Arquitectura

Entrevista a Manuel Aires Mateus: “A cidade é o lugar de todos, não é o lugar de uns”

Foi num novo atelier, no Príncipe Real, que Manuel Aires Mateus recebeu o CONSTRUIR. Distinguido com o Prémio Pessoa 2017, o arquitecto acredita que a Arquitectura Portuguesa atravessa uma fase muito boa, contudo, sublinha: “a qualidade arquitectónica é uma coisa frágil, muito complicada de proteger, muito complicada de garantir, muito complicada de se fazer pagar”

Ana Rita Sevilha
Arquitectura

Entrevista a Manuel Aires Mateus: “A cidade é o lugar de todos, não é o lugar de uns”

Foi num novo atelier, no Príncipe Real, que Manuel Aires Mateus recebeu o CONSTRUIR. Distinguido com o Prémio Pessoa 2017, o arquitecto acredita que a Arquitectura Portuguesa atravessa uma fase muito boa, contudo, sublinha: “a qualidade arquitectónica é uma coisa frágil, muito complicada de proteger, muito complicada de garantir, muito complicada de se fazer pagar”

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Ana Rita Sevilha
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Para Manuel Aires Mateus, “a arquitectura é uma arte expectante que só se completa com a vida”. Homem das Artes que tem nas Casas o programa de eleição, diz que “a arquitectura é um significado da construção” e que a legislação tem de ganhar elasticidade porque o Mundo não se coaduna com uma visão funcionalista
Tem em desenvolvimento o maior projecto até à data do atelier – o Museu da Fotografia de Elyseé e Museu de Design e Arte Contemporânea, em Lausanne -, venceu o Prémio Pessoa 2017, um Prémio Valmor no final do ano passado e ganhou recentemente o concurso lançado pela Câmara de Toulouse para a extensão e nova entrada do Muséé des Augustins. Pode-se dizer que o atelier está a passar por uma das melhores fases?
Manuel Aires Mateus: As fases boas do atelier são quando temos projectos com os quais estamos verdadeiramente emocionados. Existem fases em que estamos muito contentes com o trabalho e com a produção e esta é uma delas também. Essas são as fases mais interessantes, são quando percebemos que as coisas, de alguma maneira, resultam, se coordenam e se montam. O atelier, neste momento, está estável, tem trabalho com continuidade e estabilidade. Esta fase corresponde também a uma mudança de instalações, que veio obviamente dar um alento ao atelier, porque no antigo escritório, embora gostássemos muito dele, tinha um problema: ou havia luz a mais ou havia luz de menos. Esta vinda para aqui, para o Príncipe Real, trouxe uma luz boa, controlável, temos espaço exterior e tudo isso acabou por dar também alento. O atelier está também cada vez mais organizado e por isso a produção está facilitada.
O único “defeito”, neste momento, é ter tendencialmente mais trabalho fora do País do que dentro. Não é que o trabalho fora tenha algum problema, mas estamos habituados a ter qualidade de construção e eu acho que Portugal ainda é o país onde se constrói melhor. Eu gosto disso.
Depois, prefiro trabalhar em Portugal porque tem predisposição para temas que me interessam, nomeadamente as Casas. Mas, depois, também faltam programas culturais como os museus, os auditórios… Com a redução do investimento público, deixou de haver encomenda de equipamentos, ou pelo menos encomenda a nós. E esse tipo de programa temos vindo a fazer mais fora do País.

Ao nível dos programas, e partindo do princípio que equipamentos culturais ou com essa dimensão não haverá muitos num futuro próximo, é expectável que alguns equipamentos que se tornem obsoletos possam dar origem a novos programas? E existindo é um tipo de trabalho que lhe interessa?

Tudo isso acontecerá, mas em Portugal não estamos no momento de investimento em infra-estruturas. Não estou a dizer com isso que é bom ou mau, simplesmente não estamos nessa fase. A nós, o trabalho que nos interessa sempre mais são as Casas. Depois, há outro trabalho que nos interessa e que está relacionado com o estudo tipológico. São temas que podem ser interessantes de se fazer por cá.

Mas tipologias em habitação?

Sim, em habitação multifamiliar. Quer dizer, uma coisa é esta tipologia normal, outra é a possibilidade de investigar coisas novas.
Repare, não há nada mais conservador do que a forma como vivemos e a arquitectura é muito conservadora nisso. Mas há, no entanto, algumas possibilidades na maneira de olhar para o aspecto tipológico que neste momento nos estão a interessar. Estamos a começar a olhar para projectos com tipologias diferentes, com ocupações de espaço ligeiramente diferentes e isso é uma parte do trabalho que nos interessa muito.

Essas possibilidades de estudo e investigação ao nível das tipologias é o que o seduz tanto no programa das Casas?

São duas coisas. Uma é essa possibilidade de grande investigação sobre a vida. A casa é sempre o que está mais perto da vida das pessoas e o projecto pelo qual as pessoas se interessam mais e estabelecem uma grande ligação.
Depois, o que nos interessa muito nesse programa são as pessoas, que é o que faz com que cada projecto seja diferente. Não há dois projectos iguais porque não há duas pessoas iguais e, de alguma maneira, essa possibilidade amplifica a investigação do projecto. Portanto, tem sido esse o fio condutor para nós.

A propósito disso, li uma declaração sua que dizia que “a arquitectura é uma arte expectante que só se completa com a vida”. Pode-se então dizer que a arquitectura é a criação de vazios para que essa vida aconteça?

Sim, mas vazios possíveis. Estamos habituados a viver em vazios pouco qualificados. Aliás, estamos muito habituados a confundir construção com arquitectura. O que há corrente é construção, não é arquitectura. A arquitectura é um significado da construção. E eu atribuo muito à arquitectura essa ideia da liberdade e da possibilidade, ou seja, de desenhar espaços que possibilitem liberdades de apropriação, que é aquilo que dá bem-estar dentro de um espaço, porque permite a uma pessoa se ampliar nessa utilização.
Existem exemplos clássicos na história: o Convento que dá origem a Hospital, a Universidade, a Hotel ou ao que for e é sempre o mesmo na sua essência. Percebemos que ali há uma grande liberdade expectante, há uma inteligência tipológica e uma ideia sobre a vida que permanece.
Depois, temos do outro lado uma espécie de uma arquitectura funcional. O Mundo não se coaduna com a ideia de que estabelecemos um programa e cinco anos depois esse programa se mantém. Acho que os espaços devem, naturalmente, adaptar-se com uma grande generosidade às mudanças. E isso é que eu acho que se liga muito à qualidade da arquitectura, porque de facto a arquitectura necessita desse fecho.
Por exemplo: isto é muito interessante quando se desenha um museu, porque existe sempre a discussão sobre se um museu deve ser determinante, para se impor, ou se deve de ser muito expectante. A arquitectura deve ser muito expectante impondo a sua própria vontade, duas coisas que não acho que sejam contraditórias. Acho que há arquitecturas que são determinadas e com um forte carácter, mas que deixam que essa liberdade de apropriação se dê.Os museus que os artistas gostam, são museus que permitem que eles completem o espaço com uma certa segurança e que o espaço na verdade não os condicione.
Mas eu acho que isto tanto é válido para o museu como para o quarto. Não tem que ver com tamanho nem com riqueza, tem que ver com liberdade.
O exemplo que eu acho mais claro sobre isto são as casas de habitação social em Évora, do Siza [Vieira]. Sobre elas disse: “nós estamos em áreas mínimas, o quarto só serve para dormir, a sala serve para colocar uma mesa de refeição e para ver televisão, na cozinha só se cozinha, então eu alargo o corredor e esse é o meu espaço de liberdade”. Esse alargar do corredor, tipologicamente, transforma esta tipologia em arquitectura, porque permite que aquela casa seja aberta aos usos. Isto não tem que ver com a escala, tem que ver com a liberdade de apropriação.

