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    Arquitectura

    Inovação vence no concurso para unidade de saúde de Santa Iria da Azóia

    Para o júri a proposta vencedora destacou-se por “a solução pensada para os vãos exteriores ser inovadora e eficaz do ponto de vista funcional”

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    Inovação vence no concurso para unidade de saúde de Santa Iria da Azóia

    Para o júri a proposta vencedora destacou-se por “a solução pensada para os vãos exteriores ser inovadora e eficaz do ponto de vista funcional”

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    A proposta assinada pela equipa do gabinete Lisboa e Miroto Arquitectos – coordenada por João Nunes -,foi a vencedora do concurso lançado para a Unidade de Saúde de Santa Iria da Azóia.

    O júri, composto pelos arquitectos João Félix e Carlos Santos da Câmara Municipal de Loures e pelo arquitecto Victor Neves (indicado pela OASRS) considerou que, das 35 propostas apreciadas, a vencedora,  destacou-se, entre outras, por “a solução pensada para os vãos exteriores ser inovadora e eficaz do ponto de vista funcional.”

    A “boa integração em relação à envolvente, contribuindo para uma efectiva requalificação visual e paisagística do espaço confinante” também foi destacada pelo júri.

    O segundo prémio foi atribuído à ARC IDC, S.A., e o terceiro, à proposta da autoria de Gima Projectos, Lda. O júri deliberou atribuir uma menção honrosa ao trabalho classificado em 4º da autoria de Dioniso Lab, por se distinguir pela sua singularidade e pela dimensão inovadora da arquitectura proposta.
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    ‘The Architecture Drawing Prize’ a um mês de encerrar as candidaturas

    Desde desenhos conceptuais a técnicos ou de construção, cortes ou vistas em perspectiva, as candidaturas podem ser entregues até 8 de Setembro. A lista final e os vencedores serão anunciados em Outubro

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    O ‘The Architecture Drawing Prize’ encontra-se em fase de candidaturas até 8 de Setembro. Dirigido a todos os ateliers, o prémio tem como objectivo também chegar aos estudantes e escolas de arquitectura que queiram destacar-se nesta área.

    O prémio patrocinado pelo Iris Ceramica Group foi criado para incentivar não apenas o desenho à mão, mas a arte do ‘render’ digital. Ao longo dos anos tem-se tornado numa plataforma internacional de discussão sobre este assunto, através de eventos e campanhas.

    O alcance global do prémio fez com que vencedores anteriores fossem provenientes de uma ampla área geográfica, nomeadamente Austrália, Áustria, Bangladesh, Bélgica, China, Alemanha, Grécia, Holanda, Reino Unido e Estados Unidos, para citar alguns países.

    Com curadoria do Museu de Sir John Soane, juntamente com a Make Architects e o World Architecture Festival, o The Architecture Drawing está agora na sua sétima edição.

    Desta forma, todos os participantes irão integrar a exposição relativa ao Prémio de Desenho de Arquitectura no Museu de Sir John Soane, em Lincoln’s Inn Fields, em Londres, com data marcada entre 31 de Janeiro a 3 de Março de 2024.

    “Inscrições de todos os tipos e formas são bem-vindas – desde desenhos conceptuais a técnicos ou de construção, cortes ou vistas em perspectiva – e qualquer coisa intermediária”, refere a organização da iniciativa.

    Os desenhos apresentados, que podem ser “totalmente especulativos ou relacionados a projectos reais”, serão avaliados pela sua “habilidade técnica, originalidade de abordagem e capacidade de transmitir uma ideia arquitectónica”.

    Os jurados deste ano são a fundadora do Lily Jencks Studio, Lily Jencks; Artistas Ben Langlands e Nikki Bell; Artista Pablo Bronstein; ceo do Grupo Iris Ceramica, Federica Minozzi; sócio sénior da Foster + Partners, Narinder Sagoo, fundador da Make Architects, Ken Shuttleworth e Louise Stewart, director de Exposições no Museu de Sir John Soane.

    A lista final e os vencedores serão anunciados em Outubro e, em seguida, serão exibidos no World Festival of Architecture, que este ano acontece em Singapura, de 29 de Novembro a 1 de Dezembro.

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    Visioarq e DePA vencem o prémio Diogo de Castilho

    O Prémio Municipal de Arquitectura Diogo de Castilho destina-se a premiar obras cuja concepção e qualidade arquitectónica sejam relevantes exemplos na realidade edificada do Município de Coimbra, nomeadamente: obras de construção, de reconstrução, de alteração e de ampliação, cujo projecto mereça destaque pelo respeito do património edificado e pelos arranjos urbanísticos e tratamento de espaços exteriores de uso público

    Ricardo Batista

    A Casa JAC, da autoria da Visioarq, e o Hospital Veterinário de Coimbra, da autoria do colectivo DEPA Architects, venceram ex aequo o concurso Diogo de Castilho 2023 da Câmara Municipal de Coimbra. A iniciativa, que se realiza desde 1995, com periodicidade bienal, nasceu com o objectivo de promover e incentivar a qualidade arquitectónica de novas edificações, assim como a recuperação e reabilitação de imóveis que contribuíssem significativamente para a valorização e salvaguarda do património arquitectónico de Coimbra.

    O Prémio Municipal de Arquitectura Diogo de Castilho foi proposto por deliberação da Câmara Municipal, em reunião de 4 de Maio de 1995

    Casa JAC

    “A reabilitação deste edifício convocou várias dimensões de sonho, quer na fruição do interior quer na contemplação do horizonte panorâmico”, referem os promotores da iniciativa.
    A linguagem e os materiais contemporâneos, com destaque para volumes de chapa lacada branca e grandes vãos em vidro, marcaram claramente a ampliação, diferenciada em relação à moradia original. A intervenção fragmenta-se em volumes e planos, acompanhando o terreno existente, de forma a criar espaços exteriores com uma vista privilegiada e uma forte e íntima ligação entre exterior e interior. Jardim japonês e piscina interior são alguns detalhes que elevaram o nível de fruição pretendida.

    ‘Desmaterialização’

    De acordo com a descrição da intervenção, o exterior resulta da intersecção da moradia pré-existente com volumes novos, volumetrias de formas puras, desmaterializadas por planos recuados, num jogo de contrastes claro/escuro, avanços/recuos e luz/sombra, ao longo do terreno que se apresenta como um espaço cénico para a cidade de Coimbra. A obra foi ainda nomeada para o ArchDaily 2023 Building of the Year Awards. A Visioarq é um gabinete de Arquitectura fundado por Vicente Gouveia, Nuno Poiarez e Pedro Afonso, com ateliers em Coimbra, Vila Nova de Famalicão e Faro, cujo portefólio tem sido reconhecido com inúmeros prémios nacional e internacionalmente.

