Construção com “forte dinamismo” no primeiro trimestre
O consumo de cimento cresceu 19% até maio, em termos homólogos, o que contribuiu para um consumo acumulado de 1,35 milhões de toneladas durante os primeiros cinco meses do ano, um máximo dos últimos sete anos
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Os valores das Contas Nacionais Trimestrais relativas ao primeiro trimestre de 2019 e disponibilizadas recentemente pelo INE vieram confirmar a evolução positiva da Construção, com crescimentos, em termos homólogos, de 7,6% do Valor Acrescentado Bruto (VAB) do Sector e de 12,4% da Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF) em construção.
Em linha com esta evolução, o Inquérito ao Emprego, também da responsabilidade do INE, aponta para um aumento do número de pessoas empregues no sector da Construção nos três primeiros meses do ano e face ao período homólogo (+1,6%, correspondente a +4,8 mil trabalhadores no Sector). Segundo o mesmo Inquérito, trabalharam na Construção, em média nesse período, 308,7 mil pessoas.
Igualmente positivo é o facto de o desemprego oriundo da Construção, avaliado pelo número de desempregados do Sector inscritos nos centros de emprego, se encontrar em mínimos da série, iniciada em 2008. De facto, em Abril deste ano, encontravam-se 24 mil trabalhadores da construção inscritos nos centros do Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP), -25,7% que no mesmo mês de 2018, o que traduzia uma redução mais intensa do que a do total dos desempregados (290,3 mil pessoas, fruto de uma diminuição de 13,9% relativamente a Abril de 2018).
Estes indicadores mostram a resposta do Sector à procura muito dinâmica no mercado imobiliário (traduzida num crescimento homólogo de 6,3% no montante de novas operações de crédito para aquisição de habitação contratadas durante os primeiros 4 meses do ano e num aumento de 17% no número de fogos novos licenciados até Abril), mas igualmente ao reforço da procura pública dirigida a produtos da
Construção (com o valor dos contratos de empreitadas de obras públicas adjudicados a crescer 55% até maio, face ao período homólogo, e com o montante das obras lançadas a concurso a aumentar 72% durante o mesmo período).
Por seu turno, o consumo de cimento cresceu 19% até maio, em termos homólogos, o que contribuiu para um consumo acumulado de 1,35 milhões de toneladas durante os primeiros cinco meses do ano, um máximo dos últimos sete anos, confirmando o acréscimo da actividade das empresas de construção.