Mas esse equilíbrio é difícil de encontrar, nomeadamente porque há programas muito definidos…
Mas os nossos problemas começam nos programas. Nós imaginámos que a vida é funcionalista. Podemos pegar como exemplo na cidade de Lisboa. Todos nós sabemos o que é que gostamos na cidade de Lisboa e depois, quando estendemos a cidade de Lisboa, estendemos uma cidade funcional, muito pouco interessante. A cidade que gostamos sobre ela não investigamos. Não vejo ninguém a pensar na verdadeira escala humana, por exemplo, das ruas à volta da Sé, das escadinhas da Mouraria…ninguém reflecte sobre qualidades que nós, todos, encontramos na cidade. Quando fazemos a cidade, fazemo-la funcional e sem interesse nenhum. Nós, na verdade, que devemos com a arquitectura responder à vida, estamos a ignorá-la em ordem de uma espécie de funcionalização da mesma.


Estamos quem?

Todos, a sociedade, ninguém se escapa disso. Ainda não foi possível reflectir sobre isto…

Por falta de tempo?

Não, por falta de inteligência. Na verdade, não queremos ir viver para essa cidade. Eu posso dizer: gosto muito do passeio largo. É uma coisa para pensar. Mas eu não o substituo, por nenhuma condição, pela cidade histórica, mas não é só porque ela é histórica, é porque ela tem a escala da minha vida.
A arquitectura, durante um tempo, tomou o Homem como medida no desenho. Hoje é medida nas regras. Imagine qual é a surpresa que nós temos quando sabemos que todos os corredores de todas as casas no nosso País, têm 1,10cm. Nós podemos arranjar coisas mais aborrecidas para fazer na vida, mas é difícil. Portanto, estamos a retirar à arquitectura aquilo que seria a poética da espacialidade, uma condição de instrução de qualidade de vida, que nós cerceamos.

E como é que se contorna isso?

Primeiro entendendo que a legislação tem de ter outro grau de elasticidade. A legislação é muito importante no sentido da protecção, nomeadamente proteger da especulação. Temos de proteger de uma especulação que é obviamente muito violenta na construção. Há que normalizar mínimos para proteger as pessoas. Mas não podemos ficar cerceados por estas leis. Se eu estou a fazer um bloco de apartamentos, as regras fazem sentido, mas se estou a desenhar uma casa para um homem de grandes posses, não faz sentido nenhum. Estou a desenhar a casa para ele. As coisas não são todas iguais e a nossa legislação é cega e tem de ganhar elasticidade.
A única coisa que foi bem legislada, nos últimos anos, foi uma pequena lei que dizia: “no caso de ser recuperação, desde que justificado e não piore as condições, os parâmetros não têm de ser todos cumpridos”. É de uma inteligência enorme esta lei, porque relativizou os parâmetros. Devemos pensar na qualidade que esta lei introduziu.
Não podemos continuar a viver amarrados a uma espécie de mediania. A mediania é necessariamente medíocre porque não serve ninguém. Não há pessoas medianas, todas as pessoas são diferentes. E, no entanto, a coisa mais divertida é que o colectivo das pessoas não tem uma especial apetência por essa funcionalização. Tem por outras coisas que nós não lhes podemos dar porque estamos a cercear. Vamos ter muito que reflectir…

Falava há pouco da cidade de Lisboa. Como arquitecto e habitante da cidade, como olha para este rápido desenvolvimento, para o turismo, para a especulação imobiliária…

Estamos num momento que pode ser encarado por duas perspectivas: um dos lados desta invasão é um lado obviamente positivo, relacionado com a dinâmica da cidade e o facto de se ter reabilitado em bloco. Depois, há um outro lado, complicado, que é não respondermos aos problemas que isto cria. Ou seja: com a especulação, conseguimos recuperar a cidade, mas também conseguimos expulsar os lisboetas. Agora, não são as mesmas pessoas que têm de responder aos dois lados da questão. Quem especula, especula. Um legislador resolve o problema desta coisa desenfreada. Temos de responder rapidamente à cidade pelos lisboetas. Uma pessoa com 25 anos, que acaba um curso, começa a trabalhar e que tem um ordenado expectável, que é o nacional, tem de ter uma resposta para a casa, em Lisboa. Porque a resposta não pode ser: “pode viver noutros sítios”. Temos de encontrar outra resposta.
Comparamos muito esta “invasão” com o que aconteceu em Paris, nos anos 80 e 90, quando metade da cidade foi comprada pelos árabes. Só que Paris é uma cidade de 11 milhões, não é de meio milhão, é vinte vezes maior do que Lisboa, logo não é comparável. É uma cidade com outras possibilidades de fuga que nós não temos.
Isto é muito complicado. Por um lado, temos esta ideia de funcionalização dos Airbnb, e outros, que aumentam o valor das casas em aluguer. Depois, o preço da casa de aquisição, à luz de um mercado e uma economia que vem de fora, logo mais pujante que a nossa. Acresce ainda a desfuncionalização dos impostos entre os países europeus, em que nós temos as nossas empresas a irem pagar impostos à Holanda, e as francesas a não virem pagar impostos a Portugal. Tudo isto dentro de uma Europa Unida, é uma coisa absurda. Portanto, tudo isto está a criar fenómenos que por sua vez criam um gigantesco problema.
Agora, o problema não se põe na questão: “então mas não podemos ter turistas?”. Não é isso que está em causa. Tem é de se analisar os problemas que isso causa e resolvê-los.

Mas até então não houve respostas, apenas alguns movimentos e alguma pressão…

Mas é mesmo preciso arranjar soluções. E as soluções têm que ver com o poder legislativo, a todos os níveis. Isto é um problema de governação.

Não existindo essas respostas, que grandes problemas podemos vir a ter de enfrentar de futuro?

Se não houver respostas, deixa de haver lisboetas em Lisboa. Ou só há lisboetas ricos. Isto não faz qualquer sentido, mesmo do ponto de vista moral. Isto é amoral. Do ponto de vista da funcionalidade, é o pior que nos pode acontecer porque voltamos a ter os problemas derivados de as pessoas viverem fora e virem trabalhar para Lisboa que é o que nos batemos sempre contra. Ficamos com uma cidade cheia de lojas e de passeantes e uma população que vem cá servir. Não sei em que País é que nos queremos tornar…ou em que cidade é que nos queremos tornar. Mas não é esta.

E há vários exemplos semelhantes que falharam…Faltam arquitectos na política?

