Portfólios de Non-Performing Loans com interesse para investidores
Portugal é um dos países europeus em que a transacção de portfólios de credito malparado ou Non-Performing Loans (NPLs na sigla inglesa) poderá acelerar este ano, atingindo um volume próximo de 2 biliões de euros, depois dos 1,5 biliões de euros que se estima terem sido transaccionados em 2016
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Portugal é um dos países europeus em que a transacção de portfólios de credito malparado ou Non-Performing Loans (NPLs na sigla inglesa) poderá acelerar este ano, atingindo um volume próximo de 2 biliões de euros, depois dos 1,5 biliões de euros que se estima terem sido transaccionados em 2016.
De acordo com o mais recente estudo desenvolvido pela Prime Yield, denominado “Investing in NPLs in Portugal: The Time is Now!”, este estudo foi divulgado em Londres, durante a conferência “NPL Europe”, e afirma-se como uma iniciativa inovadora onde a empresa analisa o actual momento deste mercado quer no nosso país quer no contexto europeu, traça as perspectivas para o potencial de transacções este ano e mostra os principais desafios a endereçar para que este mercado acelere em Portugal.
“A resolução do volume de crédito em incumprimento está a colocar desafios muito importantes aos países europeus que foram mais atingidos pela crise, como é o caso de Portugal. E numa altura em que existe uma crescente pressão para a redução destes créditos no sistema bancário português e em que este tipo de portfólio está a gerar cada vez mais interesse junto dos investidores, é muito importante que Portugal se posicione para a captação do capital estrangeiro que está atento a este sector”, diz Nelson Rêgo, CEO da Prime Yield.
O forte pipeline de negócios potenciais em Portugal face a um stock de NPLs que se estima rondar ainda os 41 biliões de euros é um dos factores que poderá impulsionar esta actividade, bem como o crescente interesse dos investidores por este tipo de activos, tendo em conta quer as entidades que se encontram a investir em Portugal quer as que já anunciaram intenções de o fazer.
Relativamente aos desafios que ainda permanecem para que Portugal registe uma maior actividade de venda de carteiras de NPL, o estudo da Prime Yield destaca principalmente o desencontro de expectativas dos compradores e dos vendedores face aos preços.
“Há muito interesse dos investidores por este mercado, o que aliás acontece por toda a Europa. No caso concreto de Portugal, além de ser ainda necessário resolver questões de âmbito fiscal, judicial e de aguardamos a solução governamental ainda este ano, é absolutamente crucial encontrar um equilíbrio entre os preços a que a Banca está disposta a vender os seus créditos malparados e aquele que os investidores estão dispostos a pagar, com estes últimos a reclamarem uma avaliação mais realista destas carteiras”, termina Nelson Rêgo.
Neste indicador, acima de Portugal estão apenas o Chipre e a Grécia, os dois únicos países que tiveram que implementar medidas mais restritivas de controlo de capitais e cujos rácios de NPL estão perto dos 50% do total de crédito concedido. Ainda assim e se bem que de forma muito lenta, este rácio tem estado a decrescer desde 2015 em Portugal