    Hospital do DePA

    Num terreno semicircular sem qualquer referência construída e abraçado por um nó de estrada, um volume é meticulosamente esculpido criando a sua própria identidade numa relação profunda com o cenário de encostas verdes que o rodeia e o novo cenário externo ambiente florestal.
    Ao nível funcional, o projecto vive essencialmente da ideia de um grande espaço central e agregador, o coração do hospital quotidiano. Esta grande área corresponde à sala de tratamento, organizada em bancas de trabalho, em torno das quais os programas complementares são arranjados. Assim, é a partir dessa centralidade que todos os espaços dos restantes programas médicos são directamente acedidos, que apoiam e se alimentam num sistema contínuo. Por outro lado, uma linha de programa clara, formada por consultórios e salas de triagem, separa o núcleo médico, um espaço privado e uma área pública.
    O Prémio Municipal de Arquitectura Diogo de Castilho foi proposto por deliberação da Câmara Municipal, em reunião de 4 de Maio de 1995, e a sua criação foi aprovada pela Assembleia Municipal, em sessão de 5 Maio do mesmo ano, com o objectivo de promover e incentivar a qualidade arquitectónica de novas edificações, assim como a recuperação e reabilitação de imóveis que contribuíssem significativamente para a valorização e salvaguarda do património arquitectónico de Coimbra.

    Sobre o autorRicardo Batista

    Ricardo Batista

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    7ª edição da Trienal de Lisboa apresenta-se em Veneza

    A iniciativa é marcada pela realização de um debate, a 15 de Setembro no Pavilhão da Geórgia e conta com a moderação de Ann-Sofi Rönnskog e John Palmesino, da Territorial Agency, a dupla que assume a curadoria geral da Trienal 2025

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    A 7ª edição da Trienal de Arquitectura de Lisboa marca presença em Veneza com o seu primeiro momento público durante os Pavilion Days da 18ª Bienal de Arquitectura.

    No âmbito do programa europeu New Temporality, este kick-off acolhido pelo Pavilhão da Geórgia marca o início do ciclo de sessões preparatórias que vão “projectar interrogações e alimentar as três linhas de investigação” que configuram a próxima Trienal, a inaugurar no Outono de 2025.

    A iniciativa é marcada pela realização de um debate, a 15 de Setembro no Pavilhão da Geórgia e conta com a moderação de Ann-Sofi Rönnskog e John Palmesino, da Territorial Agency, a dupla que assume a curadoria geral da Trienal 2025. Num evento que reúne especialistas da arte à arquitectura, ciência, tecnologia e humanidades, estarão presentes Tinatin Gurgenidze (co-curadora do Pavilhão da Geórgia e co-fundadora do programa New Temporality), Shaul Bassi (director de Estudos do Mestrado em Humanidades Ambientais na Universidade Ca’Foscari de Veneza), Mónica Bello (directora de Arte no CERN), Raoul Bunschoten (fundador da Chora e professor de Planeamento Urbano Sustentável e Design Urbano na TU Berlin), Andreia Garcia (curadora do Pavilhão de Portugal) e Lela Rekhviashvili (investigadora no Instituto de Geografia Regional de Leipzig). A intervenção final estará a cargo de Manuel Henriques (director Executivo da Trienal)

    A Trienal 2025 visa responder à pergunta: “Quão pesada é uma cidade?”. Como conceber projectos, imaginar novas cidades, construir em conjunto modelos diferentes onde se vivem intensificações climáticas, novos modos de coabitação, esperanças, tecnologias e sistemas?

    Estas são interrogações que multiplicam a pergunta que abre a Trienal de Lisboa como plataforma de investigação.

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    Nova edição Prémios ATEG 2023 de Arquitectura, Engenharia e Arte Otilio García

    Associação Técnica Espanhola de Galvanização lança mais uma edição dos Prémios ATEG 2023, os quais têm como objectivo a promoção das vantagens da utilização “inovadora e sustentável” do aço. Os Prémios ATEG premeiam obras nas categorias de arquitectura, engenharia e arte em Portugal e Espanha

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    A ATEG, Associação Técnica Espanhola de Galvanização, lança uma nova edição dos Prémios ATEG 2023 de Arquitectura, Engenharia e Arte Otilio García, um evento que premeia o uso inovador, sustentável e diferenciado de aço galvanizado por imersão a quente nas áreas da arquitectura, engenharia e arte.

    O prémio é dirigido a todas as obras realizadas em Espanha e Portugal que incorporam aço galvanizado, de forma relevante, destacando o importante contributo deste material na arquitectura e engenharia sustentáveis, bem como o seu contributo para o cumprimento dos objectivos da economia circular.

    Nesta nova edição a ATEG alarga o âmbito do prémio às obras de arte. O fino acabamento proporcionado pelo aço galvanizado faz com que cada vez mais artistas recorram a este material. O aço galvanizado oferece uma cor cinza natural que evolui suavemente, formando uma patina de zinco, dando origem a um lindo cinza fosco. A obra de arte adquire assim uma aparência uniforme que se mistura com o ambiente, preservando a visão do artista por muitas décadas.

    As obras devem ter sido concluídas entre 1º de Janeiro de 2020 e 15 de Outubro de 2023, não podendo participar caso tenham concorrido em editais anteriores. As obras de arte estão isentas deste requisito, apenas devem ter sido galvanizadas antes de 15 de Outubro de 2023.

    Serão atribuídos três prémios: Prémio ATEG 2023 de Arquitectura, Engenharia e Arte Otilio García de 6.000 euros; Prémio Especial Zinc Asturiana de 3.500 euros: e um segundo prémio de 2.000 euros.

    O prazo para envio da ficha de inscrição encerra em 16 de Outubro de 2023, e para recebimento de projectos em 30 de Novembro deste ano. A decisão do júri, composto por profissionais da arquitectura, entidades de classe e administração, ocorrerá no início de 2024.

    O júri valorizará especialmente a amplitude e relevância da utilização do aço galvanizado e a sua importância na concepção e execução do projecto, bem como o seu carácter inovador e criativo. Terá ainda em conta o contributo do aço galvanizado para o projecto do ponto de vista da economia circular, ao nível da reutilização, durabilidade, reciclabilidade e sustentabilidade; assim como as vantagens do seu uso como a segurança, versatilidade, design, economia, menor pegada de carbono, menor manutenção e integração e compatibilidade do projecto com o meio ambiente. Quanto às obras de arte, a avaliação valorizará o mérito e a beleza da obra, bem como sua integração com o ambiente, e não a sua dimensão.