Falta inteligência na política. Falta clarividência. Isto já aconteceu em Veneza, Barcelona, Paris, Londres…do que é que estão à espera? Que não aconteça aqui? Vai acontecer. Aconteceu no Algarve e deixámos acontecer uns anos depois na Madeira, e deixaremos agora acontecer nos Açores. Mas porquê? E se calhar ainda conseguimos estender esse modelo maravilhoso à Costa Alentejana. Toda a gente sabe, toda a gente está a ver o que está a acontecer e ninguém faz nada.
Cada um de nós tem o seu trabalho, não vamos inverter as coisas. O meu trabalho é fazer projectos, quem tem que legislar, legisle. Pense nisso! Querem ajuda? Podemos falar sobre isso. Mas há aqui uma grande permissividade na nossa relação com o poder.
E a falta de gestão do território? No ano passado foi perfeitamente evidente da pior maneira. Mas depois, parece que estamos a falar de um assunto que não tem interesse nenhum. É dos primeiros assuntos a tratar. Toda a gente percebeu, por esses exemplos dramáticos, mas continuamos com ar de quem acha que o importante é o PIB.
Isto não é uma crítica a quem governa agora, porque isto é um problema de sempre, nunca houve uma política que não fosse absolutamente casuística, irreflectida e seguidista. E não é preciso ser arquitecto para perceber isto. Qualquer pessoa percebe.
Agora, isto vai gerar um problema arquitectónico? Sim. Então chamem-se os arquitectos. Mas antes de mais, é preciso esclarecer muito bem esta vontade de resolver um problema que a breve prazo é terrível. E atenção, a inversão de uma política destas leva muitos anos.
A cidade é o lugar de todos, não é o lugar de uns. Isso é o que define uma cidade.

Mas isso poderá também derivar de um problema cultural, das próprias pessoas que não apreendem a cidade como delas? E por isso também não discutem as questões da cidade?

As pessoas não têm a participação cívica que deviam de ter, podem até tender a ter essa consciência, mas não nos enganemos, isto não tem de ser uma preocupação das pessoas. É errado esta ideia de que as pessoas têm que se preocupar. As pessoas votam, pagam a outras pessoas para tratar destes assuntos. Então tratem-nos. Nós pagamos salários a pessoas para legislar, para pensar e tratar destes assuntos. Tratem. Eu levanto-me de manhã e tenho coisas para fazer, mas não essas. Agora há pessoas que têm essas. São pagas para isso. Tratem delas.
Na verdade, não há muita inteligência nisto tudo. O próprio processo não é inteligente. Há um problema, toda a gente o conhece, há pessoas pagas para tratarem do assunto, tratem! Agora, a quem quiserem pedir ajuda, peçam. Estamos cá para ajudar.
Tudo se reequilibra, mas não é o equilíbrio que se quer. Veneza não deixou de ter gôndolas, não tem é habitantes…não sei se é este equilíbrio que queremos.

Fotografias: Frame It

Sobre o autorAna Rita Sevilha

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Roca Lisboa Gallery recebe programação especial durante a LDW

Três dias de criatividade, sustentabilidade e inovação no Roca Lisboa Gallery que vai estar aberto ao público entre 28 e 30 de Maio, para receber uma programação especial durante a Lisbon Design Week

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O Roca Lisboa Gallery tem uma programação especial durante a Lisbon Design Week, de 28 a 30 de maio. Durante estes três dias, o espaço será palco de exposições, talks e um workshop interactivo, todos com entrada livre, mediante inscrição prévia (lugares limitados).

O destaque vai para a exposição “O Ecoar da Matéria-Prima”, com curadoria de Wesley Sacardi, que será inaugurada no dia 28 de Maio, às 16h00. A mostra propõe um olhar contemporâneo sobre a sustentabilidade, onde a reciclagem de materiais é elevada a expressão artística. Cada peça é uma ressonância criativa da matéria-prima original, ecoando intenções, técnicas e visões únicas dos artistas convidados.

Esta exposição poderá ser visitada até dia 29 de agosto e reúne diversos artistas nacionais, como Ana Lima, Norma Silva, Rita Pereira, Samuel dos Santos, Susana Mendez, Vânia Gonçalves, Marta Ramada, Noémia Zancuogh, Sofia Cruz, Clo Bourgard e Géraldine Pillot.

Nos dias 29 e 30 de Maio, às 18h00, o ciclo de conversas “O Ecoar da Criação” convida o público a ouvir directamente os artistas da exposição. Num formato de pitch dinâmico e informal, serão partilhadas ideias, processos criativos e os bastidores das obras apresentadas.

A programação inclui ainda, no dia 30 de Maio, das 15h00 às 16h30, um workshop interactivo com a artista Vânia Gonçalves, onde os participantes serão convidados a colaborar numa peça escultórica em tempo real, deixando a sua marca numa obra colectiva.

Este é um convite à experiência sensorial, à reflexão e à acção artística.

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Guimarães vai pensar cidade e habitação

“Housing Symposium Guimarães 2025” decorre entre 29 e 31 de Maio. Especialistas internacionais e nacionais reúnem-se no Centro Cultural Vila Flor para pensar novas formas de habitar e viver na cidade

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Novas formas de pensar a habitação e garantir respostas arquitectónicas adequadas às necessidades de cada época. Este é um dos motes do evento “Housing Symposium Guimarães 2025”, que vai reunir alguns dos principais nomes da arquitectura contemporânea, entre os dias 29 e 31 de Maio, no Centro Cultural Vila Flor, em Guimarães.
Este fórum de reflexão, promovido pela Fundação Ideal Spaces, Câmara Municipal de Guimarães, Grupo Zegnea e Escola de Arquitectura, Arte e Design da Universidade do Minho, vai abordar três temáticas diferentes ao longo dos três dias do simpósio, com moderação do alemão Ulrich Gehmann, fundador da “Ideal Spaces”, e da arquitecta Mariana Rodrigues, do Grupo Zegnea.

«As cidades e as sociedades encontram-se num processo permanente de mudança. Discutir, pensar e reflectir sobre ‘Housing’ é falar sobre identidade, pertença e as dinâmicas que moldam a sociedade, a cultura e a forma como vivemos. Este simpósio surge de uma inquietação sobre este tema, que será sempre central na arquitectura», considera Hugo Ribeiro Lobo, CEO do Grupo Zegnea.

A abertura do certame, na quinta-feira, é dedicada ao conhecimento e entendimento da “Cidade” enquanto organismo vivo, a sua adaptabilidade social, pluralidade cultural, políticas públicas e a sua condição humana, que a torne diversificada e inclusiva.

No primeiro dia, o americano Jason Montgomery, arquitecto e professor na Universidade Católica dos EUA, abre o painel “Cidade: A Natureza Humana”, seguindo-se as intervenções de António Fontes, da Cerejeira Fontes Arquitectos, e de Paulo Castelo Branco, da Mo(o)ve Arquitectos.

O dia inaugural termina com o painel “Cidade: Passado, Presente, Amanhã”, com o uso da palavra a cargo de Ricardo Rodrigues, director da Divisão do Centro Histórico da Câmara Municipal de Guimarães, Maria Manuel Oliveira, professora da Escola de Arquitectura da Universidade do Minho e de Magali Peyrefitte, professora da Universidade de Brunel, em Londres, Inglaterra.

