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Portugal terá mais 1M de idosos em 2050 e precisará de mais 55 mil camas

Estudo desenvolvido pela CBRE analisa o sector dos cuidados de saúde e residências seniores em Portugal. O investimento em activos de saúde e residências seniores é ainda reduzido, mas deverá aumentar à medida que são desenvolvidos novos projectos

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De acordo com o estudo ‘Building a healthier and more thriving future’, divulgado pela consultora imobiliária CBRE, mais de um terço da população residente em Portugal em 2050 será sénior, o que equivale a um total de 3,3 milhões de pessoas (mais 1 milhão que os actuais 2,3), pelo que serão necessárias mais 55 mil camas em residências seniores, metade do que existe actualmente.

Esta é uma das principais conclusões do estudo desenvolvido pelo departamento de Research da CBRE, que analisa o sector dos cuidados de saúde e residências seniores em Portugal, destacando a atractividade destes activos para operadores e investidores.

O potencial de crescimento da procura é elevado

Portugal é actualmente o terceiro país na Europa com um maior peso de população idosa (+ 65 anos) e em 2050 será o primeiro. Consequentemente, o índice de dependência está previsto quase duplicar nos próximos 30 anos, tornando-se em 2050 o mais elevado na Europa, com uma estimativa de 63 idosos para cada 100 pessoas em idade activa.

Apesar de ser dos países com maior esperança média de vida na Europa, é também onde o número médio de anos de vida sénior saudável é menor.
O elevado preço das residências seniores tem sido um dos entraves ao crescimento da oferta, mas a população está mais consciente e começa a criar complementos à reforma

O valor de uma estadia numa residência privada é elevado para o rendimento médio dos portugueses, pois inclui elevados custos de pessoal associados a um acompanhamento 24 horas e a serviços médicos, tornando-se um dos principais obstáculos ao crescimento da oferta em Portugal.

Os preços em residências privadas variam consideravelmente consoante o grau de dependência do residente, cuidados médicos necessários e serviços adicionais (como actividades de lazer, cabeleireiro, etc.). O preço base médio numa residência privada com uma gestão profissionalizada é de aproximadamente 1.200 euros, o que representa um custo muito elevado face ao valor médio das pensões de reforma, que é de 5.811 euros/ano, ou seja, 484,25 euros/ mês, em Portugal, atingindo um valor máximo de 771,25 euros/mês em Oeiras.

Contudo, a população portuguesa, nomeadamente da classe média, está hoje mais consciente deste problema e utiliza soluções particulares de poupança, incluindo o esforço de aquisição de casa, cujo valor poderá ser monetizado ou rentabilizado na velhice para suportar o pagamento dos cuidados necessários na idade maior. Importa lembrar que em Portugal 75% das casas são propriedade do próprio ocupante e a venda ou o arrendamento da mesma permitirá complementar o valor da reforma.

Por outro lado, diversos factores como a segurança, o clima e os incentivos fiscais têm contribuído para a atracção de estrangeiros reformados para Portugal, os quais, de um modo geral, têm um valor de reformas muito superiores aos dos portugueses. O aumento de estrangeiros a viver em Portugal tenderá a reflectir-se num acréscimo da oferta de residências sénior de maior qualidade e com uma maior oferta de equipamentos e serviços.

A oferta residencial destinada à população sénior é ainda escassa e pouco qualificada. No entanto, estão a surgir novos operadores com ambiciosos planos de crescimento

Em Portugal, a oferta de alojamento para a população sénior integra as Estruturas Residenciais para Pessoas Idosas (ERPI) e é complementada pela Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados (RNCCI) e por algumas residências para idosos independentes.

Existem actualmente cerca de 100.500 camas em ERPI, das quais apenas 23% pertencem a entidades privadas com fins lucrativos. Acrescem pouco mais de 10 mil camas na RNCCI, mais de metade geridas por Misericórdias.

