Metro de Lisboa e Porto, ponte no Douro e quatro hospitais no plano de recuperação da Economia
Trata-se de uma visão estratégica para recuperar, até 2030, dos efeitos provocados pela pandemia de Covid-19, nomeadamente a grave recessão económica que tem características globais e que vai ferir profundamente a nossa economia.
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O Governo apresentou, esta terça-feira, o plano de recuperação económica elaborada por António Costa Silva, consultor do Executivo, um estudo que estima que a economia portuguesa poderá cair 12% em 2020 e onde avança com um conjunto de propostas para os diversos sectores de actividade.
Trata-se de uma visão estratégica para recuperar, até 2030, dos efeitos provocados pela pandemia de Covid-19, nomeadamente a grave recessão económica que tem características globais e que vai ferir profundamente a nossa economia.
De acordo com a proposta do consultor do Governo, “o pós-pandemia deverá ser acompanhado por um reposicionamento das sociedades relativamente ao seu modo de organização, comportamentos e estilos de vida e pela transformação da economia nacional, evoluindo para um modelo de crescimento mais justo, próspero e eficiente, no uso regenerativo dos recursos e dentro dos limites dos sistemas naturais”.
Nesse sentido, Costa Silva propõe a expansão das redes do metro de Lisboa e Porto, incluindo a construção de uma nova travessia do Douro a montante da ponte da Arrábida, e uma aposta na mobilidade eléctrica.
A rede do Metropolitano de Lisboa deve ser alargada “para zonas densamente povoadas da cidade e da sua periferia imediata”. Ainda em relação a Lisboa, é recomendada a introdução de novas formas de transporte, bem como transportes públicos mais eficientes, atractivos e sustentáveis.
No Porto, o documento aponta o reforço da oferta e a expansão dos sistemas de metro ligeiro na área metropolitana, nas zonas em que a procura justifique, e a construção de uma nova ponte para o metro a “montante da Ponte da Arrábida”.
Nas cidades de média dimensão, como Braga, Guimarães, Aveiro, Coimbra, Leiria, Évora ou Faro, devem ser desenvolvidos os sistemas de transportes colectivos, aumentando “a oferta de transportes públicos de passageiros que conduza à redução da dependência de transporte individual nos acessos aos principais centros urbanos e à descarbonização”.
Propõe ainda acelerar a mobilidade eléctrica das cidades, incluindo dotar as frotas de transportes públicos com veículos de zero emissões, eléctricos ou a hidrogénio.
Costa Silva acredita ainda que é fundamental haver um plano de investimento para reforçar o sistema de saúde nacional em particular o SNS não só em termos de equipamentos, mas também de recursos humanos, aumentando a sua capacidade de resposta e fazendo evoluir a sua organização para ser mais flexível e mais rápido mantendo e consolidando a sua qualidade e sustentabilidade. A conclusão da rede do SNS com o novo Hospital de Lisboa Oriental, o novo Hospital do Seixal, o novo Hospital de Évora, o novo Hospital do Algarve, a requalificação do parque e da tecnologia hospitalar e a ampliação da Rede Nacional de Cuidados Continuados para a dimensão já prevista, é essencial para o futuro.
O documento propõe igualmente a retoma do projecto de ligação entre o Porto e Lisboa por alta velocidade ferroviária e do novo aeroporto de Lisboa devido à necessidade de “construir um eixo ferroviário de alta velocidade Porto-Lisboa para passageiros, começando com o troço Porto-Soure (onde existem mais constrangimentos de circulação)”.
Esta ligação “potenciará a afirmação das duas áreas metropolitanas do país e o seu funcionamento em rede”, além de trazer “grandes ganhos ambientais por dispensar as ligações aéreas”.
“Uma posterior ligação a Espanha pode favorecer todo o litoral português e facilitar o equilíbrio financeiro da exploração. A ligação Porto-Vigo, bem como outras ‘amarrações ibéricas’, devem ser equacionadas no médio prazo”, indicou o consultor.