Imobiliário

Actividade do mercado no 1º semestre de 2020 reflecte os efeitos da actual pandemia

De acordo o Market Update, da Cushman & Wakefield, a Indústria e Logística, a par com o investimento, foram os sectores com maior resiliência face a 2019.

CONSTRUIR
Imobiliário

Actividade do mercado no 1º semestre de 2020 reflecte os efeitos da actual pandemia

De acordo o Market Update, da Cushman & Wakefield, a Indústria e Logística, a par com o investimento, foram os sectores com maior resiliência face a 2019.

CONSTRUIR
Sobre o autor
CONSTRUIR
Artigos relacionados
As Legislativas esmiuçadas, a Open House e o ‘novo’ Pavilhão de Portugal em destaque no CONSTRUIR 530
Construção
Apagão ibérico revela “fragilidades” na Europa
Empresas
Crescimento de flexspaces deve-se à “rapidez da operacionalidade” e “flexibilidade de prazos”
Construção
Habitat Invest lança lote 3 do Almar Beach
Imobiliário
Prémio António Almeida Henriques 2025 destaca empresas e autarquias
Construção
IP consigna a última empreitada das obras do PRR
Engenharia
Melom e Querido Mudei a Casa Obras com volume de negócios de 6,6 M€ no 1º trimestre
Empresas
Sete gabinetes portugueses finalistas nos A+Awards 2025
Arquitectura
Accor assume gestão do Anantara Vilamoura, o primeiro da marca Fairmont em Portugal 
Imobiliário
Estão abertas as candidaturas à 21ª edição do Prémio Fernando Távora
Arquitectura


Na primeira metade do ano, o mercado imobiliário português reflectiu o impacto da pandemia da Covid-19, com a suspensão generalizada dos processos de tomada de decisão a ter uma maior expressividade na actividade ao longo do segundo trimestre, de acordo com a última edição do “Market Update” publicado pela Cushman & Wakefield.

Andreia Almeida, associate e directora de Research & Insight da Cushman & Wakefield, refere que “a actual conjuntura abrandou fortemente o crescimento que o mercado imobiliário nacional vinha a registar ao longo dos últimos anos, com a maioria dos operadores ou intervenientes no mercado a adoptar uma atitude cautelosa. Neste contexto, a maior abertura dos proprietários à concessão de incentivos aos arrendatários permitiu uma manutenção dos valores brutos de arrendamento. Por outro lado, verificou-se uma correcção em alta das taxas de rentabilidade exigidas pelos investidores institucionais. Para o final do ano, antecipa-se uma quebra generalizada na actividade imobiliária face a 2019, que será particularmente sentida nos sectores actualmente mais afectados, nomeadamente retalho e hotelaria.” 

Escritórios

Na Grande Lisboa, o volume de absorção no primeiro semestre registou uma quebra homóloga de 23%, a qual foi ainda assim atenuada pela conclusão de algumas transacções de grande dimensão iniciadas no período pré-Covid-19. Com 84.400 m² transaccionados, distribuídos por 57 negócios, atingiu-se um novo record histórico de área média transaccionada, com 1.480 m².

O Prime CBD (Zona 1) concentrou 26% do volume total, tendo-se registado nesta zona o maior negócio do semestre, o pré-arrendamento de 16.400 m² no Edifício Monumental pelo BPI. O segundo maior negócio consistiu na aquisição pela Cofidis da sua futura sede com 10.400 m² nas Natura Towers, em Outras Zonas (Zona 7). A taxa de desocupação na Grande Lisboa aumentou ligeiramente para os 4,2%.

No Grande Porto, a concretização de transacções que já se encontravam numa fase avançada de negociação no primeiro trimestre contribuiu para uma absorção semestral de 28.400 m², um crescimento de 38% face a 2019. Com 24 negócios, a área média transaccionada aumentou para os 1.180 m², sendo de destacar os arrendamentos pela Concentrix de 5.900 m² e pela PwC de 2.400 m² no recentemente concluído Porto Office Park, localizado no Porto – Boavista (Zona 1), e onde se registou a maior concentração de volume de procura (33%).

Em termos de oferta futura, actualmente estimada para os próximos três anos em 237.000 m² em Lisboa e 70.800 m² no Porto, enfrenta agora um maior risco de correcção em baixa, particularmente pelo potencial adiamento ou mesmo cancelamento de alguns dos projectos previstos.