Habitação como prioridade
O tema da “Habitação” vai dominar o segundo dia do simpósio. “Porquê… Como… Quem… Planeia?” vão merecer a atenção do indiano Loveneet Thaku, da professora da Escola de Geografia, Ambiente e Ciência da Universidade de Birmingham, Sophie Hadfield-Hill (14h50) e do arquitecto Pedro Sousa, director do Departamento de Urbanismo da Câmara Municipal de Guimarães.

O dia de sexta-feira encerrará com a temática habitacional “Onde… Como… Quem… Vive?”, com o arquitecto Hugo Ribeiro Lobo, CEO do Grupo Zegnea, seguindo-se uma intervenção do arquitecto André Fontes, professor da Escola de Arquitectura da Universidade do Minho e da Escola de Arquitectura de Bergen (Noruega). O painel fica concluído com a arquitecta Sara Brysh, doutorada em habitação colectiva e co-fundadora da Etsha Studio.

O último dia de simpósio será momento destinado a compreender as novas tipologias habitacionais, os novos estímulos e as relações entre o Homem e o espaço que o rodeia.

Jason Montgomery abre o painel “Espaço: Como Pensamento Criativo”. Segue-se uma intervenção do arquitecto Ivo Oliveira, professor da Escola de Arquitectura, Arte e Design da Universidade do Minho, finda a qual intervém Adelina Pinto, diretora do Departamento de Habitação do Território de Guimarães.

O sexto e derradeiro painel “Espaço: Como Pensamento Construído” terá como oradores Luís Reis, arquitecto do Grupo DST, e de Jorge Branco, professor da Escola de Engenharia da Universidade do Minho. A Porcelanosa fecha a primeira edição do “Housing Symposium Guimarães 2025”.

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Retrato de Agostinho Ricca (1970) @Álvaro Ferreira Alves
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Acervo de Agostinho Ricca integra arquivo da Casa da Arquitectura

Agostinho Ricca, figura incontornável da arquitectura portuguesa, destacou-se pela “inovação” e pelo “rigor” ao longo de mais de seis décadas. A cerimónia de doação está agendada para esta quinta-feira, dia 22 de Maio, às 18h30, no Espaço Álvaro Siza

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A Casa da Arquitectura – Centro Português de Arquitectura vai integrar o acervo do arquitecto Agostinho Ricca, figura incontornável da arquitectura portuguesa, falecido em 2010 e cujo trabalho se destacou pela “inovação” e pelo “rigor” ao longo de mais de seis décadas. A cerimónia de doação está agendada para esta quinta-feira, dia 22 de maio, às 18h30, no Espaço Álvaro Siza.

A sua linguagem arquitectónica evoluiu ao longo do tempo, reflectindo diferentes influências. Inicialmente próximo da tradição académica das Beaux-Arts, com referências como Victor Laloux e Willem Dudok, viria a aproximar-se do modernismo de Alvar Aalto, Le Corbusier e Frank Lloyd Wright. Mais tarde, o seu trabalho dialogaria com correntes do pós-modernismo, inspirando-se em arquitetos como Carlo Scarpa e Jean Nouvel.

Ricca trabalhou em mais de 200 projectos ao longo da sua vida — só no Porto, aproximadamente 120 — dos quais 60 se concretizaram em obras construídas. Entre estas, destaca-se o Complexo da Boavista/Foco, um parque residencial projectado no início da década de 1960, constituído por habitação, comércio, um hotel, um cinema e a emblemática Igreja de Nossa Senhora da Boavista.

O conjunto documental a ser acolhido pela CA, é composto por mais de 12500 esquissos e desenhos técnicos, mas também maquetes, fotografias, documentação escrita, correspondência, registos de viagem e referências bibliográficas.

A doação, de enorme importância para a preservação do património arquitectónico nacional, reforça o papel da Casa da Arquitectura como instituição de referência para o tratamento e divulgação do trabalho dos arquitectos.

O momento da doação vai contar com a presença de Helena Ricca, filha do arquitecto, que representa a família doadora, e do arquitecto João Luís Marques, docente da Faculdade de Arquitectura da Universidade do Porto (FAUP) e colaborador desde 2012 na organização e catalogação do arquivo do autor.

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Comunidade, artesãos, designers de moda e arquitectos pensam futuro da Lã

De 24 de Maio a 1 de Junho, Manteigas recebe a terceira edição do Lãnd – Wool Innovation Week. Será uma semana dedicada à inovação e à divulgação de novas práticas, aplicações e produtos com lã. O Lãnd vai pensar o futuro desta matéria- prima no novo espaço comunitário criado para receber conhecimento e albergar arte e saber – a Casa Lãnd

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A terceira edição do Lãnd – Wool Innovation Week, organizado pelo município de Manteigas e pela Associação de Desenvolvimento Integrado da Rede de Aldeias de Montanha (ADIRAM) atesta o esforço de todo um sector empresarial e da comunidade local na valorização deste que é um património único, identitário e com forte potencial criativo em várias áreas como a moda, a arquitectura ou o design de interiores e de equipamento. Mas não só. O evento quer ser o mote para chamar ao território outras linguagens e práticas contemporâneas nas quais a lã assume um papel cimeiro. A curadoria este ano está a cargo da designer Sara Lamúrias.

De 24 de Maio a 1 de Junho, a semana da inovação em torno da lã acontecerá em Manteigas e um pouco por todo o lado – viverá nas ruas, nas unidades fabris como a Burel Factory e a Ecolã, nas pastagens onde são criadas as ovelhas das raças Bordaleira e Churra Mondegueira da Serra da Estrela. Por toda a vila será possível sentir o pulsar da tradição e da contemporaneidade que a lã poderá aportar a este território. O evento é aberto à participação da comunidade, visitantes e turistas.

O Lãnd – Wool Innovation Week pretende ser um laboratório vivo para a aprendizagem conjunta, valorizando as práticas ancestrais, acrescentando novas práticas e experiências a todo um sector que urge dar continuidade, desvendando a ciência por trás deste recurso endógeno com vasto potencial de aplicação em vários sectores de actividade.

A programação do Lãnd começa já este fim de semana. No sábado, 24 de Maio, acontecem visitas guiadas ao pasto e a duas das mais relevantes fábricas de lanifícios actualmente em laboração, a Burel Factory e a Ecolã. Será ainda inaugurada a exposição Lãnd, na renovada Casa do Povo de Manteigas, agora Casa Lãnd. No domingo, 25 de Maio, decorre, da parte da manhã, a oficina de feltragem a seco, utilizando a lã da Serra da Estrela, com a artesã ucraniana a viver em Portugal, Hanna Buyarska. À tarde acontecem as Lãnd Talks com um dos grandes nomes da moda nacional, a estilista Alexandra Moura, e com Inês Sousa e Rui Dias do gabinete NOZ Arquitetura. Tiago Pereira irá apresentar “A Música Portuguesa a Gostar Dela Própria”, um projecto que visa “contar histórias, divulgar uma cultura, criar ambientes sonoros, desconstruir preconceitos e purismos, cruzar públicos”. Ao final da tarde, na Casa Lãnd ecoam as vozes das mulheres e dos homens dos campos com o Coro da Cura.