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    Faculdade de Arquitectura de Lisboa em exposição no Roca Lisboa Gallery

    O Roca Lisboa Gallery recebe a partir de 11 de Julho a exposição “Mestrado em Design de Produto”, uma mostra dos projectos de Alunos de Mestrado em Design de Produto da Faculdade de Arquitectura, da Universidade de Lisboa. A mostra ficará em exposição até ao próximo mês de Outubro

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    “Pretende-se, com esta iniciativa, mostrar fisicamente o trabalho realizado pelos alunos nos dois anos do Mestrado em Design de Produto, incentivando a partilha entre estes e os profissionais desta área, fomentando ainda a comunicação e a troca de ideias. Esta exposição tem também como propósito valorizar o esforço e o talento destes alunos, que representam o futuro do Design de Produto em Portugal”, refere comunicado da Roca. O momento de inauguração oficial contará com a presença de José Rui Marcelino, Coordenador do Mestrado em Design de Produto da FA.UL e de Carlos Dias Coelho, Presidente da Faculdade de Arquitectura da Universidade de Lisboa, que irão aprofundar os objcetivos desta exposição, abrindo o diálogo sobre os temas dos projectos dos alunos e o futuro do design de produto.

    O Roca Lisboa Gallery é um espaço aberto à cidade, onde se podem conhecer as últimas novidades em espaços de banho, assim como as sensações que os rodeiam. É também um lugar dedicado à realização de actividades sociais, culturais e expositivas. Localizado num edifício histórico com mais de 100 anos, que combina o passado e o futuro, numa proposta de experiência da marca Roca onde se explicam, de forma informal e surpreendente, todos os elementos relacionados com o mundo do banho: desde o design dos produtos à importância da água na sociedade.

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    “A arquitectura de um País é tão boa quanto melhor for a sua identidade histórica”

    O arquitecto Frederico Valsassina recebeu a TRAÇO no seu atelier, na Graça, para uma conversa informal, sem rumo predefinido, impelida pela vontade e curiosidade em torno dos vários projectos de reabilitação que lhe passam pelas mãos. E são muitos, já que cerca de 80% do trabalho do atelier são intervenções deste tipo, destinadas a variados usos, de diferentes dimensões e de épocas distintas. E, por vezes, tudo isto num só projecto. Por entre as palavras e as estórias que conta, constatámos o enorme respeito pela história da cidade, o profundo sentido de família e o prazer que a prática da arquitectura lhe dá

    Há 20 anos que cerca de 80% dos projectos que entram no atelier de Frederico Valsassina são projectos de reabilitação. Com eles, aprendeu a amar a história da cidade e, acima de tudo, a fazê-la respeitar nos inúmeros projectos que já lhe passaram pelas mãos. Mas esta é apenas uma parte, ainda que bastante significativa, do seu trabalho. Outra das suas paixões são as Casas, projectos à primeira vista menos complexos, mas que lhe exigem uma relação mais íntima.

    O que tem neste momento o seu atelier em mãos, em especial no domínio da reabilitação?
    Estamos a transformar o antigo quarteirão da Caixa Geral de Depósitos, no Rua do Ouro, que será convertido num hotel, de cinco estrelas, para o Grupo Sana. Estamos também a trabalhar para este grupo hoteleiro, na reconversão do Convento da Graça. Dentro de dias, vai começar a reconstrução do Palacete de Alves Machado, antiga sede da Fundação Oriente, que foi reconhecido como monumento de interesse nacional, e que inclui também os seus jardins. Estamos a terminar a Casa do Lavra, que será um prolongamento do Torel Palace. Estamos também a acabar o Palácio de Mendonça, na Marquês de Fronteira, onde será a sede mundial do Ismaili Imamat e que terá como complemento o Palacete Leitão, cujo concurso para os novos escritórios também foi ganho por nós.

    Está também a trabalhar no quarteirão do Cais do Sodré, que será transformado num hotel…
    E que tem uma história engraçada, porque aquele quarteirão, no princípio do século, era um hotel, onde o Eça de Queirós escreveu ‘Os Maias’ e cuja acção decorre também naquele hotel.

    E isso inspirou-o?
    Não sei. É um projecto com alguma dimensão, carregado de história e, além disso, implicou um trabalho de análise muito criterioso. O edifício sofreu, desde a sua origem até aos dias de hoje, imensas alterações, tanto a nível de fachadas como dos seus usos. Houve um trabalho de marcar as épocas que o edifício viveu. Não se trata só de o colocar como ele era originalmente. A sua história foi também marcada por um incêndio e, ultimamente, era uma babilónia de usos, escritórios, habitação, comércio…enfim, uma confusão. Foi um projecto realmente difícil desse ponto de vista.
    Depois, temos a reabilitação da fábrica Napolitana. Fizemos a reabilitação de um lagar do século passado, no Algarve, e a sua reconversão em turismo de habitação. Vamos entrar em obra no quarteirão da Fontes Pereira de Melo. São três edifícios, também para o Grupo Sana.

    A necessidade de respeitar a arquitectura existente

    Isto é um leque de projectos de diferentes épocas, com programas distintos. O que é comum para o arquitecto que os reabilita?
    Um ponto comum é o respeito integral pela arquitectura existente. É o fundamental. Um projecto é quanto melhor, quanto não se perceber onde está a nossa intervenção. Claro que há edifícios destes muito degradados. Estamos a fazer a reabilitação do Palácio do Conde Barão do Alvito, para um grupo holandês, que tem uma história incrível. Nos anos 90, entrei no concurso jovens arquitectos que a companhia de seguros Lusitânia lançou para escolher a sua sede e o local onde iria albergar a sua colecção de arte. Foi lançado um concurso para dois palácios em que num deles ficaria a sede. Um era este do Conde Barão do Alvito e o outro o Palácio Porto Covo, na Lapa. Acabaram por escolher o segundo. Mais de 30 anos depois, voltei a trabalhar nele e de palácio tinha muito pouco. O antigo proprietário teve imensas dificuldades em aprovar os projectos e o edifício foi-se degradando. Quando começámos o nosso trabalho no palácio, este não era mais que uma ruína. Isto para lhe dizer que estes edifícios têm um tempo para serem reabilitados.

    O que demorou neste caso? Presumo que não estiveram 30 anos à espera de licenciamento…
    Especulação imobiliária. Há muitas pessoas que estão no mercado não para fazer coisas, mas para especular. E esta décalage entre um espaço e outro é terrível.

    Observando o percurso e a história destes edifícios o que é o arquitecto preserva?
    Acho fundamental preservar a identidade e preservar conceptualmente o edifício como foi desenhado na sua origem. Depois, uma criteriosa escolha dos materiais que se identifiquem com a época, mas também que mantenham a contemporaneidade da sua renovação.

    Acresce só depois o programa?
    Acho que sim, e isso depende muito do arquitecto. Hoje, os licenciamentos são sempre normalmente difíceis porque, para além do programa de arquitectura, há também um estudo dos bens arquitectónicos e um estudo de conservação e restauro. Nós, aqui, temos a mania de começar com as sondagens arqueológicas muito cedo, que é para elas não virem a condicionar a obra.

    A escolha da reabilitação

    E, nesse percurso, quem trabalha consigo é esta equipa que aqui está?
    São cerca de 25 pessoas, muitas delas já estão habituadíssimas. Há 20 anos que cerca de 80% dos nossos projectos são reabilitação.

