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    Portugal terá mais 1M de idosos em 2050 e precisará de mais 55 mil camas

    Estudo desenvolvido pela CBRE analisa o sector dos cuidados de saúde e residências seniores em Portugal. O investimento em activos de saúde e residências seniores é ainda reduzido, mas deverá aumentar à medida que são desenvolvidos novos projectos

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    Estudo desenvolvido pela CBRE analisa o sector dos cuidados de saúde e residências seniores em Portugal. O investimento em activos de saúde e residências seniores é ainda reduzido, mas deverá aumentar à medida que são desenvolvidos novos projectos

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    De acordo com o estudo ‘Building a healthier and more thriving future’, divulgado pela consultora imobiliária CBRE, mais de um terço da população residente em Portugal em 2050 será sénior, o que equivale a um total de 3,3 milhões de pessoas (mais 1 milhão que os actuais 2,3), pelo que serão necessárias mais 55 mil camas em residências seniores, metade do que existe actualmente.

    Esta é uma das principais conclusões do estudo desenvolvido pelo departamento de Research da CBRE, que analisa o sector dos cuidados de saúde e residências seniores em Portugal, destacando a atractividade destes activos para operadores e investidores.

    O potencial de crescimento da procura é elevado

    Portugal é actualmente o terceiro país na Europa com um maior peso de população idosa (+ 65 anos) e em 2050 será o primeiro. Consequentemente, o índice de dependência está previsto quase duplicar nos próximos 30 anos, tornando-se em 2050 o mais elevado na Europa, com uma estimativa de 63 idosos para cada 100 pessoas em idade activa.

    Apesar de ser dos países com maior esperança média de vida na Europa, é também onde o número médio de anos de vida sénior saudável é menor.
    O elevado preço das residências seniores tem sido um dos entraves ao crescimento da oferta, mas a população está mais consciente e começa a criar complementos à reforma

    O valor de uma estadia numa residência privada é elevado para o rendimento médio dos portugueses, pois inclui elevados custos de pessoal associados a um acompanhamento 24 horas e a serviços médicos, tornando-se um dos principais obstáculos ao crescimento da oferta em Portugal.

    Os preços em residências privadas variam consideravelmente consoante o grau de dependência do residente, cuidados médicos necessários e serviços adicionais (como actividades de lazer, cabeleireiro, etc.). O preço base médio numa residência privada com uma gestão profissionalizada é de aproximadamente 1.200 euros, o que representa um custo muito elevado face ao valor médio das pensões de reforma, que é de 5.811 euros/ano, ou seja, 484,25 euros/ mês, em Portugal, atingindo um valor máximo de 771,25 euros/mês em Oeiras.

    Contudo, a população portuguesa, nomeadamente da classe média, está hoje mais consciente deste problema e utiliza soluções particulares de poupança, incluindo o esforço de aquisição de casa, cujo valor poderá ser monetizado ou rentabilizado na velhice para suportar o pagamento dos cuidados necessários na idade maior. Importa lembrar que em Portugal 75% das casas são propriedade do próprio ocupante e a venda ou o arrendamento da mesma permitirá complementar o valor da reforma.

    Por outro lado, diversos factores como a segurança, o clima e os incentivos fiscais têm contribuído para a atracção de estrangeiros reformados para Portugal, os quais, de um modo geral, têm um valor de reformas muito superiores aos dos portugueses. O aumento de estrangeiros a viver em Portugal tenderá a reflectir-se num acréscimo da oferta de residências sénior de maior qualidade e com uma maior oferta de equipamentos e serviços.

    A oferta residencial destinada à população sénior é ainda escassa e pouco qualificada. No entanto, estão a surgir novos operadores com ambiciosos planos de crescimento

    Em Portugal, a oferta de alojamento para a população sénior integra as Estruturas Residenciais para Pessoas Idosas (ERPI) e é complementada pela Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados (RNCCI) e por algumas residências para idosos independentes.

    Existem actualmente cerca de 100.500 camas em ERPI, das quais apenas 23% pertencem a entidades privadas com fins lucrativos. Acrescem pouco mais de 10 mil camas na RNCCI, mais de metade geridas por Misericórdias.

    De acordo com a Organização Mundial de Saúde, a oferta de camas em residências para seniores deve corresponder a 5% da população idosa. Deste modo, Portugal está actualmente com um défice de 4.500 camas e até 2050, deveriam ser criadas pelo menos mais 55.000, ou seja, metade do que existe actualmente. Tendo em conta a previsão de população acima dos 80 anos, a CBRE considera que as necessidades poderão ser muito superiores.

    Para cumprir este objectivo, será necessária uma maior participação do sector privado. Diversos operadores de residências para seniores estrangeiros entraram recentemente em Portugal e têm já residências em funcionamento ou em projecto, como a Opera, a Domus Vi, a Domitys e a Clece; juntando-se a operadores portugueses como a UHub, a Amera, a BF, entre outras, também a expandir neste sector.

    A CBRE tem conhecimento de mais de 20 projectos em construção ou em fase de licenciamento, compreendendo uma capacidade superior a 1.500 camas. Dada a escassez de oferta, prevê-se que possam surgir mais.

    Investimento em Portugal é ainda reduzido, mas deverá aumentar à medida que são desenvolvidos novos projectos
    O investimento em activos de saúde e residências seniores tem verificado um crescimento expressivo em muitos países europeus. Em Portugal, há poucas evidências de transacções realizadas sobre imóveis já a gerar rendimento, destacando-se algumas aquisições por parte do fundo francês Pierval Santé e a compra do Expo Living (que integra a Residência Montepio Parque das Nações) por parte da Square Asset Management.

    No entanto, a CBRE acredita que o desenvolvimento de novos projectos e a entrada e expansão de diversos operadores irá impulsionar o investimento nesta classe de activos nos próximos anos, nomeadamente através de contratos de projectos e forward finance, onde o investidor acorda a aquisição do imóvel antes do mesmo se encontrar concluído.

