Estrela-Campo de Ourique com maior valorização dos preços da habitação reabilitada
Zona Baixa-Chiado-Avenida da Liberdade (Áreas Históricas) continua a ser a mais cara de Lisboa para apartamentos integrados em projectos de reabilitação urbana
Pedro Cristino
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O estudo “Reabilitação para Uso Residencial em Lisboa 2017”, da Prime Yield, conclui que, apesar da zona Baixa-Chiado-Avenida da Liberdade (Áreas Históricas) continuar a ser a mais cara de Lisboa para apartamentos integrados em projectos de reabilitação urbana, foi no eixo Estrela-Campo de Ourique que a valorização dos preços médios de oferta foi mais expressiva entre 2016 e 2017.
Em comunicado de imprensa, a consultora explica que, nas Áreas Histróricas, o valor médio de oferta deste tipo de produto se situa actualmente nos 6.367 euros por metro quadrado, o que reflecte uma valorização de 8,7% relativamente ao ano transacto. Por sua vez, na zona Estrela-Campo de Ourique, a valorização foi de 12,3%, com o preço médio de oferta a situar-se, em 2017, nos 4.958 euros por metro quadrado.
Na zona das Avenidas Novas, os preços médios dos apartamentos reabilitados em oferta aumentaram cerca de 6,6% entre 2016 e 2017, cifrando-se nos 5.514 euros por metros quadrado, enquanto que no eixo Arroios-São Vicente-Penha de França, a subida foi de 4,7%, cifrando-se nos 4.721 euros por metro quadrado.
“Apesar de observarmos valorizações em termos médios na ordem dos 5% a 12%, existem produtos nas diversas zonas que apresentam subidas dos preços de oferta bastante mais expressivas, de entre 15% e 25%”, destacou o CEO da Prime Yield. Segundo Nelson Rêgo, “são os casos dos apartamentos T0 nas zonas históricas, com uma subida anual de 20%, dos T2 na zona da Estrela-Campo de Ourique – 25% – e dos T2 na zona das Avenidas Novas – 15%”.
Segundo a Prime Yield, as zonas históricas mantêm-se como o principal destino de investimento para este tipo de produto, concentrando, em 2017, cerca de 70% da oferta em comercialização na cidade. As restantes três zonas analisadas apresentaram, cada uma, pesos em torno dos 10%.
Segundo o estudo, os preços médios de oferta no eixo histórico estão entre 16% e 35% acima das outras zonas da cidade e é esta a zona que apresenta também os apartamentos reabilitados com os preços máximos observados no mercado. Neste sentido, a consultora frisa que, apesar da média da zona se situar nos 6.400 euros por metro quadrado, existem alguns apartamentos nas Áreas Históricas onde os valores podem alcançar “o dobro”.
O estudo conclui também que as tipologias T1 e T2 são as mais comuns nos projectos de reabilitação urbana para uso residencial, concentrando, nas quatro zonas, “mais de metade da oferta em comercialização”. A maioria dos projectos tem como alvo o segmento médio-alto e alto, revela o relatório, que incide sobre uma amostra de 1.465 apartamentos integrados em projectos de reabilitação actualmente em fase de comercialização. Estima-se que 65% deste stock esteja já comercializado.
“O segmento alto deve manter-se como o principal foco de investimento de reabilitação para habitação em Lisboa, incentivado por uma procura que se mantém forte, quer para a primeira, quer para segunda residência, como também para a obtenção de rendimento, colocando o imóvel posteriormente em regime de arrendamento de curta duração”, afirmou Nelson Rêgo.
Segundo o líder da Prime Yield, “os estrangeiros, principalmente chineses, franceses e brasileiros, continuam a ser uma franja muito activa desta procura, mas também os portugueses têm vindo a ganhar expressão, num mercado em que a aquisição está a fazer-se cada vez mais durante a fase de projecto”.
Segundo Rêgo, além das zonas históricas centrais, “mais consolidadas”, emergem novas localizações para o desenvolvimento deste tipo de produto. “Toda a frente ribeirinha, desde a zona ocidental até ao Parque das Nações, é uma das áreas de potencial expansão deste mercado, além de áreas como a Ajuda, Alcântara, Mouraria, a Colina de Santana e a Almirante Reis”, concluiu.