Com as expectativas de fecho de ano a apontar para uma quebra nos volumes de ocupação, a disponibilidade dos proprietários para a concessão de incentivos adicionais tem aumentado, particularmente através de carência de rendas. Neste contexto, os valores de arrendamento mantiveram-se estáveis, com as rendas prime na Zona 1 nos €23/m²/mês em Lisboa e €15,5/m²/mês no Porto, uma tendência que se poderá manter dado a preferência pela manutenção das rendas brutas e a actual escassez de oferta de qualidade. 

Retalho

No primeiro semestre de 2020 foram registados pela Cushman & Wakefield cerca de 150 negócios, uma quebra expressiva de 64% face a 2019, a qual foi particularmente sentida durante o segundo trimestre, com apenas 40 aberturas (-82%). O comércio de rua representou 69% da procura, seguido pelos conjuntos comerciais com 18% das novas aberturas. Impulsionado pelo crescimento que o turismo vinha a registar, o sector da Restauração foi o mais activo, com 62% do número de operações, seguido por Outros e Lazer & Cultura, cada um com 10%.

Assente na predisposição de alguns proprietários em conceder incentivos aos seus inquilinos, nomeadamente carência de rendas e/ou contribuições para obras de adaptação, entretanto complementada com a moratória de rendas, os valores brutos de arrendamento mantiveram-se estáveis, com a renda prime no comércio de rua nos €130/m²/mês em Lisboa (Chiado) e nos €75/m²/mês no Porto (Baixa); e nos €105/m²/mês em centros comerciais. Adicionalmente, entrou recentemente em vigor um regime excepcional que suspende o pagamento de rendas fixas nos centros comerciais até ao final do ano, sendo somente devidas pelos inquilinos a renda variável e despesas comuns, aguardando-se detalhes sobre como o mesmo será implementado.

Industrial & Logística

A actividade de ocupação no sector industrial e logístico demonstrou uma ligeira redução da procura no primeiro semestre, com 64.400 m² transaccionados, 9% abaixo do período homólogo. Com 13 negócios, a área média por operação situou-se nos 5.000 m², para o qual contribuíram alguns negócios de dimensão relevante – as ocupações próprias pela Hotelar dos 22.000 m² da renovada Fábrica de Fiação e Tecidos do Rio Vizela (Santo Tirso) e pela Hovione dos 11.400 m² do seu novo edifício em Loures.

Com o aumento do comércio online, a procura de espaços adaptados a este modelo de negócio aumentou, particularmente espaços logísticos nas áreas metropolitanas de Lisboa e Porto e plataformas de distribuição de last mile nos seus centros urbanos.

Em termos de projectos futuros, a actual escassez de oferta de espaços de qualidade deverá ser colmatada com a construção de novos projectos, entre os quais se destaca a Plataforma Logística Lisboa Norte (Castanheira do Ribatejo) da Merlin Properties, com uma área total de 225.000 m² e cujo primeiro armazém (45.000 m²) se encontra em construção.

Neste enquadramento, os valores de arrendamento prime mantiveram-se estáveis, com a Zona 1 de Lisboa (Alverca-Azambuja) nos €4,00/m²/mês e do Porto (Maia-Via Norte) nos €3,85/m²/mês. 

Investimento

Apesar do impacto negativo da actual conjuntura na actividade de investimento imobiliário, o primeiro semestre de 2020 registou um novo máximo histórico semestral – até Junho foram transaccionados €1.670 milhões em imobiliário comercial (um crescimento homólogo de 50%) distribuídos por 27 operações. Para este resultado contribuiu particularmente a venda de 50% da joint-venture Sierra Prime pela Sonae Sierra e APG à Allianz Real Estate e Elo, por cerca de €800 milhões, e que desta forma compensou a quebra de 88% registada no segundo trimestre, para os €87,5 milhões.

A percentagem de investimento estrangeiro diminui para os 71%, reflectindo praticamente um triplicar do capital nacional face ao mesmo período de 2019, para os €491 milhões. O sector de retalho atraiu 56% do capital investido, seguido por escritórios (21%) e hotelaria (18%). Em escritórios, destaque para a venda do portfolio PREOF pela Finsolutia à Cerberus por um montante entre €150-170 milhões e a recente aquisição (para ocupação própria) das Natura Towers pela Cofidis por €46 milhões.