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    Casais e Secil apresentam KREAR na Tektónica

    Os dois grupos portugueses juntaram forças, e investimentos, na criação do sistema de construção “KREAR”, composto por um conjunto de peças industrializadas em betão 2D e 3D. A construção da fábrica que irá “dar corpo” ao projecto está em curso e o objectivo dos dois grupos empresariais é acelerar a construção off-site em Portugal e com isso diminuir os prazos e os custos, mas também o impacto ambiental da actividade da construção. A apresentação oficial da joint-venture entre os dois grupos é feita esta quinta-feira, dia em que arranca mais uma edição da Tektónica

    A feira dedicada ao sector da construção, Tektónica, afigura-se o palco perfeito para a apresentação da marca KREAR, que está a ser desenvolvida há já vários meses por dois dos principais grupos do sector da construção: a Casais e, do lado industrial, a SECIL. Mas antes de falar do que a KREAR traz de novo ao mercado, temos que voltar um pouco atrás e falar da estratégia e aposta da construtora portuguesa na industrialização da construção e que levou ao lançamento da unidade industrial da Blufab, que nos últimos anos tem vindo a dar corpo à nova visão transformadora do negócio através da produção de elementos de um processo integrado de construção off-site. O sucesso desta estratégia obrigou já “à expansão para uma nova unidade industrial, ao mesmo tempo que garantimos sinergias de produção com a Carpincasais (unidade industrial de carpintarias do Grupo Casais) e a Blumep (unidade industrial de soluções mecânicas e hídricas do Grupo Casais”, contava-nos em 2022 o CEO da Casais, António Carlos Rodrigues, em entrevista concedida ao CONSTRUIR. Simultaneamente, o grupo estabelecia uma parceria com CREE Buildings, do qual é hoje um accionista de referência.

    A construtora liderou ainda o consórcio que reuniu várias entidades, empresas e centros de investigação, com foco na construção sustentável. O projecto CSI4Future, apresentado no âmbito das Agendas Mobilizadoras para a Inovação Empresarial, no Plano de Recuperação e Resiliência acabou por não ser aprovado, mas a construtora prosseguiu com a estratégia e com os planos de investimento, entre os quais se inclua uma unidade de pré-fabricação de materiais de construção, numa parceria 50/50 com a Secil, que por ocasião da apresentação do projecto estava orçada em perto de oito milhões de euros.

    Nascia assim a KREAR, com foco da pré-construção e com o propósito de “contribuir para um mundo mais sustentável para as gerações futuras através da promoção de soluções de construção industrializada, para edifícios mais eficientes, seguros e saudáveis, com elevados níveis de qualidade e flexibilidade no design de utilização”, descrevem os seus promotores que subscrevem que a construção tradicional é um modelo esgotado, com mão-de-obra intensiva, dispendioso, com muitas ineficiências e custos ambientais e demasiado exposto às variabilidades.

    Foco na pré-fabricação

    A nova unidade industrial da KREAR irá produzir peças industrializadas em betão, em 2D e 3D, que após assembladas e combinadas vão constituir estruturas e fachadas do edifício, seja ele novo ou fruto de uma reabilitação.

    A nova unidade terá uma capacidade de produção de 2 500 habitações/quartos por ano, e “se forem seguidos todos os pressupostos da construção industrializada a fábrica terá capacidade para produzir por ano, cinco residências de estudantes de seis pisos, com 90 quartos, ou produzir por ano 15 hotéis com tipologia BB, com 24 quartos e 6 pisos ou dois edifícios com altura de 20 pisos com 500m2/piso”, exemplificaram Daniel Granjo, director geral da KREAR e José Rui Pinto, director técnico comercial da Krear, numa apresentação do projecto realizada no final de 2023 num fórum do sector sobre “As vantagens da pré-fabricação na construção, como proceder e adoptar as melhores soluções”.

     

     

    Sobre o autorManuela Sousa Guerreiro

    Manuela Sousa Guerreiro

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    Bondstone anuncia projecto imobiliário de 700M€ no Algarve

    Chama-se Arcaya e irá desenvolver-se por várias fases, a primeira das quais irá arrancar com a construção de 48 vilas com uma área de 240m2, inseridas em lotes com áreas entre os 1.000m2 e os 2.000m2. As vilas de 4 quartos com preços de lançamento a partir de 1,9M€ estarão concluídas em 12 meses

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    A Bondstone, sociedade gestora de fundos portuguesa, anuncia o lançamento do Arcaya, um projecto residencial localizado nos terrenos da Quinta do Morgadinho, em Vilamoura, com mais de 68 hectares. Este novo projecto da Bondstone representa um investimento na ordem dos 700 milhões de euros no Algarve e, numa fase inicial, irá trazer ao mercado imobiliário residencial 48 vilas com uma área de 240m2, inseridas em lotes com áreas que variam entre os 1.000 e os 2.000m2, com preços de lançamento a partir de 1,9M€.

    Inseridas numa floresta de 68 hectares, as Arcaya Homes, desenhadas pelo gabinete de arquitectura espanhol Battleiroig, são construídas seguindo práticas inovadoras com foco na preservação dos ecossistemas, com estrutura em madeira e construção off-site.

    “Estamos muito orgulhosos por apresentar ao mercado o Arcaya, um projecto que reflecte a visão e ambição da Bondstone e pretende aportar ao mercado imobiliário nacional uma nova perspectiva sobre sustentabilidade e arquitectura. Com uma abordagem pioneira, redefinimos os padrões de sustentabilidade no sector imobiliário e a pegada carbónica no sector da construção”, refere Frederico Pedro Nunes, Chief Operating Officer da Bondstone
    Terracotta, Timber e Sand são as três casas de assinatura da primeira fase de lançamento do projecto. Com 240m2 de área bruta de construção, cada tipologia é composta por 2 pisos, tem até quatro quartos e conta com a opção de personalização de acordo com as preferências dos futuros moradores. As vilas combinam harmoniosamente o espaço interior com o exterior, sendo compostas por amplas áreas exteriores, com jardins e terraços, piscina privada, zona de estar e de refeições, garantindo as condições ideais para desfrutar da natureza envolvente. A primeira fase de construção deverá estar concluída nos próximos 12 meses.

