Investidores no imobiliário ibérico consideram investir em cidades secundárias
Segundo os agentes do sector, depois de ter atingido cerca de 10 mil milhões de euros em 2016, o volume de capital direccionado ao imobiliário ibérico deverá continuar a crescer este ano, “num ambiente de maior competitividade na compra de activos”
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A alta procura pelas cidades de Madrid, Lisboa e Barcelona como destinos de investimento imobiliário tem levado os investidores a equacionarem investir em cidades secundárias e em segmentos alternativos.Esta é a conclusão dos investidores presentes no Iberian Property Summit, decorrido em Londres, no Reino Unido. Segundo os agentes do sector, depois de ter atingido cerca de 10 mil milhões de euros em 2016, o volume de capital direccionado ao imobiliário ibérico deverá continuar a crescer este ano, “num ambiente de maior competitividade na compra de activos”.
O evento reuniu na capital britânica 150 profissionais do sector imobiliário internacional, incluindo mais de uma centena de gestores de activos, bem como “os principais investidores imobiliários globais da actualidade”.
Segundo a nota de imprensa da organização deste evento, se Madrid, Lisboa e Barcelona e os segmentos de escritórios, retalho, hotelaria e logística “tendem ainda a ser o foco principal do investimento imobiliário” na Península Ibérica, tornou-se “claro”, nesta conferência, que, “face ao aumento da procura pela região, os investidores equacionam cada vez mais adquirir quer activos localizados noutras cidades ibéricas quer em segmentos alternativos”.
A entrada em projectos de promoção imobiliária como alternativa à aquisição de activos consolidados de rendimento é uma das possibilidades, tal como os activos direccionados para o arrendamento residencial em Espanha, apontados como “uma opção interessante”.
Segundo Rupert Nabarro, chairman do evento e fundador do IPD, o mecado imobiliário ibérico “é verdadeiramente vibrante, cheio de oportunidades e, neste momento, realmente interessante”. O crescimento exponencial de ambos os mercados e a recuperação franca da economia ibérica, confirmada pela análise do economista Daniel Lacalle, “são factores evidenciados pelos investidores, que apontam ainda como positivo o aumento do ticket médio das transacções, num mercado em que os retornos têm sido sustentados e batem recordes europeus”.
Segundo os números apresentados pela MSCI neste evento, mesmo apesar dos anos mais desafiantes das economias ibéricas, o imobiliário desta região “devolve aos investidores um retorno médio anual de 7% nos últimos 16 anos”.
Por outro lado, concluiu-se também no evento que uma das principais vantagens do “Brexit” para o mercado imobiliário ibérico recairá sobre os mercados ocupacionais, “tendo em conta o potencial de relocalização não só de instituições europeias, como de empresas que pretendam abordar os mercados europeus num regime aberto e deixem de o poder fazer a partir de Londres”.