A previsível quebra na receita operacional dos imóveis e a maior aversão ao risco pelos bancos no financiamento de transacções imobiliárias contribuíram para o abrandamento da actividade de investimento. Com os investidores a procurar retomar gradualmente as negociações, particularmente em logística e escritórios e nos segmentos core e core+, as estimativas de volume total de investimento para o final este ano situam-se na ordem dos €2.500 milhões, o que representaria uma quebra homóloga de 20%.

Neste contexto, as yields prime corrigiram em alta, nomeadamente para os 4,10% em escritórios, 4,25% no comércio de rua, 5,00% em centros comerciais e 6,10% em industrial, reflectindo um aumento entre os 10 e os 25 pontos base face ao trimestre anterior.

 

Sobre o autorCONSTRUIR

CONSTRUIR

Mais artigos
Artigos relacionados
As Legislativas esmiuçadas, a Open House e o ‘novo’ Pavilhão de Portugal em destaque no CONSTRUIR 530
Construção
Apagão ibérico revela “fragilidades” na Europa
Empresas
Crescimento de flexspaces deve-se à “rapidez da operacionalidade” e “flexibilidade de prazos”
Construção
Habitat Invest lança lote 3 do Almar Beach
Imobiliário
Prémio António Almeida Henriques 2025 destaca empresas e autarquias
Construção
IP consigna a última empreitada das obras do PRR
Engenharia
Melom e Querido Mudei a Casa Obras com volume de negócios de 6,6 M€ no 1º trimestre
Empresas
Sete gabinetes portugueses finalistas nos A+Awards 2025
Arquitectura
Accor assume gestão do Anantara Vilamoura, o primeiro da marca Fairmont em Portugal 
Imobiliário
Estão abertas as candidaturas à 21ª edição do Prémio Fernando Távora
Arquitectura
Construção

As Legislativas esmiuçadas, a Open House e o ‘novo’ Pavilhão de Portugal em destaque no CONSTRUIR 530

Em véspera do País ir a votos, o CONSTRUIR olhou para as linhas fortes dos programas eleitorais em matéria de investimento público. O renovado Pavilhão de Portugal, a edição deste ano da Open House Lisboa e o novo projecto da Krest em destaque nesta edição. Mas há muito mais para ler no CONSTRUIR 530 e no Suplemento ReCONSTRUIR

Muitos chavões, poucas medidas. Programas eleitorais para todos os gostos
Percorremos milhares de páginas em torno das medidas mais concretas que os partidos, pelo menos aqueles com assento parlamentar na última legislatura, defendem na área do investimento público. A habitação domina, como seria de esperar, mas estranhamente não há muitos números para apresentar, com metas e orçamentos estimados. A simplificação administrativa também domina os programas para as legislativas de 2025

Os cenários para a BRT da A5
As autarquias de Cascais e Oeiras querem criar um Bus Rapid Transit (BRT) que ligue ambas as autarquias ao centro de Lisboa. A ideia não é nova, mas o primeiro estudo está concluído


Espaços “visíveis e invisíveis” do Open House 2025

“A Invenção de Lisboa” convida a uma reflexão sobre a cidade que se habita e se vive, mas também sobre tudo o que está por trás desta. A 14ª edição terá lugar nos dias 10 e 11 de Maio

“Não temos de estar, podemos criar a localização”
Entre a Quinta da Fonte e Paço de Arcos vai nascer o mais recente projecto da Krest. O ‘Arcoverde’ deverá começar a ser construído ainda este ano e o CEO da promotora explica a estratégia do grupo

SUPLEMENTO ReCONSTRUIR
A vida regressa ao Pavilhão de Portugal

Concebido por Álvaro Siza Vieira para a Expo 98, o Pavilhão de Portugal é um marco da arquitectura portuguesa, prémio Valmor em 1998, cuja reabilitação, concluída em 2025, marca um novo capítulo na história deste ícone. Agora, sob a alçada da Universidade de Lisboa, irá celebrar-se a ciência e a inovação. A sua transformação em centro de congressos, exposições e espaço de divulgação científica foi liderada por Siza Vieira, cuja visão criativa preservou a essência do edifício enquanto o adaptou às exigências contemporâneas

M’AR De AR Auria a síntese entre hospitalidade e a Reabilitação Urbana de Lisboa
Inaugurado no final de 2024, este hotel boutique no coração de Arroios não é apenas um refúgio para viajantes, mas também um símbolo do poder transformador da reabilitação urbana, revitalizando um bairro e contribuindo para redefinir os padrões do turismo sustentável em Portugal

