitadas na Feria Valencia, em Espanha, sendo um importante evento dedicado a tecnologia, materiais e componentes para mobiliário e design de interiores.

    A presença de Portugal é organizada pela Associação das Indústrias de Madeira e Mobiliário de Portugal (AIMMP), no contexto do projecto Inter Wood & Furniture 2022-2024, que apoia a promoção internacional do sector da madeira e mobiliário, nomeadamente para alargamento dos mercados e aumento das exportações das suas empresas.

    “Na Maderalia, as empresas portuguesas vão construir o caminho para o reforço das exportações do sector num mercado de enorme relevância para Portugal. Ao apresentarem a excelência do portfólio português estão a abrir portas para novos mercados e oportunidades de crescimento internacional. Através do plano de internacionalização, Inter Wood & Furniture, a AIMMP está a moldar o futuro da indústria, expandindo horizontes e levando a excelência portuguesa além-fronteiras”, destaca Vítor Poças, presidente da AIMMP.

    Em paralelo, com a participação nesta feira, a AIMMP organiza uma Missão de Negócios com a Malásia, através da The Timber Exporters Association of Malaysia (TEAM), cujo encontro resultará num acordo de colaboração entre os dois países e uma visita dos empresários de origem malaia a Portugal.

    No dia 16 de maio, e no contexto da Maderalia, acontece o “Portuguese Day” que resultará numa mesa-redonda, com a apresentação por representantes das duas associações – AIMMP e TEAM – e no qual será firmado um acordo de cooperação entre os dois países através das duas instituições bem como será organizado um jantar de networking entre os empresários das duas nacionalidades.

    Já entre 20 e 21 de maio, acontecem as visitas do grupo malaio a fábricas em Portugal, num programa realiNo dia 16 de maio, e no contexto da Maderalia, acontece o “Portuguese Day” que resultará numa mesa-redonda, com a apresentação por representantes das duas associações – AIMMP e TEAM – e no qual será firmado um acordo de cooperação entre os dois países através das duas instituições bem como será organizado um jantar de networking entre os empresários das duas nacionalidades.m o apoio da AIMMP.

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    Município do Entroncamento investe 4,9M€ na nova biblioteca

    Na descrição dos trabalhos, a equipa liderada por André David explica que a Nova Centralidade – Biblioteca insere-se no tecido urbano da cidade. O local é marcante, dada a sua singularidade, posição e dimensão dentro do tecido urbano

    Ricardo Batista

    A Câmara do Entroncamento vai investir 4,9 milhões de euros no projecto da Nova Centralidade Zona Norte, proposta que tem na nova biblioteca municipal o seu ponto alto, naquele que é um processo que, ao longo dos últimos anos, tem registados avanços e recuos. Chumbado em finais de 2023 em reunião de Câmara, o projecto do Atelier de Arquitectura mereceu, em meados de Fevereiro, os votos favoráveis de socialistas e sociais democratas, decisão que permite assim a implementação do conceito desenvolvido pelo atelier do Entroncamento.
    Jorge Faria, presidente da Câmara, citado pelo MedioTejo.net, entende que estamos perante “um projecto estruturante para a cidade e para aquela zona em concreto”. Com uma nova previsão em termos de execução financeira, as expectativas para a nova centralidade e a nova biblioteca são de uma concretização de 10% em 2024, 75% em 2025 e 15% em 2026.

    Para além da construção da nova Biblioteca Municipal do Entroncamento, num edifício que seja moderno e funcional, com diversas salas e equipamentos multiusos, o projecto acompanha a requalificação urbana da Rua Ferreira Mesquita, do Bairro Camões, das habitações do Bairro Vila Verde (em curso) e do Bairro do Boneco (em curso) para implementação do centro de documentação Nacional Ferroviário, do núcleo Museológico e do Centro de Ciência Viva (em curso). O projecto da Nova Centralidade Zona Norte (ARU 1) inclui ainda requalificação urbana com a ligação pedonal entre a Rua Elias Garcia com áreas verdes de lazer, a criação de uma praça digna em frente ao Museu Nacional Ferroviário e um parque de estacionamento subterrâneo livre, libertando outros estacionamentos da cidade.