    Isso é uma escolha sua?
    Por acaso não. Gosto, mas é o mercado que define estas coisas. E ainda bem porque Lisboa está a ficar uma cidade impecável. Estamos aqui em Alfama e, há uns anos, olhava e via os telhados todos a cair. Depois, houve uma altura em que só havia gruas e agora vejo tudo isto restaurado. E isso é bom porque eu acho que a arquitectura de um país é tão boa quanto melhor for a sua identidade histórica.

    Faz uma crítica positiva àquilo que vem sendo feito em Lisboa, de uma forma em geral?
    Como tudo. Há coisas que são bem feitas e há coisas que são mal feitas mas, no global, acho que o trabalho que tem sido feito tem sido positivo. Há uma coisa que me preocupa, e que já nos aconteceu, que é o roubo do património arquitectónico do nosso País. Quando começamos a intervencionar um edifício, fazemos os relatórios prévios, os levantamentos e depois começam as sondagens arqueológicas. A partir do momento em que estas começam e a obra está aberta há, insistentemente, roubos de pedras, azulejos… é uma brutalidade, há um mercado paralelo inacreditável e é uma coisa que é difícil de parar mesmo fazendo queixas à policia.
    O interessante disto [reabilitação] é que nós adaptamos estes edifícios a usos completamente díspares do que o foram na sua origem e isto é um desafio acrescido, o de pensar como é que o edifício vai viver com outros usos.

    Algumas destas reabilitações o surpreendeu?
    A fábrica da Napolitana surpreendeu-me imenso pela qualidade original de construção que tem a assinatura da empresa francesa Vieillard & Touzet. É uma construção metálica, com as fachadas forradas a tijolo maciço e tem umas condições estruturais fantásticas. Isso surpreendeu-me imenso. É um requinte de construção, dos pormenores muito idênticos aos edifícios industriais que vemos em Londres ou em Paris.
    Outros projectos que surpreenderam, sobretudo pela sua riqueza de ornamentos, foram o Alves Machado, o Alto Meirim e a Casa do Lavra. Trabalhei com o historiador José Sarmento de Matos, um historiador de Lisboa fantástico, e tenho trabalhado muito com o Galvão Telles. Eles levam-nos a entender o porquê desta riqueza. Eram pessoas que tinham muito dinheiro, proveniente das roças de cacau de São Tomé e Príncipe, com recurso a trabalho quase escravo, e a maneira de eles se apresentarem à sociedade era convidarem o melhor que havia de artistas e arquitectos. Por isso são casas com uma riqueza ímpar.

    Enquanto arquitecto o que é que lhe dá mais gozo fazer: reabilitação ou construção nova, e estou a recordar-me do projecto da Herdade do Freixo, por exemplo?

    Quando são desafios novos divirto-me imenso. Foi o caso também do hospital Cuf Tejo, que era uma área que eu não dominava muito. Tinha feito algumas coisas, mas não daquela dimensão e estudei aquilo a fundo. Um dos grandes atractivos da profissão do arquitecto é que aparecem desafios que são uma oportunidade para estudar assuntos novos, o que me diverte imenso. Foi um programa muito interessante e partiu de um concurso. Às vezes gosto de entrar em concursos, mas já não entro em muitos. Já desenhei outras adegas. Por exemplo, estou a fazer uma outra para o Grupo Libertas, ali no distrito de Setúbal, com o mesmo princípio que a do Freixo, mas não tão enterrada. Outra coisa é que nestes projectos o arquitecto volta à obra, que é onde se decidem muitos dos imprevistos que vão surgindo.
    A luz é uma coisa que me interessa na arquitectura, e na reabilitação surgem-me edifícios muito bem implantados, com um grande respeito pela luminosidade, o que é uma coisa muito interessante.

    Falou há pouco que participa pouco em concursos, o que o leva então a entrar?
    O que me leva a participar é uma pessoa perceber como é que o atelier está a funcionar. Um atelier, para poder entrar num concurso, tem de ter alguma dimensão de trabalho, que é para uns poderem estar a ganhar dinheiro, enquanto outros estão a fazer concursos. Não entro em muitos porque felizmente consigo ter algum trabalho. Tenho o atelier sempre a produzir e não vou parar para um concurso. Só o faço quando o programa me é extraordinariamente apetecível, como foi o caso da Herdade do Freixo. O local era fantástico, apesar de eu achar que é o arquitecto é que faz o sítio e não o contrário, mas era um sítio lindíssimo fiquei logo apaixonado … e eu gosto de vinho (risos).

    Pelo oposto…
    Há outros concursos que não me despertam o mínimo interesse. O facto de a maior parte dos concursos não serem pagos é um abuso. Os jovens arquitectos muitas vezes não podem entrar porque não podem suportar os custos. Uma pessoa escolhe o arquitecto porque gosta da maneira dele trabalhar, porque gosta da sua arquitectura, tem boas referências… mas há outras pessoas que estão indecisas e eu percebo perfeitamente que façam um concurso. Eu gosto imenso de fazer casas. Havia uma pessoa que queria fazer uma casa e não sabia muito bem o que é que queria e convidou cinco arquitectos, pagando-lhes um estudo prévio. Acho lindamente. Na arquitectura, uma pessoa é sempre um eterno insatisfeito, nunca está contente com o trabalho que tem e está sempre aflito a ver se vai ter mais trabalho. Muitos promotores e investidores acham que podem tirar partido da incerteza que é o meio da arquitectura nacional para fazer concursos. Mas só pedem, não oferecem nada. Como costumo dizer “já dei para esse peditório”.

    A paixão pela intimidade

    Gosta de fazer casas?
    Gosto imenso. É uma situação completamente distinta de termos uma encomenda de um fundo, que é uma coisa muito impessoal. Com uma casa é exactamente o contrário. Há uma relação muito íntima com as pessoas, conhecemos a sua maneira de viver, a maneira de estar, como é que se organizam familiarmente, existe uma relação directa e isso é muito interessante. Quanto melhor uma pessoa conhece, melhor projecta.

    Cresceu no meio da arquitectura, os seus filhos crescem no meio da arquitectura, têm hipóteses de fugir a este desígnio?
    Tenho duas filhas e só uma é arquitecta, a Marta. Ela trabalha comigo e tem revolucionado um bocado o atelier com uma maneira de pensar diferente. Na minha família, somos para aí uns 20 e tal arquitectos. O meu avô [Raul Tojal] foi um arquitecto muito importante do modernismo português, eu vivi na Praia das Maçãs, no Bairro dos Arquitectos. Acho que nunca tive dúvidas que era o que queria ser, nunca andei a navegar por outras áreas…

    A Marta seguiu as suas pisadas. Sentiu-lhe esse gosto cedo?
    Acho que é um gosto muito parecido com o meu e eu aconselho-me com ela já há muito tempo. Pergunto se ela gosta, se não gosta, o que é que acha. Ela tem muito jeito para interiores. Quando vejo que o cliente se adapta muito à maneira de viver dela, ela depois é que segue o projecto. Fizemos uma reabilitação de uma casa fantástica, na Rua Garcia da Horta, um palacete antigo, (dizem agora que foi vendido em Lisboa com m2 mais caro), e depois o cliente encomendou-me os interiores todos e foi a Marta que seguiu na obra. Fizemos agora uma recuperação, também de outra casa muito gira, a Quinta Velha, em Sintra, na rampa da Pena e também fizemos os interiores. Quando eu vejo que os clientes querem muito de nós, é a Marta que segue o projecto, porque tem muito bom gosto e há clientes que gostam que o projecto seja todo feito pelo atelier, inclusive o mobiliário.