Rebuild 2025 posiciona-se como “capital europeia” da construção industrializada
A industrialização como forma de resolver os actuais desafios sociais, climáticos e sectoriais foi a “espinha dorsal” do Congresso de Arquitectura e Construção Avançada 4.0, um dos pontos altos da feira, do que resultou o “compromisso” de um sector “mais industrializado, circular, digitalizado, adaptado ao meio ambiente e às alterações climáticas”. Estas serão as ferramentas para dar resposta à falta de habitação acessível e concretizar a necessária reabilitação energética do edificado existente. A próxima edição decorre de 24 a 26 de Março de 2026

A versão completa desta edição é exclusiva para subscritores do CONSTRUIR. Pode comprar apenas esta edição ou efectuar uma assinatura do CONSTRUIR aqui obtendo o acesso imediato.

Para mais informações contacte: Graça Dias | gdias@workmedia.pt | 215 825 436

Nota: Se já é subscritor do CONSTRUIR açeda, através dos seus dados de Login de assinante, à secção PLUS – Edição Digital e escolha a edição que deseja ler

ACEDA AQUI À VERSÃO DIGITAL DA EDIÇÃO IMPRESSA DO CONSTRUIR 530

ACEDA AQUI À VERSÃO DIGITAL DO SUPLEMENTO ReCONSTRUIR

Sobre o autorCONSTRUIR

CONSTRUIR

Mais artigos
Empresas

Apagão ibérico revela “fragilidades” na Europa

O presidente da ADENE, Nelson Laje participou na 13.ª edição da PERÚ ENERGÍA 2025, um dos mais relevantes fóruns sobre energia da América Latina. A aposta do país nas energias renováveis, sem esquecer o apagão ibérico, foram temas centrais

A ADENE participou, esta quarta-feira, 7 de Maio, na 13.ª edição da PERÚ ENERGÍA 2025, um dos mais relevantes fóruns sobre energia da América Latina que se realiza em Lima. Nelson Lage, presidente do Conselho de Administração da ADENE, foi o orador convidado com a intervenção “Portugal y las Energías Renovables: Una historia de éxito y lecciones aprendidas”, onde partilhou a experiência portuguesa na transição energética e os desafios enfrentados pelo sistema energético europeu.

Logo na abertura da sua intervenção, Nelson Lage destacou o impacto do recente apagão ibérico de 28 de Abril, que afectou milhões de cidadãos em Portugal, Espanha, ao afirmar que “o apagão foi um alerta energético para toda a Europa, e revelou, de forma clara, que a transição energética não pode avançar sem redes modernas, capacidade de armazenamento e verdadeira cooperação entre Estados-Membros”.

Este episódio, disse Nelson Lage, “evidenciou a urgência de alinhar ambição climática com infraestruturas robustas e bem preparadas já que persistem limitações estruturais que comprometem o avanço da transição energética”.

O presidente da ADENE alertou ainda para a necessidade de alinhar o crescimento da geração renovável com investimento em interligações, digitalização e resiliência da rede, destacando que “o verdadeiro sucesso da transição energética se mede pela sua capacidade de chegar a todos, de forma segura, estável e justa”.

Durante a sua passagem por Lima, a ADENE reforçou a cooperação internacional com a assinatura de um protocolo com o CENERGÍA, Centro de Conservación de Energía del Perú, numa cerimónia que decorreu na sede da instituição e que contou com a presença de Jorge Aguinaga Díaz, gerente general do CENERGÍA, Nelson Lage, presidente da ADENE, e Joaquim Moreira de Lemos, Embaixador de Portugal no Peru.
O protocolo com o CENERGÍA estabelece uma base sólida para o desenvolvimento conjunto de projectos e iniciativas em áreas como: formação técnica em eficiência energética e energias renováveis; criação de campanhas de sensibilização para tecnologias limpas; organização de missões técnicas e visitas de intercâmbio; criação de um directório de especialistas para intercâmbio de conhecimento; e a participação conjunta em candidaturas a financiamentos internacionais.

Sobre o autorCONSTRUIR

CONSTRUIR

Mais artigos
Construção

Crescimento de flexspaces deve-se à “rapidez da operacionalidade” e “flexibilidade de prazos”

O estudo, lançado pela consultora B.Prime analisou centenas de espaços nas cidades de Lisboa e do Porto e indica que segmento já representa cerca de 250 mil m2 de área ocupada em escritórios

O segmento dos Flexspaces já representa cerca de 250 mil metros quadrados (m2) de área ocupada em escritórios, que por sua vez acolhe cerca de 31 mil trabalhadores. O estudo, lançado pela consultora B.Prime analisou centenas de espaços nas cidades de Lisboa e do Porto.

