Renzo Piano desenha nova ponte de Génova
As autoridades italianas convidaram o arquitecto Renzo Piano para a concepção do projecto que está avaliado em 200 milhões de euros e que deverá estar concluído dentro de um ano. O projecto incluirá 43 grandes postes iluminados em forma de velas de navios, um por cada vítima do desastre.
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Quatro meses após o colapso de uma ponte, que vitimou 43 pessoas, está formalmente apresentado o desenho da nova infra-estrutura que irá substituir a destroçada Ponte Morandi, em Génova (Itália).
Para o efeito, as autoridades italianas convidaram o arquitecto Renzo Piano para a concepção do projecto que está avaliado em 200 milhões de euros e que deverá estar concluído dentro de um ano.
Trata-se, de certa forma, da confirmação de uma vontade manifestada pelo arquitecto italiano, de 81 anos, que poucos dias após a tragédia do dia 14 de Agosto se disponibilizou a desenhar uma nova ponte, assumindo que a sua obra “poderia aguentar, no mínimo, 1000 anos”. A queda da ponte Morandi, assim baptizada pelo trabalho do engenheiro Riccardo Morandi na sua concepção, coincidiu com a presença de Piano na cidade italiana, e desde essa altura ficou no ar a suspeita de que os métodos usados por Morandi na concepção dos seus trabalhos era pouco fiável. Morandi concebeu pontes estaiadas em várias partes do mundo, ou seja pontes suspensas por cabos de um ou vários mastros, dos quais partem esteios de sustentação para o tabuleiro. Mas as pontes de Morandi caracterizam-se por terem poucos desses cabos, e frequentemente estes são feitos de betão armado em vez de serem de aço, como é mais comum. “A tecnologia inventada por Riccardo Morandi, que ele usou, revelou falhas. Tinha um sistema de cabos de aço tensos no interior de uma bainha e depois um sistema para preencher essa bainha e impedir a corrosão. Mas o sistema não funcionou como ele pensava, e acelerou o processo de degradação”, explicou ao jornal La Repubblica Antonio Brencich, professor de Engenharia na Universidade de Génova
O projecto incluirá 43 grandes postes iluminados em forma de velas de navios, um por cada vítima do desastre.