    Na descrição dos trabalhos, a equipa liderada por André David explica que a Nova Centralidade – Biblioteca insere-se no tecido urbano da cidade. O local é marcante, dada a sua singularidade, posição e dimensão dentro do tecido urbano.
    Dada a dimensão do programa, o projecto procurou responder com uma construção que gerasse, consolidasse e articulasse os espaços e vias públicas na estrutura urbana. Não é um programa e a busca de uma dada forma para o edifício, mas a forma dos espaços são resultantes das acções tomadas em projecto de modo resolver questões formais e funcionais do território.

    Consolidação do espaço
    A implantação da Biblioteca tem como princípio consolidar a frente de rua Elias Garcia, onde foram criados 12 lugares de estacionamento de viaturas e ocultar as traseiras do edificado existente. Por consequência é gerada uma praça que medeia e relaciona equipamentos culturais como o Museu Nacional Ferroviário e o Bairro do Boneco (novo Centro de Documentação Nacional Ferroviário, Núcleo Museológico e Centro de Ciência Viva).

    Abaixo do solo são comportados 74 lugares de estacionamento acedidos pela Rua detrás dos Quarteis que sofreu ligeira dilatação e pela Rua Ferreira Mesquita. Alguns estacionamentos estão dotados para pessoas de mobilidade reduzida e outros com carregadores para viaturas eléctricas. “Da praça, espaço público útil, com elementos de sombra que qualificam o espaço e estadia dos seus utilizadores, criando princípios como sombra e frescura na cidade acede-se à Biblioteca do tipo BM1 que respeita a proposta e as recomendações definidas pela Direcção Geral do Livro, Arquivos e Bibliotecas (DGLAB), e ainda algumas directivas de melhoria da relação intersticial entre espaço público e equipamento cultural”, explica a equipa projectista.
    Segundo a descrição da proposta, “a expressão arquitectónica resulta essencialmente de uma acção muito sóbria e modesta da biblioteca, tirando partido da visibilidade sobre a praça proposta”. “A predominância de extensas aberturas e diálogo com a praça transmitem as vivências do seu interior, a altimetria proposta não excede as da envolvente. A superfície exterior de revestimento em betão de pigmento escuro e revestimento parcial em cerâmico na Rua Elias Garcia de modo a criar dinâmica e vibração de luz na rua e evitando futuras manutenções ao edificado”, lê-se na descrição da obra.

    Sobre o autorRicardo Batista

    Ricardo Batista

    Director Editorial
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    Projecto Boavista 5205

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    RAR Imobiliária com dois novos empreendimentos no Porto

    Localizados em zonas privilegiadas da cidade, Foz Velha e Boavista, os dois empreendimentos representam um investimento global de 40 M€

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    A RAR Imobiliária esteve presente no Salão Imobiliário de Lisboa (SIL), com dois novos projectos no Porto, assinados por dois premiados gabinetes de arquitectura, o A43 e Nuno Valentim Arquitectura.

    Localizados em zonas privilegiadas da cidade, Foz Velha e Boavista, os dois empreendimentos representam um investimento global de 40 milhões de euros e procuram dar resposta a “uma procura crescente de habitação de qualidade com preocupações de sustentabilidade e design biofílico”.

    Localizados nas zonas da Foz Velha e Boavista, na cidade do Porto, junto ao Parque da Cidade, os novos empreendimentos contam com um investimento de mais de 40 milhões, e que correspondem a cerca 11 mil metros quadrados (m2) de construção.

    Nesse caso, o projecto Boavista 5205, do atelier A43, é um condomínio privado composto por oito apartamentos, com jardins, pátios e destaca-se pela sua fusão “harmoniosa” da volumetria com a natureza e com conclusão prevista para meados do próximo ano.

    O outro empreendimento, localizado na Foz Velha, é o Montebelo Villas, um conjunto de moradias que se destaca pela sua “autenticidade” e que conta com assinatura do gabinete do arquitecto Nuno Valentim, com lançamento oficial previsto para Junho de 2024.