    O projecto contará ainda com um clube, restaurantes, wellness center e uma oferta alargada de serviços essenciais para o quotidiano: mercearia, lavandaria, concierge e passeios de bicicleta.

    “O Arcaya é o local perfeito para viver em pleno a natureza, nos passeios pelos caminhos naturais e jardins de água pura, ou nas inúmeras amenities que integram o projecto paisagístico excepcional. Viver no Arcaya será como viver num oásis natural no Algarve, onde casas únicas de design sustentável se misturam harmoniosamente num jardim infinito, e onde temos tudo ao nosso alcance”, acrescenta Frederico Pedro Nunes.
    O design de interiores das 3 vilas, projectado pela Andrez Andrez Interiors e explora linhas minimalistas acolhedoras e combina harmoniosamente tons orgânicos suaves com o cenário natural envolvente.

    O Arcaya está a ser comercializado pela Bondstone, Quinta Properties e Sothebys.

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    “O Mais Habitação não é todo mau. Vamos ajustar o que é para melhorar e mudar o que é para mudar”

    Para responder aos desafios, Pinto Luz sublinha que a solução passa, garantidamente, por uma actuação que envolva o Estado central, as autarquias, os privados e as cooperativas. Reconhecendo que a questão da Habitação é um problema que não tem solução numa legislatura, o governante lembra que o acesso aos fundos do PRR torna emergente a resposta aos 50 mil fogos previstos no Plano de Resiliência (no fundo são 26 mil financiados pelo PRR e o restante pelo Estado) para concretizar até 2026, sob pena de Portugal perder o acesso a esses fundos

    Ricardo Batista

    Não escondendo que há uma “clivagem ideológica”, o ministro das Infraestruturas e da Habitação admite que “nem tudo o que está contemplado no programa Mais Habitação é mau”. Revela, contudo, que “nas próximas semanas” serão anunciadas as linhas fortes do programa de habitação do novo Governo.

    A propósito do Portugal Habita, promovido pela CNN Portugal e que decorreu no âmbito do Salão Imobiliário de Portugal, Miguel Pinto Luz avisa que “não contem connosco para maniqueismos primários e não esperem que digamos que o anterior executivo fez tudo mal. Não fez. Há coisas positivas e aspectos que merecem ser alterados”.

    O governante é, desde logo, taxativo nas prioridades que importa acautelar, sublinhando que é fundamental “meter o PRR a funcionar”. “Estamos a fazer uma análise do que é preciso mudar e nas próximas semanas vamos anunciar medidas que respondam aos aspectos que não estavam definidos no programa que está em vigor”, diz, acrescentando que a Habitação passou a ser um pilar fundamental. Para responder aos desafios, Pinto Luz sublinha que a solução passa, garantidamente, por uma actuação que envolva o Estado central, as autarquias, os privados e as cooperativas. Reconhecendo que a questão da Habitação é um problema que não tem solução numa legislatura, o governante lembra que o acesso aos fundos do PRR torna emergente a resposta aos 50 mil fogos previstos no Plano de Resiliência (no fundo são 26 mil financiados pelo PRR e o restante pelo Estado) para concretizar até 2026, sob pena de Portugal perder o acesso a esses fundos. Sobre esses, Miguel Pinto Luz fala na necessidade de se encontrar formas de agilizar os processos de licenciamento e de avaliação de processos. “Das sete mil candidaturas submetidas ao IHRU, foram aprovadas 500”, refere o ministro, admitindo que o Instituto não estava preparado e que o esforço necessário passa igualmente pela capacitação daquele organismo.

    Sobre o autorRicardo Batista

    Ricardo Batista

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    “Sector está unido e extremamente resiliente”

     Embora ligado à organização do SIL desde 2019, Sérgio Runa assume, pela primeira vez, a direcção do evento com o objectivo de fazer “mais e melhor”. Numa edição em que o responsável destaca um sector “unido e extremamente resiliente” com presença dos principais players do sector e com cerca de 10% a crescer em área de exposição

    Cidália Lopes

    Com o foco nas temáticas de actualidade do sector, o SIL vai contar com um conjunto de iniciativas em torno da problemática das politicas públicas da habitação e do papel das autarquias, assim como, por parte dos investidores, as novas tendências ao nível da construção, da sustentabilidade e da IA. Com uma presença sempre maioritária de promotores e mediadores, Sérgio Runa destaca, ainda, as tecnológicas associadas ao imobiliário

    Naquela que é o primeiro Salão Imobiliário de Portugal (SIL) sob a sua gestão, que desafios e expectativas tem para esta edição?
    Encaro este desafio que me foi lançado pela direcção da FIL com naturalidade, pois é um projecto ao qual estou ligado desde 2019 e pelo qual tenho um grande carinho pessoal e ambição profissional. Conseguir nas próximas edições fazer mais e melhor, valorizando o histórico e entregando mais valor aos expositores que participam no SIL, é o meu objectivo prioritário, o qual é partilhado por toda a equipa do Salão Líder do Imobiliário em Portugal.
    À semelhança do ano anterior, vivemos uma situação geopolítica delicada, com dois conflitos e alguma instabilidade económica e legislativa em Portugal. Não obstante, e depois da incerteza política e das eleições considera que o mercado tem vindo a responder de forma diferente ou mais confiante? Estas serão questões que irão marcar mais uma edição do SIL?
    Os eventos são, por norma, os barómetros dos sectores e o SIL é o reflexo do estado do sector imobiliário e será sempre influenciado pela evolução macro – económica, resultado da conjuntura nacional e internacional.
    O momento geopolítico e todas as consequências que daí advém não nos podem deixar indiferentes, tal como a instabilidade das taxas de juro podem influenciar a decisão na aquisição de imóveis. Claro que há desafios, como a ausência de habitação acessível, que ainda vão levar o seu tempo a resolver-se, e que temos a esperança que novas políticas de habitação surjam para colmatar essa carência.
    Apesar da instabilidade interna e mundial, constatamos que o sector está unido e é extremamente resiliente. Prova disso é que na edição de 2024 do SIL está confirmada a presença de cerca de 90% das empresas que participaram na edição anterior, entre as quais os principais promotores e mediadores imobiliários e tendo inclusive cerca de 10% aumentado a sua área exposicional.