De acordo com a Organização Mundial de Saúde, a oferta de camas em residências para seniores deve corresponder a 5% da população idosa. Deste modo, Portugal está actualmente com um défice de 4.500 camas e até 2050, deveriam ser criadas pelo menos mais 55.000, ou seja, metade do que existe actualmente. Tendo em conta a previsão de população acima dos 80 anos, a CBRE considera que as necessidades poderão ser muito superiores.

Para cumprir este objectivo, será necessária uma maior participação do sector privado. Diversos operadores de residências para seniores estrangeiros entraram recentemente em Portugal e têm já residências em funcionamento ou em projecto, como a Opera, a Domus Vi, a Domitys e a Clece; juntando-se a operadores portugueses como a UHub, a Amera, a BF, entre outras, também a expandir neste sector.

A CBRE tem conhecimento de mais de 20 projectos em construção ou em fase de licenciamento, compreendendo uma capacidade superior a 1.500 camas. Dada a escassez de oferta, prevê-se que possam surgir mais.

Investimento em Portugal é ainda reduzido, mas deverá aumentar à medida que são desenvolvidos novos projectos
O investimento em activos de saúde e residências seniores tem verificado um crescimento expressivo em muitos países europeus. Em Portugal, há poucas evidências de transacções realizadas sobre imóveis já a gerar rendimento, destacando-se algumas aquisições por parte do fundo francês Pierval Santé e a compra do Expo Living (que integra a Residência Montepio Parque das Nações) por parte da Square Asset Management.

No entanto, a CBRE acredita que o desenvolvimento de novos projectos e a entrada e expansão de diversos operadores irá impulsionar o investimento nesta classe de activos nos próximos anos, nomeadamente através de contratos de projectos e forward finance, onde o investidor acorda a aquisição do imóvel antes do mesmo se encontrar concluído.

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Atenor adquire e lança “Oriente”

Depois da venda do WeelBe à Caixa Geral de Depósitos, “Oriente” é o novo projecto da Atenor em Lisboa. Sem revelar o valor do investimento, a promotora belga anunciou o projecto de uso misto que terá aproximadamente 8.500 m², combinando escritórios e espaços comerciais, bem como quase 1.000 m² de área privada ao ar livre

A Atenor anunciou a aquisição de um terceiro projecto em Portugal, localizado em Lisboa, Parque das Nações. Este novo investimento segue-se à venda bem-sucedida da WellBe no ano passado à Caixa Geral de Depósitos. Sobre este a promotora belga está “juntamente com o seu parceiro BESIX RED, a supervisionar a conclusão do WellBe, estando a construção prevista para estar finalizada antes do Verão”.

Oriente, o local recentemente adquirido, beneficia de uma localização excepcional, mesmo junto ao centro de transportes multimodais Oriente, em Lisboa. O projecto irá acolher um projecto de uso misto de aproximadamente 8.500 m², combinando escritórios e espaços comerciais, bem como quase 1.000 m² de área privada ao ar livre. A arquitectura já foi aprovada, permitindo um rápido lançamento das obras.

“O projecto “Oriente” representa um próximo passo entusiasmante para a Atenor em Portugal. Após o sucesso do WellBe, orgulhamo-nos de reforçar ainda mais a nossa presença com um novo empreendimento inovador e inovador num dos bairros mais dinâmicos de Lisboa. Estamos ansiosos por entregar um projecto que combine sustentabilidade, inovação e qualidade de vida para os seus futuros ocupantes”, afirma em comunicado Gregory Van der Elst, director nacional Portugal, da Atenor. O projecto terá como objectivo as mais elevadas certificações ambientais e cumprirá integralmente os critérios técnicos da taxonomia europeia.

Portugal continua, assim, a ser um mercado estratégico para a promotora, “um mercado particularmente dinâmico e resiliente para o desenvolvimento imobiliário”.

“Este projecto ilustra como traduzimos a estratégia da Atenor em conquistas tangíveis: desenvolvendo projectos de primeira linha em localizações urbanas privilegiadas, com um forte foco no desempenho ESG”, refere Alexander Hodac, COO da Atenor.