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    PARES Advogados reforça equipa de Direito Público, Urbanismo e Ordenamento do Território

    Andreia Soares Ferreira reforça área prática de Direito Público, Urbanismo e Ordenamento do Território, da PARES Advogados

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    A advogada, que integra a sociedade na qualidade de Associada, transita da Andersen Tax & Legal Iberia SLP, sucursal em Portugal, onde trabalhou no último ano e meio.

    Nos últimos cinco anos, Andreia Soares Ferreira desenvolveu e consolidou conhecimentos e competências na área do Direito Administrativo, em especial no domínio da Contratação Pública, prestando apoio jurídico a operadores económicos, bem como a diversas entidades adjudicantes (incluindo assessoria in-house), no âmbito pré-contratual, contratual e contencioso.

    De igual forma, assessorou juridicamente diversos programas operacionais no âmbito da verificação da conformidade legal de procedimentos de contratação pública submetidos a cofinanciamento europeu.

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    Sectores industrial e logístico influenciam resultados da Garcia Garcia

    A construtora regista uma facturação de 104,4M€ em 2023. 75% projectos executados foram no sector industrial e logístico e 10% em escritórios. residencial e hospitality, assim como o retalho, que representaram 7,5%, cada, dos projectos realizados no ano passado

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    A construtora Garcia Garcia, fechou as contas de 2023 com uma facturação de 104,4 milhões de euros (M€), o segundo melhor ano de sempre da empresa. O ano passado, a construtora assumiu obras para empresas como Mercadona, Logicor, Kantar, BorgWarner, WEG, projectos liderados por investidores internacionais que representam cerca de 50% do volume de negócios da construtora

    Não obstante um ligeiro decréscimo face a igual período homólogo, e que se justifica pela actual conjuntura económica nacional e internacional, a construtora manteve em 2023, pelo segundo ano consecutivo, um volume de negócios acima dos 100 milhões de euros.
    Especializada no design and build de edifícios industriais, logísticos, comerciais, residenciais e de hospitality, foram os projectos industriais e logísticos aqueles que assumiram um maior peso no volume de negócios da Garcia Garcia, em 2023, representando 75%. O sector escritórios representou 10% do total de projectos executados no ano passado, enquanto os restantes 15% estiveram ligados aos sectores da construção residencial e hospitality e ao retalho (7,5% cada).

    Do portefólio recente da Garcia Garcia fazem parte projectos diversificados como a nova unidade industrial em Portugal da BorgWarner, em Viana do Castelo; o novo centro logístico da Mercadona em Almeirim; o centro logístico da Logicor em Santo Tirso; a nova unidade industrial da WEG; o novo retail center em Santo Tirso ou o novo centro tecnológico da Kantar em Matosinhos, entre outros.

    Apesar do core business da empresa ser o design and build na área industrial e logística, temos continuado a investir no mercado com promoção de alguns projectos residenciais, assim como, com projectos de escritórios, indústria e logística, aproveitando oportunidades ao nível do build to rent. Paralelamente, temos investido no desenvolvimento de parques industriais, direccionados para acolher projectos de grande dimensão. Para além da expansão do Parque da Ermida, em Santo Tirso, para 110 hectares, estamos a trabalhar num novo parque que acreditamos virá a ser a referência na zona norte na próxima década. Será um futuro EcoParque Industrial que, para além da capacidade instalada e dimensão, subscreverá os mais exigentes normativos de sustentabilidade e ambientais“, afirma Miguel Garcia, administrador da Garcia Garcia“.

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    Feira de Arquitectura, Construção, Design e Engenharia regressa em Novembro

    A Concreta regressa à Exponor em Novembro sob o lema ‘Descarbonização da Arquitectura e Engenharia’ e um formato que pretende ser inovador, com destaque para a criatividade, tendências e novas soluções, posicionando a sustentabilidade como a base de toda a sua estrutura

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    O evento nacional dedicado às áreas da construção, arquitectura, design e engenharia volta a abrir as suas portas em Novembro, desafiando as empresas e profissionais a implementar a descarbonização destes sectores. O regresso da Concreta, que tem regularidade bienal, ficará marcado pela celebração da sua 31ª edição e vai decorrer entre 20 e 23 de Novembro, na Exponor.

