Primeiro-Ministro António Costa e Ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, Santos Silva, com dirigentes das empresas que assinaram os contratos de investimento, Lisboa, 20 julho 2021
141M€ em 4 contratos de investimento
Quatro contratos fiscais de apoio ao investimento de 140 milhões de euros vão criar 500 novos postos de trabalho e ajudar a manter mais de 1600.
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O Estado e quatro grupos privados, Vila Galé, João de Deus e Filhos, Tryba e Siemens Gamesa, assinaram contratos de investimento no valor de 141 milhões de euros. Dos quatro investimentos, um é no turismo (dois novos hotéis no interior) e três são na indústria (equipamentos para produção de energias renováveis, para motores híbridos ou elétricos, e para melhoria da eficiência energética dos edifícios).
Por ocasião da assinatura do acordo o Primeiro-Ministro sublinhou que estes investimentos “ilustram a importância de termos eleito a economia verde como motor do crescimento”. A economia verde e a transição digital são os motores eleitos pela União Europeia e por Portugal para a recuperação da economia e vão estar em destaque na execução do Plano de Recuperação e Resiliência.
O anúncio destes novos investimentos surge numa altura em que o país, e a economia, sofrem com os efeitos da crise pandémica. Ainda assim, António Costa destacou que o primeiro trimestre de 2021 Portugal registou “o melhor trimestre de sempre de investimento empresarial em Portugal, desde que esta série existe, desde 1999”.
“Em 2021, os contratos de investimento apoiados pela AICEP são já 92% do valor do melhor ano de sempre, que foi 2019, e ainda estamos em julho, havendo a oportunidade de batermos o recorde”, afirmou o Primeiro-Ministro. Nos primeiros seis meses do ano foram aprovados apoios para investimentos superiores a 1000 milhões de euros.
Os quatro investimentos contratados agora pela Agência para Investimento e o Comércio Externo de Portugal (AICEP), em nome do Estado, vão criar 500 novos empregos, manter 1600 postos de trabalho já existentes e aumentar as exportações da economia verde nacional e são um “sinal claro da confiança no futuro da nossa economia”.
A Vila Galé vai investir 16,4 milhões para construir dois novos hotéis em Manteigas e em Alter do Chão, sem desperdício de plástico. Serão criados 71 novos empregos.
A João de Deus e Filhos vai investir 40,7 milhões na sua fábrica de Samora Correia, Benavente, com a construção de duas novas linhas de produção de componentes para baterias elétricas e híbridas e de uma nova gama de intercoolers. Serão criados 100 novos empregos a juntar aos 300 que são mantidos.
A empresa Tryba, que resulta de uma parceria de uma empresa francesa com duas empresas portuguesas, vai investir 49,3 milhões para instalar uma fábrica de vanguarda para produção de janelas e portas em alumínio e pvc, com tecnologia inovadora. Trata-se do primeiro investimento desta empresa em Portugal e cria 212 novos postos de trabalho.
A Siemens Gamesa vai investir 34,9 milhões de euros no aumento da capacidade da sua fábrica com a instalação de seis novas linhas de produção para fabrico de novos modelos de pás eólicas para aerogeradores e aplicação de novas tecnologias de produção. Serão criados 100 novos empregos e mantidos 700.
Crescimento de 9% em dois anos
As previsões do Governo apontam para um crescimento da economia, entre 2021 e 2022, na ordem dos 9%. “Temos já em execução os investimentos que assegurarão este crescimento sustentado da economia nos próximos anos, a manutenção dos postos de trabalho e a criação de novos para absorver o desemprego gerado pela crise”, assegurou António Costa. Um crescimento que será apoiado pelo maior conjunto de fundos comunitários que o país alguma vez dispôs, distribuídos pelo Portugal 2020, Portugal 2030 e pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).
O PRR dispõe de 11 mil milhões de euros, de apoio direto às empresas, mais de quatro mil milhões para a descarbonização, a transição digital e as alianças para a modernização e reindustrialização, e tem ainda apoios indiretos pelos investimentos na qualificação dos recursos humanos, no combate a burocracia, e na dotação de infraestruturas para a melhoria da competitividade.