Parceria estratégica para acelerar o crescimento
Em linha com a ambição da Atenor de se concentrar em activos de escritórios “essenciais” e de construir parcerias fortes, o projecto “Oriente” será desenvolvido em conjunto com investidores financeiros. Esta primeira etapa será implementada com a 3D NV e a Midelco NV (juntas detendo 70%), enquanto a Atenor (30%) se manterá como gestora do projecto.

Esta parceria reforça a posição da Atenor em Portugal e confirma a sua estratégia de criação de valor sustentável nos principais mercados urbanos europeus.

“O desenvolvimento do Oriente está perfeitamente alinhado com o nosso plano estratégico de três anos: continuar a reforçar o nosso portefólio de activos de escritórios principais em locais urbanos importantes através de parcerias financeiras”, sublinha Stéphan Sonneville, CEO da Atenor.

A venda do lote de 4.000 m2 no Parque das Nações, que estava na posse de um investidor nacional, foi assessorada pela equipa de Capital Markets da JLL.

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Mercado transaccionou 40.750 casas nos primeiros três meses do ano

Número de vendas mantém-se acima das 40.000 casas no 1º trimestre de 2025, mas cai 5,4% face ao trimestre anterior. Mercado habitacional reage aos fortes níveis de procura registados no final do ano 2024, mostram os dados da Confidencial Imobiliário

No 1º trimestre de 2025 estima-se que tenham sido vendidas 40.750 casas em Portugal Continental, um volume que mantém o mercado a transaccionar acima das 40.000 unidades. As projecções são realizadas pela Confidencial Imobiliário, a partir dos dados de transacção reportados ao Sistema de Informação Residencial (SIR).

O padrão de 40.000 casas vendidas por trimestre foi visível entre meados de 2021 e meados de 2022, na reactivação da procura pós-pandemia, tendo sido novamente atingido no 4º trimestre do ano passado, quando se transaccionaram 43.100 fogos. Este foi um pico de actividade que ficou a dever-se à concretização de vendas que tinham sido adiadas durante o decurso do ano, fruto da incerteza que se instalou no mercado até à entrada em vigor das diversas medidas direccionadas ao sector, especialmente as que contemplaram os jovens. Comparativamente ao 4º trimestre de 2024, em que a procura registou uma actividade excepcional, o 1º trimestre reduz a actividade em 5,4%, sinalizando uma tendência para a estabilização do mercado residencial após o pico de procura registado.

“Esta descida trimestral de 5% nas vendas é um movimento que deverá decorrer do volume anómalo de transacções realizadas no 4º trimestre de 2024, eventualmente fruto do adiamento de decisões de compra, quer em geral, quer do lado dos jovens por causa da garantia que entrou em vigor mais no final do ano. Ou seja, sem essa acumulação no final do ano, eventualmente, os números do 1º trimestre já não representariam uma descida”, explica Ricardo Guimarães, director da Confidencial Imobiliário.

Recorde-se que os preços de venda das casas não só mantêm a trajectória de crescimento, como estão a crescer mais rapidamente, registando uma variação trimestral de 6,6% e homóloga de 15,8% no 1º trimestre de 2025, de acordo com o Índice de Preços Residenciais. No 4º trimestre de 2024, estes indicadores eram de 4,1% e 11,0%, respectivamente.

No 1º trimestre de 2025, a habitação em Portugal Continental foi vendida por um preço médio de 2.701€/m2, de acordo com os dados do SIR-Sistema de Informação Residencial.

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As Legislativas esmiuçadas, a Open House e o ‘novo’ Pavilhão de Portugal em destaque no CONSTRUIR 530

Em véspera do País ir a votos, o CONSTRUIR olhou para as linhas fortes dos programas eleitorais em matéria de investimento público. O renovado Pavilhão de Portugal, a edição deste ano da Open House Lisboa e o novo projecto da Krest em destaque nesta edição. Mas há muito mais para ler no CONSTRUIR 530 e no Suplemento ReCONSTRUIR

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Muitos chavões, poucas medidas. Programas eleitorais para todos os gostos
Percorremos milhares de páginas em torno das medidas mais concretas que os partidos, pelo menos aqueles com assento parlamentar na última legislatura, defendem na área do investimento público. A habitação domina, como seria de esperar, mas estranhamente não há muitos números para apresentar, com metas e orçamentos estimados. A simplificação administrativa também domina os programas para as legislativas de 2025