    Tendo em conta que um dos pontos fortes da feira são as conferências SIL, que temas serão abordados e quais destaca?
    Mais uma vez o SIL, será palco de debate sobre temáticas de grande importância e actualidade para o sector do Imobiliário.
    Assim, no dia 2 de Maio decorrerá, a Conferência CNN Summit – Portugal Habita, cujo principal enfoque será sobre as Políticas Nacionais de Habitação, a Reabilitação Urbana, o Futuro do Mercado Imobiliário e as Políticas de Habitação Pública – com o Papel das Autarquias, com a participação de autarcas responsáveis pela gestão das principais cidades do País.
    No dia 3 de Maio, terão lugar as Conferências do SIL Investment PRO, organizadas em colaboração com o parceiro estratégico do SIL, a APPII, onde serão abordados temas como a Inteligência Artificial ao Serviço do Imobiliário e as Novas Técnicas Construtivas, Sustentabilidade e Eficiência Energética.
    De qualquer modo, a agenda está disponível no site do evento e haverá por certo outras iniciativas dos próprios expositores com interesse para os visitantes.

    Qual o país convidado e a região em destaque, assim como como iniciativas previstas neste âmbito?
    O SIL 2024 abre as Conferências com o foco nas Políticas Nacionais de Habitação e as Políticas de Habitação Pública – com o Papel das Autarquias, como já referi. Nesta conferência irão participar Autarcas responsáveis pela gestão das principais cidades do País, como Lisboa, Cascais, Porto, Sintra e Oeiras.
    Fazemos uma aposta forte no SIL Cidades, sendo o SIL um catalisador do sector Imobiliário das cidades e um pilar fundamental para a captação de investimento e desenvolvimento quer económico, quer social dos meios urbanos. Nesta edição temos confirmadas as presenças das grandes metrópoles do Porto e Lisboa, mas também de cidades como o Seixal, Vila Nova de Gaia ou Santarém e a Região Autónoma da Madeira, através da Invest Madeira.
    No âmbito da exposição, que sectores estão em destaque pela sua representatividade?
    Este ano temos uma vez mais a participação dos principais promotores e mediadores imobiliários, sendo que 10% destes participantes, aumentaram a sua área de exposição, o que reflecte a valorização do investimento no Salão.
    O SIL contará ainda com um conjunto de expositores que participam pela primeira vez, onde se destaca o crescimento de áreas fundamentais para o sector como sejam as tecnologias associadas ao imobiliário – Proptech.

    Qual o número previsto de empresas presentes? Verifica-se um crescimento ou alguma retracção nas presenças?
    A tendência é de crescimento, na 27ª edição do SIL, a qual decorre mais uma vez, em simultâneo com a Tektónica, estimamos um número superior a 25 mil visitantes. Serão cerca de 210 expositores e mais de quatro mil congressistas.

    De alguma forma, o sector imobiliário é um dos que mais tem beneficiado com as novas tecnologias permitindo um trabalho muito mais interactivo tanto por parte dos mediadores, como de quem promove. De que forma a feira tem que acompanhar esta evolução e simultaneamente manter a sua atractividade enquanto espaço de negócios?
    O SIL é o ponto de encontro dos profissionais dos Investidores, Empresários, Técnicos, Organismos Públicos e Público potencial comprador. É um facto que as novas tecnologias facilitam o dia a dia dos profissionais e o SIL tem acompanhado a tendência de crescimento das tecnologias associadas ao imobiliário – Proptech. Uma vasta gama de serviços facilitam processos, mas estou convicto que não substituem o contacto directo e a necessidade que os profissionais sentem em vir ao SIL para contactarem com os principais players do mercado.

    Relativamente aos prémios, o que podemos esperar, tanto em termos de finalistas, como de novidades?
    Esperamos uma 15ª edição dos Prémios SIL do Imobiliário muito participada. Foram recebidas mais de 40 candidaturas e os vencedores serão conhecidos no primeiro dia do SIL.
    As categorias a considerar são – Construção Sustentável, Melhor Empreendimento Imobiliário e Reabilitação Urbana, Melhor Campanha de Lançamento, Responsabilidade Social, Inovação. Os Prémios SIL do Imobiliário são um dos pontos altos do Salão, pois distinguem projectos e personalidades que se destacam pela excelência no sector imobiliário e pelo trabalho desenvolvido.

    Além da realização das feiras do sector imobiliário em Portugal, a Fundação AIP tem uma aposta forte na promoção no estrangeiro através da presença e realização de feiras. O que está previsto neste sentido?
    No passado realizámos iniciativas em mercados como China, Brasil, França, entre outros, contudo, presentemente, a Fundação AIP não tem prevista a organização de eventos de promoção do sector no estrangeiro. No entanto, tendo em conta o dinamismo deste mercado, estamos sempre disponíveis para avaliar, junto dos players do sector essa possibilidade.

    Sobre o autorCidália Lopes

    Cidália Lopes

    Jornalista
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    A ambição do certame que se assume como “ponto de encontro de quem constrói o futuro!”

    A Tektónica está de regresso de 2 a 5 de Maio, numa edição que se caracteriza pelo aumento do número de empresas, pelo crescimento da sua componente internacional e por um dinamismo que surge inevitavelmente associado à ‘revolução’ que o sector da Arquitectura, Engenharia e Construção, AEC, atravessa, seguindo aliás a tendência já verificada na edição anterior. Assim, sustentabilidade, novos processos de construção, novos materiais e a digitalização vão estar em destaque nesta que é a 26ª edição do certame, como nos diz José Paulo Pinto, Gestor Coordenar da feira 

    Das cerca de três centenas de empresas que este ano irão estar presentes na Tektónica, quase metade, 46%, fazem a sua estreia no certame, confirmando o papel deste como “palco” de apresentação de produtos e soluções ao mercado, quer nacionais quer estrangeiros. Espanha domina a presença estrangeiras mas estão confirmadas as presenças de players vindos da Alemanha, Áustria, Brasil, China, Espanha, França, Itália e Suíça, refere ao CONSTRUIR José Paulo Pinto. Responsável por gerir mais uma edição do certame, José Paulo Pinto refere a “eficiência energética”, como uma das temáticas centrais desta edição pelo ser carácter “emergente e transversal, a área de exposição dedicada será maior e onde a Inovação marcará a diferença, contribuindo para uma maior competitividade e produtividade das empresas com impacto directo no desenvolvimento de produtos, materiais e soluções que podem e vão alterar os padrões de qualidade, conforto e segurança na construção”.

