Arquitecturas Film Festival arranca esta terça-feira em Lisboa
Entre as novidades desta edição está o júri do Arquiteturas 2019. A arquitecta Ana Tostões, Ppresidente do DOCOMOMO Internacional, o geógrafo Álvaro Domingues, a arquitecta Isabel Barbas, o realizador Gerrit Messiaen, a artista e realizadora Petra Noordkamp e o arquitecto Tiago Oliveira, em representação da Secção regional Sul da Ordem dos Arquitectos (OASRS), aceitaram a missão de avaliar obras de 26 países em quatro categorias: Ficção, Documentário, Experimental e Novos Talentos.
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Arranca esta terça-feira, no cinema São Jorge, em Lisboa, a sétima edição do Arquitecturas Film Festival (AFF). Até dia 9 de Junho, a sétima edição do evento promovido pela Do You Mean Architecture traz para o debate o tema Human Nature com um programa que resulta de um longo processo de selecção, com mais de mil inscrições de filmes provenientes de um total de 32 países.
Foram escolhidos 55 filmes para competição em quatro categorias – Ficção, Documentário, Experimental e Novos Talentos – que traduzem o mote central do festival, contar histórias sobre o ambiente urbano que nos rodeia e abrir discussões trazendo a Lisboa as obras mais inventivas do género a nível mundial em curta e longa metragem, revelando novos autores e apoiando o regresso de cineastas que o festival tem vindo a acompanhar.
O festival arranca com Melting Souls, de Xavier Destors, um documentário sobre Norilsk, uma “cidade de ficção científica” acima do Círculo Polar Ártico – uma paisagem industrial infernal numa tundra que, de outra forma, seria estéril. Entre as novidades desta edição está o júri do Arquiteturas 2019. A arquitecta Ana Tostões, Ppresidente do DOCOMOMO Internacional, o geógrafo Álvaro Domingues, a arquitecta Isabel Barbas, o realizador Gerrit Messiaen, a artista e realizadora Petra Noordkamp e o arquitecto Tiago Oliveira, em representação da Secção regional Sul da Ordem dos Arquitectos (OASRS), aceitaram a missão de avaliar obras de 26 países em quatro categorias: Ficção, Documentário, Experimental e Novos Talentos.
Pensado conceptualmente como uma problematização ampla da relação entre o ser humano e a natureza, o tema que este ano está em cima da mesa pretende ultrapassar discussões sobre arquitectura e sustentabilidade para tratar as questões mais urgentes sobre o espaço transformado, e ameaçado, pela acção humana, e também os desdobramentos dessa acção sobre a existência do homem.
Exemplo inevitável quando se fala de construção de um território resultado da intervenção humana, a Holanda foi eleita como país homenageado desta edição com uma programação transversal que conta com o alto patrocínio da Embaixada da Holanda em Lisboa e curadoria de Mélanie van der Hoorn.
Entre inúmeras outras actividades, vai decorrer um workshop do colectivo holandês Failed Architecture (Capturing Martim Moniz), conhecido pelos seus casos de estudo sobre os falhanços do modernismo e o crescimento urbano das cidades, em conjunto com a realizadora Petra Noordkamp, duas vezes premiada pelo melhor filme no Arquitecturas. O workshop consiste numa investigação e recolha audiovisual sobre a actual situação da praça Martim Moniz, em Lisboa, culminando em ensaios cinematográficos dos participantes.
A programação holandesa conta ainda com uma masterclass sobre filmes de arquivo de arquitectura (com Melánie van der Hoorn, autora do livro Spots in Shots: Narrating the built environment in short films, Christel Leenen, João Rosmaninho e Tiago Batista, numa parceria com o ANIM Cinemateca Museu do Cinema e o Nieuwe Institute em Roterdão) ; com a presença de dois ateliers de arquitectura premiados pelas suas práticas com características sustentáveis, o atelier Bureau Sla e o atelier Space & Matter.
Portugal será representado por Russa, de João Salaviza e Ricardo Alves Jr., sobre a memória colectiva e as transformações recentes da cidade do Porto; Civitas, de André Sarmento, e Alis Ubbo, de Paulo Abreu, ambos sobre o processo de “turistificação” em Lisboa. A ficção Lá vem o Dia, de Merces Tomas Gomes, trata da relação entre o morar contemporâneo e as relações afectivas. Esta edição traz ainda a estreia da curta de animação portuguesa O atelier do meu avô, do arquitecto Tiago Galo, em exibição no atelier para crianças do festival, e o recém-estreado filme Tudo é Paisagem que retrata a história da arquitectura paisagística em Portugal.
Também em foco nesta edição vão estar o cineasta Andrzej Wajda e sua paixão pela arquitectura, a inevitável Bauhaus que este ano completa 100 anos de existência e os movimentos radicais italianos de design e arquitectura das década de 60 e 70 como são os casos dos UFO, Archizoom e os Superstudio. O arquivo do grande mestre mexicano Luis Barragán é tema do filme The Proposal. O famoso projecto de habitação social em Milão, o Gallaratese, de Aldo Rossi, é tema do filme Monte Amiata, e a obra símbolo do modernismo na Inglaterra, dos icónicos arquitectos Alison e Peter Smithson, é retratada em The Disappearance of Robin Hood.
Em parceria com a RTP vão ser exibidos no AFF três episódios de Atelier d’Arquitectura, série documental que percorre edifícios, estruturas, conceitos, peças, casas ou museus que mais se destacam no território nacional e que começou a ser transmitida recentemente pela estação pública.