Segundo Carlos Oliveira, partner e head of Agency da B. Prime, “o crescimento acelerado dos últimos anos deste modelo de negócio deve-se essencialmente à rapidez da operacionalidade e à flexibilidade de prazos e usos. Se olharmos para outros mercados onde existem há mais tempo, podemos perceber que ainda há espaço para uma maior dispersão geográfica a nível nacional e para uma maior estratificação de conceitos”.

Neste estudo foram analisados centenas de espaços nas cidades de Lisboa e do Porto que em conjunto representam cerca de 250 mil m2. Em Lisboa este segmento acolhe cerca de 25.200 pessoas, enquanto no Porto são 5.500 trabalhadores que todos os dias trabalham em Flexspaces.

O aumento de espaços de Flexspaces encontra-se condicionado pela falta de oferta, mas ainda assim registou-se um aumento de stock que teve um forte impacto desde 2019, fruto da pandemia que impôs novas formas de trabalho. 2023 e 2024 foram os anos com um crescimento mais expressivo: 14% da totalidade de área colocada no mercado de escritórios de Lisboa estão afectos ao Flexspace. Já no Porto a abertura do LACS no Boavista Office Center foi o grande impulsionador.

Quanto às áreas mais procuradas, tanto a Norte como a Sul, elas variam entre os 100 e os 500 m2, sendo que as várias soluções existentes no segmento de Flexspaces proporcionam espaços que podem variar entre escritórios mais informais ou mais corporativos, que permite total flexibilidade por parte das empresas e dos empresários.

Este segmento tem maior expressão em Lisboa com cerca de 205 mil m2 afetos ao Flexspace, enquanto a Norte a área ocupada é menor, mas tem registado um crescimento mais acelerado.

Por último e no que diz respeito aos espaços com critérios ESG – Environmental, Social e Governance, estes são cada vez mais determinantes na escolha final de um escritório e o segmento Flexspace não é excepção. 40% dos operadores inquiridos referem que a sustentabilidade é um dos factores mais relevantes no projecto que gerem.

Sobre o autorCONSTRUIR

CONSTRUIR

Mais artigos
Imobiliário

Habitat Invest lança lote 3 do Almar Beach

Mais uma etapa da segunda fase do projecto Almar Beach chega ao mercado. Com este novo lançamento, estarão disponíveis 57 novos apartamentos de diversas tipologias

A Habitat Invest coloca no mercado 57 novos apartamentos no empreendimento residencial situado na Alameda Guerra Junqueiro, junto ao Parque da Paz, o Almar Beach.

Nesta segunda etapa de comercialização, vão ficar disponibilizados 57 apartamentos, incluindo fracções de T0 a T3 duplex, com áreas entre os 36 m2 e os 208 m2. As fracções contam com a oferta de um veículo eléctrico Citroën AMI, dando continuidade à parceria com a Stellantis, de modo a promover um estilo de vida mais sustentável e uma maior mobilidade dentro da cidade.

Os apartamentos são pensados para todos os estilos de vida e quem escolhe viver aqui tem tudo perto do seu lar. Isto é possível devido à proximidade às praias da Caparica, ao Parque da Paz, às escolas e aos espaços comerciais.
O projecto conta com o cunho de Saraiva + Associados. O Almar Beach é a segunda de três fases do projecto Almar South Living. Representa um investimento superior a 50 milhões de euros em Almada, que se destaca pela zona costeira e o fácil acesso a Lisboa.

“Em cada nova fase do Almar Beach, damos continuidade a um projecto pensado ao pormenor para responder às exigências do presente e aos sonhos do futuro. Reforçamos, também, o nosso compromisso em trazer para o mercado habitações que se adaptam ao estilo de vida moderno. Contudo, não esquecendo dos momentos em que precisamos de parar e aproveitar a natureza ao nosso redor. É aqui que conseguimos proporcionar aos nossos clientes uma qualidade de vida única na margem sul do Tejo”, refere Duarte Soares Franco, board member da Habitat Invest.