    Num modelo que segue o exemplo de edições anteriores, a Tektónica e o Salão Imobiliário de Portugal voltam a encher os pavilhões 1, 2 e 3 da Feira Internacional de Lisboa. De fora ficou a FILDECOR Living & Design, o evento dirigido ao sector do design, da decoração e à fileira Casa, chegou a ser anunciado em Fevereiro, mas acabou adiado para 2025.

     

    Os números são sempre um reflexo do dinamismo de um certame e por isso começo esta conversa a perguntar pelo número de empresas que estarão presentes e pela área de exposição que iremos ter?

    Sim, a edição de 2024 da Tektónica vai apresentar ainda mais empresas, nacionais e estrangeiras, desde start-ups que dão os seus primeiros passos, até empresas já consolidadas no mercado nacional e empresas líderes, cuja importância é reconhecida também nos mercados externos.

    Esta edição conta com cerca de 300 empresas participantes, das quais 20% são internacionais, de países como a Alemanha, Áustria, Brasil, China, Espanha, França, Itália e Suíça. O mercado espanhol é o mais expressivo, com um aumento de 58% face a 2023. De realçar que 46% das empresas participam pela primeira vez neste marketplace, quer nacionais quer internacionais.

    A Tektónica continua a afirmar-se como o principal evento do sector em Portugal, quer pela sua dimensão quer pelo nível das empresas presentes na feira, garantindo a presença dos líderes de mercado dentro dos diversos sectores em exposição, quer ainda pela sua transversalidade, onde toda a cadeia de valor do sector da construção está presente nesta feira, desde o projecto até à conclusão da obra. A Tektónica vai ocupar os Pavilhões 2 e 3 da Feira Internacional de Lisboa.

     

    Houve crescimento da presença internacional, apesar deste certame ter, sobretudo nas últimas edições um carácter mais nacional?  

    A Tektónica tem vindo a consolidar nas últimas edições, a sua dimensão internacional, quer na vertente das empresas expositoras quer na vertente dos compradores internacionais.  Este ano, o peso dos expositores internacionais vai continuar a crescer face à edição de 2023, com cerca de 20% da área total a ser ocupada por empresas internacionais. A dimensão internacional também se apresenta por via dos visitantes e dos compradores internacionais. Acompanhando esta tendência, a organização continua a apostar no convite a compradores internacionais qualificados, para manterem reuniões B2B, promovendo desta forma a internacionalização das empresas portuguesas e a abordagem a novos mercados.

     

    Temática da eficiência energética assume protagonismo

     

    Esta edição continua fiel aos moldes habituais? Que novidades irá apresentar?

    A edição de 2024 tem como objectivo consolidar a Tektónica junto do mercado nacional como o evento líder do sector, a par do caminho que vai desenvolvendo na vertente internacional. Em termos sectoriais, e dada a sua transversalidade, destacamos a Eficiência Energética como sendo a temática com maior projecção, quer em presenças físicas quer nos temas que vão ser abordados, resultado da preocupação de uma melhor e mais eficiente utilização de todos os recursos, fazendo com que este processo se aplique a todas os sectores. Sendo um sector emergente e transversal, a área de exposição dedicada será maior e onde a Inovação marcará a diferença, contribuindo para uma maior competitividade e produtividade das empresas com impacto directo no desenvolvimento de produtos, materiais e soluções que podem e vão alterar os padrões de qualidade, conforto e segurança na construção.

    A Tektónica vai, inclusivamente, apostar num programa de debates sobre esta temática dedicado à eficiência energética nas diferentes vertentes, designadamente energias renováveis, AVAC, iluminação, domótica e janelas e portas eficientes.

     

    Fale-me um pouco sobre as empresas que estarão presentes: qual a sua dimensão; que sectores estão mais representados?

    A Tektónica contará com a presença de cerca de 300 empresas, das quais 20% são internacionais. O mercado espanhol é o mais expressivo, com um aumento de 58% face a 2023, registando-se ainda a presença de empresas de países como a Alemanha, Áustria, Brasil, China, Espanha, França, Itália e Suíça,

    Como referi, 46% das empresas participam pela primeira vez neste marketplace, que o torna inequivocamente no evento de referência para as empresas, que contribui de forma decisiva para a colocação no mercado de novos produtos, serviços ou equipamentos e que determina a realização de novas oportunidades de negócios. O crescimento de novas participações acontece porque as empresas reconhecem o valor, acreditam no projecto e sabem o impacto que a sua participação irá ter nos seus negócios.

    Apesar da Tektónica ter crescido em praticamente todos os sectores, designadamente Banho e Cozinha, Equipamentos de Exterior, Pavimentos e Revestimentos e Materiais Máquinas e Equipamentos, é na Eficiência Energética que mais se nota esse crescimento, reflectindo as tendências emergentes de inovação e a aplicação de novas tecnologias associadas à sustentabilidade. Esta edição contará com a participação de vários líderes de mercado, de diversos segmentos da construção, como a Secil, Cimpor, Grupo Verdascas, Iberdrola, Porcelanosa, Rubicer, W7 Water Elegance, Ofamat, Catari, Derwo, Jular, Tosca, Mapei, Sait-Gobain, Topeca, Pinto&Cruz, Premaq, entre muitas outras.

     

    A digitalização e a resposta às exigências de maior sustentabilidade por parte do sector, está a revolucionar o sector da arquitectura, à engenharia, sem esquecer a construção, bem como as empresas de matérias de construção. De que forma esta nova realidade é assumida pela Tektónica?