Os cenários para a BRT da A5
As autarquias de Cascais e Oeiras querem criar um Bus Rapid Transit (BRT) que ligue ambas as autarquias ao centro de Lisboa. A ideia não é nova, mas o primeiro estudo está concluído


Espaços “visíveis e invisíveis” do Open House 2025

“A Invenção de Lisboa” convida a uma reflexão sobre a cidade que se habita e se vive, mas também sobre tudo o que está por trás desta. A 14ª edição terá lugar nos dias 10 e 11 de Maio

“Não temos de estar, podemos criar a localização”
Entre a Quinta da Fonte e Paço de Arcos vai nascer o mais recente projecto da Krest. O ‘Arcoverde’ deverá começar a ser construído ainda este ano e o CEO da promotora explica a estratégia do grupo

SUPLEMENTO ReCONSTRUIR
A vida regressa ao Pavilhão de Portugal

Concebido por Álvaro Siza Vieira para a Expo 98, o Pavilhão de Portugal é um marco da arquitectura portuguesa, prémio Valmor em 1998, cuja reabilitação, concluída em 2025, marca um novo capítulo na história deste ícone. Agora, sob a alçada da Universidade de Lisboa, irá celebrar-se a ciência e a inovação. A sua transformação em centro de congressos, exposições e espaço de divulgação científica foi liderada por Siza Vieira, cuja visão criativa preservou a essência do edifício enquanto o adaptou às exigências contemporâneas

M’AR De AR Auria a síntese entre hospitalidade e a Reabilitação Urbana de Lisboa
Inaugurado no final de 2024, este hotel boutique no coração de Arroios não é apenas um refúgio para viajantes, mas também um símbolo do poder transformador da reabilitação urbana, revitalizando um bairro e contribuindo para redefinir os padrões do turismo sustentável em Portugal

Rebuild 2025 posiciona-se como “capital europeia” da construção industrializada
A industrialização como forma de resolver os actuais desafios sociais, climáticos e sectoriais foi a “espinha dorsal” do Congresso de Arquitectura e Construção Avançada 4.0, um dos pontos altos da feira, do que resultou o “compromisso” de um sector “mais industrializado, circular, digitalizado, adaptado ao meio ambiente e às alterações climáticas”. Estas serão as ferramentas para dar resposta à falta de habitação acessível e concretizar a necessária reabilitação energética do edificado existente. A próxima edição decorre de 24 a 26 de Março de 2026

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Créditos: DR (foto retirada do site Tâmega tv)
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IP consigna a última empreitada das obras do PRR

Empreitada, com um investimento de 14,7 M€, corresponde à construção da Variante à EN211 entre Quintã e Mesquinhata

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A Infraestruturas de Portugal (IP) vai dar início à construção da Variante à EN211 entre Quintã e Mesquinhata, no distrito de Porto, concelhos de Marco de Canaveses e Baião, naquela que é a última empreitada das obras do PRR. A empreitada foi consignada à empresa Cândido José Rodrigues.

Com um investimento de cerca de 14,7 milhões de euros, a empreitada corresponde à construção de uma variante à EN211, com cerca de 2,5 km, entre o entroncamento da EN321-1 e a localidade de Mesquinhata, que tem por objectivo oferecer “um percurso alternativo à EN211” e “desviar os tráfegos de passagem do interior dos aglomerados urbanos”, melhorando o nível de serviço rodoviário e reduzindo os tempos de percurso.

A intervenção, além da construção do novo traçado, inclui, também, uma nova rotunda na Mesquinhata, três viadutos, três passagens superiores e uma passagem agrícola.  A Variante terá uma velocidade base de 60km/h e via de lentos entre os quilómetros 0 e 0,432 no sentido Quintã / Mesquinhata e entre os quilómetros 1,869 e 2,465 no sentido Mesquinhata / Quintã.