    Desenhar o mobiliário é algo que faz amiúde?
    Só para projectos nossos. Há clientes, neste tipo de projectos, que nos pedem um apoio directo, que se sentem bem quando o arquitecto se apresenta nas reuniões de obra e que acompanhe e que seja um confidente e isso faz sentido. Às vezes, sinto-me frustrado quando desenho uma casa e depois o interior é feito pelo interior designer. Vou lá ver e depois digo para mim “não foi nada disto que eu pensei” e isso já me aconteceu variadíssimas vezes. Também acontece o oposto. Fizémos uma casa na Rua do Salitre, uma casa engraçada, lixada de se fazer porque era um edifício pequenino, com cinco pisos. Imagine desenvolver uma casa em cinco andares mas muito acolhedora. Foi a Marta que levou esse processo até ao fim. Eu tenho confiança nela e ela desenvolve estes projectos de tal forma que essas casas podiam ser a minha casa. É muito reconfortante entrar numa casa e parecer que é a minha casa. Sinto-me bem. Repare nesta história: desenhei uma casa para uns clientes que não gostam que fale em nomes. Esse terá sido um dos primeiros projectos que fiz com a Marta. A dada altura, o proprietário pediu-nos para fazermos também a decoração dos interiores. No final, fizeram uma festa de inauguração da casa. Às páginas tantas, durante a festa, dei pelos proprietários estarem sentados na sala, a um canto, como se fossem eles os estranhos. Parecia que aquela era a minha casa. Eles depois viveram e gostaram imenso da casa mas, ao princípio, era-lhes estranha porque não a viveram desde o projecto. Quando fazemos os interiores é para pessoas que querem gozar a casa connosco.

    Não há esse envolvimento na reabilitação?
    Fizemos agora uma obra de reabilitação, no Porto, no Largo de São Domingues, na Rua das Flores, um hotel de 20 quartos, que resultou na reconversão de seis edifícios, porque estes são edifícios do século XV e XVI muito estreitos. Foi um projecto complicado, mas que correu bem. O interior foi todo decorado por uns arquitectos holandeses e o resultado não tem nada a ver com o que era viver no Porto e eu digo que o hotel está muito giro mas podia ser em Nova Iorque ou em Washington.

    Fazer reabilitação no Porto e em Lisboa é diferente?
    O Porto teve muito melhores artífices, mas não é tão monumental como Lisboa. É completamente diferente. Em Lisboa, há muito mais história e muito mais épocas num único projecto. Aqui à volta do atelier, na reabilitação que fizémos, descobrimos uma Lisboa pré-histórica, romana, muçulmana, idade média, descobrimentos, renascimento, pombalina… Foram descobertos extractos da cidade e o que devemos fazer é a arquitectura mais inócua, mais simples possível, porque isto está carregado de história. O nosso pavilhão fazia parte do Convento de São Vicente, no tempo dos espanhóis, no século XVI. Depois deu-se o terramoto e a cidade transformou-se

    O seu atelier só podia ter esta localização [Graça]?
    Estou aqui há 25 anos. Eu fiquei com o atelier do meu avô, em casa dele. Vivi lá quando me casei e, depois, usei esse atelier. Cresci e passei para a Avenida de Roma. Tive, depois, uma casa na João XXI que era muito grande, mas aquilo sabia-me a pouco. Este espaço era de um amigo, o Gustavo Brito, que é o dono do Paris:Sete, onde ele tinha o stock off. Um dia, já não sei porquê, vim cá. Ele já não estava interessado no espaço e acabei eu por ficar com ele.

    Sobre o autorManuela Sousa Guerreiro

    Manuela Sousa Guerreiro

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    Arquitectura

    Como responde a arquitectura às mudanças construtivas?

    Sob o chapéu da sustentabilidade, a Ordem dos Arquitectos deu o mote para o arranque daquele que foi o primeiro dia do Archi Summit. Industrialização, tecnologia e arquitectura estivera em destaque numa conversa que teve como protagonistas Rui Garcia, Francisco Adão da Fonseca e Ricardo Camacho, e que teve como moderador Bruno Baldaia

    Cidália Lopes

    Enquanto “resultado do espaço de discussão, de confronto e de encontros, entre o desejo de uma coisa que se antecipa (que resulta de vontades necessariamente colectivas) e das condições para a sua concretização – sociais, culturais, económicas e técnicas”, a arquitectura permite-nos olhar para a forma como se manifesta em contextos específicos e como a elas respondem os arquitectos.

    Uma das transformações mais impactantes no processo de construir tem sido a deslocação do estaleiro para a fábrica, onde os processos de produção e sistemas de construção estão cada vez mais modulares. Num país acostumado a reconhecer a especificidade ou identidade da arquitectura portuguesa, como se passará de uma especificidade da própria construção portuguesa (indissociável da linguagem arquitectónica) para uma indústria inserida em processos globalizados?

    Perante a situação que vivemos hoje como responde a arquitectura, como supera o passado imediato e como representa a realidade do seu presente? Como antevê o seu futuro?

    Estas são algumas das questões que se colocam nesta mesa-redonda, que conta com a moderação de Bruno Baldaia, vice-presidente do Conselho Diretivo Regional Norte da Ordem dos Arquitectos e que, detalha ao CONSTRUIR, o papel da Ordem e da arquitectura nestas transformações.

    Novos procedimentos do licenciamento significam uma “desresponsabilização do Estado e da sua estrutura já que transfere toda a responsabilidade para o arquitecto coordenador do projecto e torna mais difícil e complexa a actividade dos arquitetos que são obrigados a assumir riscos”

    Lugar de “ligação” entre membros, Estado e comunidade

    Lugar de “encontro e de discussão sobre o que foi, o que é e o que pode vir a ser”, a Ordem tem aqui o papel de se instituir como “ligação” entre os seus membros, o Estado e a comunidade.

    Circularidade, descarbonização, eficiência energética, NZEB são hoje conceitos “cada vez mais centrais para a arquitectura que se pratica hoje”. E se a indústria da construção é um dos focos mais visíveis dos esforços para a descarbonização, o primeiro passo tem que acontecer pela “mudança de processos”. “Só dessa forma se pode dar início à tão necessária descarbonização”, destaca Bruno Baldaia.

    Em segundo lugar, “mais do que apontar caminhos, é importante contribuir para que se estabeleçam as condições para que esses caminhos se encontrem no papel que à Ordem cabe”, afirma.

