Crédito: Miguel Nogueira / CM Porto
Câmara do Porto está disponível para ficar com as casas do IHRU mas livres de dívida
Rui Moreira declarou que “era preciso que o Estado incluísse habitação pública a preço acessível” e não escondeu o incómodo por constatar a ausência desse investimento nos planos governativos
CONSTRUIR
ERA debate desafios da nova habitação no SIL
Legendre e Tecnibuild apresentam nova marca para promoção imobiliária
Três novos projectos da Krest representam investimento superior a 150 M€
SRS Legal assessora venda dos ginásios Fitness Hut
Habitação em destaque na 27º edição do Salão Imobiliário
Andreia Teixeira assume cargo de Project Management do Grupo Openbook
CE atribui 245M€ em subvenções a projecto de hidrogénio em Sines
Município de Paredes investe mais de 64,3 M€ em habitação com apoio do PRR
IP lança concurso de 77M€
Knauf apresenta nova identidade corporativa
A Câmara do Porto está disponível para ficar com a gestão das casas que pertencem ao Instituto da Habitação e Reabilitação Urbana (IHRU), reiterou Rui Moreira na Assembleia Municipal em que se aprovou o orçamento para 2020. No entanto, o processo não tem avançado porque, entre outras vicissitudes, o Governo quer passar o ónus das dívidas deste “sorvedouro de má gestão” para a Câmara.
O tema Habitação dominou o debate sobre o orçamento do Município do Porto para o próximo ano, principal ponto da ordem de trabalhos na sessão ordinária da Assembleia Municipal convocada para esta segunda-feira à noite.
Rui Moreira declarou que “era preciso que o Estado incluísse habitação pública a preço acessível” e não escondeu o incómodo por constatar a ausência desse investimento nos planos governativos.
O Município do Porto, lembrou o autarca, em matéria de disponibilização de habitação social, suplanta largamente a média nacional (13% contra 2%) e, no tocante à falha do mercado habitacional, além dos projectos de construção de habitação a preços acessíveis em curso, providencia o pioneiro Fundo de Emergência Social – Porto Solidário, que apoia famílias em situação de carência económica ao pagamento de renda das casas, há cerca de quatro anos. Aliás, em 2020 dobra o investimento neste programa “para dois milhões de euros”, destacou. Esta ideia do “cheque-renda”, aplicada também noutros países, poderia perfeitamente ser aproveitada pelo Governo, que assim “entraria com essa contrapartida, resolvendo o problema” da subida dos preços no mercado da habitação, propôs o presidente da Câmara do Porto.
Coisa diferente, e na opinião de Rui Moreira “manifestamente insuficiente”, é o apoio estatal de 35% para a construção de novas habitações sociais e de 50% no caso da reabilitação. “Digam sinceramente se acreditam que, com 35% de apoio às câmaras, os municípios vão construir habitação social? Não vão. Má notícia, não vão”, enfatizou.