A programação prossegue até dia 1 de junho com mais oficinas artísticas e pedagógicas, ilustrações com burel com Catarina Silva, passeios laneiros pela vila de Manteigas, concerto de olhos vendados com o documentarista e colecionador de sons da natureza, Luís Antero, e ainda as conversas Lãnd com o designer de interiores, Hugo da Silva, com Kathi Stertzig do estúdio de design The Home Project Design Studio e João Cortes do gabinete de arquitectura Openbook.

O evento está aberto à participação de toda a comunidade. As residências comunitárias com a designer activista Susana António são disto exemplo e, ao longo do mês de Maio, têm preenchido os dias de alguns manteiguenses. Está praticamente pronta uma peça artística têxtil com 6 metros feita pela população com excedentes de tecidos e fazendas que vieram das fábricas. Será exposta na fachada da nova Casa Lãnd.

Casa Lãnd para os lãnders e toda a comunidade criativa

O Lãnd tem agora um espaço fixo que funcionará como uma casa da criatividade e de cultura, onde poderão ser partilhados saberes e expostos trabalhos. A Casa do Povo, antes de ser isso mesmo, foi construída pelo Círculo Operário Católico, que funcionava como uma associação dos operários fabris da altura.  A partir de 2025, a Casa Lãnd será um espaço vivo de criação, de pensamento, de arte, de saber, de partilha e comunhão.

O Lãnd – Wool Innovation Week é um anual integra o Plano de Animação da Rede de Aldeias de Montanha no âmbito da Estratégias de Eficiência Coletiva PROVERE Aldeias de Montanha 2030 e é cofinanciados pelo Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (FEDER) no âmbito do Programa Regional do Centro (Centro2030).
Enquadra-se nos seguintes Objetivos de Desenvolvimento Sustentável: ODS 11 – Cidades e Comunidades Sustentáveis, ODS 12 – Produção e Consumo Sustentável, ODS 13 – Ação Climática e ODS 15 – Proteger a Vida Terrestre.

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CIUL recebe nova edição de ‘Arquitetura dos Territórios Metropolitanos Contemporâneos’

Integrado na rubrica de “Aulas Abertas”, o colóquio acontece nos próximos dias 26 e 29 de Maio no CIUL, em Picoas, Lisboa

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tagsCIUL

Integrado na rubrica de “Aulas Abertas” promovidas pelo Centro de Informação Urbana de Lisboa (CIUL) e resultante de uma estreita colaboração entre o Centro e o ISCTE-IUL, terá lugar nos próximos dias 26 e 29 de Maio mais uma edição do Colóquio Arquitectura dos Territórios Metropolitanos Contemporâneos, onde serão apresentadas e discutidas as linhas temáticas de investigação em desenvolvimento no Doutoramento em Arquitectura os Territórios Metropolitanos Contemporâneos (ATMC) do ISCTE-IUL.

O Programa de Doutoramento em ATMC elege o território contemporâneo como tema central de debate, privilegiando por essa via o estabelecimento de ramificações de pesquisa numa ampla rede.

A linha científica que orienta este ciclo de estudos é acolhida pelas unidades de investigação Dinamia’CET-IUL e ISTAR-IUL, resultando do cruzamento entre a arquitectura, a arquitectura paisagista, a arte pública e o desenvolvimento urbano.

O colóquio resulta de uma componente lectiva obrigatória do segundo ano curricular do programa doutoral que se destina a enquadrar e acompanhar a investigação em curso. Integra intervenções de curta duração proferidas por alunos do curso e por docentes e investigadores do ISCTE-IUL, com o objectivo de partilhar e debater os resultados da investigação que o programa doutoral em ATMC tem originado com uma audiência abrangente, que inclua cidadãos e especialistas não-académicos.

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Lisbon Design Week está de regresso à capital

A Lisbon Design Week regressa com mais participantes, novos bairros e um site que permite descobrir os “makers” que dinamizam o panorama criativo. De 28 de Maio a 1 de Junho, Lisboa celebra a criatividade, o design e o artesanato, com mais de 95 participantes e 250 criativos

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A terceira edição da Lisbon Design Week (LDW) chega à cidade entre os dias 28 de Maio e 1 de Junho, prometendo cinco dias de uma experiência ampla e imersiva no universo do design. Depois do sucesso das edições anteriores, o evento continua a crescer: este ano, a LDW conta com mais de 95 participantes (entre galerias, estúdios, marcas e lojas) e mais de 250 criativos (os denominados “Makers”), e cresce em escala e impacto, chegando a dois novos bairros — Ajuda/Belém/Restelo e Beato/Marvila — reforçando o compromisso com a diversidade criativa da cidade.

Nesta edição, a organização continua a colaboração com instituições culturais, como é o caso do MUDE Museu do Design, nomeadamente com a exposição de novos talentos, vencedores da Young Design Generation Open Call.
Este ano, a LDW aposta na inovação digital com o lançamento de um novo site bilingue que permitirá aos visitantes personalizar o seu itinerário e explorar a LDW de forma dinâmica e contínua — mesmo após os cinco dias do evento, prolongando a Lisbon Design Week durante o ano todo.

Em 2025, a identidade visual do evento ganha uma nova assinatura: o poster oficial é criado pelo designer Bernardo Berga.

O evento afirma-se cada vez mais como um polo aglutinador, aproximando designers, artistas e artesãos que dinamizam o mundo do design, criando pontes entre criadores, marcas e entusiastas, através de uma programação diversificada que inclui exposições, palestras, open studios, colaborações inéditas, performances de artesãos, lançamentos e muito mais. Com o design no centro da acção, a Lisbon Design Week é um retracto vivo do talento português e internacional radicado em Portugal, uma plataforma para a economia criativa, e uma montra do que de melhor se faz em design e artesanato contemporâneo.

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A vida regressa ao Pavilhão de Portugal [c/galeria de imagens]

Ícone da Expo’98 desenhado por Siza Vieira, que permanecia vazio e degradado há 17 anos. Ao construir o Reitor da Universidade de Lisboa, Luís Manuel dos Anjos Ferreira, revela como este marco da arquitectura portuguesa se irá transformar num símbolo de inovação científica e do trabalho desenvolvida pela Instituição

Em 2015, no auge da crise da Troika, a Universidade de Lisboa recebeu um desafio singular: dar nova vida ao Pavilhão de Portugal, um ícone da Expo’98 desenhado por Siza Vieira, que permanecia vazio e degradado há 17 anos. O desafio tornou-se uma oportunidade para criar uma montra da ciência, cultura e identidade portuguesa no coração do Parque das Nações. Ao construir o Reitor da Universidade de Lisboa, Luís Manuel dos Anjos Ferreira, revela como este marco da arquitectura portuguesa se irá transformar num símbolo de inovação científica e do trabalho desenvolvida pela Instituição

Quando é que o Pavilhão de Portugal passou para a alçada da Universidade de Lisboa?
Foi em 2015, durante o governo de Passos Coelho, no período da Troika. Fomos encarregues de integrar o Instituto de Investigação Científica Tropical (IICT), que estava em declínio há duas décadas por falta de financiamento. O IICT tinha cada vez menos pessoal, mais envelhecido, e departamentos a fechar. Era preciso realocá-los num ambiente de pesquisa mais dinâmico, que favorecesse o trabalho em grupo. Com isto, a sede do IICT, no Palácio Burnay, na Junqueira, passou para a alçada no Ministério dos Negócios Estrangeiros e, em troca, recebemos o Pavilhão de Portugal, como uma espécie de compensação pelos encargos que iriamos ter. Havia também uma disputa antiga sobre a propriedade do Palácio Burnay entre a Universidade Técnica e o IICT, e isso também foi resolvido com este negócio.
O Pavilhão de Portugal estava em mau estado, sem uso há 17 anos, com excepção de alguns usos esporádicos, que contribuíram para a sua degradação, e vazio.