    Com uma posição privilegiada, entre a prática profissional, a academia, as empresas, a Ordem deve servir de meio para acelerar esse processo. “Um processo em que a arquitectura tem que garantir o seu lugar na definição que ele assume e não estar sempre a jusante das coisas”, reforça.

    O papel através do debate

    Esta é efectivamente uma das ferramentas à qual a Ordem tem vindo a recorrer e onde a importância da sustentabilidade, seja ela ambiental ou social, tem estado em destaque. Por exemplo, o seminário ‘Norte 41º – A Odisseia dos Espaços: (Eco)Ficções do ambiente construído’, que decorreu nos meses de Setembro e Outubro de 2022, promovido pela Secção Regional do Norte, procurou cumprir o papel de “trazer os arquitectos e as suas instituições para a discussão pública”.

    Da mesma forma, o tema do 16º Congresso Nacional, realizado em São Miguel, Açores, entre os dias 2 e 4 de Março de 2023, foi o lema “Change Matters”, por um futuro mais sustentável na prática da arquitectura em Portugal, com uma visão para uma intervenção territorial equilibrada e harmoniosa.

    Licenciamento: “Alterações não garantem melhorias”

    As alterações ao regime de licenciamento estão ainda em discussão, mas as alterações que se prevê virem a acontecer são “muito profundas e nem todas garantem uma melhoria generalizada à prática profissional”, refere Bruno Baldaia.

    Com uma expectativa de “melhoria”, nomeadamente, pela uniformização de procedimentos, no qual a Ordem tem participado nos grupos de trabalho que têm estado a definir estas alterações, há outros aspectos que não estão a ser tão bem-sucedidos. “O gigantesco edifício legislativo que diz respeito à construção não está ainda em vias de resolução”, assim como “o estabelecimento de um Código da Construção mais ágil e eficaz”.

    O aligeiramento dos procedimentos na apreciação de projectos de arquitectura “é mais problemático”. Para o arquitecto está em causa, o princípio de que um licenciamento é o encontro entre um bem comum e a sua garantia (a apreciação por parte do Estado) e um bem concreto que se apresenta (com um programa, um orçamento e uma proposta de uso), ou seja, entre uma continuidade e uma circunstância.

    Além de significar uma “desresponsabilização do Estado e da sua estrutura” ao transferir toda a responsabilidade para o arquitecto coordenador do projecto, este “aligeiramento”, torna mais “difícil e complexa” a actividade dos arquitectos que são obrigados a assumir riscos que são até agora partilhados.

    Sobre o autorCidália Lopes

    Cidália Lopes

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    Casa n.º1, vão arquitectura © Pedro Kok

    Arquitectura

    Vão desenha projecto expositivo da Bienal de São Paulo

    O projecto explora a relação entre espaço expositivo, o Pavilhão Ciccillo Matarazzo projectado em 1957 por Oscar Niemeyer e situado no Parque Ibirapuera, e o fluxos de visitantes, rompendo as convenções conceptuais e estruturais do edifício

    CONSTRUIR

    O atelier brasileiro Vão, vencedor do Prémio Début Trienal de Lisboa Millennium bcp, foi convidado a conceber o desenho expositivo da 35ª Bienal de São Paulo, intitulada ‘coreografias do impossível’.

    Formado por Anna Juni, Enk te Winkel e Gustavo Delonero, propõe explorar as singularidades do icónico Pavilhão Ciccillo Matarazzo projectado em 1957 por Oscar Niemeyer e situado no Parque Ibirapuera. O projecto explora a relação entre espaço expositivo e fluxos de visitantes, rompendo as convenções conceptuais e estruturais do edifício, onde esta equipa instalou temporariamente o seu escritório para um enriquecedor processo de trabalho ‘in situ’.

    Pela primeira vez, os mezzaninos ondulantes sobre o pé-direito central do pavilhão são completamente fechados, numa intervenção radical que reinventa a experiência da espacialidade.

    O jovem atelier é conhecido por integrar nos seus projectos, desde habitação a espaços de trabalho, uma forte expressão artística traduzida na originalidade, compromisso com o ambiente e cuidadosa compreensão dos materiais.

    Em 2017, colaborou na instalação Chão de Caça da artista Cinthia Marcelle para o Pavilhão do Brasil da Bienal de Veneza, que foi distinguido com uma menção honrosa. Em 2022, recebeu o Prémio Début da 6ª edição da Trienal como Prémio Début e integrou a lista de melhores Novas Práticas do ArchDaily.

    A Bienal de São Paulo, com curadoria de Diane Lima, Grada Kilomba, Hélio Menezes e Manuel Borja-Villel, estará aberta ao público de 6 de Setembro a 10 de Dezembro de 2023.

    Sobre o autorCONSTRUIR

    CONSTRUIR

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    Nuno Leal (2ª Menção Honrosa), Rodrigo Ribeiro (Vencedor) e Gaia Longano (1ª Menção Honrosa)

    Arquitectura

    Revigrés anuncia vencedores do primeiro “ArchiRevi Challenge”

    O primeiro lugar coube a Rodrigo Ribeiro, pela concepção de uma espaço de restaurante e espaço polidesportivo. Foram ainda entregues duas menções honrosas, ao ‘Bar + Exhibition’, de Gaia Longano e ao ‘Bar Restaurante’, de Nuno Leal

    Cidália Lopes

    Já são conhecidos os vencedores do primeiro “ArchiRevi Challenge”. O anúncio foi feito por ocasião da sessão de abertura do Archi Summit, a decorrer na Casa da Arquitectura, em Matosinhos, entre 5 e 7 de Julho.

    O primeiro lugar coube a Rodrigo Ribeiro, pela concepção de uma espaço de restaurante e espaço polidesportivo. Foram ainda entregues duas menções honrosas. A primeira ao projecto de ‘Bar + Exhibition’, de Gaia Longano e a segunda ao ‘Bar Restaurante’, de Nuno Leal.

    Esta foi a primeira vez que a Revigrés e o Archi Summit se uniram para dar corpo a um projecto conjunto: levar o tema da sustentabilidade a estudantes de arquitectura e incentivar ao projecto de intervenção num espaço existente com produtos e materiais Revigrés.

    Apresentar um projecto de intervenção num espaço existente, sob uma “perspectiva inovadora e com um impacto real e visível, integrando produtos e materiais da Revigrés” foi o desafio lançado e cuja adesão foi “muito interessante”. Não só pelo número de propostas apresentadas, num total de 20, como pela qualidade dos projectos, onde se destacou “a procura por soluções e materiais alternativos e mais sustentáveis”. Até ao fecho da edição não foi, contudo, possível apurar o vencedor do concurso.

    Uma iniciativa com resultados “muito positivos”, segundo a marca e que “esperam vir a repetir para o ano”. A estratégia da empresa passa por apostar na “aproximação àqueles que são, no fundo, os arquitectos, designers e engenheiros civis do futuro”, acrescentam.