Para assinalar o início da intervenção, marcaram presença, esta terça-feira, dia 6 de Maio, na sede da IP, Hugo Espírito Santo, secretário de Estado das Infraestruturas, Miguel Cruz, presidente do Conselho de Administração da IP, Paulo Pereira, presidente da Câmara Municipal de Baião, Nuno Pinto, vice-presidente da Câmara Municipal de Marco de Canaveses e Maria de Lourdes Oliveira Freitas, em representação da empresa Cândido José Rodrigues.

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Sete gabinetes portugueses finalistas nos A+Awards 2025

São sete os gabinetes portugueses que estão entre os finalistas da edição de 2025 dos A+Awards 2025, que homenageia os melhores edifícios e espaços do ano em todo o mundo

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A Architizer, a maior plataforma online de arquitectura, anunciou no início da semana a lista de finalistas dos A+Awards 2025, que homenageia os melhores edifícios e espaços do ano em todo o mundo. Com foco na inovação local e global, o programa de 2025 destaca arquitectos e designers que estão a responder à globalização da indústria de inúmeras formas. Com mais de 4.000 candidaturas de mais de 80 países, o júri do programa seleccionou 618 finalistas distribuídos por cada uma das mais de 120 categorias do programa. Entre estes encontramos sete portugueses.

Assim, na categoria Comercial Office Low Rise surge-nos o estúdio do arquitecto Raulino Silva, em Vila do Conde, o qual resultou da transformação da pequena casa datada de 1936 dos avós paternos do arquitecto.

A firma Topiares Land Scape Architecture está entre os finalistas da categoria Public Parks and Green Spaces com o projecto da “Frente Ribeirinha de Loures”.

Na categoria Residencial Private House (M2000-4000 sq ff) encontramos o projecto “Casa de Oeiras”, com assinatura do gabinete OODA.

O estúdio AB+AC Architecture, sediado na capital portuguesa, é um dos cinco finalistas na categoria Apartment com o projecto” Lisbon pied-à-terre”.

Uma capela, com paredes em paliçada, à beira do lago Montargil, está entre os cinco finalistas da categoria Architecture+Light o projecto recebeu o nome de “Diffuse Mirror” e tem a assinatura da firma António Costa Lima Arquitectos. Esta categoria integra o grupo de categorias de “conceito”, celebrando a forma como a arquitectura é capaz de responder a questões globais, às mudanças na tecnologia e à nossa sociedade em evolução.

O Grupo Openbook surge indicado como um dos cinco finalistas na categoria Best Commercial Firm. A nomeação reconhece o trabalho contínuo do Grupo na criação de espaços que combinam visão global com impacto local, inovação e compromisso com a sustentabilidade.

A “Casa da Levada”, valeu à firma Tsou Arquitectos a nomeação para a categoria Sustainable Private House, a qual celebra os projectos que contribuem para um ambiente construído mais sustentável, equitativo e resiliente.

Como Popular Choice Awards, a eleição dos vencedores é feita por votação pública. Para votar basta aceder ao site da votação até ao dia 16 de Maio às 23h59, cada pessoa pode votar uma vez a cada 24 horas. Os vencedores serão conhecidos dia 9 de Junho.

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Lisboa cria hubs para comercialização e reutilização de materiais de construção

Para dar resposta ao desafio dos resíduos da construção, Lisboa integra o projecto europeu CirCoFin, que pretende desenvolver um mercado para componentes de construção reutilizados, através da implementação dos Circular Construction Hubs

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Em Portugal, o sector da construção representa uma parte significativa do consumo de recursos naturais e da produção de resíduos. Estima-se que os edifícios de habitação e serviços sejam responsáveis por 20% do consumo de energia e 6,7% do consumo de água no País. Além disso, o sector gera anualmente cerca de 7,5 milhões de toneladas de resíduos sólidos, sendo que os resíduos minerais de construção e demolição correspondem a 17% do total de resíduos não urbanos. Estes números evidenciam a necessidade e o potencial das soluções de economia circular no sector da construção.

