Escolhidos os candidatos à representação portuguesa em Veneza
Célia Gomes, DepA, Eliana Sousa Santos, Luís Santiago Baptista e pontoatelier. Os curadores convidados podem agora apresentar candidatura em nome individual ou enquanto parte de uma equipa curatorial (grupo informal), o que deverá acontecer até ao próximo dia 10 de Setembro
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Estão escolhidos os ateliers convidados para a curadoria da representação portuguesa na 17ª Bienal de Veneza, que irá decorrer entre 23 de Maio e 29 de Novembro de 2020. Tratando-se de um concurso limitado, um grupo de consultores – constituído para o efeito pela DGARTES – e composto por Ana Vaz Milheiro (arquitecta, crítica de arquitectura e docente), José Manuel Pedreirinho (presidente da Ordem dos Arquitectos) e Sérgio Fazenda Rodrigues (Arquitecto e curador) seleccionou um conjunto de curadores/equipas curatoriais a convidar a apresentar propostas: Célia Gomes, DepA, Eliana Sousa Santos, Luís Santiago Baptista e pontoatelier. Os curadores convidados podem agora apresentar candidatura em nome individual ou enquanto parte de uma equipa curatorial (grupo informal), o que deverá acontecer até ao próximo dia 10 de Setembro. Segundo a Direcção Geral das Artes, as candidaturas são apreciadas segundo o “projecto artístico” (qualidade, relevância cultural e equipa); viabilidade (consistência do projecto de gestão e parcerias estabelecidas) e “objectivos” (correspondência aos objectivos de interesse cultural). Nuno Moura (responsável pela Direcção de Serviço de Apoio às Artes da Direcção Geral das Artes), que preside; Inês Lobo (arquitecta, curadora da Representação Oficial Portuguesa na 13.ª Bienal de Veneza); Nuno Brandão Costa (arquitecto, curador da Representação Oficial Portuguesa na 16.ª Bienal de Veneza); Pedro Campos Costa (arquitecto, curador da Representação Oficial Portuguesa na 14.ª Bienal); Susana Ventura (arquitecta, integrou enquanto editora, a representação Portuguesa na 14.ª Bienal) e Sofia Isidoro (Técnica superior da DGARTES), como especialista suplente.
Viver juntos
Como exposição internacional, a bienal vai explorar, na edição do próximo ano, o tema “Como vamos viver juntos?” e “o papel negligenciado do arquitecto enquanto promotor civilizado e protector do contrato espacial”, lê-se no ‘site’ do evento.
“Precisamos de um novo contrato espacial. No âmbito da amplificação das divisões políticas e das crescentes desigualdades económicas, pedimos aos arquitectos que idealizem espaços onde possamos viver generosamente juntos”, explicou Hashim Sarkis, a propósito do tema desta edição. Na apresentação do projecto à imprensa, o curador precisou os vários sentidos que a expressão “viver juntos” pode assumir neste contexto: “Juntos como seres humanos que, apesar do individualismo crescente, anseiam por contactar uns com os outros, e com outras espécies, através do espaço real e digital; juntos como novos agregados familiares que requerem uma habitação mais diversificada em espaços mais dignos; juntos como comunidades emergentes que exigem equidade, inclusão e identidade espacial; juntos atravessando fronteiras políticas para imaginar novas geografias de associação; e juntos enquanto planeta que enfrenta crises que impõem uma acção global para que nele possamos continuar a viver”.
Apelo à consciência
Os arquitectos convidados a participar na exposição são incentivados a envolver, no evento, outras profissões e grupos de interesse como artistas, construtores, artesãos, políticos, jornalistas, cientistas e cidadãos comuns, pode ler-se na página oficial da bienal.
Para Paolo Baratta, presidente da bienal, “viver juntos significa, antes de mais, a consciência de potenciais crises e problemas, novos e já existentes, que não recebem soluções adequadas e a atenção necessária, no desenvolvimento espontâneo das economias e sociedades”. E os curadores das diferentes participações nacionais devem abordar temas “tão prementes nas economias emergentes como nas mais avançadas”, da “necessidade de habitação e equipamento social mais inclusivo”, ao objectivo de construir “um tecido urbano e territorial mais agregador”. E lembrando que o ano de 2020, com o seu simbolismo de data redonda, está mesmo aí, afirmou: “Confiamos que a colectiva imaginação arquitectónica enfrentará este momento decisivo com criatividade e coragem”.