Nova Iorque e Hong Kong são as cidades mais caras para construir
As cidades de grande densidade são, segundo os responsáveis da Arcadis, as mais caras, devido à limitada disponibilidade de espaço, às acessibilidades e ao valor do metro quadrado. Segundo o estudo da consultora de engenharia holandesa, na Europa, cidades como Lisboa ou Atenas ainda têm um custo de construção 50% abaixo dos grandes centros urbanos, como Paris, por exemplo
Pedro Cristino
Andreia Teixeira assume cargo de Project Management do Grupo Openbook
CE atribui 245M€ em subvenções a projecto de hidrogénio em Sines
Município de Paredes investe mais de 64,3 M€ em habitação com apoio do PRR
IP lança concurso de 77M€
Knauf apresenta nova identidade corporativa
Financiamento especializado atinge máximo histórico
Greens Vilamoura assinala cerimónia de Pau de Fileira com 70% já comercializado
Novo crédito à habitação regista crescimento de 26,1% até Fevereiro
Preços das casas aceleram nos primeiros meses de 2024
Sierra renova espaço de restauração no Centro Vasco da Gama
As cidades de grande densidade são, segundo os responsáveis da Arcadis, as mais caras, devido à limitada disponibilidade de espaço, às acessibilidades e ao valor do metro quadrado. Segundo o estudo da consultora de engenharia holandesa, na Europa, cidades como Lisboa ou Atenas ainda têm um custo de construção 50% abaixo dos grandes centros urbanos, como Paris, por exemplo
O mais recente estudo da Arcadis – International Construction Cost – conclui que Nova Iorque, nos EUA, é a cidade mais cara para a construção. À maior cidade norte-americana, seguem-se as cidades asiáticas de grande densidade, com Hong Kong no segundo posto, e Macau no quinto, a fechar o top cinco. Genebra, no terceiro posto, e Londres, no quarto, completam o ranking. De acordo com o grupo holandês, Londres caiu dois lugares desde o ano transacto, em grande parte devido à desvalorização da libra, como resultado do “Brexit”, que tornou a cidade menos dispendiosa em comparação com outras metrópoles. Xangai, na 35.ª posição, e Manila, na 38.ª, representam as maiores quedas – ambas caíram oito lugares no ranking. As maiores subidas nesta classificação que inclui 44 cidades, são Auckland, na Nova Zelândia, que subiu ao 13.º lugar, Belgrado, no 30.º, e Taipei, no 40.º. Estas três cidades subiram quatro posições face a 2016. “Cidades com grande densidade, como Nova Iorque ou Hong Kong, são localizações com custos particularmente altos devido a limitações de disponibilidade territorial, acessibilidade e o valor do metro quadrado”, afirmou o director de Program Management da Arcadis. Segundo Edel Christie, apesar disto, estas cidades “continuam a prosperar e observam um desenvolvimento de actividade significativo graças à sua atractividade como cidades globais desejáveis para comércio e para as populações”. “O custo de construir infra-estruturas críticas e novos edifícios durante o decorrer de uma longa fase de construção é difícil de prever” para Christie. Assim, o desafio de proporcionar certezas em termos de custos e de negócio torna-se “vital”.
Ásia
Os efeitos da transição continuada na China, que se distancia de uma economia impulsionada pelo investimento estão a ter um impacto assinalável nos mercados asiáticos que previamente haviam sido alvos do investimento chinês. Em alguns casos, os mercados imobiliários estão a sofrer os efeitos de excesso de oferta, que são exacerbados pelo abrandamento da procura por parte de turistas e ocupantes chineses. As taxas de crescimento em muitos mercados da construção asiáticos têm-se reduzido, segundo a Arcadis, de forma significativa ao longo dos últimos 18 meses, à medida que as taxas de desenvolvimento comercial e residencial alcançam o pico. Em termos de perspectivas, a consultora holandesa prevê que a procura esteja dependente de investimentos de grande escala em infra-estruturas de energia e de transportes, como o projecto One Belt One Road.
Américas
A Arcadis prevê que a produção na construção nos EUA cresça cerca de 3% por ano, impulsionada pelo mercado residencial, a recuperação de granes áreas metropolitanas e pela continuação do investimento na indústria, à medida que o ritmo de reintrodução de indústrias nacionais acelera, “especialmente em linha com as propostas da nova administração”. A habitação permanece como um mercado florescente, mas, com a manutenção das taxas de construção a 30%, abaixo do pico de pré-crise, deverá haver potencial para um maior crescimento. As infra-estruturas também são referidas como alvo de um importante foco, que deverá continuar a impulsionar pressões de custo dentro do sector. Por sua vez, o Brasil enfrenta “um futuro difícil”, embora a Arcadis espere que as novas medidas fiscais introduzidas pelo Governo para fazer regressar a economia ao crescimento levem a uma recuperação da procura por parte dos sectores comercial e residencial privados. Todavia, as perspectivas de investimento em indústrias de recurso permanecem “pobres” dadas as continuadas condições de excesso de oferta.
Austrália-Pacífico
Os mercados de construção na Austrália continuam a sofrer os efeitos do abrandamento nos mercados de “commodities”, mas os sectores de infra-estruturas e residencial mantêm-se fortes na Nova Gales do Sul e em Victoria. As perspectivas de crescimento estão alinhadas com um ambicioso plano de infra-estruturas de transporte, de cerca de 148 mil milhões de dólares australianos (105 mil milhões de euros), focado na construção rodoviária e ferroviária, embora parte deste valor dependa da contribuições das empresas, dos pagamentos dos utilizadores e do risco político.
Europa
Segundo a Arcadis, existem diferenças de custo significativas dentro da Zona Euro, com os custos em Lisboa e Atenas a permanecerem 50% abaixo dos custos de Paris, por exemplo. Os riscos de fazer previsões sobre a performance do mercado europeu incluem o “Brexit” e eleições que decorrerão brevemente em alguns dos estados membros. Todavia, existe uma forte actividade dentro do sector das infra-estruturas, que continuará a impulsionar os custos, devido ao aumento da procura por trabalhadores e materiais.
Médio Oriente
Doha – capital do Qatar – e o Dubai continuam a investir em construção, à medida que o Mundial de Futebol de 2022 e a Expo2020 se aproximam. Outras cidades registaram uma estagnação ou uma queda nos custos devido à redução do investimento público, resultante da queda dos preços de petróleo.