Sobre o autorCONSTRUIR

CONSTRUIR

Mais artigos
Construção

Prémio António Almeida Henriques 2025 destaca empresas e autarquias

Estão a decorrer as candidaturas aos Prémios Portugal Smart Cities – António Almeida Henriques, iniciativa promovida pela Fundação AIP, no âmbito do Portugal Smart Cities Summit, que este ano decorre de 3 a 5 de Junho

Estão abertas, até ao próximo dia 12 de Maio, as candidaturas aos Prémios Portugal Smart Cities – António Almeida Henriques, iniciativa promovida pela Fundação AIP, no âmbito do Portugal Smart Cities Summit, que decorre de 3 a 5 de Junho na FIL, Parque das Nações.

Lançados em 2023, os Prémios têm como missão reconhecer e valorizar projectos que contribuem activamente para a construção de cidades mais inteligentes, sustentáveis, inclusivas e conectadas

Em 2025, o âmbito de participação foi alargado também a empresas, que nesta edição podem concorrer, tal como as comunidades intermunicipais, os municípios e as juntas de freguesia com projectos de inovação já implementados.

“Estes prémios assumem um papel estratégico ao reconhecer projectos que elevam a qualidade de vida nas cidades, valorizando o envolvimento activo dos municípios como motores da transformação urbana. Simultaneamente, destacam o papel fundamental das empresas na criação e implementação de soluções tecnológicas e sustentáveis, promovendo sinergias que podem servir de inspiração para outras regiões e acelerar a transição para cidades verdadeiramente inteligentes”, refere Ana Quartin gestora do evento.

Na edição deste ano estarão a concurso seis categorias: Neutralidade Carbónica; Mobilidade; Espaço público; Inclusão Social; Transformação Digital; e Reabilitação urbana sustentável e inteligente. As candidaturas devem ser submetidas através do site oficial do evento.

A avaliação será feita por um júri presidido pelo Professor Doutor Miguel de Castro Neto, director da NOVA IMS, e inclui especialistas de referência na área das Smart Cities. A cerimónia de entrega dos prémios terá lugar a 3 de Junho de 2025, durante o Portugal Smart Cities Summit.

Sobre o autorCONSTRUIR

CONSTRUIR

Mais artigos
Créditos: DR (foto retirada do site Tâmega tv)
Engenharia

IP consigna a última empreitada das obras do PRR

Empreitada, com um investimento de 14,7 M€, corresponde à construção da Variante à EN211 entre Quintã e Mesquinhata

A Infraestruturas de Portugal (IP) vai dar início à construção da Variante à EN211 entre Quintã e Mesquinhata, no distrito de Porto, concelhos de Marco de Canaveses e Baião, naquela que é a última empreitada das obras do PRR. A empreitada foi consignada à empresa Cândido José Rodrigues.

Com um investimento de cerca de 14,7 milhões de euros, a empreitada corresponde à construção de uma variante à EN211, com cerca de 2,5 km, entre o entroncamento da EN321-1 e a localidade de Mesquinhata, que tem por objectivo oferecer “um percurso alternativo à EN211” e “desviar os tráfegos de passagem do interior dos aglomerados urbanos”, melhorando o nível de serviço rodoviário e reduzindo os tempos de percurso.

A intervenção, além da construção do novo traçado, inclui, também, uma nova rotunda na Mesquinhata, três viadutos, três passagens superiores e uma passagem agrícola.  A Variante terá uma velocidade base de 60km/h e via de lentos entre os quilómetros 0 e 0,432 no sentido Quintã / Mesquinhata e entre os quilómetros 1,869 e 2,465 no sentido Mesquinhata / Quintã.

Para assinalar o início da intervenção, marcaram presença, esta terça-feira, dia 6 de Maio, na sede da IP, Hugo Espírito Santo, secretário de Estado das Infraestruturas, Miguel Cruz, presidente do Conselho de Administração da IP, Paulo Pereira, presidente da Câmara Municipal de Baião, Nuno Pinto, vice-presidente da Câmara Municipal de Marco de Canaveses e Maria de Lourdes Oliveira Freitas, em representação da empresa Cândido José Rodrigues.

Sobre o autorCONSTRUIR

CONSTRUIR

Mais artigos
Empresas

Melom e Querido Mudei a Casa Obras com volume de negócios de 6,6 M€ no 1º trimestre

Em comunicado, indicam que, nos três primeiros meses deste ano, as duas insígnias somaram 11 novos contratos de franquia, cabendo 4,76 M€ de volume de negócios à Melom e 1,85 M€ à QMACO

A rede que integra as empresas Melom e Querido Mudei a Casa Obras (QMACO), anuncia um primeiro trimestre com “desempenho positivo”. Em comunicado, indicam que, nos três primeiros meses deste ano, as duas insígnias somaram 11 novos contratos de franquia e registaram um volume de negócios conjunto de 6,6 milhões de euros. Sendo 4,76 milhões de euros relativos à Melom e 1,85 milhões de euros à QMACO.