Qual foi a visão inicial da Universidade?
A ideia era transformar o Pavilhão de Portugal numa montra não só da Universidade de Lisboa, mas também da cidade e do país. A sua localização é estratégica: no Parque das Nações perto do aeroporto, da Estação do Oriente, com hotéis e uma alta qualidade de vida, um local que recebe visitantes nacionais e internacionais o ano todo. Queríamos que o Pavilhão de Portugal – mantendo esse o seu nome, sem ser “de Lisboa” ou “da Universidade” – mostrasse o que é Portugal a quem o visitar.

Este também é um edifício que é um marco da arquitectura portuguesa, não é? Como foi pegar neste marco e reabilitá-lo, preservando a sua essência?
Foi um desafio interessante. O pavilhão, projectado por Siza Vieira, é icónico, com sua pala e grandes espaços. Aqui coloca-se a questão: porque é que em 17 anos ainda não tinha sido reabilitado? Porque não havia ideias claras para o seu uso. Falou-se em albergar a presidência do Conselho de Ministros ou transformá-lo num museu de arquitectura, mas nada avançou. As pessoas viam o interior e não sabiam como adaptá-lo.

Na Expo 98, era o local onde se fazia o acolhimento das comitivas estrangeiras, por isso tinha um grande restaurante, tinha um espaço de exposições. Para a universidade, era relativamente mais fácil adaptá-lo: reduzimos o espaço de restauração, mantivemos áreas expositivas e convertemos outras em salas multiuso e conferências. Um destaque foi transformar uma sala estreita, com pé direito alto, num auditório de 600 lugares. Siza Vieira criou um design inovador, com plateias opostas, palco central e balcões, aproveitando o espaço de forma brilhante.

Foi o regresso do arquitecto ao projecto?
Sim, fazia todo o sentido que fosse o arquitecto Siza Vieira a olhar para o projecto. O exterior e o pátio interno não foram alterados, nem a estrutura. Algumas paredes foram mantidas, mas o interior foi todo reestruturado para funcionar como centro de congressos e exposições. Queríamos que funcionasse como uma montra da ciência da universidade, da cidade e do país, com capacidade para receber congressos de grandes sociedades científicas e exposições nacionais e internacionais.
Inaugurámos, no dia 30 de Abril, com uma exposição sobre Camões, um símbolo da língua e da identidade portuguesa, que reforça o mito da nacionalidade. E o Pavilhão abriu ao público no dia 1 de Maio.

Para além da exposição, que será temporária, quais as componentes mais permanentes do Pavilhão de Portugal?
O Pavilhão vai estar aberto 24 horas, sete dias da semana, enquanto sala de estudo, com capacidade para receber 120 estudantes. À semelhança de outros espaços que a Universidade reabilitou, como a sala de estudo no antigo Caleidoscópio, junto ao Campo Grande, e que tem uma capacidade de 200 lugares e que estão sempre ocupados, mesmo às 3 da manhã, por estudantes de todo o país não só da Universidade de Lisboa.
No Torreão Norte, junto à Avenida dos Oceanos, instalaremos também a Biblioteca Mega Ferreira, com o acervo sobre oceanos, doado à Câmara de Lisboa pelos seus herdeiros, em homenagem à sua ligação com a Expo’ 98. Também teremos um centro interpretativo permanente do Parque das Nações, mostrando a área antes, durante e após a Exposição Mundial, incluindo o matadouro municipal e o estaleiro da obra.

Um processo complexo

O valor da empreitada fixou-se nos 12,1 milhões de euros?
Não chegamos a 12,1 milhões. A empreitada foi orçada em 9,1 milhões, mas com equipamentos e ajustes, ficou por volta de 10 a 12 milhões de euros. Não investimos no exterior, que era só restauração. O orçamento é apertado, então controlamos cada despesa.

A obra foi financiada pela Universidade?
Sim, foi financiado com receitas próprias da Universidade, já que só 40% do nosso orçamento vem do Estado, tudo o resto são receitas próprias. Vendemos a antiga reitoria da Universidade Técnica, o que ajudou bastante, mas não cobriu tudo. O resto veio de projectos, trabalhos externos e outras fontes internas.
Não queremos lucro, mas sim ter sustentabilidade financeira. Vamos alugar espaços para congressos, conferências e eventos corporativos, que serão a principal fonte de receita do Pavilhão de Portugal. Temos dois inquilinos permanentes nas salas que dão para a frente ribeirinha: a Startup Portugal e a ESNA (Europe Startup Nations Alliance), instituições de inovação que pagam renda e, com certeza, usarão os espaços do Pavilhão para os seus eventos. A ESNA veio para Portugal por causa do Pavilhão de Portugal, que é um grande atractivo.
Também lá iremos receber uma reunião internacional de arquitectura, congresso e exposição, iremos receber também a exposição que marca o centenário de Mário Soares, entre outros projectos que temos em andamento.

Recorde-me, qual a área total do Pavilhão de Portugal?
São 6 mil metros quadrados, em dois andares, mais 3.500 metros quadrados na zona da pala. O restaurante, que ocupava quase todo o espaço, foi reduzido. Agora temos corredores, gabinetes, salas multiuso para 150 a 250 pessoas, e um auditório com 600 lugares.

Todo o espaço interior foi redesenhado tinham uma imagem clara do que pretendiam?
Dissemos a Siza Vieira que queríamos um centro de congressos, exposições e um centro interpretativo do Parque das Nações, mantendo o carácter expositivo, mas reduzido. Ele distribuiu os espaços com base nisso, após algumas conversas que tivemos.

Em termos de modernização do edifício, foi necessário fazer alguma empreitada especial?
Usamos os materiais originais, como pedra de lioz. Uma novidade foi forrar todos os espaços com material acústico, com sete camadas, para garantir insonorização. Por trás das paredes brancas, há um sistema complexo até o tijolo.

De 2015 a 2025 passaram-se 10 anos este foi um processo complexo?
Começamos em 2015, mas só em 2018 tivemos licenças, após passar pela Câmara Municipal de Lisboa e outras entidades, já que o Pavilhão é um monumento nacional. O Tribunal de Contas questionou a contratação do arquitecto Siza Vieira sem concurso, mas justificamos pelo valor arquitectónico do edifício, que era necessário garantir. Depois a empresa a quem tinha sido adjudicada a obra faliu, causando muitos atrasos. Entregamos depois a uma segunda empresa que foi excepcional, viu o projecto como um marco e concluiu com dedicação os trabalhos.