    A Tektónica, ao longo das suas edições, tem sido activa na promoção de empresas e no desenvolvimento de iniciativas que visam destacar a inovação, a digitalização e a sustentabilidade, por parte do sector, nomeadamente na arquitectura, engenharia, construção e empresas de materiais de construção.

    Têm sido dados passos significativos no que diz respeito aos ‘padres’ de modernização, desde logo pelo crescente interesse demonstrado pela indústria da construção em Portugal nas questões ligadas à eficiência energética, à sustentabilidade, construção sustentável, incluindo materiais eco-friendly, técnicas de construção de baixo impacto ambiental e soluções de energia renovável. A Tektónica abraça este desafio desenvolvendo o Prémio Tektónica Inovação que visa premiar e destacar as empresas com produtos e serviços mais inovadores e sustentáveis do mercado da construção.

    Também se têm dado passos no sentido de aumentar os processos de digitalização na construção portuguesa e isso inclui o uso de software de gestão de projectos BIM (Building Information Modeling), que aliás, marcará presença uma vez mais na Tektónica, assim como outras ferramentas digitais para melhorar a eficiência, precisão e comunicação em projectos de construção. A Tektónica assume ainda o seu papel dinamizador, através da organização de um programa de conferências, workshops e eventos de networking, focados em temas como a digitalização, sustentabilidade e inovação na construção.

     

    Instabilidade política não afecta presenças na feira 

     

    Um dos grandes influenciadores do “ambiente” de negócios é o seu contexto político e económico. Depois de um “morno” 2023, o início de 2024 surge com instabilidade e a Tektónica realiza-se já com outro Governo. De que forma todo este contexto se reflecte na que será a expectativa das empresas que estarão presentes?

    A mudança de governo e a subsequente situação política e económica, são factores que terão, certamente, impacto nas expectativas das empresas, no futuro. Com a mudança de governo, as prioridades políticas e os investimentos em infraestrutura e construção podem mudar, o que leva as empresas a serem mais cautelosas nos seus investimentos ou a adiar algumas decisões. No entanto, não são factores que estejam a impactar a decisão de participação, nesta edição em particular.

     

    Em Fevereiro anunciaram a realização de um novo evento, a FILDECOR, coincidindo a sua realização com a Tektónica e com o Salão Imobiliário de Portugal. No entanto, este evento não se irá realizar. O que motivou o seu adiamento? 

    Apesar do entusiasmo dos designers de interiores pelo projecto, enfrentámos alguns desafios, especialmente relacionados com o tempo de preparação do evento, o que influenciou significativamente as decisões tardias dos profissionais. Perante o impasse e considerando a dinâmica dos mercados, observamos um crescimento acentuado tanto na Tektónica como no Salão Imobiliário, o que nos coloca diante de um cenário de escassez de espaço que nos retira a possibilidade de manter os padrões de excelência e qualidade estabelecidos para o FILDECOR. Deste modo entendemos adiar a sua realização e já estamos a planear o evento para 2025, no enquadramento inicialmente definido.

     

    Apresentação ao mercado, lançamento de novos produtos e soluções, palco de discussão das grandes questões do sector… qual o papel e contributo que é exigido a uma feira como a Tektónica?

    O mercado já reconhece a Tektónica como o ponto de encontro do sector, o marketplace onde se realizam os encontros de negócios entre os profissionais, onde se colocam em debate os temas mais actuais e onde, o visitante particular pode encontrar novos produtos e soluções para as suas necessidades, sejam de construção, renovação ou reabilitação.

    As grandes linhas da sustentabilidade, eficiência energética e inovação, são factores de diferenciação na indústria da construção e de elevada importância para uma maior competitividade e produtividade das empresas, pelo que continuarão a reflectir o posicionamento do evento nesta edição.

    O maior contributo da Tektónica é a abordagem multissectorial que a caracteriza e que lhe permite ser este ponto de encontro. O ponto de encontro de quem constrói o futuro!

     

    Sobre o autorManuela Sousa Guerreiro

    Manuela Sousa Guerreiro

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    Construção

    Tektónica e SIL em grande destaque no CONSTRUIR 506

    As linhas fortes da edição deste ano da Tektonica, evento de referência do Sector que abre portas esta quinta-feira, dia 1, e do Salão Imobiliário de Portugal. Mas há muito mais para ler nesta edição especial do CONSTRUIR

    CONSTRUIR

    Regressos em força e inovação marcam edição deste ano

    Casais e Secil apresentam KREAR
    Empresas juntam forças e apresentam sistema construtivo composto por um conjunto de peças industrializadas em betão 2D e 3D

    Ponte da Arrábida alvo de intervenção
    IP lançou concurso para proteger preventivamente as superfícies de betão da ponte no tabuleiro inferior e substituir as juntas de dilatação. Obra avaliada em 5,5M€

    OODA e MASSLAB assinam masterplan da Barrosinha
    O projecto, que vai nascer em Alcácer do Sal, abrange uma área de cerca de dois mil hectares, segmentados para turismo, habitação, comércio e lazer

    Jorge Rebelo de Almeida em discurso directo
    No ano em que inaugura a primeira unidade em Espanha, o presidente e fundador da Vila Galé fala do potencial do grupo nesse mercado, da crise da Habitação e do potencial dos PALOP

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    Imobiliário

    Legendre e Tecnibuild apresentam nova marca para promoção imobiliária

    Solive, a nova joint venture luso-francesa, resulta da experiência internacional de ambas as empresas nos sectores do imobiliário e da construção

    CONSTRUIR

    Da parceria estabelecida entre os grupos Legendre e Tecnibuild, ambos dedicados às áreas da construção e do imobiliário, nasce a Solive, com o objectivo de desenvolver projectos imobiliários. A joint venture, com a assinatura “construir cidades, criar futuros”, culmina, assim, a experiência internacional de ambos em vários segmentos do sector imobiliário e construção.