Para dar resposta a este desafio, Lisboa integra o projecto europeu CirCoFin, que pretende desenvolver um mercado para componentes de construção reutilizados, através da implementação dos Circular Construction Hubs. Financiado pela União Europeia, com um total de seis milhões de euros, o projecto será implementado entre 2025 e 2028. A iniciativa teve início oficial em Janeiro, com um encontro entre os parceiros em Munique.

“Este projecto representa uma oportunidade única para Lisboa dar os primeiros passos no sentido de gerar um impacto real no sector da construção”, afirmam Miguel de Castro Neto e Fernando Angleu, presidentes da Lisboa E-Nova e Gebalis, respectivamente. “Em estreita articulação com todos os actores relevantes da cidade, acreditamos que esta iniciativa contribuirá de forma concreta para reforçar a sustentabilidade urbana e acelerar a transição para uma economia mais circular.”

Além de Lisboa, participam no CirCoFin outras três cidades e países europeus, tais como, Alemanha, que lidera, Escócia e Dinamarca. Cada parceiro está a desenvolver soluções técnicas, legais e operacionais para promover a reutilização de materiais de construção, através de projectos-piloto com potencial de expansão a nível nacional, particularmente na Escócia e na Dinamarca.

Em Lisboa, o CirCoFin irá impulsionar a criação de um hub Físico e Digital, dedicado à reutilização de materiais provenientes de demolições e remodelações. A cidade já conta com iniciativas promissoras no campo da construção circular, como a reutilização de materiais em obras municipais e incentivos à construção sustentável. Com o apoio do projecto europeu, estas acções serão ampliadas e reforçadas, consolidando Lisboa como uma referência na transição para uma economia mais sustentável no sector da construção.

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“Ser arquiteto é” filme e podcast a partir da obra de João Álvaro Rocha

A partir da vida e obra do arquitecto João Álvaro Rocha, a iniciativa pretende dar a conhecer ao público o que pode ser trabalhar em arquitectura, através de seis episódios baseados em entrevistas a pessoas com as quais se relacionou em diferentes vertentes da sua actividade

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O Projecto de Investigação de História Oral, a partir da vida e obra do arquitecto João Álvaro Rocha, pretende dar a conhecer ao público o que pode ser trabalhar em arquitectura, através do filme ‘Ser arquiteto é’ e de um podcast com seis episódios baseados em entrevistas a pessoas que se relacionaram com o arquitecto, nas diferentes vertentes da sua actividade.

Entre os entrevistados estão o presidente António Silva Tiago, Câmara Municipal da Maia, António Silva Tiago, o pintor Fernando Brito, enquanto cliente, o arquiteto José Manuel Pozo, crítico e colega docente na Escola de Arquitectura de Navarra, em Espanha, o arquiteto José Gigante, antigo sócio e colega de profissão, Rute Carlos, ex-aluna, arquiteta e professora na Universidade do Minho e Jorge Rocha, professor na Faculdade de Ciências da Universidade do Porto e irmão do arquitecto.

O filme vai ser exibido em cinco locais diferentes, cada um contando com a presença de um dos entrevistados, e alguns convidados. Os espaços seleccionados para as sessões de exibição são a Faculdade de Arquitectura da Universidade do Porto, a Quinta da Gruta, a Casa do Corim, a Escola Secundária da Maia, e a Ordem dos Arquitetos – Secção Regional Norte (OASRN).

O primeiro episódio do podcast, ‘Ser arquiteto é… ser professor’, foi lançado no início de Maio nas principais plataformas digitais. Seguem-se ‘Ser arquiteto é… ser cidadão’, ‘Ser arquiteto é… ser irmão’, ‘Ser arquiteto é… ser crítico’, ‘Ser arquiteto é… ser cliente’ e por fim, ‘Ser arquiteto é… ser sócio’, até Setembro.

O projecto integra um estudo de Investigação de História Oral promovido pela Associação Pró-arquitectura João Álvaro Rocha (APJAR), que tem como objectivos enriquecer o arquivo e preservar a memória comum. A APJAR, com apoio da Câmara Municipal da Maia, é responsável pela gestão e preservação do acervo do arquitecto, propriedade da autarquia, além de promover iniciativas de divulgação e participação da comunidade no âmbito da arquitectura.