    O formato que apresentam pretende ser inovador, com destaque para a criatividade, tendências e novas soluções, posicionando ainda a sustentabilidade como a base de toda a sua estrutura. “Na Concreta, estamos comprometidos em liderar a transformação da indústria da construção em direcção a um futuro mais sustentável. O mote ‘Descarbonização da Arquitectura e Engenharia’ reflecte o nosso compromisso em promover práticas responsáveis e estamos entusiasmados por proporcionar um ambiente de partilha e reflexão, onde as empresas e profissionais podem colaborar, como um todo, em direcção a um futuro mais verde”, explica Amélia Estevão, directora de Marketing da Exponor.

    A curadoria do evento cabe, uma vez mais, ao arquitecto Diogo Aguiar, fundador do atelier Diogo Aguiar Studio e ainda professor na faculdade de Arquitectura da Universidade do Porto (FAUP). Ao assumir este papel, tem como missão dar destaque à temática da responsabilidade ambiental à escala de todos os sectores da construção.

    A Feira vai reunir arquitectos, engenheiros, técnicos, consultores, construtores, instaladores, entre muitas outras especialidades, numa exposição também com um leque alargado de empresas – desde revestimentos, isolamentos, cozinha, banho, pavimentos, climatização, iluminação, carpintaria, passando ainda pelas máquinas, ferramentas e equipamentos para a construção. A procura pela Concreta ultrapassa as barreiras geográficas, sendo a internacionalização um dos objectivos da Exponor. Na edição de 2022, concretizou-se a presença de comitivas de compradores internacionais de Cabo Verde, Itália, República Checa, Alemanha, Países Baixos, Espanha e Polónia, entre outros países. Este ano, pretendem alargar o interesse no mapa através de uma programação paralela, com conferências, palestras e outras dinâmicas.

    Em simultâneo com a Concreta, entre os dias 20 e 23 de Novembro, vai realizar-se a Eléctrica. Este é outro projecto de referência no sector da construção em Portugal, que apresenta novidades e reforça negócios nos sectores de Energia, Mobilidade Electrónica e Material Eléctrico.

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    APDL lança concurso público para modernização da Ponte Móvel de Leixões

    APDL lança concurso público para a modernização da Ponte Móvel de Leixões no valor de 4,5 milhões de euros. A apresentação de propostas para a modernização daquela que é uma das maiores pontes basculantes do mundo decorre até 30 de Maio

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    A Administração dos Portos do Douro, Leixões e Viana do Castelo (APDL), anuncia o lançamento do concurso público para a ‘Empreitada de Modernização da Ponte Móvel de Leixões’. A apresentação de propostas encerra a 30 de Maio de 2024. Inaugurada a 30 de Julho de 2007, possui um vão de 92 metros, o que a torna uma das maiores pontes basculantes do mundo.

    O concurso para a modernização da Ponte Móvel, no valor de 4,5 milhões de euros, abrange a renovação do sistema de protecção anticorrosiva e pintura de toda a estrutura, bem como a substituição das coberturas pedonais, guarda-corpos e pavimento, juntamente com a repavimentação da faixa de rodagem. No âmbito desta empreitada, está ainda prevista a substituição das rótulas deste equipamento, o que irá exigir a sua imobilização por um período máximo de 90 dias.

    A Ponte Móvel de Leixões desempenha um papel vital no tráfego marítimo, rodoviário e pedonal, conectando as comunidades de Matosinhos a Leça da Palmeira. Reconhecendo a importância desta infraestrutura, a APDL está empenhada em garantir a operacionalidade da ponte durante todo o processo de modernização, permitindo a passagem contínua de navios, veículos e população.

    Por esse motivo, durante o período de interrupção, a APDL procurará minimizar os impactos que esta empreitada possa vir a gerar. Assim, haverá períodos em que o tráfego automóvel será desviado para a A28, enquanto o acesso pedestre será assegurado, em contínuo, por autocarros disponibilizados pela APDL. Sempre que possível, as interrupções de tráfego automóvel serão restringidas ao período nocturno, permitindo a circulação pedestre e o normal funcionamento no período diurno.

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