    Com décadas de experiência combinada, este consórcio luso-francês permite controlar todo o processo desde o desenvolvimento até à conclusão dos projectos, desde as áreas de prospecção, selecção e aquisição de terrenos; estratégia e gestão de projectos; consultoria para identificação de oportunidades e parceiras; coordenação e análise financeira de projectos; execução de projectos de construção chave-na-mão; e gestão de activos com acompanhamento na venda e pós-venda.

    Numa “busca constante por novas tecnologias e metodologias de construção”, assegurando que cada estrutura seja executada com os mais “altos padrões de excelência”, a Solive pretende ser uma referência de “qualidade e confiança” no desenvolvimento urbano e na promoção imobiliária.

    Nos portfolios Legendre e Tecnibuild surgem diversos projectos para fins de habitação, comércio e hotelaria, em que ambos já haviam sido parceiros, nomeadamente, os empreendimentos Antasbuilb e Alameda de Cartes, bem como o hotel Júpiter, também no Porto, e o empreendimento L’Urbain, em Lisboa.

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    Alvor

    Imobiliário

    Três novos projectos da Krest representam investimento superior a 150 M€

    Alvôr The Breeze, no Algarve, e Formoso Marvila, em Lisboa, e Arcoverde, em Oeiras, são os três próximos lançamentos em Portugal dos belgas Krest e que vão estar em destaque no SIL

    CONSTRUIR

    A promotora Krest Real Estate Investments escolheu como palco para o lançamento de três novos projectos, o Salão Imobiliário de Portugal (SIL), que decorre de 2 a 5 de Maio na FIL, no Parque das Nações, em Lisboa.

    Estes projectos representam um investimento total de 153 milhões de euros, correspondendo a uma área de 63.400 metros quadrados (m2) de construção e que vão envolver mais de 500 postos de trabalho nas áreas da construção, concepção e gestão futura dos edifícios e respectivas estruturas.

    “Aguardamos com expectativa o decorrer deste ano de 2024 e a evolução do mercado imobiliário português, no qual estamos cada vez mais envolvidos, através da nossa interacção com parceiros locais de arquitectura, engenharia e construção, bem como com as autoridades e comunidades locais”, afirma Claude Kandiyoti, chief servant officer da Krest.

    E acrescenta: “Estamos a apresentar os nossos novos projectos que representam um investimento importante, criam valor em Lisboa, Paço de Arcos e Alvor e contribuem para a sustentabilidade destas localidades em Portugal. Não só atraem e servem os novos moradores, mas também a comunidade local, através de serviços, zonas de lazer, espaços para desfrutar a natureza, integrando assim uma forte componente de sustentabilidade ambiental, mas também de sustentabilidade social”.

    O Alvôr The Breeze, é um desses empreendimentos e localiza-se em Alvor, no Algarve, conta com um investimento de 18 milhões de euros. Com arquitectura do atelier Costa Lima, o projecto consiste num condomínio fechado privado, com 24 apartamentos únicos e exclusivos de tipologia T2 e T3, distribuídos por dois edifícios de três pisos cada. Uma piscina comum, jardins privados, um ginásio e estúdio de yoga privados e uma recepção principal oferecem um conjunto de comodidades exclusivas adaptadas para que os residentes possam desfrutar de momentos de lazer, em família ou com amigos, ou de trabalho, em ambientes ideais para relaxamento e produtividade.

    No 3º andar de cada edifício, oito penthouses beneficiam de amplos rooftops, com piscina e cozinhas, garantindo aos moradores a máxima privacidade nos seus espaços de lazer.

    A construção terá início em Julho, com conclusão prevista para o terceiro trimestre de 2026.

    Na Grande Lisboa, a Krest prepara o lançamento de outros dois projectos. O Formoso Marvila, na zona mais oriental da cidade de Lisboa. Com um investimento de 30 milhões de euros e projectado pelo arquitecto Ricardo Bak Gordon, o projecto surge da renovação de um histórico armazém de vinhos, espelhando a transformação em curso desta zona dinâmica da cidade.

    O Formoso Marvila é composto por 50 apartamentos entre T1 a T3 duplex, com vista para o Rio Tejo, aliando a inovação à tradição, preservando o carácter industrial do armazém, através de estruturas em betão e aço. Esta renovação homenageia os principais elementos arquitetónicos do passado, incluindo a fachada, o telhado inclinado, o pátio e 11 barris de vinho em betão.

    O lançamento comercial está previsto para Julho de 2024 e a sua construção começa em no último trimestre do ano, com conclusão prevista para o final de 2026.

    Já em Oeiras, nasce o Arcoverde, o maior dos três, com uma área de 45 mil m2 e um investimento de 105 milhões de euros. Este empreendimento de grande dimensão está no epicentro de uma iniciativa de reabilitação do município de Oeiras e pretende promover a sua biodiversidade e natureza. O empreendimento é composto por oito edifícios com apartamentos de um a quatro quartos, totalizando 199 unidades com estacionamento subterrâneo e unidades comerciais. Estão previstas uma série de comodidades para os residentes e comunidade local.

    O lançamento comercial está previsto, também, para Julho de 2024, com a conclusão dos primeiros edifícios até 2026.

    Para a Krest Real Estate Investments e a Revive, o projeto representa a primeira parceria em Portugal entre os dois promotores imobiliários belgas.

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    Imobiliário

    Round Hill Capital vende portfólio da Nido Living por 27M€

    Tendo adquirido a Nido Living em 2012, a Round Hill Capital transformou “com sucesso” o negócio num dos principais fornecedores europeus de alojamento para estudantes que começou com três activos no Reino Unido e chegou às 18 mil camas sob gestão da empresa em toda a Europa (entre Portugal, Espanha, Reino Unido, Irlanda, Alemanha, Dinamarca e Países Baixos), num total de 34 activos

    Cidália Lopes

    A Round Hill Capital (RHC) vendeu toda a operação das residências de estudantes Nido Living aos canadianos CPP Investments (Canada Pension Plan Investment Board), onde se inclui, também, a sua participação na joint venture, criada em 2021 pelas duas empresas para o segmento das residências de estudante e que compreende mais de cinco mil camas em 15 activos europeus.