    A iniciativa contou, ainda com o roadshow “ArchiRevi Talks”, que percorreu diferentes universidades do País das áreas da arquitectura, design e engenharia civil, entre Fevereiro e Maio deste ano, para falar sobre os desafios da construção sustentável e convidar os futuros profissionais do sector a responder aos desafios da construção sustentável através da sua participação num desafio.

    Os materiais e a descarbonização

    Com as “ArchiRevi Challenge” pretendia-se “demonstrar como a escolha dos revestimentos e pavimentos cerâmicos contribui positivamente para a qualidade do meio ambiente, para a qualidade de vida dos utilizadores, para prolongar o ciclo de vida dos edifícios e, consequentemente, para a descarbonização das cidades”, referiu a empresa.

    A combinação de materiais cerâmicos com diferentes efeitos. Madeira, metálico, mármore, cimento, deck, pedra, entre outros, foram os mais “valorizados” para destacar a estética do ambiente e dos próprios produtos, assim como a escolha de tipologias e de acabamentos adequados à utilização do espaço.

    Pavimento cerâmicos com efeito da madeira, das colecções Nordik, Forest e Deck, ou o efeito do mármore das colecções Onix Gold, Rainforest Green e Absolut Black, da pedra natural da coleção Limestone ou do cimento das coleções OMNI, Cityzen e Elements integraram os projectos. Também os revestimentos Retro e Revival e a sua paleta de nove cores foram coordenados, em muitos dos casos, com os tons da colecção Cromática, no pavimento. Em grés porcelânico, conhecida pela sua “elevada resistência, durabilidade e versatilidade” foram das opções mais escolhidas.

    Em alguns trabalhos, os participantes deram “asas à imaginação” e utilizaram os revestimentos e pavimentos cerâmicos da Revigrés “de forma não convencional, como em bancadas e mesas”.

    Além dos materiais cerâmicos, aplicados tanto em projectos de remodelação de espaços residenciais como públicos – incluindo espaços exteriores e comerciais – os alunos foram ao encontro das preocupações com a sustentabilidade, através de outros elementos, onde se destaca a reutilização de outros materiais (como peças de mobiliário) e da implementação de medidas para a promoção da eficiência energética, como a entrada de luz natural, o que resultou em projectos de “elevada viabilidade e com um impacto real e visível, tanto no ambiente, como na qualidade de vida dos utilizadores”.

    Sobre o autorCidália Lopes

    Cidália Lopes

    Jornalista
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    Nuno Sampaio (créditos: Ivo Tavares Studio)

    Arquitectura

    A Casa do Archi Summit em 2023

    À TRAÇO, o director executivo da Casa da Arquitectura, Nuno Sampaio, justifica a escolha para acolher o Archi Summit de 2023 por este ser “um local de encontro de múltiplas pessoas, múltiplos arquitectos, de múltiplas ideias, é um espaço de recepção e queremos que seja uma casa aberta para receber outras iniciativas que não apenas as nossas”. “Receber este evento permite à Casa trabalhar um dos seus desígnios, que é ser um centro de acolhimento e discussão de arquitectura”, garante

    Ricardo Batista

    O ArchiSummit 2023 assume-se assim como uma plataforma onde arquitectos, designers, profissionais da indústria, inovadores e visionários se encontram para explorar novas soluções, partilhar conhecimentos e inspirar-se mutuamente. E as cartas estão em cima da mesa. A aposta da organização é clara: bater recorde de participação em edições do Archi Summit. Para tal desígnio, apostam este ano na realização do evento num dos espaços de excelência para a reflexão em torno da arquitectura, dos arquitectos. Depois do Quarteirão da Oficina do Ferro, na edição do ano passado, e de em edições anteriores ter decorrido no Matadouro Industrial do Porto, no Pavilhão de Portugal, Lx Factory e Carpintarias de São Lázaro, em Lisboa, a edição deste ano vai realizar-se na Casa da Arquitectura.

    Casa da Arquitectura
    (créditos: Romullo Baratto Fontenelle)

    A Casa do Archi Summit em 2023

    À TRAÇO, o director executivo da Casa da Arquitectura salienta que “este é um local de encontro de múltiplas pessoas, múltiplos arquitectos, de múltiplas ideias, é um espaço de recepção e queremos que seja uma casa aberta para receber outras iniciativas que não apenas as nossas”. Questionado sobre a importância do evento se realizar, este ano, na Casa da Arquitectura, Nuno Sampaio sublinha que esta “é uma iniciativa que também tem essa vontade de cruzar diversas gerações, de trazer gente que está a produzir e saber como é que essas novas gerações estão a produzir e consegue de alguma maneira transpor a prática profissional mais contemporânea através do diálogo”. “O Archi Summit é uma iniciativa muito aberta, é feita por não arquitectos, inclusive, e tem uma perspectiva sobre o interesse que a arquitectura tem para o sector da construção. Receber este evento permite à Casa trabalhar um dos seus desígnios, que é ser um centro de acolhimento e discussão de arquitectura”, diz.

    Summit depois do Open House

    O Archi Summit surge poucos dias depois da realização de mais uma edição do Open House naquele que é mais um sinal de que a Casa da Arquitectura se apresenta, cada vez mais, como um polo dinamizador da reflexão em torno da arquitectura. Questionado sobre a evolução do edifício de Matosinhos, Nuno Sampaio explica que o caminho da Casa passa pelo reforço daquilo que tem estado a fazer, que é a construção da democratização do acesso à arquitectura, do conhecimento da arquitectura por todos, pela Sociedade. “Passa também pela promoção do estudo da arquitectura, ou seja, com o Centro de Estudos também promover reflexões e tentar que essas reflexões depois vertam para Sociedade”. A ideia, segundo o director executivo da Casa da Arquitectura, “é pôr arquitectos a falar com a sociedade, e também produzir reflexão própria. Queremos manter os acervos de arquitectura, continuar a fazer actividades que promovam esta compreensão da arquitectura, e isto passa necessariamente também pela sedimentação deste grande projecto que é o Turismo de Arquitectura”. Segundo Nuno Sampaio, tudo isto resulta em que a arquitectura não seja apenas discussão teórica de quem a produz mas ser ela própria entendida e visitada e acessível a toda a gente. A grande aposta da Casa da Arquitectura é na democratização do acesso aos acervos, na disponibilização desses acervos para a realização de estudos e promoção de novo conhecimento. “A Casa quer ser uma promotora de novo conhecimento através do Centro de Estudos, inclusivamente com as bolsas que vai lançar agora. Queremos que a Sociedade e a Academia possam pensar sobre a arquitectura dos acervos que temos aqui arquivados e vamos manter este diálogo aberto com a Sociedade através das conferências, das exposições”, acrescenta, vincando que “o caminho da Casa passa, por isso, pela consolidação deste processo de democratizar a arquitectura, de fazer compreender a arquitectura e levá-la a ser estudada”.  Não deixando de ser celebrativa, Nuno Sampaio reforça a vontade que a Casa da Arquitectura tem de promover debates e soluções concretas para resolver os problemas das pessoas, para tornar a arquitectura mais interventiva na sociedade, quer ao nível da discussão, quer ao nível da implementação de soluções concretas que ajudem as pessoas em diversos contextos: a cidade, os contextos de emergência.