Assumiu o projecto em 2021?
Exacto, peguei o processo no meio da insolvência da primeira empresa. Até então, eram só atrasos e pedidos de pagamento extra sem justificativa. Tivemos reuniões tensas, aqui a esta mesma mesa, com o CEO da empresa e cinco ou seis advogados.

Os projectos em carteira e em execução

Este é um exemplo de modernização e de renovação aqui da Universidade de Lisboa, que tem vários edifícios agora em construção…
Muitos destes projectos vieram do meu antecessor, António Cruz Serra. O novo edifício da Faculdade de Letras substitui barracões “provisórios” de 40 anos, uma luta já antiga à qual ele deu novo impulso e cuja obra começou apenas comigo. Nestas coisas é preciso superar imensas barreiras.
As residências universitárias, com 300 camas na Ajuda e 904 no Campo Grande, foram ideia dele. O reitor Cr que que previa o encarecimento de Lisboa e a necessidade de moradia para estudantes, inclusive estrangeiros. O PRR financiou porque tínhamos projectos prontos. A Cidade Universitária, que fica vazia nos fins de semana, ganhará vida com lavandarias, lojas e restaurantes.
No caso das residências, o professor Cruz Serra já há muito tempo vinha dizendo que este iria ser um problema no futuro, andou a pregar aos peixes durante um tempo. Lançou ainda o projecto de residências na Ajuda (300 camas), foram duas fases ele ainda inaugurou a primeira fase foi quase a saída dele e depois eu lancei a segunda fase, já inauguramos, mas o projecto já existia o projecto é do António Cruz Serra eu só fiz a segunda parte da obra. O professor António Cruz Serra era extraordinário foi lançando projectos. Gostava de ter projectos na gaveta porque normalmente o que acontece quando existe financiamento é que depois temos um prazo limitado para apresentá-los. Foi o que aconteceu com as residências apareceu o PRR e tínhamos os projectos feitos e muito bem acabados e conseguimos esse financiamento e, portanto, vamos ter, conjunto, três edifícios com capacidade para 904 camas. Um complexo que irá trazer uma nova vida ao Campus da Universidade.

Esse é o projecto assinado pelo arquitecto Miguel Saraiva?
Exactamente, pela Saraiva e Associados. O edifício da Faculdade de Letras tem a assinatura de Manuela Oliveira. O projecto está avançado e deve ser inaugurado em Novembro ou Dezembro.

Todos estes projectos vão fazer da Universidade de Lisboa uma universidade mais internacional?
Sim e, sobretudo, mais acessível. Com residências e refeições subsidiadas, ajudamos estudantes de baixa renda, de lugares como Bragança ou Vila Real de Santo António, que acham Lisboa cara. Eles podem estudar na universidade que desejam, seja pelo curso ou por seu mérito.

À semelhança do seu antecessor, também tem projectos na gaveta?
António Cruz Serra deixou muitas sementes. Há muitas coisas ainda a nascer. Vamos ter mais uma residência de 120 camas ali no Campo Grande, temos de fazer a reabilitação da Faculdade de Belas Artes. Depois há ainda três áreas que quero impulsionar e que nada têm a ver com obras, mas que têm a ver com a aquela que é a actividade de uma universidade. Desde logo, apostar na formação e modernização pedagógica, para trazer os alunos de volta às aulas. Um desafio enorme. A segunda área é na investigação, capacitando docentes para buscar fundos internacionais, já que o orçamento português é baixo. E uma terceira área é na inovação, com um Centro de Transferência de Tecnologia, cujas obras iremos iniciar, e disciplinas de empreendedorismo gratuitas para todos os alunos.

Em que áreas é que estão a apostar?
Todas. Estamos a preparar docentes para captar recursos da União Europeia e multinacionais, para investigação de ponta. Na inovação, transferimos conhecimento para a sociedade. Temos 30 start-ups, muitas do Técnico, em software e tecnologias da informação, e queremos acelerá-las.

 

Sobre o autorManuela Sousa Guerreiro

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“The Concave” é um exercício de adaptação [c/galeria de imagens]

O gabinete de arquitectura do Porto, OODA, apresentou o seu novo projecto na Albânia. Desta vez a OODA saí de Tirana, a capital, para a Riviera Albanesa é lá que o “The Concave”, um hotel boutique, ganha formas num exercício pleno de adaptação e imersão com a natureza e topografia locais

“The Concave”, com assinatura do Oporto Office for Design and Architecture, OODA, é o novo projecto concebido pelo gabinete de arquitectura portuguesa para a Albânia. Desta vez, a OODA saí de Tirana, a capital, para “explorar” a bela costa albanesa. É lá, mais precisamente na praia de Llamani, um conhecido, mas pouco explorado, destino turístico, que nasce “The Concave”, um projecto para um hotel boutique premium, assim baptizado pela sua forma concava, que respeita os contornos da escarpa rochosa que abriga a praia. Neste projecto a abordagem primeira da arquitectura foi assumidamente a de se adaptar e não se impor à natureza e topografia do local.

Implantado num terreno de 56.000 m², o empreendimento abrange 10.835 m² e contará com 63 quartos, um centro de bem-estar de 460 m², piscinas, coberta e ao ar livre, áreas de lazer, restaurantes e bares, além de estacionamento interno privativo com espaços externos adicionais para acesso à praia. Um programa intenso que obrigou ao que o gabinete chama de “exercício de precisão”, onde “forma, sombra e materialidade respondem ao ambiente, absorvendo e reflectindo a paisagem circundante”, ao mesmo tempo que garante um “diálogo fluído entre os elementos construídos e naturais”.

“Como parte de um plano director mais amplo, a intervenção redefine a orla, estabelecendo uma identidade arquitectónica coesa que respeita a autenticidade bruta do local. Um sistema de estacionamento cuidadosamente projectado melhora a funcionalidade e a continuidade da paisagem, oferecendo espaços adaptáveis para interacção cultural e social”.

O projecto prioriza a sustentabilidade, incorporando “energia solar, estratégias de conservação de água e a preservação da flora nativa”, alinhando-o com as necessidades contemporâneas do ecoturismo e o desenvolvimento de baixo impacto, como forma de preservar o frágil ecossistema da Riviera Albanesa. “A topografia ousada e escultural exige uma arquitectura que seja ao mesmo tempo adaptável e respeitosa. Ecoturismo, desenvolvimento de baixo impacto e uma profunda imersão na paisagem definem a abordagem de design aqui. Em vez de dominar a cena, a arquitectura a enquadra e amplifica”, defende o gabinete português.

A 5ª fachada

Neste exercício de integração, a assunção do telhado é feita como se de uma quinta fachada se tratasse. Uma opção explicada pelo facto do hotel e seu plano director serem vistos inicialmente de cima. “Assim, o telhado torna-se a quinta fachada, onde a arquitectura se dissolve no terreno. Essa perspectiva aérea guia as escolhas de materiais e a composição volumétrica, assegurando uma integração total com a paisagem”.

O projecto dialoga com as várias camadas de história que caracterizam o local – desde fortificações venezianas, relíquias otomanas e intervenções moderna – sem, todavia, as replicar propondo uma narrativa contemporânea que respeita o passado, mas olha para o futuro.