As novas unidades localizam-se nos distritos de Setúbal (3), Lisboa (3), Porto (3), Braga (1) e Faro (1). Este número representa um crescimento de 175% face ao primeiro trimestre de 2024, altura em que tinham sido registados apenas quatro novos franchisados.

“A nossa estratégia, mais exigente e criteriosa, implicou realizar alguns ajustes que se traduziram num ligeiro decréscimo no número de franchisados logo no início de 2025. No entanto, esta abordagem rapidamente deu frutos, com a celebração de 11 novos contratos, reforçando que o nosso posicionamento segue no caminho certo, alinhado com um mercado cada vez mais informado e desafiante”, afirma Catarina Crespo, directora de Marketing da Melom e QMACO.

A procura pelos serviços das marcas também se manteve elevada, com 1.731 pedidos de orçamento de obras, dos quais resultaram 288 adjudicações, correspondentes a um volume global de 7,3 milhões de euros.

Em termos de valor médio por obra, a Melom registou uma média de 40 mil euros, o que representa um crescimento de 40,7% face ao período homólogo. Já a QMACO apresentou um valor médio de 13.600 euros, com um aumento de 3,6% em comparação com o primeiro trimestre de 2024.

Sobre o autorCONSTRUIR

CONSTRUIR

Mais artigos
Arquitectura

Sete gabinetes portugueses finalistas nos A+Awards 2025

São sete os gabinetes portugueses que estão entre os finalistas da edição de 2025 dos A+Awards 2025, que homenageia os melhores edifícios e espaços do ano em todo o mundo

A Architizer, a maior plataforma online de arquitectura, anunciou no início da semana a lista de finalistas dos A+Awards 2025, que homenageia os melhores edifícios e espaços do ano em todo o mundo. Com foco na inovação local e global, o programa de 2025 destaca arquitectos e designers que estão a responder à globalização da indústria de inúmeras formas. Com mais de 4.000 candidaturas de mais de 80 países, o júri do programa seleccionou 618 finalistas distribuídos por cada uma das mais de 120 categorias do programa. Entre estes encontramos sete portugueses.

Assim, na categoria Comercial Office Low Rise surge-nos o estúdio do arquitecto Raulino Silva, em Vila do Conde, o qual resultou da transformação da pequena casa datada de 1936 dos avós paternos do arquitecto.

A firma Topiares Land Scape Architecture está entre os finalistas da categoria Public Parks and Green Spaces com o projecto da “Frente Ribeirinha de Loures”.

Na categoria Residencial Private House (M2000-4000 sq ff) encontramos o projecto “Casa de Oeiras”, com assinatura do gabinete OODA.

O estúdio AB+AC Architecture, sediado na capital portuguesa, é um dos cinco finalistas na categoria Apartment com o projecto” Lisbon pied-à-terre”.

Uma capela, com paredes em paliçada, à beira do lago Montargil, está entre os cinco finalistas da categoria Architecture+Light o projecto recebeu o nome de “Diffuse Mirror” e tem a assinatura da firma António Costa Lima Arquitectos. Esta categoria integra o grupo de categorias de “conceito”, celebrando a forma como a arquitectura é capaz de responder a questões globais, às mudanças na tecnologia e à nossa sociedade em evolução.

O Grupo Openbook surge indicado como um dos cinco finalistas na categoria Best Commercial Firm. A nomeação reconhece o trabalho contínuo do Grupo na criação de espaços que combinam visão global com impacto local, inovação e compromisso com a sustentabilidade.

A “Casa da Levada”, valeu à firma Tsou Arquitectos a nomeação para a categoria Sustainable Private House, a qual celebra os projectos que contribuem para um ambiente construído mais sustentável, equitativo e resiliente.

Como Popular Choice Awards, a eleição dos vencedores é feita por votação pública. Para votar basta aceder ao site da votação até ao dia 16 de Maio às 23h59, cada pessoa pode votar uma vez a cada 24 horas. Os vencedores serão conhecidos dia 9 de Junho.