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AGEFE reúne empresas do sector material eléctrico 8 e 9 de Maio

Com o tema “Desafio 2050 – criar valor num mundo em mudança”, o evento visa “promover uma reflexão estratégica sobre o papel desta indústria na criação de valor” para Portugal

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tagsAGEFE

A Associação Portuguesa da Indústria Eletrodigital (AGEFE ) organiza, nos próximos dias 8 e 9 de Maio, um evento nacional onde reúne as principais empresas do sector de material eléctrico, em Ílhavo. Com o tema “Desafio 2050 – criar valor num mundo em mudança”, o evento visa “promover uma reflexão estratégica sobre o papel desta indústria na criação de valor” para Portugal.

Como refere Daniel Ribeiro, director-geral da AGEFE, “realizar este projecto é fazer o que é necessário! É fazer o que está certo!”. Esta iniciativa reflecte o compromisso da AGEFE com um desenvolvimento estratégico que permita à indústria electrodigital gerar mais valor e contribuir para um futuro mais competitivo e sustentável para Portugal.

O evento junta fabricantes, importadores e distribuidores grossistas de produtos e soluções nas áreas da distribuição de energia, energias renováveis, mobilidade elétrica, automação e robótica, eficiência energética, iluminação e infraestruturas, agentes cruciais para a transição energética e digital do País e da Europa.

Realizado simbolicamente durante as comemorações do Dia da Europa, o evento ganha um significado adicional ao destacar o contributo da indústria electrodigital para os objectivos políticos europeus de descarbonização e competitividade económica.

Neste contexto de mudança acelerada, marcado pela instabilidade geopolítica e pela redefinição de prioridades económicas globais, a AGEFE propõe um debate alargado sobre as condições necessárias para reforçar a criação de valor nacional no sector.

A agenda inclui intervenções de Nuno Ribeiro da Silva e António Ramalho, que irão lançar o debate sobre temas como os custos da energia e a competitividade, a agenda europeia pós-relatórios Letta e Draghi, os novos desafios na área da defesa e o papel da indústria electrodigital em Portugal.

A EY e a AGEFE farão um enquadramento estratégico, com um workshop dinâmico focado em quatro eixos: eficiência e redução de custos, valorização da procura, transformação e capacitação da oferta e o potencial de Portugal como hub económico.

Este workshop integra-se num projecto mais vasto que conta com o apoio do FEDER, do programa Portugal 2030 e da União Europeia, com o objectivo de elaborar um estudo que identifique as condições-chave para que Portugal ganhe centralidade institucional e económica na indústria electrodigital.

O evento culmina com uma mesa-redonda entre líderes associativos para discutir os principais resultados do workshop. Paralelamente, decorrerão dois momentos de especial relevância: a entrega dos Prémios “Fornecedor do Ano” e a apresentação do Estudo Anual AGEFE sobre o mercado português de material eléctrico em 2024.

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Avenue lança “maior investimento residencial” até ao momento de 275 M€

Com uma área total de 63.500 m2, o empreendimento reflecte o “compromisso” da promotora com a revitalização urbana. A comercialização já está em curso, em regime de co-exclusivo, pelas consultoras JLL, Dils e Remax Collection

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A Avenue lançou comercialmente o Nolipa, o “maior projecto residencial” do seu portfólio, localizado entre o Campo Grande e o Parque Quinta das Conchas e dos Lilases, em Lisboa. Com um investimento de 275 milhões de euros, o empreendimento reflecte o “compromisso” da promotora com a revitalização urbana. A comercialização já está em curso, em regime de co-exclusivo, pelas consultoras JLL, Dils e Remax Collection.

“O NoLiPa é um projecto estratégico tanto para a Avenue como para a cidade de Lisboa. Trata-se do nosso maior investimento residencial até hoje, reflectindo uma aposta clara na qualidade de vida e na integração harmoniosa entre espaços interiores e exteriores. Com este empreendimento vamos criar um novo ponto de referência na cidade, um bairro moderno e vibrante, pensado para responder às exigências da vida urbana contemporânea”, firma Aniceto Viegas, CEO da Avenue.