Ficha técnica

  • Data: 2025
  • Localização: Llaman Beach, Albania
  • Área: 5.832 m2
  • Arquitectura: OODA
  • Engenharia: LA-III

 

Sobre o autorManuela Sousa Guerreiro

Manuela Sousa Guerreiro

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“Fiasco”, um dos mais recentes projectos de Diogo Aguiar Studio é um dos cinco finalistas da categoria de Interiorismo
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Quatro finalistas portugueses na 67ª edição dos Prémios FAD

Os 23 finalistas da edição de 2025 dos Prémios de Arquitectura e Design de Interiores FAD são conhecidos e quatro são portugueses. O prémio reúne os projectos arquitectónicos mais destacados da Espanha e de Portugal e é dividido em quatro categorias: Arquitectura, Design de Interiores, Cidade e Paisagem e Intervenções Temporárias

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Os Prémios de Arquitectura e Design de Interiores FAD, atribuídos pela associação espanhola Arquinfad, destacam projectos arquitectónicos mais destacados da Espanha e de Portugal. Na sua 67ª edição, são 23 os finalistas, escolhidos de entre as mais de 450 candidaturas. Quatro são portugueses.

Localizado na Avenida Rodrigues de Freitas, 133, no Porto, “Fiasco”, um dos mais recentes projectos de Diogo Aguiar Studio é um dos cinco finalistas da categoria de Interiorismo. “Fiasco” combina, simultaneamente, espaço de refeições (dia), bar cocktails (noite) e loja de vinis (dia e noite).  O projecto, visitado pelo júri internacional em Abril, foi valorizado pela sua relação exposta ao contexto urbano, pela coerência estética e unitária do desenho espacial e pela pertinente versatilidade funcional, que respondem a um programa múltiplo e ecléctico de forma fluída, coesa e original, criando uma experiência imersiva que mistura som, gastronomia e convívio.

A “Casa em Olhão”, de Marlene dos Santos e Bruno Oliveira é finalista na categoria Arquitectura. Neste projecto de conversão de uma parte de uma antiga fábrica de bacalhau em uma casa de férias unifamiliar centrada em torno de um pátio, o júri valorizou a restauração de uma estrutura preexistente, apesar de sua falta de valor patrimonial, com o objectivo de preservar a memória do bairro. A estratégia de conversão é sincera na diferenciação de materiais entre o novo e o pré-existente, através do uso de materiais sem revestimentos ou adições. Os espaços de estar que giram em torno do pátio são habilmente resolvidos, criando um diálogo entre as paredes da antiga fábrica e as da nova casa, através de caminhos que as conectam.

Na categoria Cidade e Paisagem a Estufa Pedagógica da Quinta de Serralves está entre os finalistas. O projecto da autoria de Carlos Azevedo, Luís Sobral, João Crisóstomo, depA architects, é um espaço multifuncional dedicado a actividades educativas na Quinta de Serralves, caracterizado por uma estrutura de duas partes: a parede e a cobertura que formam a estufa. O júri elogiou a integração da estrutura no declive natural do prado e a flexibilidade dos grandes blocos de granito local, aliados à cobertura aberta de madeira, que se deixa preencher e contaminar pela vegetação plantada, criando um espaço educativo ligado ao parque da Quinta de Serralves.

Por fim na categoria “Pensamento e Crítica”, surge o livro “Aprender a Desaprender”, coordenado por Paulo Moreira. O qual é um convite a pensar o papel da arquitectura nos debates e práticas actuais relacionados aos processos de colonização.

A cerimónia de entrega dos prémios e a revelação dos vencedores ocorrerá no Teatre Lliure em Barcelona, Espanha, a 10 de Junho.

Os Prémios FAD de Arquitectura e Design de Interiores reúnem os projectos arquitectónicos mais destacados da Espanha e de Portugal e são divididos em quatro categorias: Arquitectura, Design de Interiores, Cidade e Paisagem e Intervenções Temporárias. Este foco na arquitectura mediterrânica e atlântica faz destes prémios um indicador anual do estado da disciplina, permitindo-lhes também antecipar tendências futuras.

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Nova Placa GYPCORK Protect

A Solução Gyptec que traz Conforto e Eficiência à sua obra.

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No Grupo Preceram, a inovação contínua e a procura por soluções que respondam eficazmente aos desafios da construção e reabilitação modernas são mais do que um objetivo – são o nosso ADN. O setor exige, cada vez mais, materiais que combinem desempenho técnico superior, sustentabilidade e eficiência em obra.

É com entusiasmo que apresentamos a mais recente resposta da Gyptec Ibérica a estas preocupações, lançada oficialmente na recente edição da Tektónica 2025, a placa GYPCORK Protect.

Esta nova solução representa uma evolução significativa em relação à placa Gypcork comercializada desde 2012 e já reconhecida no mercado pelas suas propriedades de isolamento térmico e acústico conferidas pela incorporação de cortiça.

 

A nova GYPCORK Protect eleva o desempenho a um novo patamar ao incluir a placa de gesso de alto desempenho Gyptec Protect, desenvolvida para responder a requisitos técnicos mais exigentes, como sejam os da aplicação em fachadas: resistência mecânica, proteção à humidade e ao fogo.

A placa Protect, composta por gesso no seu interior tratado com agente hidrorrepelente para diminuir a absorção de água, é revestida com uma tela especial em fibra de vidro em vez do tradicional papel, o que lhe confere uma excelente resistência à humidade e classificação de reação ao fogo A1.

Sendo uma solução dois-em-um, que alia revestimento a isolamento complementar contínuo que minimiza as pontes térmicas da estrutura de suporte, a GYPCORK Protect simplifica a aplicação em obra, poupando tempo e recursos. Ao incorporar cortiça, um recurso natural, renovável e português, a GYPCORK Protect é uma escolha consciente para projetos que valorizam a construção sustentável.

 

A relevância técnica da GYPCORK Protect é sublinhada pela sua integração como componente no SKINIUM The Wall System, um sistema construtivo completo para fachadas exteriores, igualmente apresentado na Tektónica 2025. Este sistema, que redefine a “pele” dos edifícios, resulta de uma parceria entre empresas de referência nos seus setores: PERFISA (estruturas em aço leve), GYPTEC e VOLCALIS (placas de gesso e lã mineral, Grupo Preceram), AMORIM CORK SOLUTIONS (cortiça) e MAPEI (argamassas e produtos químicos para construção). O SKINIUM visa oferecer uma solução de fachada leve, modular, sustentável, de montagem rápida e com elevado desempenho global.

O reconhecimento desta abordagem integrada e inovadora materializou-se na distinção atribuída nos Prémios Inovação Construção Tektónica 2025.

 

 

Com o lançamento da GYPCORK Protect, a Gyptec Ibérica procura disponibilizar ao mercado da construção e reabilitação uma solução tecnicamente avançada, que contribui para a melhoria do desempenho, do conforto e da segurança dos edifícios, alinhada com as práticas de construção mais eficientes e sustentáveis.

Convidamo-lo a descobrir como a GYPCORK Protect pode valorizar os seus próximos projetos.

Consulte as características técnicas e documentação em: Placas Compostas

 

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