    Fonte oficial da RHC a nível internacional, confirmou ao CONSTRUIR que o negócio envolveu um investimento na ordem dos 40 milhões de dólares canadianos (aproximadamente 27,2 milhões de euros à taxa de câmbio actual).

    Tendo adquirido a Nido Living em 2012, a Round Hill Capital transformou “com sucesso” o negócio num dos principais fornecedores europeus de alojamento para estudantes que começou com três activos no Reino Unido e chegou às 18 mil camas sob gestão da empresa em toda a Europa (entre Portugal, Espanha, Reino Unido, Irlanda, Alemanha, Dinamarca e Países Baixos), num total de 34 activos. A transacção envolveu, ainda, toda a operação futura prevista pela RHC.
    Não obstante, a transferência das unidades para a CPP Investments, a Nido vai continuar na operação das residências de estudantes. “As residências e os residentes não vão sentir qualquer impacto com a mudança de proprietário”, acrescentou a mesma fonte.

    Já em comunicado, a gestora de investimentos imobiliários havia dado conta de que esta transacção era “uma prova do valor” que o negócio que construíram ao longo dos últimos 12 anos com a Nido Living representava e que, por isso, se trata de uma “conclusão bem-sucedida deste investimento”.
    Como gestora de investimentos, a Round Hill Capital continua a ver um valor significativo nos sectores estudantil e outros sectores residenciais, que continuam a ser “parte integrante da nossa estratégia de investimento no futuro”, em toda a Europa, incluindo Portugal, confirmou a RHC.

    Previstas 1380 camas em Portugal
    A entrada da Nido Living em Portugal aconteceu depois da aquisição do portefólio da Smart Studios pela RHC em 2022. Desta forma, a gestora de residências de estudantes ficou com um total de 1280 camas em Portugal, em seis localizações, incluindo as 380 do último projecto a ser inaugurado, o Nido Campo Pequeno, em Lisboa. Além destas, a marca tinha previsto, ainda, a abertura de mais quatro residências até 2025 em Lisboa e no Porto, traduzindo-se em mais 1100 novas camas, ou seja, novas 634 novas camas na Alta de Lisboa, depois da aquisição de dois lotes para construção, 274 ‘studios’ no Casal Vistoso, na freguesia do Areeiro e a exploração de uma nova residência universitária, cujo concurso público foi lançado pela Universidade de Lisboa. No Porto, uma nova residência, cujo localização não foi ainda revelada, irá juntar-se à já existente na zona da Asprela e onde já estão a funcionar 243 ‘studios’.

    Sobre o autorCidália Lopes

    Cidália Lopes

    Jornalista
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    Construção

    PRR financia 17 fogos em Cantanhede

    De acordo com o vice-presidente da Câmara Municipal, Pedro Cardoso, que tutela esta área, a Estratégia Local de Habitação de Cantanhede vem dar resposta a um conjunto de constrangimentos, como sejam “o combate às situações de maior precariedade habitacional, a promoção da construção e/ou reabilitação do edificado e o reforço da coesão territorial”

    CONSTRUIR

    O Município de Cantanhede assinou, em 2023, um acordo de colaboração com o IHRU – Instituto da Habitação e Reabilitação Urbana, no qual estão identificadas as soluções habitacionais que o Município se propõe promover, a programação da execução e a estimativa dos correspondentes montantes globais de investimento e de financiamento ao abrigo do 1.º Direito, programa de apoio público à promoção de soluções habitacionais para pessoas que vivem em condições habitacionais indignas e que não dispõem de capacidade financeira para suportar o custo do acesso a uma habitação adequada.

    Em função das necessidades habitacionais das pessoas e dos agregados sinalizados na Estratégia Local de Habitação (ELH) de Cantanhede, o Município propôs-se a promover 26 soluções habitacionais através de aquisição e reabilitação de frações ou prédios para destinar a habitação.

    De acordo com o vice-presidente da Câmara Municipal, Pedro Cardoso, que tutela esta área, a Estratégia Local de Habitação de Cantanhede vem dar resposta a um conjunto de constrangimentos, como sejam “o combate às situações de maior precariedade habitacional, a promoção da construção e/ou reabilitação do edificado e o reforço da coesão territorial”.
    “Este é um caminho que estamos a percorrer de uma forma coerente e consistente, pois o nosso compromisso não é com os números, é com as famílias”, enfatizou o autarca, para quem as novas políticas de habitação “vêm fortalecer o cumprimento do artigo 65.º da Constituição da República Portuguesa” que consagra o direito a habitação condigna para todas as pessoas.

    No que se refere à programação financeira, o acordo de colaboração prevê a execução em quatro anos (2023-2026), com um maior volume de investimento em 2024 e 2025 (cerca de 31% em cada um destes anos), no valor total superior a 6,3 milhões de euros.
    Posteriormente, iniciaram-se os trabalhos conducentes à apresentação de candidaturas a financiamento, cujos contratos de comparticipação executarão esse acordo.

    Para o efeito, foram apresentadas 5 candidaturas (3 na freguesia de Ançã, 1 na União de Freguesias de Cantanhede e Pocariça e 1 na União de Freguesias de Covões e Camarneira) no âmbito do 1.º Direito – Programa de Apoio ao Acesso à Habitação, financiado através do PRR – Plano de Recuperação e Resiliência.

    As intervenções propostas preveem a criação de 17 fogos (que correspondem a 65% do total previsto no acordo de colaboração), para dar resposta a famílias em condições habitacionais indignas identificadas na ELH de Cantanhede.

    A médio prazo, após a conclusão das obras, proceder-se-á à atribuição dos fogos criados ao abrigo do 1.º Direito – Programa de Apoio ao Acesso à Habitação, em cumprimento dos objetivos e prazos estipulados. Em simultâneo e a curto prazo, o Município irá proceder à reanálise do universo das pessoas e agregados abrangidos pelas soluções objeto do presente acordo com o IHRU, de modo a apresentar, se for caso disso, uma proposta fundamentada de atualização do mesmo.

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