    Nuno Sampaio explica que o caminho da Casa passa pelo reforço daquilo que tem estado a fazer, que é a construção da democratização do acesso à arquitectura, do conhecimento da arquitectura por todos, pela Sociedade

    Mudar paradigmas

    A Casa da Arquitectura, no espaço que hoje conhecemos, é inaugurada em 2017 e desde cedo assumiu um papel nacional de extrema relevância. A propósito da consolidação internacional do papel deste espaço, Nuno Sampaio acentua a forma como a Casa da Arquitectura se apresentou, como foi crescendo e evoluindo e que a fez ser vista como a plataforma para a promoção da Arquitectura, inclusive pelo Estado”. “A forma como nos temos posicionado nesta percepção da arquitectura e na democratização do seu acesso fez com que outras entidades, também muitíssimo consolidadas e de grande relevo internacional, se ajustassem à resposta que nós demos. O acesso digital a todos os acervos, uma política de utilização mais acessível para quem estuda, por exemplo, para quem quer publicar. Isso fez com que outras instituições a nível internacional também começassem a mudar e a alterar os paradigmas, por exemplo, do que é o investigador-pagador”, assegura o director-executivo da Casa, acrescentando a importância e a capacidade que a arquitectura tem para criar relações e trazer o melhor que se faz lá fora e também de levar lá fora o melhor que nós temos. “Isso passa naturalmente por levar as nossas actividades e as nossas exposições lá fora. A programação associada às nossas exposições que estão neste momento a decorrer aqui Matosinhos é feita no município, mas também fora, quer em Portugal, quer no Brasil ou nos Estados Unidos”.  A ideia passa, também, por acolher iniciativas que estão a acontecer lá fora, trazer acervos e, num futuro próximo, “produzirmos, em colaboração ou coprodução, iniciativas com instituições do outro lado do Mundo. Pode ser uma exposição bipartida, pode ser uma exposição que comece lá e termina cá, ou vice-versa. Eu acho que a cultura serve para aproximar diferentes realidades e que estas cresçam com estas experiências”, refere o arquitecto.

    Conquistar espaço

    Há aproximadamente dois anos, Nuno Sampaio falou “do ciúme que por vezes reina nas relações entre as instituições” e que isso não é um defeito visível apenas nas que são afectas à arquitectura. O director executivo da Casa da Arquitectura salienta que “muitas vezes a notoriedade é confundida com competência, as pessoas preferem mais ser conhecidas do que competentes e às vezes a expectativa de ser falado leva a que muitas vezes haja uma certa competição e não uma capacidade de colaboração”. “Existem naturalmente ciúmes e isso acontece principalmente quando existe uma entidade que nasce de novo e conquista o seu espaço por mérito próprio”, acrescenta, garantindo que procura trazer “para a forma como trabalhamos – quer ao nível dos acervos que trazemos e da programação que fazemos, cá e noutros países – a criação de pontes e não muros”.

    O Estado assumiu a Casa da Arquitectura como um parceiro privilegiado para a promoção e para o estudo da arquitectura e, com esse apoio, conseguimos ir mais longe no propósito de levar a arquitectura para além do círculo profissional

    Serviço público

    Em 2021, assinaram um protocolo com o Governo, transversal a vários ministérios, que iriam permitir trabalhar um conjunto de áreas na sua programação, como o património cultural, o ordenamento do território, a política de cidades, a paisagem, o ambiente e o turismo. Nuno Sampaio explica que o Estado, com este protocolo, assumiu a Casa da Arquitectura como um parceiro privilegiado para a promoção e para o estudo da arquitectura e, com esse apoio, conseguimos ir mais longe no propósito de levar a arquitectura para além do círculo profissional. O responsável deste espaço recorda a criação das bolsas de doutoramento, que finalmente irão ser lançadas este ano. “Estamos a falar de 10 candidaturas para bolsas durante cinco anos, promovendo o estudo sobre o que está aqui arquivado, permitiu-nos também desenvolver o trabalho de tratamento arquivístico sobre os nossos acervos, tornando-os acessíveis a partir de qualquer parte do mundo através do Edifício Digital”, refere Nuno Sampaio, acrescentando que o objectivo passa, igualmente, por “criar alguma reflexão que temos feito na área da sustentabilidade, do Ambiente, e trazer vários players a falar. Às vezes pôr as pessoas em diálogo é muitíssimo válido para coisas que acontecem depois, como a criação de nova legislação, porque muitas vezes foram levantadas questões ou foram feitos desafios para problemas que muitas vezes quem legisla sente, quem decide necessita ter respostas, e a construção dessas pontes, desses diálogos, acho que foi muito positivo por exemplo no caso do ministério do Ambiente”. No caso do Turismo de Portugal, refere Sampaio, “há uma vertente muito concreta e eficaz, pragmática, que é a criação da Arquitectura portuguesa contemporânea como activo estratégico internacional, ou seja, a Casa da Arquitectura num curtíssimo espaço de tempo conseguiu, com o Turismo de Portugal, disponibilizar aos operadores turísticos e a Portugal em si um conjunto de 150 edifícios que podem ser visitados de duas formas distintas: uma visita espontânea de quem vem a Portugal e quer consultar e visitar por si os espaços que a Casa da Arquitectura abre e sobre os quais disponibiliza informação, e por outro, a criação de circuitos e roteiros pré-definidos ou taylor made, que permite que a arquitectura portuguesa seja entendida como um activo estratégico e permite atrair gente a Portugal”. “O Turismo tem um peso cada vez mais significativo na Economia portuguesa e também a arquitectura portuguesa contemporânea deve ser incluída. Foi um caso de sucesso e queremos continuar”, refere.

    A forma como nos temos posicionado nesta percepção da arquitectura e na democratização do seu acesso fez com que outras entidades, também muitíssimo consolidadas e de grande relevo internacional, se ajustassem à resposta que nós demos

    Parceria com o Município do Porto vai prolongar actividade da Casa

    O município do Porto já é parceiro da Casa da Arquitectura desde o arranque do Open House, um evento que, no que toca à democratização do acesso à arquitectura, é verdadeiramente único e com quatro municípios a trabalharem juntos. Agora, com um trabalho mais directo e que resulta de uma proposta votada em Assembleia Municipal,  vai ser possível prolongar a actividade e a parceria para poder ser feito no município do Porto um trabalho de muito mais proximidade com os cidadãos, às escolas, levando conteúdos que promovam o entendimento da arquitectura no município, no espaço geográfico do Porto, e também da arquitectura feita nesse território.

    Sobre o autorRicardo Batista

    Ricardo Batista

    Director Editorial
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