Trienal recebe debates da representação portuguesa da Bienal de Veneza
As conversas In Conflict na Trienal acontecem a 16 e 17 de Junho, às 19h00, e são de entrada gratuita. As próximas acontecem em Julho e Setembro deste ano no Porto e em Veneza, respectivamente
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No seguimento do que tem sido o trabalho feito com a equipa seleccionada para a Representação Oficial Portuguesa na 17ª Exposição Internacional de Arquitectura – La Biennale di Venezia, a Trienal de Lisboa recebe dois debates no Palácio Sinel de Cordes. Estes dois primeiros encontros complementam as questões levantadas pela exposição In Conflict, o Pavilhão de Portugal na actual Bienal de Arquitectura de Veneza 2021.
À questão “Como é que vamos viver juntos?”, lançada pelo arquitecto libanês Hashim Sarkis, curador desta 17ª edição da Bienal, o atelier português depA architects, mais o curador-adjunto, Miguel Santos, responderam com uma proposta de aprendizagem, através de processos caracterizados pelo conflito e confronto associados à problemática do habitar nas suas dimensões física e social. À parte expositiva, acrescentam uma vertente de discussão e reflexão, construída a partir de um open call em parceria com a Trienal de Arquitectura de Lisboa e o Mira Forum do Porto, que seleccionou os organizadores destas mesas redondas.
Nos dias 16 e 17 de Junho, próximas quarta e quinta-feira, o jardim do Palácio Sinel de Cordes recebe duas destas conversas em que profissionais nacionais e internacionais de diversas áreas – investigação, curadoria e prática – são convidados a analisar e responder a questões prementes, entre elas, “Que futuro terão as políticas de habitação em Portugal?” ou “Como serão vividas a propriedade, as relações sociais e de gestão num contexto contemporâneo de precariedade?”
No primeiro dia, quarta-feira, 16 de Junho, o debate está subordinado ao tema Public Housing – No Silver Bullet. Pensada, organizada e conduzida pelo arquitecto Samuel Gonçalves, esta conversa parte da iminência de uma nova crise económica que coloca a questão da habitação como emergência nacional. Questionando e provocando quatro peritos – Helena Roseta (arquitecta e política), Joana Couceiro (arquitecta), Álvaro Domingues (geógrafo) e Sónia Alves (socióloga), pretende-se esboçar princípios orientadores para uma nova e imperativa abordagem à habitação pública nacional. Nesta ocasião, será ainda exibida a curta-metragem Morada, com apresentação pelo realizador Luís Urbano.
No dia 17, Domestic Matters é a conversa que parte da precariedade como condição da vida contemporânea. Os espanhóis Anna Puigjaner (arquitecta) e Moisés Puente (arquitecto, editor e curador) escolheram colocar duas práticas arquitectónicas frente a frente com o objectivo de estabelecer um debate sobre as realidades domésticas de agora, os seus conflitos e possíveis futuros. Como participantes, contam-se o atelier berlinense B+, de Arno Brandlhuber, reconhecido mundialmente pela sua prática colaborativa – aqui representado por Angelika Hinterbrandner – e a cooperativa de arquitectos de Barcelona, Lacol, cuja actividade assenta num sistema horizontal de trabalho, actuando a par da sociedade, da justiça e da solidariedade – nesta sessão representada por Cristina Gamboa.
As conversas In Conflict na Trienal acontecem a 16 e 17 de Junho, às 19h00, e são de entrada gratuita. As próximas acontecem em Julho e Setembro deste ano no Porto e em Veneza, respectivamente.
A Representação Oficial Portuguesa na 17ª Exposição Internacional de Arquitectura – La Biennale di Venezia é comissariada pela Direção-Geral das Artes.