Com uma área total de 63.500 metros quadrados (m2), o Nolipa disponibiliza 50 mil m2 para habitação, 3.400 m2 para lojas, localizadas nos pisos térreos dos edifícios residenciais, e 10.100 m2 para outros usos.

Com projecto de arquitectura do gabinete Risco, o NoLiPa é composto por 466 apartamentos, distribuídos por sete edifícios, com tipologias de T0 a T4. Todos os apartamentos dispõem de um espaço exterior — varanda ou terraço — promovendo uma ligação directa aos espaços verdes e à envolvente natural.

As fachadas dos edifícios inspiram-se na paisagem urbana, enquanto os nomes — Acácia, Plátano, Freixo, Tília, Bétula, Olaia e Jacarandá — remetem para a vegetação presente na envolvente, conferindo ao projecto uma identidade “singular” e em “harmonia”.

O Nolipa aposta, igualmente, na componente de sustentabilidade, com a instalação de painéis fotovoltaicos, assim como no estacionamento privativo com pré-instalação para carregamento de veículos eléctricos e parqueamento para bicicletas. Todos os apartamentos foram concebidos para atingir a certificação energética A, e o empreendimento conta com a certificação AQUA+, assegurando uma gestão eficiente do consumo de água.

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Constructel Visabeira com 1,9MM€ de volume de negócios em 2024

Crescimento orgânico de dois dígitos e aquisições estratégicas nos EUA e na Europa reforçam a posição da Constructel nos sectores das telecomunicações e energia

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A Constructel, subsidiária do Grupo Visabeira com participação minoritária da Goldman Sachs Alternatives, é um dos principais líderes mundiais na prestação de serviços de engenharia para redes de energia e telecomunicações. Com uma presença em 11 países e mais de 8.500 colaboradores, a Constructel Visabeira destaca-se pela sua capacidade integrada de oferecer soluções chave-na-mão em ambientes complexos e exigentes.

Em 2024, a empresa manteve a sua trajectória de crescimento sustentado, alcançando um volume de negócios consolidado pró-forma de 1,9 mil milhões de euros, o que representa um crescimento total na ordem dos 50% face a 2023 e um crescimento orgânico a dois dígitos. Este desempenho foi impulsionado pela forte performance orgânica em todas as geografias onde opera, bem como pela concretização de aquisições estratégicas, nomeadamente da Verità Telecommunications Corporation (Junho de 2024) e da Sargent Electric Company (Setembro de 2024). Estas operações reforçaram de forma significativa a presença internacional da Constructel Visabeira, em especial nos Estados Unidos da América, que passaram a ser o maior mercado do Grupo, representando cerca de 35% do volume de negócios, equivalente a aproximadamente 650 milhões de euros.

O restante volume de negócios teve origem na Europa, com França e Bélgica, sul da Europa (Portugal, Itália e Espanha), Reino Unido e Irlanda a representarem cerca de 20% cada, e Alemanha, Dinamarca e Suécia a contribuir com cerca de 10%.

O sector da energia destacou-se com um crescimento notável superior a 100% face ao ano anterior, contribuindo com cerca de 850 milhões de euros (45% do volume de negócios). Já o sector das telecomunicações excedeu os 1.000 milhões de euros, reflectindo um crescimento de 15%. Em termos de rentabilidade, o EBITDA recorrente pró-forma ultrapassou 180 milhões de euros, estabelecendo um crescimento de cerca de 30% face a 2023.

Para além do forte desempenho operacional em 2024, a Constructel implementou com sucesso uma estrutura de financiamento eficiente para suportar futuros investimentos estratégicos. O rácio de dívida líquida sobre EBITDA situou-se abaixo de 1,5x em Dezembro de 2024, evidenciando a solidez do balanço num ano de aquisições relevantes.

À data de 31 de Dezembro de 2024, a Constructel dispunha de uma sólida carteira de contratos avaliada em mais de 5 mil milhões de euros, conferindo uma elevada previsibilidade e sustentabilidade ao crescimento futuro do Grupo.

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