Sobre o autorCONSTRUIR

CONSTRUIR

Mais artigos
Victoria Golf Resort & Spa (piscina principal)
Imobiliário

Accor assume gestão do Anantara Vilamoura, o primeiro da marca Fairmont em Portugal 

O hotel será gerido em regime de white label, durante a implementação de um plano de melhoria profunda das infraestruturas, após a qual será integrado na rede Fairmont

A Accor assumiu, a 30 de Abril, a gestão do Anantara Vilamoura, propriedade de fundos geridos pela Arrow Global Group. Com esta mudança de gestão, o hotel de 260 quartos passará a denominar-se Victoria Golf Resort & Spa, Managed by Accor. O Victoria Golf Resort & Spa beneficia de uma localização privilegiada com vista para o recém-anunciado Els Club Vilamoura, anteriormente conhecido como Victoria, palco durante vários anos do torneio internacional Portugal Masters, assim como a poucos minutos do renovado Centro Equestre de Vilamoura.

O hotel foi adquirido há alguns meses por fundos geridos pela Arrow Global Group que, juntamente com o grupo Accor, irá implementar um plano completo de melhoria do activo.

John Calvão, fund principal da Arrow Global Group explica que “a parceria com a Fairmont Hotels & Resorts e a Accor eleva significativamente o posicionamento do ecossistema integrado de hospitalidade, desporto e lazer que estamos a desenvolver em Vilamoura”.

Também Omer Acar, CEO da Fairmont Hotels & Resorts, considera que, tendo em conta “o campo de golfe de classe mundial e o cenário natural envolvente”, este hotel “encaixa-se na perfeição na filosofia Fairmont”.

“Estamos entusiasmados por colaborar com o Arrow Global Group na abertura da primeira unidade Fairmont em Portugal e por continuar a fortalecer a nossa presença no Sul da Europa”, acrescentou.

O hotel será gerido pela Accor, em regime de white label, durante a implementação de um plano de melhoria profunda das infraestruturas. Após a conclusão, o Victoria Golf Resort & Spa será totalmente requalificado e rebatizado como Fairmont, integrando oficialmente o portefólio da Fairmont Hotels & Resorts.

A Accor assegurará uma transição suave, introduzindo os elementos distintivos da marca Fairmont, complementados por detalhes que celebram a cultura local – reforçando a ligação do hotel à comunidade e ao destino.

Actualmente, a Accor opera mais de 35 hotéis em Portugal, com marcas como Sofitel, Novotel, Mercure, ibis Styles e ibis, bem como Mama Shelter (do grupo Ennismore).

Sobre o autorCONSTRUIR

CONSTRUIR

Mais artigos
Arquitectura

Estão abertas as candidaturas à 21ª edição do Prémio Fernando Távora

A data limite para entrega de candidaturas é dia 11 de Agosto deste ano, sendo que o vencedor será conhecido a 6 de Outubro

A Secção Regional do Norte da Ordem dos Arquitectos (OASRN) anuncia a abertura de candidaturas para a 21ª edição do Prémio Fernando Távora, uma iniciativa que distingue anualmente a melhor proposta de viagem de investigação com uma bolsa no valor de seis mil euros. A data limite para entrega de candidaturas é dia 11 de Agosto, sendo que o vencedor será conhecido a 6 de Outubro.

Criado em 2005 em homenagem ao arquitecto Fernando Távora, o prémio celebra a “importância da viagem como instrumento de descoberta, conhecimento e formação cultural para arquitectos”. Távora, que viajou ao longo da vida para estudar arquitectura in loco, defendia a experiência direta dos lugares como elemento essencial na prática e no ensino da disciplina.

O Prémio Fernando Távora é dirigido a arquitectos inscritos na Ordem dos Arquitectos e conta, mais uma vez, com a parceria da Câmara Municipal de Matosinhos, da Casa da Arquitectura, da Fundação Marques da Silva e com o patrocínio da Ageas Seguros.

Para esta 21ª edição o júri é composto por Joel Cleto, arqueólogo, historiador e comunicador, Andrea Soutinho, arquitecta (indicada pela Fundação Marques da Silva), Miguel Judas, arquitecto (indicado pela Casa da Arquitectura), Michele Cannatà, arquiteto (representante da OASRN) e João Moura Martins, designado pela família do arquitecto Fernando Távora.

Sobre o autorCONSTRUIR

CONSTRUIR

Mais artigos
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB

Navegue

Sobre nós

Grupo Workmedia

Mantenha-se informado

©2025 Construir. Todos os direitos reservados.