Escritórios: Inquilinos procuram cada vez mais a periferia
escassez de oferta tem provocado um aumento exponencial das rendas do CBD, com um crescimento médio de 4% anual, situando-se 2% acima do pico dos valores de arrendamentos entre 2007-2010
CONSTRUIR
Quintela e Penalva | Knight Frank vende 100% das unidades do novo D’Avila
Gebalis apresenta segunda fase do programa ‘Morar Melhor’
Reabilitação Urbana abranda ritmo de crescimento
EDIH DIGITAL Built com apresentação pública
Porto: Infraestruturas desportivas com investimento superior a 17 M€
Mapei leva nova gama de produtos à Tektónica
Passivhaus Portugal com programa extenso na Tektónica
OASRS apresenta conferência “As Brigadas de Abril”
2024 será um ano de expansão para a Hipoges
Roca Group assegura o fornecimento de energia renovável a todas as suas operações na Europa
A crescente procura de escritórios está a obrigar os inquilinos a procurarem locais fora da zona 2 (CBD), em parte devido à falta de espaços adequados às empresas nas zonas mais centrais, de acordo com o último relatório da Savills, referente ao primeiro trimestre de 2018, sobre o mercado de escritórios europeu.
Por outro lado, a escassez de oferta tem provocado um aumento exponencial das rendas do CBD, com um crescimento médio de 4% anual, situando-se 2% acima do pico dos valores de arrendamentos entre 2007-2010.
A falta de espaço acessível e de qualidade resulta na procura de opções fora do centro da cidade, onde os valores de arrendamento são em média 70% inferiores aos verificados no CBD. No entanto, a periferia tem registado um crescimento anual de 5,6%, estando actualmente 8% acima da média dos últimos cinco anos.
Uma realidade que se verifica em todas as capitais europeias e à qual Lisboa não foge à regra, como explica Rodrigo Canas, associate consultant da Savills Aguirre Newman Portugal. “Neste momento, zonas Prime CBD e CBD contam com uma vacancy rate de 4% e 7% respectivamente, enquanto o Parque das Nações, que é talvez a zona com melhor qualidade de edifícios a nível técnico, tem uma vacancy inferior a 3%. Este registo demonstra a exigência que estas empresas têm relativamente a características técnicas e acessibilidades, abdicando assim de zonas consideradas de maior prestígio. Também o Corredor Oeste, zona descentralizada de Lisboa, foi a zona que maior absorção teve durante o ano 2017, atingindo um total de 43.553 m2 (26% do take-up total), devido ao aumento significativo de rendas no centro da cidade.”
Ainda assim, perspectiva-se que apenas em 2020, a situação possa reverter-se dado ser esta a data esperada para a conclusão de alguns dos novos projectos de escritórios que se encontram ainda em desenvolvimento e que poderão, depois nesta altura, suprimir a falta de oferta.
“Actualmente o maior desafio que as empresas têm em Lisboa é encontrar espaços que tenham as características técnicas necessárias para a sua implantação. Os parques de escritórios ainda carecem de renovação e a média de construção de novos projectos nos últimos anos (2011-2018) está ainda aquém dos valores atingidos em anos anteriores (2004–2010).